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Evolution of the nutritional support pattern in Pediatric Intensive Care

OBJETIVOS: avaliar o padrão terapêutico e de monitoração de suporte nutricional em uma UTI Pediátrica de um hospital escola, e o papel de um programa de educação continuada em suporte nutricional ministrado aos residentes. DESENHO: em estudo de coorte histórico foram inicialmente estudadas crianças internadas durante o ano de 1992 que receberam suporte nutricional. Seguiu-se a esta avaliação um programa de educação continuada nesta área, administrado para os residentes da unidade. Em uma segunda faze do estudo os mesmo parâmetros foram reavaliados nas crianças que receberam suporte nutricional durante o ano de 1995. LOCAL: UTI Pediátrica do Hospital São Paulo - Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina. PARTICIPANTES: Todas as crianças que receberam suporte nutricional por um tempo igual ou superior a 5 dias perfazendo um total de 37 crianças na primeira fase e 35 crianças na segunda fase do estudo. INTERVENÇÃO: Curso de educação continuada, ministrado semanalmente e constituído por aulas teóricas e leitura de artigos de revista sobre suporte nutricional. MENSURAÇÃO: Foram analisados os registro diários de oferta hídrica, protéico-energética e de micronutrientes, de avaliação nutricional e de monitoração de suporte nutricional no decorrer da terapêutica. RESULTADOS: na primeira etapa do estudo via parenteral exclusiva foi utilizada em 80,5% do tempo e a via digestiva em 19,5%. A avaliação nutricional prévia foi feita em 3 pacientes (8,1%). A relação nitrogênio: calorias não protéicas e a oferta de vitaminas foram inadequadas e a oferta de oligoelementos por via parenteral foi adequada, exceção feita ao zinco. A monitoração nutricional foi efetuada na maior parte dos pacientes, embora de modo não uniforme. Na segunda fase, a via parenteral exclusiva foi utilizada em 69,7% e a via digestiva em 30,3%, não se observando diferenças significantes entre as duas fases. Avaliação nutricional previa foi feita em 13 pacientes (37,1%), A relação nitrogênio: calorias não protéicas e a oferta de micronutrientes foram adequadas mas permaneceram as deficiências de monitoração nutricional e metabólica e o uso pouco freqüente da nutrição enteral. CONCLUSÕES: o suporte nutricional apresentou falhas na implementação que foram parcialmente corrigidas na segunda etapa do estudo. Sugere-se a reformulação do programa de educação continuada, a sua extensão à totalidade do corpo clínico e a criação de uma equipe multidisciplinar encarregada de coordenar o fornecimento de suporte nutricional.


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