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Teorizando a mobilidade: conceitos e figuras

Resumo

Como conceito, a mobilidade capta a impressão do senso comum de que o mundo da vida está em fluxo, uma vez que não apenas pessoas, mas também culturas, objetos, capital, negócios, serviços, doenças, mídia, imagens, informações e ideias estariam circulando pelo (e mesmo além) do planeta. A literatura acadêmica está repleta de metáforas que tentam descrever movimentos, no tempo e no espaço, que sofrem alterações (e como tal são percebidos): desterritorizalização, reterritorialização e fluxos; compressão espaço-tempo, distanciamento ou pontuações; sociedade em rede e seus espaços de fluxos; a morte da distância e a aceleração da vida moderna; e nomadologia. Acadêmicos também têm recorrido, há muito, a figuras que remetem a pessoas em movimento, desde nômades até peregrinos, para descrever tanto o self quanto o outro nas ciências sociais e nas humanidades. Ao trazer para o centro da cena as implicações das mobilidades sobre a sociedade, a discussão crítica em torno dos conceitos e figuras de linguagem relativos à mobilidade, aqui apresentados, ajuda-nos a avaliar a aquisição analítica da perspectiva conceitual dos estudos de mobilidade que tentam apreender todo movimento sob a categoria única de “mobilidade”.

Palavras-chave:
Mobilidade; Teoria; Conceituação; Figuras de linguagem; Antropologia

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