Avaliamos o valor prognóstico de diferentes fatores, ao diagnóstico, em 45 pacientes com LMC Ph1-positivos. A sobrevida mediana foi de 48 meses. A análise univariada identificou 5 fatores associados a pior prognóstico (sexo masculino, idade inferior a 45 anos, blastos na medula óssea maior ou igual a 10 percent, basófilos no sangue periférico maior ou igual a 6 percent e eosinófilos no sangue periférico maior ou igual a 6 percent), originando um sistema de estadiamento: estágio I com zero ou um fator e sobrevida de 100 percent em dois anos; estágio II com dois ou três fatores e sobrevida de 72,2 percent em dois anos; estágio III com 4 ou 5 fatores e sobrevida de 0 percent em dois anos (p = 0.00016). A análise multivariada demonstrou que a basofilia no sangue periférico e os blastos na medula óssea foram os fatores que melhor se correlacionaram com o tempo de sobrevida. Concluímos que a combinaçóo de fatores presentes no diagnóstico permite a identificação de diferentes grupos de risco na LMC, podendo ser útil na determinaçóo do prognóstico e na abordagem terapêutica.