Avaliação da coordenação do cuidado de usuários com tuberculose multidrogarresistente em Recife, Pernambuco, Brasil

Barros, Denise Bezerra Marinho; Costa, Juliana Martins Barbosa da Silva; Reis, Yluska Almeida Coelho dos; Albuquerque, Ana Coelho de; Felisberto, Eronildo

doi:10.1590/0103-1104202012407

Denise Bezerra Marinho Barros

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) – Boa Vista (PE), Brasil. barrosdenise27@gmail.com

http://orcid.org/0000-0002-7681-9923

Juliana Martins Barbosa da Silva Costa

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico do Agreste (CAA) – Recife (PE), Brasil.

http://orcid.org/0000-0002-5809-4156

Yluska Almeida Coelho dos Reis

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE), Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) – Recife (PE), Brasil.

http://orcid.org/0000-0002-5883-496X

Ana Coelho de Albuquerque

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) – Boa Vista (PE), Brasil. barrosdenise27@gmail.com

http://orcid.org/0000-0001-6305-4127

Eronildo Felisberto

Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) – Boa Vista (PE), Brasil. barrosdenise27@gmail.com

http://orcid.org/0000-0002-2316-2251

Colaboradores

Barros DBM (0000-0002-7681-9923)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a coleta e análise dos dados, concepção e planejamento da pesquisa, bem como para a redação do manuscrito. Costa JMBS (0000-0002-5809-4156)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). e Reis YAC (0000-0002-5883-496X)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuíram igualmente para a concepção e o planejamento da pesquisa, bem como revisão e aprovação da versão final do manuscrito. Albuquerque AC (0000-0001-6305-4127)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a análise dos dados, redação e aprovação final do manuscrito. Felisberto E (0000-0002-2316-2251)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a concepção da pesquisa, revisão e aprovação da versão final do manuscrito.

Conflito de interesses: inexistente

*
Orcid (Open Researcher and Contributor ID).

