CONTEXTO E OBJETIVO: A artroplastia total do joelho (ATJ) evoluiu sobremaneira desde os anos 70, com melhora dos implantes e do instrumental cirúrgico, tornando-se uma intervenção efetiva para o tratamento da artrose do joelho. Muitos estudos apresentam resultados clínicos e radiológicos satisfatórios superiores a 90% no acompanhamento acima de 10 anos. Apesar das evidências científicas sobre sua eficácia da ATJ, a sua abordagem apresenta controvérsias em alguns aspectos. O objetivo do estudo foi avaliar como o ortopedista brasileiro aborda a ATJ e os principais aspectos técnicos na realização deste procedimento. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado durante o 39º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia em São Paulo, Brasil, em novembro de 2007. MÉTODOS: Aplicamos um questionário aos ortopedistas inscritos no congresso. A distribuição foi aleatória com adesão voluntária. Foram incluídos 858 questionários para análise. RESULTADOS: A maioria dos Ortopedistas Brasileiros são membros da SBOT e atua na região sudeste. Usam o implante importado, cimentado, por via de acesso anterior centrada na patela, com substituição da superfície articular da patela e preservação do ligamento cruzado posterior e não tem experiência com a artroplastia total bilateral simultânea. No pós-operatório utilizam antibióticos e dreno de sucção por 48 horas. Não houve consenso quanto à profilaxia para tromboembolismo venoso e frequência das principais complicações. CONCLUSÃO: A maioria dos ortopedistas brasileiros trabalha na região sudeste e concorda quanto aos principais aspectos da abordagem da ATJ.
Joelho; Articulação do joelho; Artroplastia; Prótese do joelho; Brasil
