RESUMO
Objetivo:
avaliar a validade de constructo e a confiabilidade da Escala de Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional em sua versão em Língua Brasileira de Sinais com surdos.
Método:
pesquisa metodológica, com amostra de 121 surdos, no período de janeiro de 2018 a julho de 2019, realizada de maneira virtual com divulgação em todo o Brasil. A coleta foi realizada a partir da Escala de Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional em sua versão adaptada transculturalmente para a Língua Brasileira de Sinais. Para a análise da validação de constructo, utilizou-se o teste t de Student para amostras independentes, enquanto a consistência interna foi testada por Kuder-Richardson. A reprodutibilidade foi analisada pela técnica teste-reteste, utilizando-se o teste de McNemar para os itens e o Intraclass Correlation Coefficient e o coeficiente de correlação de Pearson para os escores dos domínios.
Resultados:
a Escala Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional, em sua versão em Língua Brasileira de Sinais, mostrou-se válida e confiável para a soma dos escores e a média dos domínios teve boa consistência interna no escore total (0,89) e boa consistência interna para os itens do instrumento.
Conclusão:
o instrumento mostrou-se válido e confiável para os surdos. Ofertar um instrumento validado aos surdos poderá proporcionar, a esse coletivo, a oportunidade de expor suas necessidades ou demandas no que concerne ao funcionamento ocupacional, permitindo, aos profissionais de saúde, assim como aos pesquisadores da área, planejar o cuidado e as pesquisas de forma mais inclusiva e direcionada, viabilizando benefícios à comunidade surda.
DESCRITORES:
Línguas de sinais; Estudos de validação; Terapia ocupacional; Surdez; Inquéritos e questionários