As estruturas dos principais oligossacarídeos presentes no exsudato da doença açucarada do sorgo, produzidos pelo patógeno Claviceps africana, foram caracterizadas através de espectroscopia de bombardeamento rápido de átomos-espectrometria de massa (FAB-MS) e cromatografia gasosa-espectrometria de massa (GC-MS). Dois grupos de oligossacarídeos foram elucidados, sendo o principal formado pelos trissacarídeos 1,6-di-b-D-frutofuranosil-D-manitol e 1,5-di-b-D-frutofuranosil-D-arabitol e os dissacarídeos 1-b-D-frutofuranosil-D-manitol e 5-b-D-frutofuranosil-D-arabitol e outros grupos menos importantes de dissacarídeos e trissacarídeos. As diversidades estruturais foram elucidadas de acordo com a inter-relação biossintética de sua rota metabólica, a qual parece ser exclusiva entre os fungos produtores da doença "ergot", particularmente com relação a redução intramolecular da frutose. O oligossacarídeo 1,6-di-b-D-frutofuranosil-D- manitol, o qual inibe a germinação dos macrosporos de C. africana a uma concentração de 1 g/mL ou mais, forma juntamente com outros oligossacarídeos menos bioativos a base de uma nova estratégia para limitar as perdas na produção de sementes de híbridos de sorgo.
ergot; análise de ligação; doença açucarada do sorgo
