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Abdelmalek Sayad. Femmes em rupture de ban: entretiens inédits avec deux Algériennes. Paris, Raisons d’Agir, 2021, 214 pp.

Sayad, Abdelmalek. Femmes em rupture de ban: entretiens inédits avec deux Algériennes. 2021. Raisons d’Agir, Paris: 214

Nos últimos anos, temos tido a (re) publicação da obra de Abdelmalek Sayad (1933-1998), sociólogo que, de forma decisiva, contribuiu para os debates migratórios e da luta anticolonial. Certamente, um dos motivos que faz com que seus textos sigam despertando interesse é o seu cuidado metodológico na condução de entrevistas. Migrantes, retornados e potenciais migrantes, em seus textos, ganham protagonismo. Proposta esta fundamental para auxiliar pesquisadores a compreender, por exemplo, os diversos processos de desenraizamentos e dominação que o regime econômico vigente produz na periferia do sistema-mundo. Entrevistados refletem temas propostos pelo autor, auxiliam-no a questionar modelos teóricos e, em muitos casos, evidenciam o mundo social produzido pela migração. Mas não só. As entrevistas também permitem com que eles façam autoanálise de suas trajetórias de vida e da experiência migratória na qual se encontram. Femmes em rupture de ban: entretiens inédits avec deux Algériennes, publicado pela editora francesa Raisons d’Agir, em 2021, vem para somar qualitativamente à proposta.

Não se trata propriamente de um livro escrito por Sayad, mas de duas extensas entrevistas conduzidas por ele, respectivamente, com Ourida e Fatiha1 1 Ourida é um nome fictício dado por Sayad. Já Fatiha é o nome dado pelos organizadores do livro para torná-la mais familiar aos leitores. Segundo eles, Sayad havia apenas colocado F. , e que estavam guardadas em seu arquivo. Duas mulheres que viveram rupturas existenciais e sociais produzidas pelos paradoxos migratórios. O livro conta, também, com um prefácio escrito pelos organizadores, Salima Amari e Éric Fassin, e, ao final, uma entrevista com Tassadit Yacine, em que reflete, especificamente, sobre a trajetória de Ourida. Logo no início, somos informados por Amari e Fassin de que as duas entrevistas compõem parte de um projeto de pesquisa, do qual ambos participavam, e cujo título era Genre et sexualité en migration:“laisser la parole” sans “parler à la place”. Fica, portanto, compreensível que o objetivo desse livro é explorar as questões de gênero e sexualidade na obra de Sayad, bem como sua técnica de entrevista, ao se retirar de cena e deixar a palavra exclusivamente com Ourida e Fatiha.

Amari e Fassin desenvolvem um prefácio cujo objetivo central é introduzir leitores no debate sobre a marginalização histórica e política das mulheres nos estudos migratórios produzidos na França, ao longo dos anos 1970. Para tal, valem-se da historiadora Nancy L. Green, conhecida pelos seus estudos comparados em migrações contemporâneas, para esmiuçar as transformações historiográficas nessa área de pesquisa, nas últimas quatro décadas. Green, mais especificamente em seu artigo “Quatre âges des études migratoires” (2020), demonstra como a “descoberta” dos trabalhadores migrantes na sociedade francesa, nos anos 1960 e 1970, seria superada por uma nova descoberta nos anos 1980: a presença de mulheres2 2 Green pretende estabelecer um diálogo direto com o clássico artigo “Les trois ‘âges’ de l’émigration algérienne en France”, do próprio Sayad, publicado em 1977. . Nos anos 1990, teríamos, então, o gênero aparecendo como uma categoria analítica essencial e que viria a marcar a terceira idade da história da migração. Por fim, nos anos 2000, temos o que ela define como a quarta idade, focada agora na sexualidade dos migrantes, como objeto de controle estatal ou como dimensão da intimidade.

