CONTEXTO: Apesar do recente avanço técnico na realização da prostatectomia radical retropúbica, que levou a queda no índice de complicações, a disfunção erétil ainda é um problema importante. Além disso, as novas opções (menos invasivas) de tratamento da disfunção erétil não mostram resultados satisfatórios nesse grupo de pacientes. OBJETIVO: Avaliar a eficácia e efeitos colaterais da auto-injeção no tratamento da disfunção erétil causada pela prostatectomia radical, durante 96 meses. TIPO DE ESTUDO: Estudo observacional. LOCAL: Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. PARTICIPANTES: 168 pacientes com disfunção erétil, entre 43 e 78 anos, submetidos a prostatectomia radical retropúbica, devido a câncer localizado da próstata. PROCEDIMENTOS: Os pacientes foram tratados com auto-injeção utilizando a associação de papaverina, fentolamina e prostaglandina E1 em casa. RESULTADOS: O índice de sucesso foi de 94,6% com complicações bastante discretas. Além disso, tivemos um índice de cura de 13,1% nesse estudo. CONCLUSÕES: A auto-injeção com papaverina, fentolamina e prostaglandina E1 é eficaz e segura no tratamento da disfunção erétil causada pela prostatectomia radical.
Câncer da próstata; Disfunção erétil; Auto-injeção intracavernosa; Prostatectomia radical