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Antagonismo de Trichoderma spp. ao agente etiológico da Murcha de Ceratocystis em cacaueiro

Antagonism of Trichoderma spp. To the etiological agent of Ceratocystis wilt in cacao

RESUMO

O controle biológico da Murcha de Ceratocystis do cacaueiro (Ceratocystis cacaofunesta) pode ser uma alternativa promissora ainda inexplorada para controlar esta doença. Testaram-se doze isolados de Trichoderma spp. como agentes de biocontrole (BCAs) para C. cacaofunesta. Neste estudo, avaliou-se: i) antagonismo por confronto in vitro entre BCAs e patógeno, e por inibição da germinação de esporos do patógeno pelo secretoma dos antagonistas; ii) efeito dos BCAs na formação de peritécios do patógeno sobre discos de folhas; iii) efeito dos BCAS no controle da Murcha de Ceratocystis em mudas de cacaueiro em condição de casa de vegetação. Os BCAs testados inibiram 100% do crescimento in vitro do patógeno no terceiro dia; e reduziram a germinação de esporos do patógeno. Trichoderma virens (T68), T. harzianum (2927), T. loningiopsis (Tc26) e T. atroviride (7CC) inibiram entre 98,5 e 92,3% a formação de peritécios do patógeno. Os isolados 7CC, T68, Tc26 e 2729 são promissores como BCAs. Em BCAs combinados, maior inibição ocorreu nos tratamentos incluindo T68. Não se evidenciou a eficiência esperada nos testes com mudas.

Palavras-chave
Ceratocystis cacaofunesta; Theobroma cacao; controle biológico

ABSTRACT

The biological control of Ceratocystis wilt of cacao (Ceratocystis cacaofunesta) may be a promising alternative not explored yet to control this disease. Twelve isolates of Trichoderma spp. were tested as biocontrol agents (BCAs) for C. cacaofunesta. In this study, the following items were evaluated: i) antagonism by in vitro confronting between BCAs and the pathogen and by inhibition of the pathogen’s spore germination by the antagonist’s secretome; ii) effect of BCAs on the pathogen’s perithecium formation over leaf discs; iii) effect of BCAS on Ceratocystis wilt control in cacao seedlings under greenhouse conditions. The tested BCAs inhibited 100% in vitro growth of the pathogen on the third day and reduced the pathogen’s spore germination. Trichoderma virens (T68), T. harzianum (2927), T. loningiopsis (Tc26) and T. atroviride (7CC) inhibited by 98.5 to 92.3% the pathogen’s perithecium formation. Isolates 7CC, T68, Tc26 and 2729 are promising as BCAs. In combined BCAs, greater inhibition occurred for treatments including T68. There was no evidence of the expected efficiency in tests with seedlings.

