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Reação de genótipos experimentais de melancia ao crestamento gomoso do caule

Reaction of experimental watermelon genotypes to gummy stem blight

Resumos

O crestamento gomoso do caule, causado pelo fungo Didymella bryoniae é uma das principais doenças que ocorrem na melancia, provocando tombamento das plântulas e formação de cancros no caule e nas hastes, reduzindo a produtividade e a qualidade dos frutos. Apesar de existirem fontes de resistência a essa doença, no Brasil ainda são poucos os trabalhos realizados para incorporação de resistência em cultivares comerciais e os resultados obtidos não são satisfatórios para a adoção em condições de campo. O objetivo desse trabalho foi, a partir da seleção de isolados de D. bryoniae, avaliar a reação de genótipos experimentais de melancia ao crestamento gomoso do caule, em condições de casa de vegetação e em campo. No experimento em casa de vegetação observaram-se variações quanto à resistência dos genótipos testados. Alguns dos materiais foram resistentes em condição de casa de vegetação e também apresentaram reação de resistência em campo. Os genótipos WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#04-01 e WMX-001E-PL#02-02 foram resistentes à infecção por D. bryoniae no caule (casa de vegetação) e nas folhas (campo).

Citrullus l5anatus; Didymella bryoniae; resistência genética


The gummy stem blight, caused by the fungus Didymella bryoniae is one of the major diseases that occur in watermelon, causing seedling damping off and canker formation on the stems and stalks, reducing the yield and quality of fruits. Although sources of genetic resistance to this disease are available, in Brazil there are very few studies on this subject and the results so far obtained are not satisfactory for adoption in the field. The objective of this research was to select D. bryoniae isolates and evaluate the reaction of experimental genotypes of watermelon to gummy stem blight under greenhouse and field conditions. Under greenhouse conditions a variation was observed, regarding resistance level among genotypes. Some genotypes that were resistant in the greenhouse also behaved as resistant in the field. The genotypes WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#04-01 and WMX-001E-PL#02-02 which were resistant in the greenhouse were also resistant under field conditions.

Citrullus lanatus; Didymella bryoniae; genetic resistance


PESQUISA RESEARCH

Reação de genótipos experimentais de melancia ao crestamento gomoso do caule

Reaction of experimental watermelon genotypes to gummy stem blight

Gil R dos SantosI; Evelynne U LeãoI; Marcela MV GarciaI; Wilson Roberto MalufII; Carlos H CardonI; Clebson G GonçalvesI; Ildon R do NascimentoI

IUFT, Produção Vegetal, C. Postal 66, 77402-970 Gurupi-TO; gilrsan@mail.uft.edu.br; evelynnegpi@hotmail.com; marcellavidica@hotmail.com; cardon-2007@hotmail.com; goncalvescg.agro@hotmail.com; ildon@mail.uft.edu.br

IIUFLA, Depto. Agricultura, C. Postal 3037, 37200-000 Lavras-MG; wrmaluf@dag.ufla.br

RESUMO

O crestamento gomoso do caule, causado pelo fungo Didymella bryoniae é uma das principais doenças que ocorrem na melancia, provocando tombamento das plântulas e formação de cancros no caule e nas hastes, reduzindo a produtividade e a qualidade dos frutos. Apesar de existirem fontes de resistência a essa doença, no Brasil ainda são poucos os trabalhos realizados para incorporação de resistência em cultivares comerciais e os resultados obtidos não são satisfatórios para a adoção em condições de campo. O objetivo desse trabalho foi, a partir da seleção de isolados de D. bryoniae, avaliar a reação de genótipos experimentais de melancia ao crestamento gomoso do caule, em condições de casa de vegetação e em campo. No experimento em casa de vegetação observaram-se variações quanto à resistência dos genótipos testados. Alguns dos materiais foram resistentes em condição de casa de vegetação e também apresentaram reação de resistência em campo. Os genótipos WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#04-01 e WMX-001E-PL#02-02 foram resistentes à infecção por D. bryoniae no caule (casa de vegetação) e nas folhas (campo).

Palavras-chave: Citrullus l5anatus, Didymella bryoniae, resistência genética.

