Acessibilidade / Reportar erro

Somos todos brasileiros? Estudo sociológico sobre a moderna divisão do trabalho social brasileira (trajetórias ocupacionais de trabalhadores brasilienses da construção civil - 1992/2003)

RESUMOS DAS TESES E DISSERTAÇÕES APRESENTADAS NO PPG-SOL/UnB DE JANEIRO A ABRIL DE 2007

TESES

Somos todos brasileiros? Estudo sociológico sobre a moderna divisão do trabalho social brasileira (trajetórias ocupacionais de trabalhadores brasilienses da construção civil – 1992/2003)

Marcelo Alvares de Sousa

Curso: Doutorado em Sociologia

Data da defesa: 26 de abril de 2006

Orientadora: Profª Drª Christiane Girard Ferreira Nunes

RESUMO

O tema da pesquisa é o moderno vínculo social brasileiro e suas tendências contemporâneas de evolução, do ponto de vista da divisão do trabalho social. O estudo da integração social e sistêmica em sociedades individualistas modernas possibilitou ressaltar especificidades da constituição da moderna sociedade brasileira. As sociedades européias tenderam a estruturar-se com base no individualismo moral, na divisão do trabalho social e em sistemas de cidadania social. Por sua vez, a modernidade brasileira caracterizou-se pelas instituições da cordialidade, subdesenvolvimento e cidadania regulada. Brasília simbolizou seu projeto de modernidade.

A perda contemporânea de centralidade do trabalho implicou, para as sociedades modernas européias, a ruptura do pleno emprego como padrão de divisão do trabalho social. Esse processo acentuou os limites da ideologia individualista e dos sistemas de cidadania social para garantir o vínculo social europeu contemporâneo. A existência de supranumerários sugere uma evolução do trabalho europeu em direção a uma estrutura análoga ao subdesenvolvimento do trabalho brasileiro.

Para a sociedade brasileira, a reestruturação contemporânea do trabalho implicou a renovação de sua estrutura hierárquica moderna. A análise da trajetória ocupacional de trabalhadores brasilienses da construção civil entre 1992 a 2003, por meio do indicador de capital ocupacional, identificou a precarização generalizada das ocupações não-regulamentadas como uma das características da reestruturação contemporânea do trabalho no Brasil. A manutenção e aprofundamento da estrutura de subdesenvolvimento e segmentação de sua divisão do trabalho ensejam indagações sobre as tendências da autoprodução contínua da sociedade brasileira contemporânea, em particular no que tange aos limites da ideologia da cordialidade e de sua estrutura de subdesenvolvimento e segmentação sistêmica.

Palavras-chave: Brasil, cidadania, trabalho, trajetórias ocupacionais, capital ocupacional, Brasília, construção civil, Émile Durkheim.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Ago 2007
  • Data do Fascículo
    Abr 2007
Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais - Campus Universitário Darcy Ribeiro, CEP 70910-900 - Brasília - DF - Brasil, Tel. (55 61) 3107 1537 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: revistasol@unb.br