Keywords
Ceratocystis cacaofunesta; Theobroma cacao; biological control

Dentre os problemas enfrentados na cacauicultura, destaca-se como uma das mais severas enfermidades do cacaueiro (Theobroma cacao L.) a Murcha de Ceratocystis, cujo agente etiológico é o fungo Ceratocystis cacaofunesta Engelbrecht & T.C. Harrington (1212 Oliveira, M.L.; Luz, E.D.M.N. Principais doenças do cacaueiro e seu manejo. In: Valle, R.R.M. Ciência, tecnologia e manejo do cacaueiro. Brasília, DF: Ceplac/Cepec, 2012. p.187-275.). Esta doença destrói o sistema vascular da planta, assim, quando os sintomas aparecem na parte aérea da planta a mesma já está muito comprometida, o que torna o controle desta enfermidade muito difícil (2222 Tumura, K.G.; Pieri, C.; Furtado, E.L. Murcha por Ceratocystis em eucalipto: avaliação de resistência e análise epidemiológica. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.38, n.1, p.54-60, 2012.). Amplamente disseminada na região cacaueira da Bahia, as mortes relatadas equivalem a 24% das plantas, principalmente as derivadas do clone ICS-1, como a variedade Theobahia (1313 Ram, A.; Valle, R.R.; Freitas, D.B. Controle de cancro ou Murcha de Ceratocystis do cacaueiro na Bahia, Brasil. Agrotropica, Itabuna, v.16, p.111-114, 2004., 1515 Sanches, C.L.G.; Pinto, L.R.M.; Pomella, A.W.V.; Silva, S.D.V.M., Loguercio, L.L. Assessment of resistance to Ceratocystis cacaofunesta in cocoa genotypes. European Journal of Plant Pathology, Wageningen, v.122, p.517-528, 2008., 1919 Silva, S.D.V.M.; Luz, E.D.M.N. Ceratocystis fimbriata em cacaueiros das variedades Theobahia cultivadas na Bahia. Fitopatologia Brasileira, Brasília, DF, v.25, n. 2, p. 424-425, 2000.). Em um levantamento feito em 2000 nos agrossistemas da região cacaueira da Bahia, a maior incidência da doença ocorreu no município de Uruçuca, atingindo até 30% das plantas (11 Almeida, L.C.C.; Costa, A.Z.M; Lopes, J.R.M; Bezerra, J.L. Distribuição geográfica da murcha-de-Ceratocystis do cacaueiro na Bahia, Brasil. Agrotrópica, Ilhéus, v.17, p.83-86, 2005.).

Sabe-se que diversos fitopatógenos são controlados por agentes antagonistas que agem com considerável eficiência. Inclusive, algumas espécies de Trichoderma mostraram-se promissoras para o controle de doenças do cacaueiro como a Monilíase causada por Moniliophthora roreri (Cif.) Evans et al. (22 Bernales, G.R.K. Remoción de tejidos enfermos y la aplicación de Trichoderma sp., para el control de Moniliasis (Moniliophthora roreri Cif. & Par) y Escoba de bruja (Crinipellis perniciosa (Stahel Singer) del Cacao (Theobroma cacao L.) en Tarapoto - San Martín. 2001. 87f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica)-Universidad Nacional de San Martín, Tarapoto., 33 Carvajal, J.E.V.; Rosero, S.E.V.; Orozco, W.L.V. Aplicación de Antagonistas Microbianos para el Control Biológico de Moniliophthora roreri Cif & Par en Theobroma cacao L. Bajo Condiciones de Campo. Revista Facultad Nacional de Agronomía, Medellín, v.68, n.1, p.7441-7450, 2015., 1414 Rene, R. Control de las principales enfermedades del cacao (Theobroma cacao L.) com tres especies de seca de Trichoderma y oxido cuproso. 2003. 110f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) - Instituto Agrícola, Universidad Nacional Agraria de la Selva, Tingo Maria.), a Podridão Parda cujos agentes etiológicos são espécies de Phytophthora (1414 Rene, R. Control de las principales enfermedades del cacao (Theobroma cacao L.) com tres especies de seca de Trichoderma y oxido cuproso. 2003. 110f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) - Instituto Agrícola, Universidad Nacional Agraria de la Selva, Tingo Maria., 1717 Santos, M.V.O.; Araújo, D.C.S.; Santos, T.R.; Silva, S.D.V.M.; Bezerra, J.L.; Luz, E.D.M.N. Identificação de potenciais agentes fúngicos biocontroladores de Phytophthora spp. Agrotrópica, Ilhéus, v.26, p.145-220, 2014.) e a Vassoura de Bruxa causada por M. perniciosa (Stahel Singer) Aime & Phillips-Mora (22 Bernales, G.R.K. Remoción de tejidos enfermos y la aplicación de Trichoderma sp., para el control de Moniliasis (Moniliophthora roreri Cif. & Par) y Escoba de bruja (Crinipellis perniciosa (Stahel Singer) del Cacao (Theobroma cacao L.) en Tarapoto - San Martín. 2001. 87f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica)-Universidad Nacional de San Martín, Tarapoto., 88 Loguercio, L.L.; Pomella, A.W.V.; Souza, J.T.; Niella, G.R.; Veloso, J.L.M.; Costa, J.C.B. Controle biológico das doenças do cacaueiro. In: Valle, R.R.M. Ciência, tecnologia e manejo do cacaueiro. Brasília, DF: Ceplac/Cepec, 2012. p. 277-292., 1414 Rene, R. Control de las principales enfermedades del cacao (Theobroma cacao L.) com tres especies de seca de Trichoderma y oxido cuproso. 2003. 110f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) - Instituto Agrícola, Universidad Nacional Agraria de la Selva, Tingo Maria.). Segundo Costa et al. (55 Costa, J.C.B.; Bezerra, J.L.; Veloso, J.L.M.; Niella, G.R.; Bastos, C.N. Controle biológico da vassoura-de-bruxa do cacaueiro. In: Venzon, M.; Paula J.R., T.J.; Pallini, A. Tecnologias alternativas para o controle de pragas e doenças. Visconde do Rio Branco, MG: Suprema Gráfica e Editora Ltda., 2006. v.1, cap.2, p.25-48. 2006.), o fungo T. stromaticum inibe a esporulação de M. perniciosa, reduzindo até 56,7% nas vassouras localizadas na copa dos cacaueiros e 99% a produção de basidiocarpos em vassouras sobre a serrapilheira, demonstrando, assim, seu potencial como agente de controle biológico da enfermidade. Entretanto, até o presente momento não foram encontrados relatos utilizando o controle biológico como alternativa para o controle de C. cacaofunesta, o que pode ser uma alternativa viável e promissora, visto que existe uma ampla variedade genética de microrganismos que pode ser explorada para esse fim.