ABSTRACT

The gummy stem blight, caused by the fungus Didymella bryoniae is one of the major diseases that occur in watermelon, causing seedling damping off and canker formation on the stems and stalks, reducing the yield and quality of fruits. Although sources of genetic resistance to this disease are available, in Brazil there are very few studies on this subject and the results so far obtained are not satisfactory for adoption in the field. The objective of this research was to select D. bryoniae isolates and evaluate the reaction of experimental genotypes of watermelon to gummy stem blight under greenhouse and field conditions. Under greenhouse conditions a variation was observed, regarding resistance level among genotypes. Some genotypes that were resistant in the greenhouse also behaved as resistant in the field. The genotypes WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#04-01 and WMX-001E-PL#02-02 which were resistant in the greenhouse were also resistant under field conditions.

Keywords:Citrullus lanatus, Didymella bryoniae, genetic resistance.

A melancia (Citrullus lanatus) é considerada uma das mais importantes olerícolas produzidas e comercializadas no Brasil. No estado do Tocantins, o cultivo da melancia ocupa uma área de cerca de 5.000 ha em condição de várzeas tropical (Santos et al., 2010). Os principais municípios produtores de melancia no Tocantins são Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão, responsáveis por cerca de 96% da produção total do estado, com produtividade médias de 30 t ha-1 (SEAGRO, 2009). Estas condições fazem com que a região se torne um importante pólo de produção de melancia na região Norte do País (Santos et al., 2010).

Entre os principais problemas no cultivo da melancia está a ocorrência de doenças fúngicas que resultam em grandes perdas na produção e qualidade dos frutos, destacando-se o crestamento gomoso do caule, também conhecido como cancro das hastes. O crestamento gomoso do caule tem como agente etiológico o fungo Didymella bryoniae (Santos et al., 2006) que, em condições favoráveis, provoca o tombamento das plântulas, lesões nas folhas e formação de cancros no caule e nas hastes (Santos et al., 2005).

Em condições de cultivo, o controle do crestamento gomoso do caule em melancia tem sido feito com o uso de fungicidas (Keinath, 1995). A eficiência, volume e frequência de aplicação desses produtos têm contribuído significativamente para o aumento dos custos de produção de melancia. Por ser uma região de clima e solo bastante peculiar, o uso indiscriminado desses produtos pode contaminar os solos e os mananciais hídricos. Além disso, o número insuficiente de grupos químicos e ingredientes ativos registrados no País e os relatos de resistência genética do patógeno a determinados princípios ativos dos fungicidas (Malathrakis & Vakalounakis, 1983; Arny & Rowe, 1991; Van Steekelenburg, 1995; Santos et al., 2006; Keinath, 2009), sugerem a necessidade de pesquisas na busca de alternativas de manejo sustentável, incluindo o plantio de cultivares geneticamente resistentes, e também um bom manejo da irrigação (Santos et al., 2013).

Embora não existam no mercado cultivares recomendadas com resistência genética ao patógeno, há trabalhos que relatam a existência de fontes de resistência com potencial para o uso em programas de melhoramento (Sowell & Pointer, 1962; Norton & Cosper, 1985; Gusmini, 2003). Nascimento et al. (2011) citam que a resistência a D. bryoniae é controlada por um gene recessivo denominado de db. Gusmini et al. (2005) testaram acessos de melancia quanto à resistência ao crestamento gomoso do caule e constataram que o acesso PI 189225 foi considerado resistente à doença. Estes autores identificaram ainda 10 acessos que apresentaram baixa severidade da doença e baixa variabilidade quanto à reação ao crestamento gomoso do caule, tanto no campo como em casa de vegetação.

No Brasil, Dias et al. (1996) também testaram o acesso PI 189225 e observaram que o mesmo apresentou apenas 16,6 e 41,7% de plantas resistentes e medianamente resistentes respectivamente, diferindo significativamente da cultivar Crimson Sweet. Santos & Café-Filho (2005), em avaliação de genótipos comerciais ao crestamento gomoso do caule, verificaram que o híbrido Riviera apresentou os menores níveis de doença nas folhas e no caule, quando comparado com os demais genótipos avaliados.

