RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO:
Examinar os fatores de risco para acidente vascular cerebral (derrame), incluindo fibrilação atrial, manejo e prevenção, e desfechos do derrame na América Latina.
TIPO DE ESTUDO E LOCAL:
Revisão narrativa da literatura, realizada no Instituto do Coração Piedmont, Estados Unidos.
MÉTODOS:
Os termos "derrame" E "América Latina" E epidemiologia (entre janeiro de 2009 e março de 2015) foram buscados nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane. Estudos adicionais nas bases de SciELO, Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde foram utilizados para discutir pontos específicos.
RESULTADOS:
Os países classificados como de baixa ou média renda pelo Banco Mundial, que incluem a maior parte da América Latina, representam dois terços de todos os derrames. Mundialmente, menos da metade dos pacientes (nível de tratamento mediano: 43,9%) com fibrilação atrial recebe anticoagulação adequada para reduzir o risco de derrame, o que correlaciona com os dados da América Latina, onde 46% dos pacientes ambulatoriais não receberam anticoagulação conforme as diretrizes, variando de 41,8% no Brasil a 54,8% na Colômbia.
CONCLUSÕES:
Derrames associados à fibrilação atrial impõem um ônus significativo. Anticoagulantes orais antagônicos sem vitamina K oferecem opções de redução do risco de derrames associados a fibrilação atrial. No entanto, comparações do custo-benefício com varfarina são justificáveis antes da aplicação clínica de resultados dos estudos observacionais relativos à economia da saúde. Iniciativas para solucionar diferenças e melhorar o acesso aos cuidados médicos na América Latina devem acompanhar a modificação dos fatores de risco e a prevenção baseada em orientações.
PALAVRAS-CHAVE:
Acidente vascular cerebral; Fibrilação atrial; Anticoagulantes; Varfarina; Fatores de risco