Acessibilidade / Reportar erro

Controle da murcha bacteriana do tomateiro pela incorporação da parte aérea de guandu e crotalária no solo

A utilização de materiais orgânicos que melhoram as características físicas, químicas e biológicas do solo vem sendo estudada como indutora de supressividade a fitopatógenos habitantes do solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes fontes e concentrações de matéria orgânica no controle da murcha bacteriana do tomateiro. Foram avaliados dois compostos orgânicos comerciais e a matéria fresca cortada da parte aérea de guandu (Cajanus cajan) e de crotalária (Crotalaria juncea), nas concentrações 10, 20 e 30 % (v/v), incorporados no solo infestado com Ralstonia solanacearum. O solo que recebeu a parte aérea de guandu e crotalária foi incubado por 30 e 60 dias, antes do plantio. Mudas de tomateiro 'Santa Clara' foram transplantadas para sacos de polietileno contendo 3 kg de substrato (solo infestado + matéria orgânica) e avaliou-se, por um período de 45 dias, o sintoma de murcha bacteriana e a percentagem de plantas com floração. A incorporação e incubação por 30 dias com guandu e crotalária promoveu 100 % de controle da murcha, em todas as concentrações avaliadas. Com 60 dias de incubação, apenas a concentração de 10 % de guandu e crotalária não controlou a doença. Esses resultados indicam que a incorporação no solo com a parte aérea de guandu e crotalária é um método eficiente para o controle da murcha bacteriana do tomateiro.

Lycopersicon esculentum; Ralstonia solanacearum; Cajanus cajan; Crotalaria juncea; compostos orgânicos


Grupo Paulista de Fitopatologia FCA/UNESP - Depto. De Produção Vegetal, Caixa Postal 237, 18603-970 - Botucatu, SP Brasil, Tel.: (55 14) 3811 7262, Fax: (55 14) 3811 7206 - Botucatu - SP - Brazil
E-mail: summa.phyto@gmail.com