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Sensibilidade ao cobre em Xanthomonas campestris pv. viticola

O cancro bacteriano, causado por Xanthomonas campestris pv. viticola, afeta o cultivo irrigado de videira no Vale do Submédio São Francisco, nos estados de Pernambuco e Bahia. O manejo da doença tem sido realizado através de um conjunto de práticas que inclui a aplicação de cúpricos. Este tem sido o único método de controle químico disponível e o mais utilizado nas áreas de ocorrência da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade ao cobre de estirpes de X. campestris pv. viticola coletadas em diferentes localidades, entre os anos de 1998 a 2006. Detectou-se variabilidade na sensibilidade ao oxicloreto de cobre e ao sulfato de cobre entre as 21 estirpes testadas. A concentração mínima inibitória variou entre 10 e 60 µg/mL Cu2+, para os dois produtos. De forma geral, observouse uma evolução no crescimento da tolerância ao cobre ao longo dos anos, com as estirpes brasileiras apresentando maior tolerância que a estirpe-tipo, coletada em 1972 na Índia. As diferenças observadas em sensibilidade ao cobre entre as estirpes de X. campestris pv. viticola podem levar, com o uso contínuo de compostos cúpricos na região, à seleção e dominância das estirpes mais tolerantes na população bacteriana.

Vitis vinifera; tolerância ao cobre; cancro bacteriano da videira


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