Cientes da ampla capacidade de Trichoderma spp. em atuar no controle de diferentes fitopatógenos, foram utilizados doze isolados deste gênero para testes quanto ao antagonismo in vitro e in vivo a C. cacaofunesta.

MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram conduzidos na Seção de Fitopatologia do Cepec (Centro de Pesquisas do Cacau) da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, 14º75’54,23 S, 39º23’11,35 W), município de Ilhéus – Bahia. O isolado do fitopatógeno testado foi o Cc20 da coleção de Ceratocystis do Cepec, na concentração de 3x104 UFC/mL. Os isolados dos antagonistas utilizados com concentração de 1x107 esporos/mL foram: Trichoderma martiale (ALF 247), T. atroviride (7CC), T. longibrachiatum (Tc 25), T. koningiopsis (Tc 26), T. virens (T68), T. martiale (312), T. asperellum (316), T. pseudokoningii (854) e T. harzianum (2927) obtidos como endófitos de cacaueiros em quatro municípios da Bahia e pertencentes à coleção do Laboratório de Biocontrole do Cepec; T. harzianum (AR 006) e T. stromaticum (Ts 1092) oriundos da coleção do Laboratório de Microbiologia Aplicada da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC); e T. virens (Pc4c1) pertencentes à coleção micológica de Feira de Santana.

Confronto dos agentes de controle biológico com o patógeno

Para o cultivo pareado (66 Dennis, C.; Webster, J. Antagonistic properties of species-groups of Trichoderma. III-Hyphal interaction. Transactions of the Bristish Mycological Society, London, v.57, p.368-369, 1971.), discos de cultura (ø = 5 mm) contendo estruturas do antagonista e do fitopatógeno, respectivamente, foram colocados diametralmente opostos em placas de Petri contendo BDA (batata-dextrose-ágar). Devido ao lento crescimento do C. cacaofunesta em meio de cultura, os discos de Cc20 foram colocados nas placas três, quatro e cinco dias antes de serem pareados com os antagonistas. A testemunha continha um disco de ágar-ágar no lugar do disco de micélio do antagonista. As placas foram vedadas e incubadas a 28 ºC em BOD. Os experimentos in vitro foram montados em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com seis repetições por tratamento.

