Acessibilidade / Reportar erro

As fronteiras da nação e das raças em São Tomé e Príncipe: São-tomenses, Europeus e Angolas nos primeiros decênios de Novecentos

The boundaries of nation and race in Sao Tome and Príncipe: Sao Tomwans, Europeans and Angolans in the first decades of twentieth century

Como noutras potências coloniais, na passagem de Oitocentos para Novecentos o pensamento colonialista em Portugal evoluiu no sentido do nacionalismo imperial, em parte devido à rivalidade internacional em torno do continente africano. Devido à pressão internacional sobre as suas práticas coloniais, as autoridades portuguesas tentaram traduzir em dominação efetiva a (alegada) posse das colônias. A intensa polémica do cacau escravo teve consequências nas roças de São Tomé e Príncipe. A implantação da República em 1910 ampliou o debate político. As noções de nação, civilização e raça foram manipuladas para assinalar as posições e as trajetórias sociais possíveis, quer a são-tomenses, quer aos serviçais importados das outras colónias. Neste texto analisar-se-á a posição dos ilhéus face aos colonos e aos serviçais, num contexto em que a liberdade política coexistiu com a crescente agressividade colonial, mormente no sentido da definição explícita das fronteiras raciais dentro da nação colonial.

colonialismo; roças; fronteiras raciais


Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antônio Carlos, 6627 , Pampulha, Cidade Universitária, Caixa Postal 253 - CEP 31270-901, Tel./Fax: (55 31) 3409-5045, Belo Horizonte - MG, Brasil - Belo Horizonte - MG - Brazil
E-mail: variahis@gmail.com