Componente	Subcomponente	Indicador	Pontuação	Pontuação máxima	Fonte de dados	Técnica de obtenção
Coordenação da informação	Registro da informação	Existência dos instrumentos clínico epidemiológico, como ficha de notificação, ficha de referência e contrarreferência	Existência das duas fichas = 0,75; Existência de uma das fichas = 0,5; Inexistência das duas fichas = 0	0,75	Secundário	Ficha de notificação e ficha de referência e contrarreferência
		% profissionais preenchendo o prontuário do paciente com as informações necessárias sobre diagnóstico, motivo da referência, indicações para o seguimento da atenção, comorbidades, resultados e exames solicitados, tratamentos farmacológicos, situação psicossocial, outras	≥80% = 0,75; 60% - 79% = 0,5; <60% = 0.	0,75	Secundário	Prontuário
		% profissionais preenchendo adequadamente a ficha de notificação do paciente	≥80% = 0,75; 60% - 79% = 0,5; <60% = 0.	0,75	Secundário	Ficha de notificação
		% profissionais preenchendo a ficha de referência e contrarreferência com as informações necessárias, como diagnóstico, motivo da referência, indicações para o seguimento da atenção, comorbidades, resultados e exames solicitados, tratamentos farmacológicos, situação psicossocial, outras	≥80% = 1; 60% - 79% = 0,5; <60% = 0.	1	Secundário	Ficha de referência e contrarreferência
		% profissionais preenchendo o resumo de alta hospitalar	≥80% = 1; 60% - 79% = 0,5; <60% = 0.	1	Primário	Entrevista
		Alimentação do SITETB de forma oportuna	SIM = 0,75 NÃO = 0	0,75	Secundário	SITETB
	Transferência da informação	% profissionais enviando a referência e contrarreferência para os diferentes níveis de atenção	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		% profissionais recebendo a referência e contrarreferência dos diferentes níveis de atenção	≥80% = 4; 60% - 79% = 2; <60% = 0.	4	Primário	Entrevista
		% profissionais enviando o resumo de alta hospitalar para os diferentes níveis de atenção	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
	Uso da informação	% profissionais utilizando as informações referenciadas entre os níveis de atenção para a tomada de decisão na conduta clínica	≥80% = 5; 60% - 79% = 2,5; <60% = 0.	5	Primário	Entrevista
		Percentual de profissionais dos três níveis de atenção monitorando e discutindo os indicadores epidemiológicos	≥80% = 5; 60% - 79% = 2,5; <60% = 0.	5	Primário	Entrevista
Coordenação da gestão clínica	Seguimento do paciente	Realização do TDO	SIM=3; NÃO=0	3	Primário	Entrevista
	Seguimento do paciente	Existência de uma equipe multidisciplinar no nível terciário composta por enfermeiro, médico, assistente social, técnico de enfermagem, farmacêutico, bioquímico, nutricionista, psicólogo	Equipe multidisciplinar completa= 3 Equipe multidisciplinar com apenas médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e assistente social = 1,5 Equipe multidisciplinar sem pelo menos médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e assistente social = 0	3	Primário	Entrevista
		Existência de um responsável clínico para coordenar o seguimento do paciente entre os níveis de atenção	SIM=4; NÃO=0	4	Primário	Entrevista
Coordenação da gestão clínica	Seguimento do paciente	% profissionais médicos do primeiro nível que consultam o médico especialista para esclarecer as dúvidas sobre o seguimento dos pacientes	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		% profissionais médicos da atenção primária que realizam a consulta de seguimento do paciente TB-MDR	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		% profissionais dos três níveis de atenção realizando acompanhamento dos casos internados	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		% profissionais dos três níveis de atenção que investigam os contatos e realizam seguimento clínico	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		% profissionais dos três níveis de atenção que realizam busca dos faltosos	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
Coordenação da gestão clínica	Coerência da atenção	% pacientes com medicamentos preconizados disponíveis para o tratamento da TB-MDR	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Secundário	SITETB
		% pacientes realizando todos os exames preconizados, como baciloscopia de escarro, cultura de secreção, raio-x, teste anti-HIV, para o diagnóstico e acompanhamento da TB-MDR	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Secundário	SITETB
		Existência de protocolo padronizado entre os níveis para o acompanhamento e tratamento do paciente TB-MDR	SIM=3; NÃO=0	3	Primário	Entrevista
		% profissionais que conhecem e utilizam protocolo para a conduta clínica, como diagnóstico, tratamento, exames, critérios de encaminhamento para outro nível de atenção, entre níveis	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		Percentual de profissionais realizando discussão dos casos clínicos entre os diferentes níveis de atenção	≥80% = 4; 60% - 79% = 2; <60% = 0.	4	Primário	Entrevista
		Percentual de profissionais realizando matriciamento dos casos entre os níveis de atenção	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
		Realização de capacitação conjunta entre os profissionais dos diferentes níveis de atenção	SIM=3; NÃO=0	3	Primário	Entrevista
		Percentual de profissionais dos três níveis de atenção investigando os efeitos colaterais	≥80% = 3; 60% - 79% = 1,5; <60% = 0.	3	Primário	Entrevista
Componente	Indicador		Pontuação	Pontuação máxima	Fonte de dados	Técnica de obtenção
Coordenação administrativa	Existência de fluxos assistenciais definidos para o paciente TB-MDR		SIM=3; NÃO=0	3	Primário	Entrevista
	Existência de leitos com isolamento respiratório em quantidade suficiente		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	% unidades de saúde com adequada estrutura de biossegurança, como sala de atendimento com mesa de escritório, cadeiras para o usuário e o acompanhante e mesa de exame clínico; lavatório com torneiras; ambientes claros, com luminosidade natural se possível; janelas ou ventilação indireta		≥80% = 2; 60% - 79% = 1;<60%=0	2	Primário	Entrevista
	adequada (exaustores), possibilitando a circulação de ar, para atendimento aos pacientes TB-MDR
	Funcionamento adequado dos fluxos assistenciais de referência e contrarreferência definidos para o paciente TB-MDR		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Existência de consultas marcadas no nível adequado em tempo oportuno		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Existência de consultas marcadas com programação prévia para os diferentes níveis de atenção		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Realização do controle logístico dos medicamentos		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Realização do controle logístico dos insumos		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Realização do controle logístico dos exames		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Articulação e integração com o Programa de DST/Aids		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Identificação das melhores estratégias para a abordagem das populações com maior vulnerabilidade de adoecimento: população privada de liberdade, população vivendo em situação de rua, povos indígenas		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista
	Articulação com outros setores para garantir apoio trabalhista e psicossocial aos pacientes		SIM=2; NÃO=0	2	Primário	Entrevista