Avaliação do potencial dos agentes de biocontrole como inibidores da germinação dos esporos de C. cacaofunesta

Para avaliar a inibição da germinação de esporos do patógeno pelos antagonistas, placas de Petri contendo ágar-ágar foram divididas em seis quadrantes. Alíquotas da suspensão do patógeno [3x104 UFC/mL] e do secretoma do antagonista em seis concentrações (90, 75, 50, 25, 10 e 0% do antagonista [1x107 esporos/mL], foram colocadas em tubos de 2 mL, agitadas por 30 s e, posteriormente, colocou-se uma alíquota de 10 µl da mistura em cada quadrante. As placas foram incubadas em BOD, a 28 ºC, por 6 h, após adicionou-se uma gota de lactofenol + azul de algodão. A contagem dos esporos de C. cacaofunesta germinados e não germinados foi realizada em microscópio ótico em aumento de 100X para a obtenção de um total de 100 esporos por campo. Por fim, calculou-se o percentual de inibição em relação a testemunha (0% do antagonista) e os valores foram comparados pelo teste de Scoot-knott (p<0,05).

Efeito dos biocontroladores sobre a infecção e formação de peritécios em discos de folhas de cacaueiro

Na avaliação in vivo, três métodos foram testados utilizando o clone de cacaueiro CCN51, susceptível à Murcha de Ceratocystis (2020 Silva, S.D.V.M.; Paim, M.C.; Castro, W.M. Cacau ‘Jaca’ Resistente a Ceratocystis fimbriata na Região Cacaueira da Bahia, Brasil. Fitopatologia Brasileira, Brasília, DF, v.29, p.538-540, 2004.). Os métodos foram: 1) discos de folhas (99 Magalhães, D.M.A.; Luz, E.D.M.N.; Lopes, U.V.; Niella, A.R.R.; Damaceno, V.O. Leaf disc method for screening Ceratocystis Wilt resistance in cacao. Tropical Plant Pathology, Viçosa, v.41, p.21-27, 2016.); 2) tratamento de sementes com antagonistas e; 3) tratamento dos ferimentos em mudas, antes da inoculação com C. cacaofunesta.

No primeiro experimento in vivo, folhas coletadas de plantas saudáveis e desinfestadas com álcool 70%, hipoclorito de sódio 2,5% e água estéril tiveram a parte superficial da nervura central removida com um bisturi e cortados discos de 1,5 cm de diâmetro (99 Magalhães, D.M.A.; Luz, E.D.M.N.; Lopes, U.V.; Niella, A.R.R.; Damaceno, V.O. Leaf disc method for screening Ceratocystis Wilt resistance in cacao. Tropical Plant Pathology, Viçosa, v.41, p.21-27, 2016.). Os discos foram imersos nas suspensões dos antagonistas por cinco minutos e posteriormente arrumados com a nervura para cima em caixas contendo espumas umedecidas com água destilada estéril (câmara úmida), e incubadas a 28 ºC em BOD. Após 24 h, inoculou-se 20 µL de Cc20 [3x104 UFC/mL], arrastando o inóculo pela nervura central do disco. Quatro dias depois contou-se o número de peritécios formados na superfície dos discos. Os discos controle foram imersos em água estéril. O experimento foi montado em DIC, com 13 tratamentos e 60 repetições. Para testar o efeito combinado de antagonistas, foram selecionados os quatro fungos que individualmente produziram os melhores resultados, combinando-os dois a dois, três a três e os quatro juntos volume a volume seguindo a mesma metodologia de discos de folhas. O experimento em DIC contou com 16 tratamentos de 10 repetições com seis unidades experimentais. Para medir a eficiência dos biocontroladores, calculou-se o percentual de inibição em relação à testemunha, aplicando-se a fórmula: Percentual de inibição (%) = [(Média das Testemunhas – Média do Tratamento)/Média das Testemunhas]×100.

