Acessibilidade / Reportar erro

Ser mina no Rio de Janeiro do século XIX

Resumos

Através das experiências de dois africanos ocidentais enviados à Bahia como escravos, provavelmente em torno de 1840, e depois vendidos para o Rio de Janeiro onde eles se conheceram, tornaram-se amantes, compraram sua liberdade, se casaram e se divorciaram, discuto o debate contínuo sobre o remodelamento ou transferência de identidades étnicas africanas em sociedades escravistas americanas. As fontes deste caso brasileiro sugerem que identidades prévias não eram subitamente apagadas; ao invés disso, novas camadas de compreensão e modos de reagir eram adicionados. Qualquer que fosse a dinâmica da formação cultural, era a memória que ligava de forma crucial as distâncias entre o passado que eles carregavam e o presente para o qual tinham sido empurrados. E assim torna-se esclarecedor reconstruir os passados africanos plausíveis de serem lembrados nos quais esse casal tentava buscar sentido para um presente brasileiro nada familiar.

mina; iorubá; escravos; libertos; divórcio; gênero


Through the experiences of two West Africans shipped to Bahia as slaves, probably in the 1840s, then sold south to Rio de Janeiro where they met, became lovers, bought their freedom, married, and divorced, I comment on an on-going debate over the re-fashioning or transfer of African ethnic identities in American slave societies. The sources in this Brazilian case suggest that previous identities were not suddenly erased, but rather new layers of understanding and ways of responding were added. Whatever the dynamic of cultural formation, it was memory that crucially bridged the distance between the past they carried with them and the present into which they were thrust. And so it becomes illuminating to reconstruct the plausibly remembered African pasts on which this couple drew to make sense of an unfamiliar Brazilian present.

