Acessibilidade / Reportar erro

Rebeldes e Revolucionárias: contribuições para a antropologia feminista (1970-1992)

Resumo

A antropologia feminista construiu um campo de conhecimento dentro da disciplina a partir da perspectiva de gênero. Atualmente, existem poucos trabalhos sobre o desenvolvimento de antropologias feministas locais. Por isso, neste trabalho, estou interessada em resgatar a vida e a obra de algumas importantes pensadoras da antropologia feminista que chamo de rebeldes e revolucionárias. Concentro-me no desenvolvimento deste subcampo em Chiapas e na América Central, entre as décadas de 1970 e 1990 (século XX), um período marcado por conflitos políticos, repressão e políticas de contra-insurgência, que afetaram fortemente estudantes e professores da época, algumas delas organizadas nos movimentos revolucionários da América Central. Concentro-me especificamente nas contribuições de Alaíde Foppa, Stella Quan, Walda Barrios e Marta Casaús e analiso não apenas seus trabalhos antropológicos e socio-científicos sobre as críticas feministas marxistas e socialistas às noções tradicionais de classe, as influências do pensamento gramsciano, as questões anticoloniais que marcaram seu pensamento, mas também suas experiências políticas nos movimentos sociais e revolucionários, bem como algumas de suas experiências pessoais.

Palavras-chave:
feminismo marxista; socialismo; pensamento gramsciano; anticolonialismo; antropologia feminista

Associação Brasileira de Antropologia (ABA) Caixa Postal 04491, 70904-970 Brasília - DF / Brasil, Tel./ Fax 55 61 3307-3754 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: vibrant.aba@gmail.com