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Incidência de Meliola rhoina como fator limitante à produção de mudas de Schinus molle para fins de arborização

Incidence of Meliola rhoina as a limiting factor for seedling production of Schinus molle used for urban arborization

NOTAS FITOPATOLÓGICAS PHYTOPATHOLOGICAL NOTES

Incidência de Meliola rhoina como fator limitante à produção de mudas de Schinus molle para fins de arborização

Incidence of Meliola rhoina as a limiting factor for seedling production of Schinus molle used for urban arborization

Reginaldo G. Mafia; Acelino C. Alfenas; Gabriela C. G. Andrade; Daniela A. Neves; Rodrigo N. Graça; Sandra K. Alonso

Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, CEP 36571-000, Viçosa, MG, e-mail: mafia@vicosa.ufv.br

ABSTRACT

The incidence of Meliola rhoina is reported as a limiting factor for seedling production of Schinus molle, commonly used for urban arborization in the State of Minas Gerais, Brazil. By increasing the spacing of the seedlings (to 25 x 25 cm from 50 x 50 cm) in the nursery, the disease incidence was reduced by 29,1%.

Mudas de Schinus molle L., conhecida popularmente como aroeira-salsa, têm um alto valor comercial para fins de ornamentação na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Entretanto, mudas com sintomas de manchas negras aveludadas causadas por Meliola rhoina Doidge são geralmente rejeitadas para comercialização. Este patógeno caracteriza-se por apresentar setas miceliais numerosas, lisas, simples, distribuídas aleatoriamente, pontiagudas de 400 x 7-9 µm. Peritécios verrugosos, com aproximadamente 240 mm de diâmetro, ascósporos com quatro septos de 33-45 x 14-18 µm (Hansford, C.G. The Meliolineae Monograph. v.2, 1961). Somente a título de exemplo, registrou-se em agosto de 2002 em viveiro localizado na região de Viçosa-MG, 95% de incidência deste fungo em mudas de aroeira-salsa. A doença caracteriza-se por manchas negras de aspecto aveludado, elevadas e de diâmetro bastante variável na fase adaxial das folhas, concentrado principalmente no terço inferior da copa, que nada mais são do que tecido ascomático de coloração castanho escuro contendo frutificações do tipo peritécio (Figura 1).


Com vistas ao controle da doença, aumentou-se o espaçamento entre plantas de 25 x 25 cm para 50 x 50 cm. A variável incidência foi mensurada por apresentar correlação direta com a perda de mudas para fins de comercialização, visto que, plantas com sintomas da doença não são aceitas pelo consumidor, independentemente da severidade da doença. Após 60 dias, constatou-se redução significativa de 29,1% da enfermidade, realçando desta forma a importância e aplicabilidade deste método simples de controle de doença, principalmente para este patossistema particular, em que existe um grande valor comercial agregado às mudas, principalmente devido ao fato de haver necessidade de um longo tempo de permanência das plantas no viveiro até que atinjam a altura suficiente para serem empregadas para arborização.

Aceito para publicação em 06/01/2004

Autor para correspondência: Acelino Couto Alfenas

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Abr 2004
  • Data do Fascículo
    Abr 2004
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