mina; Yoruba; slave; freed; divorce; gender


  • 1
    1 A história deles foi buscada nos seguintes processos legais: Juízo Eclesiástico, Henriqueta Maria da Conceição, preta Mina, contra Rufino Maria Baleta, preto Mina, Libelo de Divórcio, Rio de Janeiro, 1856 (doravante, Divórcio, 1856),
  • Arquivo da Cúria Metropolitana, Rio de Janeiro (doravante, ACM-RJ), Libelo de Divórcio, 1174, Caixa 68;
  • Juízo Eclesiástico, Rufino Maria Baleta, preto Mina, justificante, contra Henriqueta Maria da Conceição, preta Mina, justificada, Justificação para Remoção do Depósito (doravante, Justificação, 1856),
  • em Libelo de Divórcio, Rio de Janeiro, 1856, ACM-RJ, Libelo de Divórcio, 1174, Caixa 68 [paginado separadamente]; Juízo da 2a Vara Cível, Divórcio, Rufino José Maria Baleta, réu, Rio de Janeiro, 1857 (doravante, Divórcio, 1857), Arquivo Nacional, Rio de Janeiro (doravante, AN-RJ), Seção do Poder Judiciário (doravante, SPJ), Maço 877, n. 686 [transcrito, s.p.
  • 2 João José Reis, Flávio dos Santos Gomes e Marcus J. M. de Carvalho, O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro, c. 1821 c. 1853, São Paulo: Companhia das Letras, 2010;
  • Lisa Earl Castillo e Luis Nicolau Parés, "Marcelina da Silva: A Nineteenth-Century Candomblé Priestess in Bahia", Slavery and Abolition, v. 31, n. 1 (2010), pp. 1-27;
  • Robin Law e Kristin Mann, "West Africa in the Atlantic Community: The Case of the Slave Coast", William and Mary Quarterly, v. 56, n. 2 (1999), pp. 307-34.
  • 3 Philip D. Morgan, "The Cultural Implications of the Atlantic Slave Trade: African Regional Origins, American Destinations and New World Developments", Slavery and Abolition, v. 18, n. 1 (1997), pp. 122-45, 134, 136 (citações), 142;
  • João José Reis, Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835, São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 310.
  • 4 John Thornton, Africa and Africans in the Making of the Atlantic World, 1400-1800, Cambridge: Cambridge University Press, 1998, pp. 186-90, 192, 195, 197;
  • David Eltis, "The Volume and Structure of the Transatlantic Slave Trade: A Reassessment", William and Mary Quarterly, v. 58, n. 1 (2001), p. 31.
  • Robert S. Smith, Kingdoms of the Yoruba, Londres: Methuen, 1976, pp. 11, 14, 115, 243-44,
  • discute que a cultura e a língua iorubá emergiram de forma complexa, mas coerente; Thornton acrescenta que o iorubá se tornou uma língua franca para grande parte da costa oeste africana até os anos 30 do século XVII, "Traditions, Documents, and the Ife-Benin Relationship", History in Africa, n. 15 (1988), p. 358;
  • ver também, Biodun Adediran, "Yoruba Ethnic Groups or a Yoruba Ethnic Group? A Review of the Problem of Ethnic Identification", Africa, n. 7 (1984), pp. 57-70;
  • Vincent Brown, "Social Death and Political Life in the Study of Slavery", American Historical Review, v. 114, n. 5 (2009), p. 1245.
  • 5 Michael Greenberg, "Just Remember This", New York Review of Books, v. 55, n. 19 (2008), p. 10.
  • 6 Pierre Verger, Trade Relations between the Bight of Benin and Bahia, 17th to 19th Century, Ibadan: Ibadan University Press, 1976, pp. 11, 367;
  • Robin Law, "Ethnicities of Enslaved Africans in the Diaspora: On the Meanings of 'Mina' (Again)", History in Africa, v. 32 (2005), pp. 248-49, 251;
  • Thornton, Africa and Africans, pp. 26-32, 119.
  • 7 Leslie Bethell, The Abolition of the Brazilian Slave Trade: Britain, Brazil and the Slave Trade Question, 1807-1869, Cambridge: Cambridge University Press, 1970, esp. pp. 18-9, 122 e 62-87;
  • Verger, Trade Relations, pp. 278-81.
  • 8 David Eltis, "The Nineteenth-Century Transatlantic Slave Trade: An Annual Time Series of Imports into the Americas Broken Down by Region", Hispanic American Historical Review (doravante, HAHR), v. 67, n. 1 (1987), pp. 109-20;
  • David Eltis, "The Diaspora of Yoruba Speakers, 1650-1865: Dimensions and Implications", in Toyin Falola e Matt D. Childs (orgs.), The Yoruba Diaspora in the Atlantic World (Bloomington: Indiana University Press, 2004), pp. 17-39, 24 (Tabela 2.3);
  • Paul E. Lovejoy, "The Yoruba Factor in the Trans-Atlantic Slave Trade", in Falola e Childs (orgs.), The Yoruba Diaspora, pp. 40, 43-4;
  • Manolo Florentino, Em costas negras: uma história do tráfico Alântico de escravos entre África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX), Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995, pp. 51-4, 85-7 e 263, Apêndice 13;
  • Mary C. Karasch, Slave Life in Rio de Janeiro, 1808-1850, Princeton: Princeton University Press, 1987, p. 25, 15 (Tabela 1.6), 52 (Tabela 2.5);
