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Redução da sensibilidade in vitro de Drechslera tritici-repentis, isolados do trigo, a fungicidas estrobilurinas e triazóis, in vitro.

RESUMO

Devido a relatos da ocorrência de falha de controle químico da mancha-amarela da folha do trigo, determinou-se a sensibilidade de Drechslera tritici-repentis (Dtr) aos fungicidas inibidores da quinona externa (IQe) e aos inibidores da desmetilação (IDMs). A CI50 foi determinada para as estrobilurinas (azoxistrobina, cresoxim-metílico, picoxistrobina e piraclostrobina), para os triazóis (ciproconazol, epoxiconazol, propiconazol, protioconazol e tebuconazol) e usando cinco isolados de Dtr de trigo. Sete concentrações dos fungicidas foram testadas no bioensaio: 0,00; 0,01; 0,10; 1,00; 10,00; 20,00 e 40,00 mg/L de ingrediente ativo (i.a.). Os ensaios constituiuram-se de delineamento inteiramente casualizados, com quatro repetições. Cada experimento foi realizado duas vezes utilizando-se para a análise estatística as médias dos dois testes. Os dados da porcentagem da inibição da germinação de conídios (IQes) e do crescimentoe do micélio (IDMs) foram submetidos à análise de regressão logarítmica, calculando-se a concentração inibitória de 50 % (CI50) através da equação gerada. Foi verificada redução da sensibilidade de isolados de Dtr para as estrobilurinas. Valores da CI50 situaram-se entre 0,58 a > 40,00 mg/L. A menor sensibilidade dos isolados, foi detectada para azoxistrobina, cresoxim-metílico, picoxistrobina e trifloxistrobina. A piraclostrobina mostrou-se o mais eficiente, com CI50 entre 0,58 a 1,03 mg/L. A CI50 para o epoxiconazol situou-se entre 0,35 a 1,37 mg/L, para propiconazol de 0,49 a 1,28 mg/L e de 1,41 a 2,34 mg/L para tebuconazol. O protioconazol foi o mais potente, com CI50 entre 0,09 a 0,21 mg/L. Confirmou-se a hipótese de que a falha de controle pode ser atribuída a redução da sensibilidade de Dtr aos fungicidas IQes e IDMs.

Palavras-chave
CI50; fungitoxicidade; IQes; mancha-amarela; Pyrenophora tritici-repentis; Triticum aestivum

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