Efeito dos antagonistas no controle da Murcha de Ceratocystis através da inoculação em plantas de cacaueiro

As sementes de cacaueiro foram despeletizadas e colocadas para pré-germinação por 24 h em água corrente. Com a radícula emitida, as sementes foram mergulhadas nas suspensões dos antagonistas por 12 h e posteriormente plantadas em sacos contendo a mistura de solo e substrato na proporção de 2:1, previamente esterilizada em autoclave por duas vezes consecutivas. Duas doses de 10 mL da suspensão de cada antagonista foram aplicadas aos 15 e aos 30 dias antes da inoculação do patógeno. Após 150 dias de desenvolvimento das plantas, procedeu-se a inoculação de C. cacaofunesta [3x104 UFC/mL] no caule após incisão com bisturi no sentido diagonal descendente acima do primeiro entrenó (2121 Silva, S.D.V.M.; Pinto, L.R.M.; Oliveira, B.F.; Damaceno, V.O.; Pires, J.L.; Dias, C.T.S. Resistência de progênies de cacaueiro à murcha-de-Ceratocystis. Tropical Plant Pathology, Viçosa, v.37, n.3, p.191-195, 2012.). A avaliação foi realizada 22 dias depois da inoculação do fitopatógeno, quantificando-se: número de plantas vivas; área da lesão nas plantas sobreviventes; peso da parte aérea e do sistema radicular e; altura e diâmetro das plantas. Este experimento foi em blocos ao acaso, com 12 tratamentos com antagonistas, uma testemunha inoculada e uma testemunha absoluta, cada tratamento com nove repetições e cada repetição com cinco unidades experimentais.

No terceiro experimento in vivo foram utilizadas mudas seminais cultivadas em condições de casa de vegetação por um ano. As mudas destinadas a cada um dos tratamentos (exceto a testemunha) foram irrigadas com 10 mL da suspensão de cada antagonista, respectivamente, aos 15 e aos 30 dias antes da inoculação do patógeno. No dia da inoculação do patógeno foi feita uma incisão com bisturi, no sentido diagonal cerca de 10 cm acima do coleto, onde se depositou uma alíquota de 30 µL da suspensão do antagonista na concentração de 1x107 esporos/mL ou água estéril para a testemunha e no dia seguinte o disco de cultura do patógeno. Abaixo da incisão colocou-se um pedaço de algodão umedecido em água estéril e envolveu-se com fita de vedação o local de inoculação, a fim de compor uma câmara úmida, criando condições favoráveis à penetração e colonização do hospedeiro. O experimento em DIC constou de seis tratamentos, sendo T1 a testemunha inoculada somente com o patógeno, os quatro isolados que obtiveram individualmente melhores resultados no experimento de discos de folhas [T2 (isolado T68), T3 (2927), T4 (Tc26) e T5 (7CC)] e T6 com a mistura das suspensões dos quatro isolados juntos, volume a volume e 60 repetições. A avaliação dos mesmos parâmetros do experimento citado anteriormente foi realizada 35 dias após a inoculação do patógeno. Os dados dos experimentos in vivo foram analisados através dos softwares SISVAR® versão 5.6 (77 Ferreira, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.35, n.6, p.1039-1042, 2011.), realizando testes de Scoot-knott (p<0,05) e SAS® (1818 SAS Institute. SAS/STAT 9.1 user’s guide. 1.ed. Cary: SAS Institute, 2004. 5136p.), para os testes de Dunnett (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No experimento de confronto entre patógeno e antagonistas observou-se que todos os isolados de Trichoderma spp. apresentaram rápido crescimento micelial, e, inibiram o crescimento do patógeno em 100% no terceiro dia de avaliação, exceto o isolado T68 (T. virens) que apresentou 98% de inibição do patógeno. Já no segundo dia de avaliação, os isolados 312 (T. martiale), 7CC (T. atroviride), AR006 (T. harzianum), Pc4c1 (T. virens), Tc26 (T. koningiopsis) e Ts1092 (T. stromaticum) inibiram totalmente o desenvolvimento do patógeno. Não houve diferença significativa entre os dias de vantagens atribuídos ao patógeno, pois os antagonistas inibiram o desenvolvimento das colônias de C. cacaofunesta independentemente de seu tamanho inicial. Oliveira et al. (1111 Oliveira, B.F.; Silva, S.D.V.M.; Santos, M.V.O. Antagonismo in vitro de Trichoderma spp. a patógenos do cacaueiro. Agrotrópica, Ilhéus, v.25, n.2, p.117-120, 2013.) constataram que os isolados de T. harzianum, T. longibrachiatum, T. pseudokoningii e T. viride por eles testados, em três dias já haviam tomado toda a placa de Petri e se destacaram pela sobreposição total e rápida das colônias de C. cacaofunesta. Já Santos et al. (1616 Santos, C.C.; Oliveira, F.A.; Santos, M.S.; Talamini, V.; Ferreira, J.M.S.; Santos, F.J. Influência de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de Thielaviopsis paradoxa. Scientia Plena, Aracajú, v.8, n.4, p.1-5, 2012.) relataram que dez isolados de Trichoderma spp. inibiram o crescimento micelial de Thielaviopsis paradoxa, anamorfo de C. paradoxa (1616 Santos, C.C.; Oliveira, F.A.; Santos, M.S.; Talamini, V.; Ferreira, J.M.S.; Santos, F.J. Influência de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de Thielaviopsis paradoxa. Scientia Plena, Aracajú, v.8, n.4, p.1-5, 2012.).

