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Os povos e comunidades tradicionais no Brasil: o trabalho do(a) antropólogo(a), retrocessos políticos e ameaça aos direitos

Resumo

O artigo problematiza as questões das identidades e territórios e as formas de resiliências no Brasil contemporâneo, a partir da correlação entre poder, territorialidade, Estado e desenvolvimento, enfatizando situações de vulnerabilização de povos indígenas, quilombos, povos e comunidades tradicionais, bem como suas lutas por reconhecimento, acesso à terra/território e demais direitos. A perspectiva desenvolvimentista adotada pelo Estado Brasileiro tem resultado numa série de impactos sobre territórios e modos de vida, resultando em déficits de cidadania de vários grupos historicamente excluídos. Essa situação se agrava nos últimos anos, com cenário político de retrocesso democrático (revogação de marcos legais, extinção de instâncias de controle social, desmonte de aparatos do Estado, supressão de programas sociais, cortes orçamentários), em sintonia com interesses e projetos hegemônicos. O artigo também problematiza a atuação do(a) antropólogo(a) nos processos de reconhecimento de direitos coletivos e territoriais, em diálogo com campo jurídico, poder executivo e movimentos sociais.

Palavras-chave:
Povos e comunidades tradicionais; atuação do(a) antropólogo(a); retrocessos políticos; ameaças aos direitos e riscos à prática antropológica

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