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"Viver é influenciar: Mário Magalhães, sanitarismo desenvolvimentista e o campo intelectual da saúde pública (1940-1960)* * Este texto resulta de um projeto mais amplo, financiado pelo cnpq, intitulado "Caminhos e percalcos da saude no Brasil: uma analise sobre os discursos de reforma sanitaria no seculo xx". Envolve pesquisadores de três instituicoes: a Escola Nacional de Saude Publica (Ensp-Fiocruz), a Escola Politecnica de Saude Joaquim Venancio (epsjv-Fiocruz) e o Instituto de Medicina Social (ims-Uerj). Agradeco a Tatiana Wargas, Ruben Mattos, Monica de Rezende, Arthur Lobo Mattos e Jose Vitor Regadas, pelas importantes e prazerosas discussões sobre o tema, e sobretudo a Camila Furlanetti Borges, por suas valiosas contribuicoes no deslindamento das instigantes ideias do sanitarista Mario Magalhaes.

"To live is to influence": Mário Magalhães, developmental sanitarism and the intellectual field of public health (1940-1960)

RESUMO

O artigo se debruça sobre o pensamento sanitário brasileiro entre os anos de 1940 e 1960 com o objetivo de refletir sobre a relação entre saúde e desenvolvimento. Busca, assim, problematizar a compreensão corrente que identifica um processo de polarização aberta entre os modelos de saúde consolidados no primeiro governo Vargas, notadamente as políticas do dito sanitarismo campanhista e do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), em contraposição ao que se convencionou chamar sanitarismo desenvolvimentista, organizado sobretudo a partir dos anos de 1950. Os primeiros se caracterizariam pela crença de que elevados investimentos em saúde poderiam resolver os problemas sanitários, além de propiciar crescimento e prosperidade; o segundo, pela ideia de que o desenvolvimento econômico da nação seria precondição para a melhora da situação geral da saúde. Para tanto, o autor se vale das formulações do sanitarista brasileiro Mário Magalhães, identificado no texto como um dos nomes mais representativos da corrente intelectual desenvolvimentista no campo da saúde.

Palavras-chave:
Sanitarismo desenvolvimentista; História da saúde pública; Sanitarismo campanhista; Mário Magalhães; Pobreza, doença e desenvolvimento

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