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Maintenance treatment of diabetic patients, associating arterial obstructive tibio-peroneal disease

INTRODUÇÃO: Quando um portador de diabete melito apresenta lesão trófica infectada do membro inferior, é indispensável a avaliação das condições circulatórias a fim de se orientar o procedimento terapêutico. Em determinadas situações, apesar da ausência de batimentos arteriais, não há isquemia tecidual. Nestes casos, o tratamento conservador, com eventual ressecção de tecidos necróticos e infectados pode ser adotado. MATERIAL E MÉTODOS: Foi estudada a evolução de 70 pacientes diabéticos com lesão trófica de extremidade submetidos ao tratamento conservador.A idade dos doentes variou de 28 a 88 anos, com média de 56,8. O sexo mais acometido foi o feminino, em 42 casos. O diabetes não insulino-dependente (tipo II) foi observado em 64 pacientes (91,5%), sendo os outros 6 do tipo I. A retinopatia diabética foi constatada em 14 (20%) pacientes, neuropatia em 22 (31%) e nefropatia em 8 doentes (11,4%). Todos os pacientes apresentavam batimentos arteriais até a região poplítea. Eles foram divididos em 2 grupos com relação as artérias tronculares da perna: Grupo I, Artérias de pernas pérvias, constituído por 48 pacientes; Grupo II, Artérias de pernas ocluídas, constituído por 22 pacientes. Quanto à localização anatômica das lesões, os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo A: formado por 32 pacientes (45,7%) com acometimento exclusivo de um ou mais dedos sem atingir a região metatarsiana; Grupo B, formado por 16 pacientes (22,9%) com acometimento tráfico atingindo a região metatársica; Grupo C, formado por 22 pacientes (31,4%) com lesão acometendo a região calcânea. As lesões em ambos os grupos foram causadas por traumatismos mecânicos. O tempo da presença de lesão em membro inferior variou de 7 a 48 dias, com média de 12 dias. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Ao ser analisada a perviedade em artérias tronculares e evolução dos pacientes, verifica-se que houve resultado significativamente melhor naqueles com todos os pulsos presentes (81,3% x 45,5%) (p < 0,01). Ao estudarmos o local da lesão associando-o com o prognóstico dos casos, observamos que para feridas em extremidade digital, o resultado é significativamente melhor que nos locais mais proximais (87,5% x 59,1%) (p <0,01). Melhor ainda quando associamos a variável pulso presente (96,0% x 75%) (p <0,01) (tabela III). Quando os pulsos distais estão ausentes, não há diferenças significativas no resultado do tratamento, seja ele realizado em lesões digitais ou em lesões mais proximais (p > 0,05) (tabela IV).


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