O objetivo desse trabalho foi avaliar a reação de genótipos experimentais de melancia a Didymella bryoniae em condições de casa de vegetação e campo.

MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados em casa de vegetação e em campo da UFT, Campus de Gurupi-TO (11°43'45"S e 49°04'07"O, altitude 280 m, região sul do estado). Os dados climáticos durante a condução do experimento de campo foram obtidos na estação climatológica localizada dentro da EE da UFT.

Experimento I

Seleção de isolados de Didymella bryoniae quanto à agressividade em plântulas de melancia

No estudo da agressividade de isolados, utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com 11 tratamentos e cinco repetições. As repetições foram compostas por cinco plântulas, cv. Crimson Sweet, dispostas em uma linha na bandeja. Os tratamentos utilizados foram constituídos por dez isolados de D. bryoniae, obtidos de plantas de melancia com sintomas típicos do crestamento gomoso do caule, e que pertencem à Coleção de Fungos do Laboratório de Manejo Integrado de Doenças da UFT.

O inóculo foi obtido através de repicagem dos isolados para as placas de Petri contendo BDA (batata-dextrose-agar), incubadas a ±27°C, no escuro por 10 dias. Para o experimento em casa de vegetação foram utilizadas bandejas de polietileno com capacidade de 5,0 kg, contendo uma mistura de esterco e subsolo esterilizado juntamente com substrato comercial Plantmax®, na proporção de 1:2:1. Foi utilizada a cv. Crimson Sweet, como padrão de suscetibilidade a D. bryoniae. Aos 20 dias após o plantio (DAP) discos de micélio de 5 mm de diâmetro foram afixados no caule de cada plântula por meio de um alfinete estéril situado a 2,0 cm acima da região do colo da planta. As plantas testemunha não foram inoculadas com o fungo. As plântulas inoculadas foram mantidas por 48 h em câmara úmida no escuro, com temperatura variando de 28 a 33ºC. Decorridos quatro dias da inoculação, a agressividade foi avaliada através da medida do comprimento da lesão formada no caule por meio de uma régua graduada. Na seleção dos isolados foi utilizada a metodologia estabelecida por Santos (2005), conforme a escala de classe da lesão, em que: (-) plântula sadia; (+) lesão menor que 1 cm; (++) lesão maior que 1 cm; (+++) tombamento da plântula.

Experimento II

Suscetibilidade de plântulas de melancia ao crestamento gomoso do caule através de inoculação artificial de Didymella bryoniae em condições de casa de vegetação

Foram avaliados 50 genótipos experimentais e dois genótipos comerciais de melancia a D. bryoniae em bandejas de polietileno em casa de vegetação. Foram semeadas dez sementes de cada genótipo e, posteriormente, realizou-se o desbaste quando foram deixadas as seis plântulas mais uniformes por parcela. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com três repetições, no esquema fatorial de 52 x 2, constituído por 52 genótipos de melancia (experimentais e comerciais) e o segundo fator correspondendo a dois isolados de D. bryoniae.

Os genótipos experimentais avaliados foram provenientes de dois retrocruzamentos do acesso PI 525901 com uma cultivar tipo Crimson Sweet, com seleção entre e dentro de família para características de planta e frutos. Estes retrocruzamentos com o acesso PI 525901 foram realizados, visando a obtenção de materiais resistentes ao vírus do mosaico da melancia (WMV) e ao vírus da mancha anelar do mamoeiro estirpe melancia (PRSV-w), conforme já relatado e confirmado na literatura da resistência deste acesso de melancia a estes vírus (Beserra Júnior et al., 2006; Guner & Wehner, 2008).

