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Barreiras e facilitadores percebidos por pessoas com transtorno bipolar para a prática de exercício físico: um estudo qualitativo

Resumo

Introdução

A prática regular de exercício físico tem benefícios para pessoas com transtorno bipolar. No entanto, como grupo, esses pacientes tendem a ser mais sedentários do que a população geral, e pouco se sabe do ponto de vista dos pacientes sobre as barreiras e facilitadores para tal prática.

Objetivo

Conhecer as barreiras e facilitadores percebidos por pessoas com transtorno bipolar para a prática de exercício.

Métodos

Este foi um estudo descritivo, qualitativo e exploratório. O método de investigação utilizado na coleta de dados foi entrevista semiestruturada em profundidade, segundo a grounded theory.

Resultados

A análise dos conteúdos que surgiram nas entrevistas gerou duas principais áreas de interesse: adesão ao exercício físico regular (barreiras e facilitadores) e a história de exercícios dos participantes e a percepção do manejo da doença. Os principais achados foram: a maioria da nossa amostra não se exercitava regularmente, nem mesmo sabia como a prática regular podia influenciar positivamente sua doença; em relação à adesão ao exercício físico, a presença dos sintomas e do estigma foram as barreiras mais importantes para praticar o exercício físico. O apoio social, especialmente da família e dos amigos, pode ser um facilitador da adesão ao exercício.

Conclusões

Apesar das limitações de um estudo qualitativo e exploratório, conhecer as barreiras e os facilitadores percebidos para a prática de exercício entre pessoas que sofrem de transtorno bipolar pode facilitar a promoção de atividades onde essas pessoas possam participar e se beneficiar efetivamente.

Transtornos do humor; exercício; caminhada

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