Acessibilidade / Reportar erro

Rationality in children: the first steps

Racionalidade nas crianças: os primeiros passos

Abstracts

Not all categorization is conceptual. Many of the experimental findings concerning infant and animal categorization invite the hypothesis that the subjects form abstract perceptual representations, mental models or cognitive maps that are not composed of concepts. The paper is a reflection upon the idea that conceptual categorization involves the ability to make categorical judgements under the guidance of norms of rationality. These include a norm of truth-seeking and a norm of good evidence. Acceptance of these norms implies willingness to defer to cognitive authorities, unwillingness to commit oneself to contradictions, and knowledge of how to reorganize one's representational system upon discovering that one has made a mistake. It is proposed that the cognitive architecture required for basic rationality is similar to that which underlies pretend-play. The representational system must be able to make room for separate 'mental spaces' in which alternatives to the actual world are entertained. The same feature underlies the ability to understand modalities, time, the appearance-reality distinction, other minds, and ethics. Each area of understanding admits of degrees, and mastery (up to normal adult level) takes years. But rational concept-management, at least in its most rudimentary form, does not require a capacity to form second-order representations. It requires knowledge of how to operate upon, and compare, the contents of different mental spaces.

The roots of rationality; conceptual categorization; perceptual representations; mental models; cognitive maps; common-sense psychology; cognitive capacities; representation of absent objects


Nem toda categorização é conceitual. Muitas das descobertas experimentais sobre o processo de categorização nas crianças e animais sugerem a hipótese segundo a qual os sujeitos formam representações perceptuais abstratas, modelos mentais ou mapas cognitivos que não são compostos de conceitos. Este artigo é uma reflexão acerca da ideia de que categorização conceitual envolve a habilidade de fazer julgamentos categoriais, tender como guia as normas de racionalidade. Estas incluem uma norma de busca da verdade e uma norma de evidência adequada. A aceitação dessas normas implica boa vontade em respeitar as autoridades cognitivas, o desejo de evitar as contradições e o conhecimento de como reorganizar seu sistema representacional após descobrir que se cometeu um erro. Sugere-se que a arquitetura cognitiva requerida pela racionalidade básica é semelhante àquela subjacente ao jogo do "faz de conta". O sistema representacional deve ser capaz de arrumar lugar para "espaços mentais", nos quais alternativas para o mundo real são consideradas. A mesma característica subjaz à habilidade de compreender modalidades, tempo, a distinção entre aparência e realidade, outras mentes e éticas. Cada área de compreensão admite graus, e o seu domínio (alcançado pelo adulto normal) leva anos. Contudo a manipulação racional de conceitos, pelo menos na sua forma mais rudimentar, não requer a capacidade de formar representações de segunda ordem. Ela requer conhecimento do procedimento de como operar e comparar os conteúdos dos diferentes espaços mentais.

As raízes da racionalidade; categorização conceitual e não-conceitual; representações perceptuais; modelos mentais; mapas cognitivos; psicologia do senso-comum; capacidades cognitivas; representação de objetos ausentes


ORIGINAL ARTICLES

Rationality in children: the first steps

Racionalidade nas crianças: os primeiros passos

Andrew Woodfield

Department of Philosophy - University of Bristol

ABSTRACT

Not all categorization is conceptual. Many of the experimental findings concerning infant and animal categorization invite the hypothesis that the subjects form abstract perceptual representations, mental models or cognitive maps that are not composed of concepts. The paper is a reflection upon the idea that conceptual categorization involves the ability to make categorical judgements under the guidance of norms of rationality. These include a norm of truth-seeking and a norm of good evidence. Acceptance of these norms implies willingness to defer to cognitive authorities, unwillingness to commit oneself to contradictions, and knowledge of how to reorganize one's representational system upon discovering that one has made a mistake. It is proposed that the cognitive architecture required for basic rationality is similar to that which underlies pretend-play. The representational system must be able to make room for separate 'mental spaces' in which alternatives to the actual world are entertained. The same feature underlies the ability to understand modalities, time, the appearance-reality distinction, other minds, and ethics. Each area of understanding admits of degrees, and mastery (up to normal adult level) takes years. But rational concept-management, at least in its most rudimentary form, does not require a capacity to form second-order representations. It requires knowledge of how to operate upon, and compare, the contents of different mental spaces.

