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Efeito da temperatura, duração do molhamento e cultivares na anctrose em fruto da goiaba

O desenvolvimento de muitas doenças pós-colheita está intimamente associado ao amadurecimento dos frutos. As condições ambientais podem afetar tanto o desenvolvimento do patógeno quanto a taxa de amadurecimento dos frutos. O objetivo deste trabalho foi determinar as condições de temperatura e duração do período de molhamento mais favoráveis ao desenvolvimento da antracnose em frutos de goiaba. Frutos de goiaba das cultivares Kumagai (polpa branca) e Pedro Sato (polpa vermelha) destacadas foram inoculadas com suspensão de conídios de Colletotrichum gloeosporioides e C. acutatum e incubados sob temperaturas constantes variando entre 10 e 35ºC e molhamento contínuo de 6 e 24 horas. A severidade e incidência da doença foram avaliadas a cada dois dias durante 12 dias. Não houve infecção nas temperaturas de 10 e 35ºC, independentemente do período de molhamento. As condições ótimas para a infecção do fruto foram sob temperatura de 26 e 27ºC, para 'Kumagai' e de 25 e 26ºC, para 'Pedro Sato', com 24 horas de molhamento. De um modo geral, o desenvolvimento da doença na cultivar Kumagai foi mais afetado pela duração do período de molhamento, comparada com a 'Pedro Sato'. A severidade máxima da doença em frutos ocorreu entre 25 e 30ºC, dependendo da espécie de Colletotrichum, para 'Kumagai'. Para 'Pedro Sato' o diâmetro médio das lesões foi maior em frutos armazenados a 20, 25 e 30ºC do que na cultivar Kumagai, dependendo do período de molhamento e espécie. O período de incubação (6 e 7 dias) e o período de latência (8 e 10 dias) foram mínimos à 30ºC. Estas informações geradas nesse trabalho serão úteis tanto para o desenvolvimento de sistemas de aviso fitossanitário quanto para aumentar o tempo de vida de goiabas após a colheita.

Psidium guajava; incidência; severidade; período de incubação; período de latência; 'Kumagai'; 'Pedro Sato'


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