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Bloqueio atmosférico no hemisfério sul

Atmospheric blocking in the Southern Hemisphere

Bloqueio atmosférico no hemisfério sul

Rosa de Fátima Cruz Marques

Tese de Doutorado em Meteorologia, orientada pelo Dr. Vadlamudi Brahamanda Rao, aprovada em 14 de outubro de 1996 (INPE/MCT).

Neste trabalho realizou-se uma climatologia do fenômeno bloqueio no HS, utilizando-se 14 anos de dados do ECMWF (1980-1993). Os resultados mostram quatro regiões preferidas para formação de bloqueios: região da Austrália e Nova Zelândia (Oceano Pacífico), Oceano Atlântico (10o W a 70o W), Oceano Índico (70o E a 120o E) e sudeste do Oceano Pacífico (80o W a 120o W). Esta última é uma região que foi verificada neste estudo como região de formação de bloqueios. Encontrou-se as maiores freqüências de bloqueios no inverno e menores no verão. Observou-se uma acentuada variação interanual de freqüência de bloqueios, principalmente na região da Austrália e Nova Zelândia, encontrando-se as maiores freqüências geralmente em anos de La Niña e menores em anos de EL Niño. Discutiu-se as possíveis causas quanto a variação interanual e a predominância em anos de La Niña. A bifurcação climatológica do vento zonal sobre a região da Austrália e Nova Zelândia é mais forte e melhor definida em anos com maiores freqüências de bloqueios. Observou-se as características de uma situação de bloqueio de longa duração através do estudo de caso, onde este se formou no sudeste do Oceano Pacífico. Os mecanismos físicos de manutenção são discutidos através de fluxos de Eliassen-Palm de sua energética local. Os distúrbios transientes barotrópicos agem para acelerar o fluxo no jato polar e desacelerar na região do bloqueio e na bifurcação do jato de oeste, e assim., manter o bloqueio. A contribuição da interação de três escalas temporais é avaliada através da energética na região do bloqueio. A interação deste fenômeno (componente intrasazonal) com os distúrbios de alta freqüência é relativamente importante, sendo mais relevante a interação do bloqueio com o fluxo sazonal. Visto que o bloqueio extrai energia cinética barotrópica do fluxo difluente sob a influência de um campo de deformação deste fenômeno. A instabilidade baroclínica redistribui esta energia na região do bloqueio.

Atmospheric blocking in the Southern Hemisphere-Atmospheric blocking in the Southern Hemisphere is studied using 14 years (1980-1993) of daily data. Results confirmed the three regions of blocking in winter, viz Pacific Ocean near New Zealand, Indian and Atlantic Oceans. A new region of blocking is found in the Southeast Pacific Ocean. All the preferred regions of blocking show large interannual variations. The interannual variations are large in the New Zealand region. It is found during the La Niña years the blocking frequency in the New Zealand region is more than double of that in El Niño years. The possible causes for this behaviour are explored. It is found that the jet split over New Zealand region is better defined and stronger during the La Niña years than in El Niño years. It is known that the jet split is favorable for formation of blocking highs. This explains why blocking frequency is higher during the La Niña years than in El Niño years. A case study of a long lasting blocking event which occurred in the Southeast Pacific Ocean is performed. The physical mechanisms which maintain this blocking event are explored calculating Eliassen-Palm flux and its local energetics. Transient barotropic disturbances decelerate the jet in the blocking region favoring the split jet character. The contribution of different (time) scales are calculated in maintenance of the energetics of the blocking situation. The interaction of intra-seasonal component with the high frequency component is noted to be very relevant. The role of baroclinic instability is also important.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Maio 2000
  • Data do Fascículo
    Mar 1999
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