  • Mariza de Carvalho Soares, "From Gbe to Yoruba: Ethnic Change and the Mina Nation in Rio de Janeiro", in Falola e Childs, The Yoruba Diaspora, pp. 235-9, salienta (p. 236) que se aqueles comercializados da Bahia para o Rio fossem incluídos, o número de africanos do oeste seria ainda maior.
  • 9 Smith, Kingdoms of the Yoruba, pp. vii-ix, 57-109, esp. 87, inclui Oyó entre 13 reinos, e pp. 11, 14, 114-5, 243-4;
  • Robin Law, The Oyo Empire, c. 1600-1836: A West African Imperialism in the Era of the Atlantic Slave Trade, Oxford: Clarendon Press, 1977, pp. 4-7, 85-118, esp. 4-5, inclui Oyó entre 17 reinos.
  • 10 Law, Oyo Empire, pp. 16, 173-4, 182, 222-8, 307-8;
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, pp. 151, 145-6, e uma cronologia, pp. 174-5;
  • Robin Law, "Trade and Politics behind the Slave Coast: The Lagoon Traffic and the Rise of Lagos, 1500-1800", Journal of African History, v. 24, n. 3 (1983), pp. 336-8, 347;
  • Ann O'Hear, "The Enslavement of Yoruba", in Falola e Childs. The Yoruba Diaspora, pp. 57-61;
  • Verger, Trade Relations, pp. 1-7.
  • 11 Smith, Kingdoms of the Yoruba, p. 160 (citação), pp. 147, 159, 165, 171, 173, 174-177;
  • Law, Oyo Empire, pp. 250-5, 271, 278, 278-99, 305-10;
  • T[homas]. J[efferson]. Bowen, Central Africa. Adventures and Missionary Labors in Several Countries in the Interior of Africa, from 1849 to 1856, Nova York: Negro Universities Press, 1969; primeira edicão de 1857, pp. 113-4.
  • 12 Law, Oyo Empire, p. vii, 308;
  • O'Hear, "The Enslavement of Yoruba", pp. 64-7;
  • Bowen, Central Africa, p. 113.
  • 13 Hugh Clapperton, Journal of a Second Expedition into the Interior of Africa from the Bight of Benin to Soccatoo, to which is Added The Journal of Richard Lander from Kano to the Sea-Coast, Partly by a More Eastern Route, Londres: Frank Cass & Co., 1966; primeira edição de 1829, p. 13;
  • Eltis, "The Diaspora of Yoruba Speakers", in Falola e Childs, Yoruba Diapora, pp. 24, 18-19, 20-6.
  • Sobre o crescimento da dominação de Lagos como porto escravista, ver Law, "Trade and Politics behind the Slave Coast", pp. 321-48;
  • Kristin Mann, Slavery and the Birth of an African City: Lagos, 1760-1900, Bloomington: Indiana University Press, 2007, pp. 39-82;
  • Thornton, Africa and Africans, pp. 192-5;
  • e, especialmente, Eltis, "A Reassessment", pp. 31-3.
  • 14 Eltis revisou os dados em "The Diaspora of Yoruba Speakers", in Falola e Childs, Yoruba Diaspora, pp. 30-1 (Tabela 2.5), p. 29;
  • Verger, Trade Relations, pp. 1-7,
  • Sobre o comércio de minas, João José Reis e Beatriz Gallotti Mamigonian dizem 88%; "Nagô and Mina: The Yoruba Diaspora in Brazil", in Falola e Childs, Yoruba Diaspora, pp. 78-9 (Tabela 5.1), p. 80, 106;
  • Carlos B. Ott, Formação e evolução étnica da cidade do Salvador, Salvador: Tipografia Ltda., 1955, vol. 2, pp. 91-2 (Apêndice III, Tabelas 2 e 3), vol. 1, pp. 61, 68.
  • 15 Verger, Trade Relations, pp. 377-80, 396, e 420 n. 1;
  • Bethell, Abolition of the Brazilian Slave Trade, pp. 391-5.
  • 16 Eltis, Economic Growth, pp. 244 (Tabela A.1), 250-1 (Tabela A.9), 253 (Tabela A.10), 249 (Tabela A.8);
  • Eltis, "The Nineteenth-Century Transatlantic Slave Trade", pp. 113, 114-5 (Tabela I), 116-7, 136 (Tabela V), 118-9;
  • Mann, Slavery and the Birth of an African City, p. 38 (Tabela 1.2),
  • para os números revisados e acresentados; Reis e Mamigonian, "Nagô and mina", in Falola e Childs, Yoruba Diaspora, p. 90 (citação).
  • 17 As origens dos 9% restantes eram desconhecidas. Karasch, Slave Life, pp. 15 (Tabela 1.6, para os anos 1832 e 1833-1849), 12 (Tabela 1.2), e 25, 26-7;
  • Reis e Mamigonian, "Nagô and Mina", in Falola e Childs, Yoruba Diaspora, p. 102;
  • Manolo Florentino, "Alforria e etnicidade no Rio de Janeiro oitocentista: notas de pesquisa", Topoi, v. 5 (2002), pp. 27-8 (Tabela 2);
  • Florentino diz que entre 1 e 2% vieram direto para o Rio de Janeiro, Costas negras, p. 86 (Gráfico 9);
  • 18 B. J. Barickman, A Bahian Counterpoint: Sugar, Tobacco, Cassava, and Slavery in the Recôncavo, 1780-1860, Stanford: Stanford University Press, 1998, pp. 12, 13, 31, 110, 136-7, 149-50, 157-61.
  • 19 Rufino [Maria Baleta] e Henriqueta [Maria da Conceição], Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1855, Casamentos, Freguezia de Santa Rita, Livro 5 (1852-1860), ACM-RJ, AP552, fls. 40v-1;
  • sobre o mercado, Câmara para o Governador, Salvador, Bahia, 14 de junho de 1809, Arquivo Público do Estado da Bahia (doravante APEB), Colônia e Província, Cartas do Senado para o Governo, 1809, maço 127; sobre o Pilar, Anna Amélia Vieira Nascimento, Dez freguesias da cidade do Salvador: aspectos sociais e urbanos do século XIX, Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1986, pp. 33, 37-8, 90-92, 143-6;