Melo (1010 Melo, J.F. Avaliação de isolados de Trichoderma spp. para controle de Phytophthora nicotianae. 2015. 31p. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agropecuária) – Universidade Estadual Paulista Campus de Jaboticabal, Jaboticabal.) mostrou que, do total de 50 isolados de Trichoderma spp. testados, todos foram capazes de inibir, significativamente, o crescimento de P. nicotianae, com valores de inibições que variaram de 29 a 83% no tamanho da colônia do fitopatógeno, e acrescentou que os isolados de Trichoderma spp. cresceram sobre o fitopatógeno. Corrêa et al. (44 Corrêa, E.B.; Kupper, K.C.; Goes, A. Controle biológico da podridão radicular em plantas de limão cravo. Citrus Research & Technology, Cordeirópolis, São Paulo, v.32, n.3, p.127-132, 2011.) concluíram que Trichoderma pseudokoningii (isolado ACB-37) e T. virens (ACB-32) foram os que mais inibiram o desenvolvimento de P. parasitica por meio do cultivo pareado e pela produção de metabólitos tóxicos ao patógeno. Sugerindo, assim que os mecanismos responsáveis pelo antagonismo, provavelmente, são competição e antibiose, uma vez que os mesmos não apresentaram atividade celulolítica. Com relação a T. aureoviride (ACB-33), houve inibição do crescimento micelial de P. parasitica, em cultivo pareado e produção de enzimas capazes de degradar a celulose presente no meio de cultura, indicando a ocorrência dos mecanismos de ação por competição, antibiose e parasitismo.

