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Tipagem de DNA extraído de lâmina de esfregaço vaginal em casos suspeitos de estupro

Na suspeita de casos de estupro, é necessária a realização de exames para constatar a prática do abuso sexual com penetração. Com esse objetivo, nos serviços de medicina legal, é realizada, entre outros exames, a feitura de esfregaços vaginais com a transferência do material biológico para lâmina. Neste trabalho, são descritos dois casos forenses, elucidados pela tipagem de DNA realizada a partir de células de esfregaço vaginal. Em 1999, duas jovens relataram ao Departamento de Polícia do Rio de Janeiro que haviam sido vítimas de abuso sexual. Um suspeito foi detido e apontado pelas vítimas como o agressor. Apesar das acusações, o suspeito alegou sua inocência. Com objetivo de elucidar os fatos, lâminas de esfregaço vaginal representando as únicas evidências biológicas dos suspeitosos casos de estupro foram enviadas ao Laboratório de Diagnósticos por DNA três meses após o crime. Os protocolos utilizados para recuperação celular e extração de DNA baseiam-se em técnicas preexistentes, porém adaptadas para se obter quantidade de DNA suficiente para realização das análises. A quantidade de células foi suficiente para a utilização da técnica de extração diferencial de DNA e sua tipagem por meio de 9 loci "short tandem repeats" (STR). A análise estatística mostrou ser 3,3 bilhões de vezes mais provável que o relatado suspeito seja o doador das células espermáticas encontradas no material biológico coletado das vítimas que qualquer outro indivíduo na população do Rio de Janeiro.

Estupro; Esfregaço vaginal


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