Os genótipos experimentais avaliados foram WMX-001E-PL#09-04; WMX-001E-PL#11-02; WMX-001E-PL#01-01; WMX-001E-PL#14-02; WMX-001E-PL#10-04; WMX-001E-PL#12-02; WMX-001E-PL#11-01; WMX-001E-PL#11-03; WMX-001E-PL#08-02; WMX-001E-PL#21-02; WMX-001E-PL#12-03; WMX-001E-PL#14-04; WMX-001E-PL#09-01; WMX-001E-PL#12-01; WMX-001E-PL#03-02; WMX-001E-PL#05-01; WMX-001E-PL#13-02; WMX-001E-PL#06-04; WMX-001E-PL#33-02; WMX-001E-PL#18-02; WMX-001E-PL#21-03; WMX-001E-PL#09-02; WMX-001E-PL#09-05, WMX-001E-PL#10-05; WMX-001E-PL#13-01; WMX-001E-PL#02-01; WMX-001E-PL#03-01; WMX-001E-PL#20-01; WMX-001E-PL#08-03; WMX-001E-PL#06-02; WMX-001E-PL#24-02; WMX-001E-PL#10-01; WMX-001E-PL#11-04; WMX-001E-PL#03-03; WMX-001E-PL#04-01; WMX-001E-PL#02-02; WMX-001E-PL#10-03; WMX-001E-PL#09-03; WMX-001E-PL#19-01; WMX-001E-PL#10-06; WMX-001E-PL#13-03; WMX-001E-PL#25-02; WMX-001E-PL#07-01; WMX-001E-PL#06-01; WMX-001E-PL#06-03; WMX-001E-PL#24-01; WMX-001E-PL#28-01; WMX-001E-PL#10-02; WMX-001E-PL#04-02 e o acesso PI 525901. Os genótipos comerciais incluídos na avaliação foram a cultivar de polinização aberta Nova Crimson Sweet® (Agristar) e o híbrido simples Top Gun® (Syngenta). Para a inoculação foram selecionados os isolados I570 e UFT-39 no experimento I, pela maior e média agressividade em melancia, cv. Crimson Sweet, respectivamente.

Os isolados foram inoculados em plântulas aos 20 DAP, utilizando discos de micélio de 5 mm de diâmetro presos ao caule de cada plântula com o auxilio de um alfinete estéril. Os procedimentos empregados na inoculação e manutenção das plantas foram conforme o experimento anterior. A avaliação, aos quatro dias da inoculação, foi feita pela medição do comprimento da lesão no caule com régua graduada em centímetros, conforme metodologia descrita por Santos & Café-Filho (2005).

Para atender às pressuposições básicas da análise de variância, os valores médios do comprimento da lesão para cada tratamento foram transformados para e submetidos à análise de variância. Após esse procedimento as médias de cada genótipo foram comparadas pelo teste de agrupamento de Scott Knott (p= 0,05), utilizando-se o programa estatístico (SISVAR, 5.1 Build 72).

Experimento III

Suscetibilidade em folhas de plantas de melancia ao crestamento gomoso do caule em condições de campo

O experimento foi conduzido no período de agosto a outubro de 2009. O preparo do solo foi realizado com aração seguida de gradagem. A adubação de plantio foi feita conforme recomendação de adubação de melancia para região, com 850 kg ha-1 de NPK na formulação 05-25-15. O plantio em campo foi feito com mudas obtidas em casa de vegetação em copo plástico contendo uma mistura de esterco, subsolo e substrato comercial Plantmax®, na proporção de 1:2:1. Após 15 dias da semeadura, as mudas foram transplantadas para o campo, em covas com espaçamento de 2,0x2,0 m, deixando-se após o desbaste duas plantas em cada cova. Cada unidade experimental foi composta por três covas com duas plantas. Foi utilizado o delineamento do tipo blocos casualizados com três repetições e 52 tratamentos (genótipos), sendo 50 genótipos experimentais e duas cultivares comerciais de melancia (relacionadas no experimento II).

Na adubação de cobertura realizada aos 15 dias após o transplantio (DAT) utilizou-se 200 kg ha-1 da fórmula 20-00-20. Durante a condução do experimento foram realizadas três capinas manuais aos 19, 32 e 45 DAT e também a condução das ramas. A irrigação foi feita com sistema convencional do tipo aspersão com turno de rega de 12 h (20 minutos de irrigação pela manhã e 20 minutos ao final da tarde). O controle de pragas foi realizado conforme recomendação para a cultura, fazendo-se rotação de princípio ativo dos produtos aos 20, 30, 40 e 46 DAT. Não foi realizado o controle de doenças. O local do experimento foi definido em função do histórico de ocorrência de crestamento gomoso em experimentos de melancia realizados em anos anteriores, existindo, portanto inóculo natural.

