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APRENDIZAGEM COLABORATIVA DE LÍNGUA INGLESA: ALGUMAS REFLEXÕES A PARTIR DE INTERAÇÕES ENTRE PARES

RESUMO

Este estudo tem como foco as interações que cinco pares de alunos tiveram, ao realizar uma atividade de escrita colaborativa. A pesquisa foi realizada em uma escola de idiomas de Goiânia, em Goiás, no Brasil, com dez alunos de língua inglesa, em 2015. Os objetivos desta investigação são: a) observar e discutir os elementos que se destacam durante as interações dos alunos; e b) investigar as percepções desses aprendizes sobre a experiência. Este estudo é fundamentado na teoria sociocultural (DONATO, 1994DONATO, R. (1994). Collective scaffolding in second language learning. In: LANTOLF, J. P.; APPEL, G. (Ed.). Vygotskian Approaches to Second Language Learning. Norwood, N. J.: Ablex Publishing Company, pp. 33-56.; HALL, 2001HALL, J. K. (2001). Classroom interaction and language learning. Ilha do Desterro, Florianópolis, n. 41, pp. 17-39.; VYGOTSKY, 1978VYGOTSKY, L. S. (1978). Mind in Society: the Development of Higher Psychological Processes. Cambridge, MA: Harvard University Press.) e na aprendizagem colaborativa de línguas (FIGUEIREDO, 2005FIGUEIREDO, F. J. Q. (2005). Semeando a interação: A revisão dialógica de textos escritos em língua estrangeira. Goiânia: Ed. da UFG., 2006FIGUEIREDO, F. J. Q. (2006). A aprendizagem colaborativa de línguas: algumas considerações conceituais e terminológicas. In: FIGUEIREDO, F. J. Q. (Org.). A aprendizagem colaborativa de línguas. Goiânia: Ed. da UFG, pp. 11-45., 2008FIGUEIREDO, F. J. Q. (2008). The influences of collaboration on the learning of a foreign language. MOARA, n. 30, pp. 117-134., 2015FIGUEIREDO, F. J. Q. (2015). Aprendendo com os erros: uma perspectiva comunicativa de ensino de línguas. 3. ed. Goiânia: Editora UFG.; OXFORD, 1997OXFORD. R. L. (1997). Cooperative learning, collaborative learning, and interaction: Three communicative strands in the language classroom. The Modern Language Journal, v. 81, n. 4, pp. 443-456.). Os pressupostos teóricos que norteiam esta pesquisa consideram a interação e a colaboração como elementos essenciais para o desenvolvimento da aprendizagem de línguas. Trata-se de um estudo de caso qualitativo (GODOY, 2006GODOY, A. (2006). Estudo de caso qualitativo. In: GODOI, C.; BANDEIRA-DE-MELLO, R.; BARBOSA DA SILVA; A. (Org.). Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: Paradigmas, Estratégias e Métodos. São Paulo: Saraiva, pp. 115-146.; TELLES, 2002TELLES, J. A. (2002). "É pesquisa, é? Ah, não quero, não bem!" Sobre a pesquisa acadêmica e a sua relação com a prática do professor de línguas. Linguagem e Ensino, v. 5, n. 2, pp. 91-116.), e as fontes utilizadas para a geração dos dados são questionários, gravações de áudio das interações entre os alunos e entrevistas semiestruturadas. Os elementos que se destacam nesta investigação estão relacionados às potencialidades das interações dialógicas, que fomentam o scaffolding, o apoio mútuo e a promoção da autonomia dos aprendizes. Além disso, os aprendizes destacam alguns aspectos positivos que puderam perceber a partir da experiência, como o auxílio um ao outro e a possibilidade de acessar mais ideias; como aspectos negativos, apontam as divergências e os conflitos com os quais tiveram que lidar durante as interações.

Palavras-chave:
Teoria sociocultural; aprendizagem colaborativa de línguas; interações entre pares

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