CONTEXTO E OBJETIVO:
A osteoporose é uma alteração esquelética caracterizada pela redução e pela alteração da microarquitetura óssea, que resultam em aumento da fragilidade e maior predisposição a fraturas. A idade e a baixa massa óssea são os principais fatores de risco não modificáveis para fraturas osteoporóticas. Os fatores modificáveis incluem sedentarismo, inadequada ingestão de cálcio, excessivo consumo de álcool e/ou cafeína, tabagismo e baixo peso corporal. O objetivo foi avaliar associação entre baixa massa óssea e ingestão de cálcio e cafeína por mulheres climatéricas no Sul do Brasil.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Estudo transversal realizado em Porto Alegre e Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.
MÉTODOS:
Mulheres (n = 155) com idade média de 53,6 ± 9,5 anos foram avaliadas em um estudo transversal na região Sul do Brasil. Foram utilizados questionários de frequência alimentar, avaliação da massa óssea por ultrassonometria de calcâneo e avaliação antropométrica.
RESULTADOS:
A preval ência de sobrepeso foi de 67,7%. No rastreamento de massa óssea, 30,3% apresentou baixa massa óssea e 4,5%, osteoporose. A ingestão mediana de cálcio foi de 574,94 mg/dia e de cafeína foi de 108,11 mg/dia. Não foi encontrada associação entre massa óssea e os parâmetros antropométricos, ingestão de cálcio ou de cafeína. Verificou-se que 38,4% das mulheres apresentaram perda de massa óssea.
CONCLUSÕES:
Não foi encontrada associação entre a ingestão de cálcio e cafeína com a massa óssea. Foi observada alta prevalência de baixa massa óssea.
Osteoporose; Cálcio na dieta; Cafeína; Ultrassonografia; Índice de massa corporal