Componente	Indicador	Pontuação Obtida	Pontuação Máxima	Resultado (%) e classificação por indicador	Resultado final (%) do componente
Coordenação administrativa	Existência de fluxos assistenciais definidos para o paciente TB-MDR	2,23	3	74,2 implantação parcial	41,2 implantação incipiente
	Existência de leitos com isolamento respiratório em quantidade suficiente	0	2	0,0 não implantado
	% unidades de saúde com adequada estrutura de biossegurança	0	2	0,0 não implantado
	Funcionamento adequado dos fluxos assistenciais de referência e contrarreferência definidos para o paciente TB-MDR	0,9	2	45,2 implantação incipiente
	Existência de consultas marcadas no nível adequado em tempo oportuno	1,61	2	80,6 implantado
	Existência de consultas marcadas com programação prévia para os diferentes níveis de atenção	1,74	2	87,1 implantado
	Realização do controle logístico dos medicamentos	0	2	0,0 não implantado
	Realização do controle logístico dos insumos	1,33	2	66,7 implantação parcial
	Realização do controle logístico dos exames	0,67	2	33,3 implantação incipiente
	Articulação e integração com o Programa de DST/Aids	1,03	2	51,6 implantação parcial
	Identificação das melhores estratégias para a abordagem das populações com maior vulnerabilidade de adoecimento	0,77	2	38,7 implantação incipiente
	Garantia de benefícios, como vale transporte, cesta básica, apoio trabalhistas e psicossociais aos pacientes em tratamento	0	2	0,0 não implantado

Componente	Subcomponente	Indicador	Pontuação Obtida	Pontuação Máxima	Resultado (%) e classificação por indicador	Resultado final (%) do componente
Coordenação da informação	Registro da informação	Existência da ficha de notificação ou da ficha de referência e contrarreferência	0,50	0,75	66,7 implantação parcial	70,0 implantação parcial
		% profissionais preenchendo adequadamente o prontuário do paciente	0,50	0,75	66,7 implantação parcial
		% profissionais preenchendo adequadamente a ficha de notificação do paciente	0,75	0,75	100,0 implantado
		% profissionais preenchendo a ficha de referência e contrarreferência com as informações necessárias	0,00	1	0,0 não implantado
		% profissionais preenchendo o resumo de alta hospitalar	1,00	1	100,0 implantado
		Alimentação do SITETB de forma oportuna	0,75	0,75	100,0 implantado
	Transferência da informação	% profissionais enviando a referência e contrarreferência para os diferentes níveis de atenção	1,50	3	50,0 implantação parcial	45,0 implantação parcial
		% profissionais recebendo a contrarreferência dos diferentes níveis de atenção	0,00	4	0,0 não implantado
		% profissionais enviando o resumo de alta hospitalar para os diferentes níveis de atenção	3,00	3	100,0 implantado
	Uso da informação	% profissionais utilizando as Informações referenciadas entre os níveis de atenção para a tomada de decisão na conduta clínica	0,00	5	0,0 não implantado	0,0 não implantado
	Uso da informação	% profissionais dos três níveis de atenção monitorando e discutindo os indicadores epidemiológicos	0,00	5	0,0 não implantado	0,0 não implantado
	Resultado final (%) e classificação do componente 'Coordenação da informação' = 32,0 (implantação incipiente)

