O objetivo deste trabalho foi determinar as condições mínimas de duração do molhamento em função da temperatura requeridas para a infecção de giberela em trigo. O modelo climático desenvolvido por Zoldan (2008) foi testado em experimentos de campo com duas cultivares de trigo cultivadas em 2005 (cinco épocas de semeadura) e 2006 (seis épocas de semeadura) em parcelas de 10 m² com três repetições. A doença foi avaliada pela incidência em espigas (IE), incidência em espiguetas (Ie) e pela interação desses dois métodos e considerado como severidade. A partir do início da antese, a temperatura do ar e a duração do molhamento das espigas foram monitorados diariamente com uma estação meteorológica automática. Com a combinação desses dois fatores, foi elaborada uma tabela de favorabilidade do ambiente para ocorrência da doença. A partir do dia do início da floração (1-5% anteras completamente expostas) a soma dos valores diários para favorabilidade para a infecção (SVDFI) foi calculada com um programa de computador, de acordo com a tabela de Zoldan (2008). Os sintomas iniciais da doença foram observados com uma incidência em espigas de 3,7% e correspondendo 2,6 de SVDFI. A infecção do trigo ocorre em função de chuvas que resultam no molhamento das espigas > 61.4 h de duração. A previsão da ocorrência de chuvas pode auxiliar na indicação do momento indicador da aplicação de fungicidas visando ao controle da giberela. Propõem-se o nome do sistema de aviso de UPF-scab-alert.
Triticum aestivum; Gibberella zeae; Fusarium graminearum; fusariose; previsão da doença