Com base nesse diálogo estabelecido por Green com o próprio Sayad, Amari e Fassin argumentam que o sociólogo argelino, já na década de 1970, havia criado, em suas investigações, espaço para as mulheres, gênero e sexualidade. Para dar sustentação a essa tese, ponderam que Sayad procurou historicizar não apenas valores familiares, mas também o lugar das mulheres ao longo das três idades migratórias. Teria o sociólogo não se contentado apenas em compreender a passagem de uma emigração individual de homens para uma imigração familiar. Ele buscou ainda demonstrar como a migração argelina, entendida como um movimento de rupturas violentas, teria ameaçado a ordem sexual da sociedade argelina.

Uma violência que não poderia ser explicada apenas através do islamismo e de uma estrutura familiar patrilinear, mas do legado deixado pelo violento sistema colonial francês. Para tanto, a análise da situação social da mulher argelina na migração deveria passar pela mobilização de uma história política e não de uma análise centrada exclusivamente no culturalismo. Tal leitura, aproxima-o do que, posteriormente, intelectuais feministas como, por exemplo, Deniz Kandiyoti (1991)Kandiyoti, Deniz (Org). (1991), Women, Islam and the State. Philadelphia, Temple State Press., Boutheina Cheriet (1996)Cheriet, Boutheina. (1996), “Gender, Civil Society and Citizenship in Algeria”. Middle East Report, 198: 22-26. e Marnia Lazreg (2019)Lazreg, Marnia. (2019), The Eloquence of Silence. London/New York, Routledge. evidenciaram em seus escritos: mulheres no Oriente Médio não devem ser estudadas através de cultura islâmica, mas através dos diferentes projetos políticos estatais, suas relações com o colonialismo e o Ocidente, política de classes, usos ideológicos de um idioma islâmico e lutas contra o papel da lei islâmica nos aparelhos legais do Estado3 3 Para maiores informações sobre a relação entre islamismo e imigração em Sayad, ver Sayad (2014), Palenzuela (2018). .

O segundo ponto explorado no livro é a forma com que suas entrevistas valorizam as histórias contadas por essas duas mulheres. E aqui o aproxima de um profícuo diálogo com estudos etnográficos e de gênero. Destacaria, em particular, a antropóloga Lila Abu-Lughod (1998, 2020Abu-Lughod, Lila. (2020), A escrita dos mundos de mulheres: histórias beduínas. Rio de Janeiro, Papéis Selvagens.), que ressalta a importância da escrita etnográfica em gerar um livro de histórias. Ao deixar Ourida e Fatiha falar, Sayad permite com que elas próprias examinem a interface entre acontecimentos históricos, condições de guerras, políticas econômicas, jurídicas ou sociais, e as próprias mulheres nas suas interações com os homens. São mulheres que contam histórias. Elas não estão aqui como “as filhas de” ou “a esposa de” e nem como personagens oprimidas. Ourida e Fatiha permitem-nos ver mulheres, nessa longa migração argelina, como um grupo diversificado de indivíduos que pensaram, defenderam e conseguiram transformar suas vidas em contextos (pós)coloniais e nacionalistas. Suas histórias não homogeneízam o fenômeno migratório. Elas produzem diferenciações internas no processo. Demonstram que a migração não é um processo preciso e fácil de demarcar, como, por exemplo, muitas vezes, generalizamos através de expressões como “migrações na América Latina” ou “migração brasileira”.

Através da primeira, conduzida com Ourida, em 1972, o leitor acompanha a sua jornada migratória que se inicia na Argélia, passa pela Tunísia e chega na França. Seguimos uma migração que emaranha vidas e espaços sociais ao longo do Mediterrâneo. A luta anticolonial é pano de fundo e Ourida faz parte. Ao mesmo tempo, acompanhamos a dura negociação que ela precisa realizar com familiares e militantes da Frente de Libertação Nacional Argelina (fln) para superar proibições e garantir a guarda de sua filha, Samira.