A avaliação do crestamento gomoso foi iniciada quando os primeiros sintomas da doença apareceram nas folhas, aos 66 DAT. A severidade foi quantificada por meio da escala de notas, conforme Santos & Café-Filho (2005), em que: 0= planta sadia; 1= planta com menos de 1% da área foliar afetada; 3= plantas com 1 a 5% da área foliar afetada; 5= plantas com 6-25% da área foliar afetada; 7= plantas com 26-50% da foliar afetada; 9= plantas com mais de 50% da área foliar afetada. Para obtenção das curvas de progresso da doença, as notas atribuídas foram convertidas para porcentagem de área foliar infectada pelo ponto médio de cada nota, em cada uma das parcelas estudadas aos 66, 71, 76, 81, 83 e 93 DAT. A área abaixo da curva de progresso de doença (AACPD) de cada genótipo foi calculada segundo Shaner & Finney (1977). Os dados da severidade (notas) e da AACPD foram submetidos à análise de variância e agrupados pelo teste de Scott Knott (p= 0,05), utilizando programa estatístico (SISVAR, 5.1 Build 72).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento I

Seleção de isolados de Didymella bryoniae quanto à agressividade em plântulas de melancia

Todos os isolados testados foram patogênicos às plântulas de melancia, cv. Crimson Sweet, apresentando sintomas do crestamento gomoso no caule, de modo geral, aos quatro dias após a inoculação, diferindo apenas quanto à severidade dos sintomas causados (Tabela 1). As plantas inoculadas com alfinete estéril (testemunha) não apresentaram sintomas. Dos dez isolados testados, oito (Georgia DF2, Lagoa A, Lagoa C, I570, FO-03, Georgia DF1, UFT-10 e UFT-13) causaram lesões encharcadas maiores que 1 cm, que circundaram o caule causando o tombamento das plântulas. O isolado I570, aos três dias após a inoculação, já havia provocado a murcha das plântulas, sendo considerado o mais agressivo. Os isolados UFT-39 e GO-79 foram os menos agressivos, considerando que mesmo provocando lesões maiores que 1 cm, estas não resultaram no tombamento das plântulas.

Santos et al. (2008), em experimento de patogenicidade de D. bryoniae constataram que todos os isolados testados, independente do hospedeiro original ou da origem geográfica, foram patogênicos às plântulas de melancia, e relataram ainda que dos 40 isolados testados 25% foram classificados como muito agressivos, produzindo lesões de 7 cm de comprimento médio. Entre os isolados estudados por esses autores, o isolado I570, também considerado no presente experimento, comportou-se como mais agressivo, provocando rapidamente lesões maiores e consequentemente, o tombamento das plântulas. Aguiar (2008) também relatou que todos os isolados de D. bryoniae foram patogênicos em pepino, melão, melancia e abóbora, independente do hospedeiro e origem geográfica, diferindo apenas quanto à severidade de sintomas causados.

A partir dos resultados obtidos neste estudo, optou-se por utilizar os isolados I570 e UFT-39, como representante da maior e média agressividade (Tabela 1), respectivamente, evitando-se selecionar plantas suscetíveis e também o descarte de genótipos que poderiam ser considerados como potencialmente resistentes. O isolado UFT-39 foi selecionado devido também ter sido obtido na região e servir como isolado local.

Experimento II

Suscetibilidade de plântulas de melancia ao crestamento gomoso do caule através de inoculação artificial de D. bryoniae em condições de casa de vegetação

Aos quatro dias após a inoculação, foi possível distinguir que todos os genótipos apresentaram lesões com o aspecto encharcado no caule, indicando assim que todos os materiais avaliados foram infectados pelos isolados de D. bryoniae, diferindo significativamente quanto ao tamanho da lesão (Tabela 2). Nenhum genótipo foi imune à doença, porém, foi possível distinguir níveis diferenciados de resistência. Resultados semelhantes foram obtidos por Santos & Café-Filho (2005). Foi possível notar ainda que alguns genótipos avaliados foram mais suscetíveis ao patógeno do que a cultivar Crimson Sweet e o híbrido Top Gun, que são relatados como altamente suscetíveis ao fungo.