Quanto à inibição da germinação de esporos de C. cacaofunesta em presença do secretoma de Trichoderma spp. não foi possível estabelecer uma concentração padrão de inibição para todos os 12 isolados testados, no entanto, para a maioria (oito isolados), a concentração de 10% do secretoma pode ser considerada ideal para demonstrar a inibição dos esporos (conídios, aleuroconídios e ascósporos) do patógeno (Figura 1). Alguns isolados (312, ALF247, 854 e 768) requereram uma concentração mais elevada. Porém, a concentração de 90% do secretoma dos antagonistas não deve ser usada, tendo em vista os resultados de inibição apresentados para esta concentração por todos os isolados (Tabela 1). Provavelmente ocorreu ação sinérgica à esta concentração. Trichoderma asperellum (316) e T. martiale (AR006) destacaram-se dos demais ao apresentar valores acima de 80% de inibição (Tabela 1). Nenhum dos isolados nas concentrações do secretoma testados inibiu 100% a germinação dos esporos do patógeno, porém, todos os 12 isolados de antagonistas reduziram a germinação dos esporos do patógeno que são a principal fonte de dispersão da Murcha de Ceratocystis. Zivković et al. (2323 Zivković, S.; Stojanović, S.; Ivanović, Ž.; Veljko, G.; Popović, T.; Balaž, J.S. Screening of antagonist activity of microorganisms against Colletotrichum acutatum and Colletotrichum gloeosporioides. Biological Sciences, Belgrade, v.62, p.611-623, 2010.) com suspensões de esporos de isolados de T. harzianum e Gliocladium roseum contra Colletotrichum acutatum e C. gloeosporioides, verificaram que os antagonistas inibiram de 86% e 89% a germinação de conídios dos dois isolados de Colletotrichum testados. Esses dados corroboram que T. harzianum é um bom inibidor da germinação de esporos de vários fungos.

Tabela 1
Inibição da germinação de esporos de Ceratocystis cacaofunesta quando tratados com seis concentrações de secretoma dos antagonistas do gênero Trichoderma.
Figura 1
Percentual da inibição da germinação de esporos de Ceratocystis cacaofunesta por isolados antagonistas de Trichoderma spp. em concentrações de secretomas a 10, 25 e 50%.

Nas inoculações do patógeno em discos de folhas destacou-se o isolado T68, que inibiu 98,52% a formação de peritécios pelo patógeno, o que permite afirmar que este isolado coloniza rapidamente a superfície dos discos, impedindo o estabelecimento do patógeno e a sua esporulação. Inibições significativas foram observadas também utilizando os isolados 2927 e Tc26 com 94,03% e 7CC com 92,34% de inibição (Figura 2). O menor percentual de inibição (43,49%) foi do isolado 854. Todos os isolados diferiram estatisticamente da testemunha e causaram inibições ao patógeno.

Figura 2
Número de peritécios de Ceratocystis cacaofunesta formados após quatro dias nos discos de folhas tratados com os antagonistas e inoculados com o patógeno (NPER) e percentagem de inibição em relação à testemunha (%INIB).

No experimento seguinte, visando comparar a atuação individual de cada um dos quatro melhores isolados de biocontroladores – T68, Tc26, 2927 e 7CC –, com as combinações entre eles, todos os quinze tratamentos com antagonistas inibiram a formação de peritécios de C. cacaofunesta em porcentagens entre 67 e 100% pelo teste de Tukey (p<0,05). O isolado T68 foi capaz de inibir sozinho acima de 99% a formação de peritécios de C. cacaofunesta e quando em combinação com outros isolados a inibição chegou a 100% (Figura 3).

Figura 3
Número de peritécios de Ceratocystis cacaofunesta formados após quatro dias sobre discos de folhas de cacaueiro e percentuais de inibição provocados pela ação combinada ou isolada de antagonistas em relação à testemunha (T1= T68+Tc26; T2= T68+2927; T3= T68+7CC; T4=Tc26+2927; T5= Tc26+7CC; T6=2927+7CC; T7= T68+Tc26+2927; T8= T68+Tc26+7CC; T9=T68+2927+7CC; T10=Tc26+2927+7CC; T11= T68+Tc26+2927+7CC; T12= T68; T13= 7CC; T14= Tc26; T15= 2927).

