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Implicações das Experiências na Família de Origem e de Infidelidade na Violência dos Relacionamentos Amorosos

Resumo

Experiências dos parceiros nas famílias de origem, circunstâncias da vida cotidiana e aspectos da infidelidade na relação conjugal têm sido estudados para explicar a gênese da violência no casal. Este estudo investigou as experiências da família de origem, quais variáveis sociodemográficas e que fatores associados à infidelidade possuem maior poder preditivo da violência nos relacionamentos íntimos, além das suas possíveis interações. Um estudo quantitativo, correlacional-explicativo foi desenvolvido com 216 homens e 384 mulheres (n=600). Correlações foram estabelecidas e modelos de regressão linear foram propostos. Resultados identificaram que circunstâncias da vida cotidiana (sexo, ter filhos ou não, idade dos parceiros) e experiências na família de origem (negligência física, abuso sexual e aliança parental) contribuem para a explicação das expressões de violência no casal. A infidelidade se correlacionou com a violência, mas não se mostrou preditora. Negligência física e abuso sexual identificaram-se como preditores da violência física e a aliança parental disfuncional mostrou-se preditora da violência psicológica. Mulheres revelaram maiores taxas de violência psicológica enquanto homens apresentaram maior perpetração da coerção sexual. Destaca-se a importância da clínica conjugal que se propõe a acolher e tratar a relação conjugal em sua estrutura relacional, favorecendo o estabelecimento de modelos mais equilibrados, estáveis e funcionais.

Palavras-chave:
Violência conjugal; infidelidade; família de origem; análise de regressão

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