Curiosamente, a jornada migratória de Ourida, que vem ao público só agora, traz novos elementos para pensarmos a dimensão paradoxal que a migração produz e que Sayad buscou investigar. Ela, por exemplo, problematiza o seu artigo Imigração e convenções internacionais, publicado, originalmente, em 1979. Nele, Sayad expõe que seus entrevistados homens comparam a própria condição de migrante vivida por eles com a situação de uma mulher “malcasada” (Sayad, 1998Sayad, Abdelmalek. (1998), A imigração ou os Paradoxos da Alteridade. São Paulo, Edusp., p. 250). Segundo eles, o imigrante é dado para a imigração, assim como uma mulher é dada ao casamento. Todavia, não se trata de uma mulher qualquer, mas com alguma “imperfeição física”, que a faz valer menos no mercado matrimonial. Assim como a mulher que nasce, é educada e cresce na casa de seus pais até o dia de seu casamento, quando é levada, o imigrante também nasce em seu país, cresce e depois precisa migrar. Fica a “ausência” ou rupturas. Ourida oferece uma visão mais complexa desse processo. Mulheres migrantes podem viver concretamente essa dupla situação. Ela mostra que, em sua vida, a ruptura é causada pela migração, mas, também, pelo casamento. Em outras palavras, ela é “malcasada” duas vezes. Migração e casamento a forçam a se mover entre uma estrutura familiar patrilinear dominante, que a impele a um status subsidiário dentro dela, e a miséria pós-colonial. Porém, Ourida, ao lutar pela independência da Argélia e seu legado desigual, reivindica igualdade de gênero. “Eu sou o homem e a mulher de minha casa”, diz ela. Acompanhamos a trajetória de uma mulher que passará a sua vida resistindo às rupturas que o legado colonial produziu em sua vida: a separação de sua filha e de sua autonomia, que, segundo ela, poderia vir através do divórcio.

A história de Fatiha, por sua vez, surge através de uma entrevista mais curta. Ela revela uma longa reflexão produzida por uma jovem, filha de argelinos e nascida na França, sobre sua própria condição existencial. Fatiha, igualmente, lança forte luz sobre temas trabalhados por Sayad ao longo de sua obra. A começar, demonstra um importante paradoxo causado pela migração, vivido por filhos de migrantes nascidos na sociedade de destino: ser um imigrante sem ter migrado. Encurralada nessa condição paradoxal, que tem seus resquícios no colonialismo francês, a vida de Fatiha também mergulha em rupturas. Mesmo tendo nascido na França, ela não se sente parte desse universo social. Ela vive os mesmos dramas de outras jovens nascidas na França e que vivem nos fatídicos conjuntos habitacionais populares (hlm), marcados por segregação urbana. Encontramos, por exemplo, inúmeras angústias partilhadas por Zahoua e Farida, igualmente entrevistadas por Sayad (1998Sayad, Abdelmalek. (1998), “Imigração e convenções internacionais” In: Sayad, Abdelmalek. A imigração ou os Paradoxos da Alteridade. São Paulo, Edusp, pp. 235-264., 1999Sayad, Abdelmalek. (1999), “A emancipação”. In: Bourdieu, Pierre (Org.). A Miséria do Mundo. Petrópolis, Ed. Vozes, pp.673-685.), em outros momentos. Porém, a entrevista com Fatiha, mesmo parcialmente editada, não veio a público até então. A entrevista está na íntegra e temos um tema caro analisado por ela mesma: a sororidade. Fatiha destaca a empatia por suas irmãs e sobre a importância em construir alianças sólidas com suas amigas, para poderem superar as adversidades de gênero, de faixa etária, financeira e de inserção na sociedade francesa.

