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Proximidade e mobilidade no habitar na periferia urbana: uma experiência de entropia em guardiões de propriedade

Resumo

Habitar a periferia urbana circunscreve a população que vivencia dificuldades de mobilidade e acessibilidade aos serviços de transporte, onde a distância e o tempo ficam à mercê do traçado urbano imposto pelo modelo habitacional disperso. Este estudo analisa a experiência entrópica na proximidade e mobilidade dos chamados guardiões da propriedade. Para isso, revisamos o caso de Jardines de La Calera, na periurbanização da metrópole de Guadalajara, México; uma população composta por proprietários e trabalhadores que cuidam das propriedades. Metodologicamente, foi realizado um exercício qualitativo-quantitativo, por meio de análise de conteúdo temática, pesquisa e entrevistas estruturadas, utilizando-se instrumentação estatística e técnica qualitativa de bola de neve. Constatou-se que há guardas que atribuem tempos de caminhada de até 30 minutos para chegar aos pontos de embarque do transporte público, o que costuma levar entre 30 e 45 minutos na melhor das hipóteses, e até uma hora de tempo entre uma unidade e outra. Em suma, a entropia no nexo proximidade-mobilidade circunscreve insuficiências de infraestrutura, sistemas de transporte e equipamentos básicos, que comprometem a redução de tempos e riscos de deslocamento e desestimulam possíveis aumentos no consumo de veículos particulares.

Palavras-chave:
Guardiões de propriedade; Habitabilidade; Mobilidade; Periferias; Proximidade

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