Acessibilidade / Reportar erro

As centrais sindicais e a reforma trabalhista Enfrentamentos e dificuldades1 1 . Este artigo sistematiza os resultados da pesquisa de doutorado da autora, finalizada em 2018 e financiada pela Fapesp (2014/19423-1), e a eles adiciona reflexões sobre as estratégias sindicais no contexto de implementação da reforma trabalhista. Uma versão preliminar do texto foi discutida no 42º Encontro Anual da Anpocs, 2018. A autora agradece os comentários de Roberto Véras de Oliveira, Jacob Lima e Ruy Braga durante os debates do Grupo de Trabalho “Trabalho, trabalhadores e ação coletiva” e também a José Dari Krein, Patrícia Lemos e Ellen Gallerani eximindo-os de qualquer responsabilidade sobre o texto.

Trade union confederations and labour law reform: confrontations and difficulties

Resumo

O artigo procura responder por que o movimento sindical encontrou dificuldades para disputar os parâmetros da reforma trabalhista aprovada em 2017 no Brasil. Para isso analisa a estratégia das duas maiores centrais sindicais (CUT e FS). Na primeira seção, o artigo explora as mudanças nas práticas dessas entidades decorrentes da estratégia de parceria social adotada nos governos do PT. Na segunda seção, o texto mostra como essas organizações têm seguido estratégias distintas no cenário pós-impeachment. Considerando a interação entre contexto e estratégia sindical, argumenta-se que os efeitos do distanciamento do movimento sindical da realidade do trabalho no Brasil combinado a um contexto nacional marcado pela instabilidade política e econômica fizeram emergir grandes dificuldades de diálogo com a sociedade sobre os efeitos perversos da reforma trabalhista.

Reforma trabalhista; Centrais sindicais; Parceria social; CUT; FS

Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, 05508-010, São Paulo - SP, Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: temposoc@edu.usp.br