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Urban interventions, memories and conflicts: black heritage and the revitalization of Rio de Janeiro's Port Zone

Este artigo aborda a formação de uma arena de reconhecimento político e moral movimentada durante a "revitalização" da Zona Portuária do Rio de Janeiro: o uso do tombamento da Pedra do Sal como "monumento histórico e religioso afro-brasileiro" por moradores que, reivindicando ser esse patrimônio o marco simbólico de uma "comunidade de remanescentes de quilombo", pleitearam juridicamente a titulação de diversos imóveis da região como "território étnico". No entanto, o Quilombo da Pedra do Sal se tornou um dos processos de reconhecimento étnico mais polêmicos da sociedade brasileira por explorar as possibilidades de flexibilização do conceito constitucional de "quilombo". Entre essas possibilidades, a de pleito de um território étnico em contexto urbano; a de construção de uma trajetória de ocupação do território baseada em narrativa mítica; e a de delimitação desse território a partir de um patrimônio cultural concebido como símbolo do passado de uma "cidade negra" genérica e, portanto, sem herdeiros presumidos.

patrimônio cultural; memória afro-brasileira; projetos urbanísticos; Pedra do Sal; Pequena África; Zona Portuária do Rio de Janeiro


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