Ao analisar o comprimento da lesão com a inoculação do isolado UFT-39, verificou-se que as lesões foram menores que 3,0 cm, provavelmente, devido à agressividade moderada do isolado (Tabela 2). Dos 52 genótipos testados, constatou-se que 30 materiais foram significativamente mais resistentes, com lesões no caule variando de 0,33 a 1,0 cm de comprimento. Dentre estes, citamos os genótipos WMX-001E-PL#12-01, WMX-001E-PL#33-02, WMX-001E-PL#18-02, WMX-001E-PL#21-03, WMX-001E-PL#13-01 e WMX-001E-PL#13-03 e o acesso PI-595201. Constatou-se ainda, que 22 foram mais suscetíveis apresentando lesões entre 1,33 a 2,66 cm de comprimento, entre os quais citamos os genótipos WMX-001E-PL#14-02, WMX-001E-PL#14-04, WMX-001E-PL#02-02, WMX-001E-PL#10-03, WMX-001E-PL#09-03, WMX-001E-PL#19-01, WMX-001E-PL#10-02 e o híbrido Top Gun.

Na avaliação da resistência dos genótipos ao isolado I570, observou-se a formação de lesões maiores que 3,0 cm que culminaram com tombamento precoce e consequente morte das plântulas, indicando a alta agressividade do isolado do patógeno ao hospedeiro (Tabela 2). Apesar da alta agressividade, foi possível identificar 15 genótipos que comportaram-se como resistentes à infecção, entre os quais WMX-001E-PL#04-01, WMX-001E-PL#02-02 e WMX-001E-PL#10-03. Uma hipótese seria que nas progênies resultantes dos retrocruzamentos, foi possível constatar que há níveis diferenciados de resistência nestes materiais, quando comparado aos padrões comerciais. Os demais 37 genótipos comportaram-se como suscetíveis ao patógeno, dentre eles WMX-001E-PL#10-04, WMX-001E-PL#12-01, WMX-001E-PL#13-02, WMX-001E-PL#13-03, WMX-001E-PL#06-03 e WMX-001E-PL#24-01, indicando a agressividade do isolado do patógeno utilizado na inoculação, assim como também a suscetibilidade da maioria dos genótipos de melancia à doença.

Em estudo da reação de genótipos de melancia à infecção no caule por D. bryoniae, Santos & Café-Filho (2005), relataram a existência de variabilidade na resposta de genótipos comerciais ao crestamento gomoso do caule. Em melão, Santos et al. (2009) também detectaram variabilidade nos níveis de resistência nos genótipos avaliados.

De modo geral, o isolado I570 foi mais agressivo a todos os genótipos testados que UFT-39, ilustrando a maior e menor virulência entre os dois isolados testados, respectivamente. Entre os genótipos, 28,84% foram classificados como resistentes, e 71,15% como suscetíveis (Figura 1). Quando inoculados com o isolado UFT-39, 57,69% dos genótipos foram classificados como resistentes e 42,30% como suscetíveis. Entretanto, quando utilizou-se o isolado UFT-39 os genótipos WMX-001E-PL#04-01, WMX-001E-PL#02-02, WMX-001E-PL#21-03 e WMX-001E-PL#09-03 apresentaram diferenças significativas no tamanho da lesão quando comparados à testemunha e aos demais genótipos, sendo mais suscetíveis. Estes mesmos genótipos, quando inoculados com o isolado I570 apresentaram reação diferenciada, demonstrando serem mais resistentes. Em relação ao patógeno, a variação na agressividade dos isolados observada no experimento pode estar relacionada à existência de raças fisiológicas diferenciadas do patógeno, resultando na reação diferenciada desses isolados, e em diferentes níveis de severidade da doença no hospedeiro (Lugo & Sanabria, 2011). Quanto ao hospedeiro, a existência de genes de resistência com alelos de efeito aditivo constituindo diferentes backgrounds fenotípicos nos diferentes genótipos avaliados poderia explicar os resultados obtidos no presente trabalho.


