BPM e ECM. similaridades, diferenças e limites conceituais e tecnológicos

Resumo

Arquiteturas de informação corporativas ainda não entregam todo o valor que advém da integração de informações estruturadas e não estruturadas. O artigo discute formas complementares de abordar essa questão por meio da integração dos conceitos de Gestão de Conteúdo Corporativo e Gestão por Processos de Negócios, que se desenvolveram até hoje como disciplinas autônomas. Iniciativas de gestão de conteúdo corporativo ainda ocorrem sem considerar formalmente os processos de negócio que geram e manipulam conteúdos. Ao mesmo tempo, iniciativas de gestão por processos de negócio ocorrem sem um tratamento formalizado dos conteúdos produzidos por esses processos. A abordagem não integrada das duas disciplinas colabora para reduzir os benefícios potenciais esperados da arquitetura de informação corporativa e dos programas de gestão de informação. O artigo discute a inter-relação entre ambas, abordando desde a visão histórica dessas disciplinas, seus limites conceituais e suporte tecnológico, até a necessidade de diálogo para benefício mútuo. O artigo esclarece, assim, uma questão teórica ainda vaga: como se podem tratar de forma integrada as duas disciplinas e unificar, em âmbito corporativo, informação estruturada e não estruturada. À luz de uma revisão da literatura, buscou-se analisar e sintetizar experiências em Gestão de Conteúdo Corporativo e Gestão por Processos de Negócios adquiridas no contexto de um projeto de gestão de conteúdo corporativo em empresa do setor elétrico. O artigo revela problemas de abordagens desintegradas das disciplinas e mostra a importância do esforço de integração das duas iniciativas, apresentando três instrumentos complementares que promovem o seu enlace, ao mesmo tempo que aproxima escritórios de processo e analistas de informação.

Palavras-chave
Arquivologia; Gestão de conteúdo corporativo; Gestão documental; Gestão por processos de negócios