Por se tratar de duas entrevistas publicadas postumamente, não encontraremos, em cada um dos dois capítulos, como de praxe, as análises sociológicas tecidas pelo próprio Sayad. Todavia, Ourida e Fatiha não deixam por menos. Elas próprias analisam questões caras para sua própria obra. Com Ourida, por exemplo, recuperamos temas como: provisoriedade, el ghorba4 4 Na lógica tradicional, Elghorba, como o autor expõe, é associada à terra de exílio e traz definições como escuridão, isolamento, medo e hostilidade, entre outros sentimentos de desolação. Em virtude da complexidade do tema e dos limites para essa resenha, ver Sayad (1998), ElHajji e Escudero (2020). , bidonvilles5 5 Bidon/villes [bairros de lata] seriam assentamentos urbanos informais e extremamente precários, produzidos e ocupados por migrantes magrebinos em Nanterre. Para maiores informações, consultar Sayad (1995), Wacquant (2001). , colonialismo e luta anticolonial. Já Fatiha aborda conflitos geracionais de filhos argelinos, as condições precárias vividas em habitações populares e na rede escolar, além de um imaginário sobre a Argélia dos pais. Portanto, arriscamos dizer que as entrevistas apresentam um limitado grau de ineditismo como o subtítulo do livro pontua, pois, os dilemas abordados ali já foram, de certa forma, apresentados por Sayad tantas outras vezes. Parece mais sensato entendermos que, como faz qualquer pesquisador dedicado à pesquisa de campo, essas entrevistas são parte de um amplo acervo de fontes coletadas por ele próprio e que foram sendo utilizadas de forma indireta. Aliás, Amari e Fassin expõem isso logo no início.

Ademais, a escolha dessas duas entrevistas é certeira ao lançar o leitor - interessado mais especificamente na obra de Sayad - a um patamar caro em suas reflexões acerca do fenômeno migratório: a dimensão histórica. Ourida e Fatiha, por meio de um diálogo produzido pelo próprio livro, demonstram que estão conectadas por uma longa história de dominação colonial. Ourida nos mostra as dores de viver em um universo político e laboral produzido pelas rápidas mudanças que a Argélia atravessou antes e durante sua luta de independência. Como argelina, ela vive e participa da independência de seu país. Porém, ela é uma mulher que também reivindica protagonismo e igualdade. Algo que, como Sayad demonstra, faltou ao seu país, mergulhado em relações pós-coloniais e lutas internas. Fatiha, por sua vez, nasce em um momento em que a comunidade argelina já está estabelecida na França, mesmo que argelinos e franceses sigam partilhando a ilusão da provisoriedade. Momento um tanto distinto do vivido por Ourida, mas que segue recebendo ecos de um mundo colonial que insiste em não sumir. O desenraizamento e a migração em massa, portanto, seguem.

O último capítulo recebe o sugestivo título “Abdelmalek Sayad et Ourida: l’écrivain public et la militante féministe ‘porteuse de valise’”6 6 “Abdelmalek Sayad e Ourida: o escrivão público e a ativista feminista ‘carregadora de bagagem’”. . Trata-se de uma entrevista conduzida com Tassadit Yacine - antropóloga argelina, dedicada ao estudo de populações berberes, e ainda pouco conhecida no Brasil -, que analisa cuidadosamente as condições de vida na qual Ourida estava inserida e como ela responde a isso. Em outras palavras, de que forma Ourida, subversivamente, produz rupturas com a doxa masculina imposta pelos homens da família e pelos militantes da fln. Para Yacine, a guarda da sua filha e o direito de criá-la sozinha compõem o mote central de sua vida, que se inicia com a migração em si, expande para o casamento e culmina no questionamento à falta de autonomia que a fln dá às mulheres que, como ela, sustentaram a luta pela independência da Argélia. Através desse capítulo e da expressão “porteuse de valise” no título, a entrevistada aponta que Ourida inclusive fez parte da Rede Jeanson7 7 Rede anticolonial autônoma, criada em 1957, pelo ativista político francês Francis Jeanson, cujo objetivo era coletar e transportar recursos financeiros e documentos falsos para militantes da fln. Daí vem o apelido “porteuse de valise” ou, em português, “carregadores de bagagem”. . Nesse capítulo final, retomando Nancy L. Green, temos a chance de compreender melhor a presença de mulheres e como o tema da sexualidade tornou-se estrategicamente uma ferramenta de controle dos estados francês e argelino nesse longo processo de desenraizamento.

