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Mapeamento da forma urbana de cidades piscatórias no Algarve: Olhão e Vila Real de Santo António

Resumo

O artigo analisa os padrões de crescimento urbano de duas cidades piscatórias do sul de Portugal: Olhão e Vila Real de Santo António. O objectivo é investigar a relação entre as propriedades configuracionais e a organização espacial e formal dos núcleos urbanos, de forma a identificar os modelos emergentes ou geradores, e compreender a sua morfologia urbana particular. A modelação sintática destas cidades, por meio da aplicação da Teoria da Sintaxe Espacial, é utilizada na compreensão dos processos de crescimento urbano. As variáveis topológicas, como a conectividade, a integração e a inteligibilidade, são calculadas pelo Software DepthMap e é usada a Teoria da “Roda Deformada” para representar as tendências evolutivas e identificar regras genéricas. O estudo realiza-se através da comparação das duas redes urbanas em dois momentos da sua evolução, o primeiro em meados do século XX que corresponde ao núcleo histórico, e o segundo que corresponde aos dias de hoje. Os principais resultados demonstram um contraste entre a rede segregada do centro histórico irregular de Olhão e a rede integrada do centro histórico regular de Vila Real de Santo António, revelado pelo valor da variável integração. No entanto, a expansão urbana dessas cidades, durante as últimas décadas, fez diminuir o valor da integração e agravou a legibilidade da rede urbana. A aplicação de abordagens sintáticas, mais quantitativas, têm como objectivo complementar os procedimentos tradicionais de análise da história urbana, desenvolvendo um método operacional aplicável ao estudo da morfologia urbana.

Palavras-chave:
Morfologia urbana; Teoria da sintaxe espacial; Modelo da roda deformada; Cidades piscatórias; Algarve

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