Resultados obtidos em estudos de avaliação de resistência de melancia têm indicado que é possível avaliar acessos e selecionar aqueles com maior nível de resistência à doença que os plantados comercialmente. Entretanto, para atingir esse objetivo é necessário avaliar um número significativo de plântulas, para cada genótipo, garantindo representabilidade da resistência a D. bryoniae no estádio juvenil, para posteriormente, testá-los em condições de campo (Dias et al., 1999). A facilidade de condução e também a possibilidade de controle de fatores do ambiente, faz com que a seleção de genótipos resistentes em fase juvenil seja uma importante ferramenta para auxiliar a seleção de genótipos em programas de melhoramento em condição de campo (Costa et al., 2009).

Experimento III

Suscetibilidade em folhas de plantas de melancia ao crestamento gomoso do caule em condições de campo

Durante a condução do experimento verificou-se precipitação apenas nos meses de setembro e outubro, com média acumulada de 2,6 e 127,8 mm, respectivamente. A umidade relativa do ar variou de 23,67 a 83,52% e a temperatura de 17,62 a 34,95°C.

A condição ambiental, como umidade relativa elevada e o molhamento foliar propiciado pela irrigação e índice pluviométrico favoreceram a ocorrência do crestamento gomoso nas folhas. Os primeiros sintomas da doença foram observados aos 66 DAT, com o aparecimento de pequenas manchas circulares de coloração marrom-escura nas folhas de plantas de todos os genótipos avaliados, porém com diferença significativa quanto à severidade dos sintomas (Tabela 3).

Alguns dos genótipos que apresentaram menor severidade da doença nas folhas, aos 87 DAT foram WMX-001E-PL#09-04, WMX-001E-PL#09-02, WMX-001E-PL#05-01, WMX-001E-PL#02-02, WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#20-01 e WMX-001E-PL#06-04. Esses também apresentaram menores valores da AACPD (Tabela 3), devendo-se considerar, entretanto, os outros 20 genótipos que tiveram valores da AACPD semelhantes aos dos anteriormente citados. Os genótipos não diferiram estatisticamente em suscetibilidade considerando-se a porcentagem de área foliar doente ou a AACPD. Foi observado no campo que os genótipos WMX-001E-PL#12-01 e WMX-001E-PL#14-02 e o híbrido Top Gun apresentaram níveis elevados da doença aos 71 DAT, sendo que aos 81 DAT o genótipo WMX-001E-PL#12-01 já apresentava mais de 50% da área foliar afetada. O fato dos materiais experimentais apresentarem reações variáveis quanto à severidade da doença, pode ser justificado pelo fato desses materiais estarem segregando para os alelos dos genes que conferem resistência, ou ainda pelo fato da reação de resistência ser do tipo poligênica, com predomínio de genes de efeito aditivo, o que resultaria em diferentes complementações gênicas, conforme o background genotípico avaliado.

No estudo da reação de genótipos de melancia ao crestamento gomoso do caule, Santos & Café-Filho (2005) constataram que a cultivar Crimson Sweet e os híbridos do tipo Crimson Sweet (Rubi, Onix e Safira) foram altamente suscetíveis à doença, e apresentaram altos níveis de infecção nas folhas aos 74 DAP e também altos valores de AACPD. Ao avaliar a reação de híbridos de melão quanto às principais doenças nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, Santos et al. (2004) observaram que todos os híbridos testados foram suscetíveis ao cancro das hastes. Também em genótipos de melão, Santos et al. (2009) observaram que os genótipos foram suscetíveis à doença e apenas os genótipos Taslaki e Sary Juliabi foram considerados altamente suscetíveis, com mais de 50% de área foliar infectada.