Fica, ao fim da leitura, a curiosidade em entender os motivos pelos quais Sayad nunca utilizou diretamente determinados temas políticos, de gênero e sexualidade, tratados por Ourida e Fatiha em suas respectivas entrevistas. Yacine acredita que ele temia publicar estudos que fizessem referências excessivas às minorias que compunham, em sua época, a comunidade argelina na França. Segundo ela, Sayad tinha receio de que poderiam enfraquecer a luta por um reconhecimento político do migrante perante a sociedade francesa. Ademais, produzir a imagem da própria Argélia como um estado fragmentado e incapaz de ser inserido no mundo atual a manteria presa na condição de um grande laboratório de pesquisas antropológicas. De fato, essa hipótese lançada por Yacine ganha muito corpo se recorrermos ao primeiro artigo de Sayad (1960)Sayad, Abdelmalek. (1960), “Les libéraux un pont jeté entre les deux communauté”. Études Méditerranéennes, 7: 43-50..

Todavia, reiteramos que, se elas não aparecem diretamente em seus textos, muito do que expõem acerca da violência produzida pela migração e seus traumas pessoais estão presentes no conjunto de sua obra. Sem sombra de dúvida, esse é um livro que merece ser traduzido para o português. Primeiramente, por auxiliar-nos na ampliação do conhecimento acerca da obra desse fundamental sociólogo das migrações. Segundo, por se tratar de uma fonte de reflexões substantivas para temas das dominações colonial e seus desdobramentos, através de duas mulheres que pensam e falam por si.

Notas

  • 1
    Ourida é um nome fictício dado por Sayad. Já Fatiha é o nome dado pelos organizadores do livro para torná-la mais familiar aos leitores. Segundo eles, Sayad havia apenas colocado F.
  • 2
    Green pretende estabelecer um diálogo direto com o clássico artigo “Les trois ‘âges’ de l’émigration algérienne en France”, do próprio Sayad, publicado em 1977Sayad, Abdelmalek. (1977), “Les trois ‘âges’ de l’émigration algérienne en France”. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, 15: 59-79..
  • 3
    Para maiores informações sobre a relação entre islamismo e imigração em Sayad, ver Sayad (2014)Sayad, Abdelmalek. (2014), L’immigration ou les paradoxes de l’alterité. 3. La fabrication des identités culturelles. Paris, Raisons d’Agir., Palenzuela (2018)Palenzuela, jordi Moreras. (2018), “Sayad y las paradojas del islam” In: Avallone, Gennaro & Santamaría, Enrique. Abdelmalek Sayad: una lectura crítica. Migraciones, saberes y luchas (sociales y culturales). Barcelona, Dados, pp. 299-320..
  • 4
    Na lógica tradicional, Elghorba, como o autor expõe, é associada à terra de exílio e traz definições como escuridão, isolamento, medo e hostilidade, entre outros sentimentos de desolação. Em virtude da complexidade do tema e dos limites para essa resenha, ver Sayad (1998)Sayad, Abdelmalek. (1998), A imigração ou os Paradoxos da Alteridade. São Paulo, Edusp., ElHajji e Escudero (2020).
  • 5
    Bidon/villes [bairros de lata] seriam assentamentos urbanos informais e extremamente precários, produzidos e ocupados por migrantes magrebinos em Nanterre. Para maiores informações, consultar Sayad (1995Sayad, Abdelmalek & Dupuy, Éliane. (1995), Un Nanterre algérien, terre de bidonvilles. Paris, Autrement.), Wacquant (2001)Wacquant, Loic. (2001), “Un Nanterre algérien, terre de bidonvilles”. Ethnography, 1: 139-141..
  • 6
    “Abdelmalek Sayad e Ourida: o escrivão público e a ativista feminista ‘carregadora de bagagem’”.
  • 7
    Rede anticolonial autônoma, criada em 1957, pelo ativista político francês Francis Jeanson, cujo objetivo era coletar e transportar recursos financeiros e documentos falsos para militantes da fln. Daí vem o apelido “porteuse de valise” ou, em português, “carregadores de bagagem”.

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  • Wacquant, Loic. (2001), “Un Nanterre algérien, terre de bidonvilles”. Ethnography, 1: 139-141.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jan 2023
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    16 Set 2022
  • Aceito
    24 Out 2022
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