Keywords: The roots of rationality; conceptual categorization; perceptual representations; mental models; cognitive maps; common-sense psychology; cognitive capacities; representation of absent objects.

RESUMO

Nem toda categorização é conceitual. Muitas das descobertas experimentais sobre o processo de categorização nas crianças e animais sugerem a hipótese segundo a qual os sujeitos formam representações perceptuais abstratas, modelos mentais ou mapas cognitivos que não são compostos de conceitos. Este artigo é uma reflexão acerca da ideia de que categorização conceitual envolve a habilidade de fazer julgamentos categoriais, tender como guia as normas de racionalidade. Estas incluem uma norma de busca da verdade e uma norma de evidência adequada. A aceitação dessas normas implica boa vontade em respeitar as autoridades cognitivas, o desejo de evitar as contradições e o conhecimento de como reorganizar seu sistema representacional após descobrir que se cometeu um erro. Sugere-se que a arquitetura cognitiva requerida pela racionalidade básica é semelhante àquela subjacente ao jogo do "faz de conta". O sistema representacional deve ser capaz de arrumar lugar para "espaços mentais", nos quais alternativas para o mundo real são consideradas. A mesma característica subjaz à habilidade de compreender modalidades, tempo, a distinção entre aparência e realidade, outras mentes e éticas. Cada área de compreensão admite graus, e o seu domínio (alcançado pelo adulto normal) leva anos. Contudo a manipulação racional de conceitos, pelo menos na sua forma mais rudimentar, não requer a capacidade de formar representações de segunda ordem. Ela requer conhecimento do procedimento de como operar e comparar os conteúdos dos diferentes espaços mentais.

Unitermos: As raízes da racionalidade; categorização conceitual e não-conceitual; representações perceptuais; modelos mentais; mapas cognitivos; psicologia do senso-comum; capacidades cognitivas; representação de objetos ausentes.

Full text available only in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

  • 1. FOOR, J. The modularity of mind. Cambridge. MA: MIT Press, 1983.
  • 2. FORGUSON, L., GOPNIK, A. The ontogeny of common sense. In: ASTINGTON, J. W., HARRIS, P. L., OLSON, D. R., ed. Theories of mind. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
  • 3. GALLISTEL, C. R. The organization of learning. Cambridge, MA: MIT Press, 1990.
  • 4. GIBSON, J, J. The senses considered as perceptual systems. Boston: Houghton, 1966.
  • 5. GOULD, J. L., MARLER, P. Learning by instinct. American Scientific, New York, v. 257, n. 1, p. 74-85, jan. 1987.
  • 6. HERRNSTEIN, R. J. Acquisition,. generalization and discrimination reversal of a natural concept Journal of Experimental Psychology: Animal Behavior Processes, Washington, v. 5, p. 116-129,1979.
  • 7. HERRNSTEIN , R. J. Objects, categories and discriminative stimuli. In: ROIBLAT, H. L. et al. ed. Animal cognition: Proceedings of the Harry Frank Guggenheim conference, 1984.
  • 8. HERRNSTEIN, R. J., DE VILLIERS, P. A. Fish as a natural category for people and pigeons. In: BOWER, G. H., ed. The psychology of learning and motivation: New York: Academic Press, 1980.
  • 9.LESLIE, A.M. The necessity of illusion: perception and thought in infancy. In: WEISKRANTZ, L., ed. Thought without language. Oxford: Clarendon, 1988. p. 185-210.
  • 10. MANDLER, J. M, How to build a baby: on the development of an accessible representational system. Cognitive Development, Norwood, v. 3, p. 113-136,1988.
  • 11. MARR, D. Vision. San Francisco: W. H. Freeman, 1982.
  • 12. SPELKE, E. S. The origins of physical knowledge. In: WEISKRANTZ, L., ed. Thought without language. Oxford: Clarendon, 1988. p. 168-184.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    28 Nov 2011
  • Date of issue
    Dec 1991
Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia Av.Hygino Muzzi Filho, 737, 17525-900 Marília-São Paulo/Brasil, Tel.: 55 (14) 3402-1306, Fax: 55 (14) 3402-1302 - Marília - SP - Brazil
E-mail: transformacao@marilia.unesp.br