A partir dos 66 DAT observou-se que houve diferenças na dinâmica das curvas de progresso da doença nos genótipos testados (Figura 2). Foi possível notar que os genótipos WMX-001E-PL#09-04 e PI 525901 mantiveram baixos níveis de infecção durante quase todo o ciclo ou seja, com pequeno número de lesões nas folhas, sem redução significativa da área foliar fotossinteticamente ativa. Ao final do ciclo constatou-se, no máximo, 40% de área foliar doente. Esses resultados são concordantes com os resultados obtidos por Santos & Café-Filho (2005), que observaram que no híbrido Riviera ocorreu o retardamento do início da fase exponencial da doença e a sua manutenção em níveis baixos em épocas importantes, como no desenvolvimento da planta e na formação dos frutos, contudo após a colheita a doença aumentou consideravelmente.


Sowell & Pointer (1962) relataram que acessos utilizados como fonte de resistência ao crestamento gomoso, como o acesso PI 189225, apresentam ciclo muito tardio (mais de 100 dias), frutos de polpa branca e grande número de sementes, características semelhantes às observadas para o acesso PI 595201. Esses autores relatam que para seleção de linhagens melhoradas, para exploração em híbridos são necessárias várias gerações de retrocruzamentos com seleção entre e dentro de populações para resistência e características de planta e de fruto de interesse do mercado consumidor.

Nos genótipos mais suscetíveis a doença progrediu exponencialmente já a partir dos 66 DAT, como para WMX-001E-PL#12-01 e para o híbrido comercial Top Gun, que apresentaram aos 81 e 87 DAT, respectivamente mais de 50% da área foliar afetada (Figura 2). A cultivar Crimson Sweet apresentou níveis elevados de severidade da doença a partir dos 87 DAT. Esses índices elevados de infecção pelo patógeno acometeram grande parte da área foliar da planta, resultando, ao final dos 93 DAT frutos com tamanho e peso menor que cinco quilos, o que normalmente não tem aceitação comercial. Perdas na produção em decorrência da severidade do crestamento gomoso também foram constatadas por Santos et al. (2005) que observaram que mesmo sob condições desfavoráveis ao desenvolvimento da doença (condições de baixa umidade relativa), houve redução de até 19,2% na produtividade de melancia, cv. Crimson Sweet. Além de perdas na produção observadas, perdas na qualidade dos frutos também têm sido observadas em plantios com alta infestação da doença (Santos et al., 2013).

Diante dos resultados obtidos, pode-se observar que alguns genótipos apresentaram reação semelhante quando comparados nos experimentos em casa de vegetação (plântula) e campo (folha). Neste sentido, os genótipos WMX-001E-PL#01-01, WMX-001E-PL#14-02, WMX-001E-PL#09-01, WMX-001E-PL#24-02 e o híbrido Top Gun foram observados visualmente e pelos dados obtidos, que estes apresentaram suscetibilidade tanto à infecção no caule como nas folhas. Por outro lado, os genótipos WMX-001E-PL#13-01, WMX-001E-PL#04-01 e WMX-001E-PL#02-02 foram considerados resistentes nas duas condições. Segundo Gusmini et al. (2005), em estudo da reação de genótipos de melancia ao crestamento gomoso do caule, obervaram que a avaliação da resistência à infecção pelo patógeno não deve ser feita apenas em condições de casa de vegetação. Estes autores relataram ainda que, dados combinados de avaliações realizadas em casa de vegetação e campo ajudam na busca de níveis elevados e consistentes de resistência à doença. Entretanto, é importante ressaltar que apenas a resistência quando utilizada isoladamente não é suficiente para o adequado controle da doença. Os agricultores devem continuar com o uso do manejo integrado com a utilização de práticas culturais, controle químico, manejo da irrigação (sem molhamento foliar) e, adubação equilibrada, entre outras.

AGRADECIMENTOS

Ao apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo n° 136180/2009-4. Santos GR e Nascimento IR são bolsistas em produtividade e pesquisa do CNPq.

(Recebido para publicação em 21 de dezembro de 2011; aceito em 25 de julho de 2013)

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jan 2014
  • Data do Fascículo
    Dez 2013

Histórico

  • Recebido
    21 Dez 2011
  • Aceito
    25 Jul 2013
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