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Flexibilidade e crise do emprego industrial - sindicatos, regiões e novas ações empresariais

Flexibility and the industrial employment crisis - unions, regions and new business actions

Flexibilidade é uma palavra chave que sintetiza as mudanças decorrentes da reestruturação pelas quais passou a indústria nas últimas décadas. A redução do emprego industrial e suas consequências sociais e econômicas, são o foco da crítica social dirigida aos projetos baseados no padrão flexível, exigindo cada vez mais das empresas a elaboração de argumentos e ações para justificar e legitimar essa nova faceta do processo produtivo. O projeto AutoVision da montadora multinacional de veículos Volkswagen, aplicado em duas regiões - Wolfsburg, na Alemanha e ABC paulista, no Brasil, chama a atenção pelas características de uma intervenção social que veio acompanhada de um discurso mais elaborado de justificação. A hipótese a ser testada é a de que as iniciativas mais recentes das empresas globalizadas com base na flexibilidade, apontam para um protagonismo político na formulação de propostas com o objetivo de minorar os efeitos da redução do emprego na indústria e para a construção de uma retórica que naturaliza o emprego flexível. Teoricamente, esse caso permite também discutir os diferentes arranjos sociais com base na flexibilidade, que são criados regionalmente pelas empresas multinacionais e os modos como estas justificam suas ações¹.

Flexibilidade; Reestruturação produtiva; Empresas globais; Relações de trabalho


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