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Influência do tipo postural na associação entre depressão pós-parto e dor

OBJETIVO:

Verificar a associação entre depressão pós-parto (DPP), intensificação do quadro álgico na região posterior do tronco e exacerbação das alterações no alinhamento postural intrínsecas ao puerpério.

MÉTODOS:

Foram selecionadas 80 mulheres em pós-parto de 2 a 30 semanas, de acordo com os seguintes critérios: mães alfabetizadas; gestação entre 34 e 42 semanas; parição de bebê saudável e vivo. Todas as mães concordaram em participar da pesquisa. Os sintomas depressivos foram rastreados através da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EDPE). A avaliação da dor ocorreu através de uma escala visual analógica (EVA) e do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Para avaliação postural, empregou-se observação naturalística em tempo real.

RESULTADOS:

Foi verificada associação estatisticamente significativa entre DPP e maior intensidade de dor referida (p = 0,002). A região dorsal foi o sítio doloroso mais apontado pelas puérperas deprimidas, tanto no período pré-puerperal (p = 0,04), quanto no puerpério (p = 0,01). Não houve associação estatística entre DPP e tipo postural (p = 0,328). No entanto, a intensidade da dor foi maior entre as mulheres deprimidas no grupo com postura desleixada (swayback) (p < 0,001).

CONCLUSÃO:

A intensificação do quadro álgico puerperal associa-se fortemente à DPP. Nas puérperas deste estudo, a dor na região dorsal aparentemente se comportou tanto como um fator de risco quanto como uma comorbidade de DPP. Admite-se que existe uma relação de interdependência entre dor e tipo postural.

Depressão; dor; postura; pós-parto


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