Quando as sementes em germinação foram tratadas e inoculadas as plantas aos 150 dias de idade, o número de plantas mortas e com sintomas da Murcha de Ceratocystis foi elevado em todos os tratamentos, à exceção da testemunha absoluta onde as plantas não morreram (Figura 4A). Todos os tratamentos, sem exceção, diferiram da testemunha absoluta pelo teste de Dunnett a 5% de probabilidade (Tabela 2). Houve diferença significativa entre o tratamento 7CC em relação à testemunha inoculada, sendo este o único tratamento a diferir da testemunha inoculada, por apresentar 28,21% de plantas sobreviventes. Como o número de plantas sobreviventes foi pequeno, a avaliação das demais variáveis ficou prejudicada. No entanto, para as variáveis peso do sistema radicular e peso da parte aérea (Tabela 3), o isolado 7CC distinguiu-se dos demais, apresentando valores médios de 0,86 e 4,9 g, respectivamente, porém inferiores e distintos das médias da testemunha absoluta (1,32 e 9,02 g, respectivamente). Na forma como os antagonistas foram aplicados, nenhum dos tratamentos conseguiu controlar o desenvolvimento da Murcha de Ceratocystis, porém, apresentaram indícios promissores de que é possível se obter um biocontrolador a partir dos antagonistas testados, desde que aplicados com outras metodologias in vivo a fim de não descartar a possibilidade de eficiência dos agentes de biocontrole conforme observado nos experimentos anteriores. Porém, o fato de haver plantas sobreviventes para os tratamentos com antagonistas pode implicar em alternativa para o melhoramento genético do cacaueiro para esta doença.

Tabela 2
Porcentagem de plantas vivas dos tratamentos com os antagonistas ao 22° dia após a inoculação de Ceratocystis cacaofunesta em relação às testemunhas inoculada e absoluta
Figura 4
Mudas de cacaueiro do experimento com tratamento de sementes: A) plantas controle sem sintomas; B, C) mortas por Ceratocystis cacaofunesta; C) detalhe das folhas murchas.

Segundo Oliveira & Luz (1212 Oliveira, M.L.; Luz, E.D.M.N. Principais doenças do cacaueiro e seu manejo. In: Valle, R.R.M. Ciência, tecnologia e manejo do cacaueiro. Brasília, DF: Ceplac/Cepec, 2012. p.187-275.), os sintomas da Murcha de Ceratocystis na parte aérea da planta são caracterizados por murcha, amarelecimento e seca de folhas que perdem a turgidez, pendem verticalmente, encarquilham-se, secam, permanecendo aderidas aos ramos por algumas semanas mesmo após a morte aparente da planta. Este quadro sintomático foi observado nas mudas inoculadas com C. cacaofunesta, todavia, as folhas nas plantas inoculadas não chegaram a amarelecer, penderam verticalmente e secaram rapidamente, seguindo-se a morte das plantas (Figura 4B, C, D). Este fato pode ser atribuído à fragilidade das plantas e a agressividade do patógeno diante do ferimento provocado nas plantas para inoculação.

No experimento com mudas de um ano de idade, como as plantas já estavam mais velhas, o número de plantas mortas foi bem inferior ao do experimento anterior, um total de 19,4% de mortalidade, sendo que 4,16% das plantas da testemunha morreram (Tabela 4). Verificou-se que houve diferença significativa entre os tratamentos apenas quanto à altura do caule, em que os tratamentos T2 e T4 se destacaram dos demais e diferiram estatisticamente da testemunha.

Tabela 3
Peso médio do sistema radicular e da parte aérea das plantas tratadas com os antagonistas e sobreviventes à inoculação com Ceratocystis cacaofunesta e da testemunha absoluta.
Tabela 4
Valores médios das variáveis avaliadas no tratamento com ferimentos após 35 dias da inoculação de Ceratocystis cacaofunesta.

AGRADECIMENTOS

A CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas e financiamento da pesquisa, à CEPLAC, ao PPGPV/UESC, à Coleção Micológica de Feira de Santana, ao matemático e estatístico Lindolfo Pereira dos Santos Filho (CEPLAC), bem como a todos os funcionários da CEPLAC/CEPEC/SEFIT que colaboraram nessa pesquisa.

  • Acesso aos dados: Os dados detalhados obtidos nesta pesquisa, bem como os testados, estão disponíveis para consulta mediante solicitação.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2018

Histórico

  • Recebido
    29 Nov 2016
  • Aceito
    26 Abr 2017
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