Componente	Subcomponente	Indicador	Pontuação Obtida	Pontuação Máxima	Resultado (%) e classificação por indicador	Resultado (%) e classificação por subcomponente
Coordenação da gestão clínica	Seguimento do paciente	Realização do TDO	1,16	3	38,7 implantação incipiente	44,6 implantação incipiente
		Existência de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, médico, assistente social, técnico de enfermagem, farmacêutico, bioquímico, nutricionista e psicólogo no nível terciário	0,00	3	0,0 não implantado
		Existência de responsável clínico para coordenar o seguimento do paciente	2,32	4	58,1 implantação parcial
		% profissionais médicos do primeiro nível que consultam o médico especialista para tirar as dúvidas sobre o seguimento dos pacientes	0,00	3	0,0 não implantado
		% profissionais médicos da atenção primária que realizam a consulta de seguimento do paciente TB-MDR	0,00	3	0,0 não implantado
		% profissionais realizando acompanhamento dos casos internados	0,00	3	0,0 não implantado
		% profissionais dos três níveis de atenção que investigam os contatos e realizam seguimento clínico	3,00	3	100,0 implantado
		% profissionais dos três níveis de atenção que realizam busca dos faltosos	3,00	3	100,0 implantado
	Coerência da atenção	% pacientes com medicamentos preconizados disponíveis para o tratamento da TB-MDR	3,00	3	100,0 implantado	19,0 não implantado
		% pacientes realizando todos os exames preconizados para diagnóstico e acompanhamento, como baciloscopia de escarro, cultura de secreção, raio-x e teste anti-HIV	0,00	3	0,0 não implantado
		Existência de um protocolo padronizado entre níveis para o acompanhamento e tratamento do paciente TB-MDR	1,45	3	48,3 implantação incipiente
		% profissionais que conhecem e utilizam protocolo para a conduta clínica relativa a diagnóstico, tratamento, exames e critérios de encaminhamento para outro nível de atenção entre níveis	0,00	3	0,0 não implantado
		% profissionais realizando discussão dos casos clínicos entre os níveis de atenção	0,00	4	0,0 não implantado
		% profissionais realizando matriciamento dos casos entre os níveis atenção	0,00	3	0,0 não implantado
		Capacitação conjunta realizada entre os profissionais dos níveis de atenção	0,29	3	9,7 não implantado
		% profissionais dos três níveis de atenção investigando os efeitos colaterais	0,00	3	0,0 não implantado
	Resultado final (%) e classificação do componente 'Coordenação da gestão clínica' = 31,0 (implantação incipiente)

[1] Colaboradores

Barros DBM (0000-0002-7681-9923)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a coleta e análise dos dados, concepção e planejamento da pesquisa, bem como para a redação do manuscrito. Costa JMBS (0000-0002-5809-4156)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). e Reis YAC (0000-0002-5883-496X)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuíram igualmente para a concepção e o planejamento da pesquisa, bem como revisão e aprovação da versão final do manuscrito. Albuquerque AC (0000-0001-6305-4127)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a análise dos dados, redação e aprovação final do manuscrito. Felisberto E (0000-0002-2316-2251)^* * Orcid (Open Researcher and Contributor ID). contribuiu para a concepção da pesquisa, revisão e aprovação da versão final do manuscrito.

Brasil

Brasil

Avaliação da coordenação do cuidado de usuários com tuberculose multidrogarresistente em Recife, Pernambuco, Brasil

Evaluation of care coordination of users with multi-drug tuberculosis in the city of Recife, Pernambuco State, Brazil

RESUMO