  • sobre o papel dos vendedores de rua no abastecmento de Salvador, ver Richard Graham, Feeding the City: From Street Market to Liberal Reform in Salvador, Brazil, 1780-1860, Austin: University of Texas Press, 2010, esp. pp. 33-73.
  • 20 Almanak administrativo, mercantil e industrial, Rio de Janeiro (Rio de Janeiro: Laemmert, 1854), p. 414, 503 (doravante Almanak Laemmert, 1854);
  • Guia do Rio de Janeiro ou Indicador Alphabetico (Rio de Janeiro: Laemmert, 1860), p. 97;
  • 22 Divórcio, 1856, fls. 17 v.; Divórcio, 1857, traslado; Carlos Eugênio Líbano Soares, "A 'nação' da mercancia: condição feminina e as africanas da Costa da Mina, 1835-1900", in Juliana Barreto Farias, Carlos Eugênio Líbano Soares e Flávio dos Santos Gomes (orgs.), No labirinto das nações: africanos e identidades no Rio de Janeiro (Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005), pp. 210-2;
  • Carlos Eugênio Líbano Soares, A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro, 1808-1850, Campinas: Editora da Unicamp, 2001, p. 107.
  • 23 Almanak Laemmert, 1854, p. 504;
  • Rellação Nominal das Cazas de Negocios da Freguesia de Santa Rita pertencente ao anno de 1841, "Estatística da Freguesia de Santa Rita", Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (doravante, AGC-RJ), Códice 43-1-42 [s. p.
  • 24 Corte de Apelação, Processo Crime n. 583, Amélia, mina, escrava de Domingos José Dias Guerreiro, acusada, Rio de Janeiro, 1854, AN-RJ, 1854, Maço 84, Gal. C, fls. 1, 2, 2v., 4, 5v., 7, 8v., 10v., 15-16v., 17, 19, 39; Carlos Eugênio Líbano Soares comenta detalhadamente em "A 'nação' da mercancia", pp. 210-2;
  • Francisco Agenor de Noronha Santos, "Anotações de Noronha Santos a Introdução das 'Memórias'", in Luiz Gonçalves dos Santos (Padre Perereca), Memórias para servir à história do Reino do Brasil, Belo Horizonte: Itatiaia, 1981;
  • 25 Bowen, Central Africa, pp. 306-7;
  • William H. Clarke, Travels and Explorations in Yorubaland, 1854-1858, Ibadan: Ibadan University Press, 1972, pp. 259-63;
  • Samuel Johnson, The History of the Yorubas: From the Earliest Times to the Beginning of the British Protectorate, Londres: Routledge & Kegan Paul, 1966; primeira edição de 1921, pp. 117-23;
  • Richard Lander e John Lander, Journal of an Expedition to Explore the Course and Termination of The Niger with a Narrative of a Voyage down that River to its Termination, Nova York: Harper and Brothers, 1837, v. 1, p. 108;
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, p. 125.
  • 26 Barickman, Bahian Counterpoint, 57-63;
  • B. J. Barickman, "'A Bit of Land, which They Call Roça': Slave Provision Grounds on Sugar Plantations and Cane Farms in the Bahia Recôncavo, 1780-1860", HAHR, v. 74, n. 4 (1994), pp. 649-87;
  • Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, Memória sobre a fundação de uma fazenda na província do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Laemmert, 1847, pp. 16-7;
  • Hebe Maria Mattos, Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista, Brasil, século XIX, Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995, pp. 151-3;
  • Robert Slenes, Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava, Brasil sudeste, século XIX, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, pp. 149-51, 187-97, 201, 237-53.
  • 27 Clarke, Travels, pp. 263-8, 272-5;
  • Johnson, History of the Yorubas, pp. 66, 123-5;
  • Clapperton, Journal, pp. 14-5;
  • Bowen, Central Africa, p. 224, 297;
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, pp. 6-7, 157;
  • Lander e Lander, The Niger, v. 1, p. 86, 108;
  • T. J. Bowen, Grammar and Dictionary of the Yoruba Language, Smithsonian Contributions to Knowledge, Washington: Smithsonian Institution, 1858, pp. x-xi.
  • 28 Johnson, History of the Yorubas, p. 66, 245;
  • Lander e Lander, The Niger, v. 1, pp. 121-22 ;
  • Clarke, Travels, pp. 13, 33-4, 45, 54, 184;
  • Clapperton, Journal, p. 21;
  • La Ray Denzer, "Yoruba Women: A Historiographical Study", International Journal of African Historical Studies, v. 27, n. 1 (1994), pp. 6,7, 8-13.
  • 29 Johnson, History of the Yorubas, p. 66;
  • Lander e Lander, The Niger, v. 1, pp. 121-22;
  • John Iliffe, Honour in African History, Cambridge: Cambridge University Press, 2005, p. 80.
  • 30 Bowen, Central Africa, pp. 97-8, 297, 296 (citação);
  • Clarke, Travels, pp. 264, 272-275, 267 (citação);
  • Lander e Lander, The Niger, v.1, pp. 86, 170-171, 121, 123, 142, 160 (citação);
  • Clapperton, Journal, p. 12.
  • 31 Lander e Lander, The Niger, v. 1, p. 121;
  • Johnson, History of the Yorubas, p. 101, 245;
  • Louis e Elizabeth Agassiz, A Journey in Brazil (1868), Nova York: Praeger, 1969, pp. 82-5;
  • Daniel P. Kidder e James C. Fletcher, Brazil and the Brazilians, Portrayed in Historical and Descriptive Sketches, Philadelphia: Childs e Peterson, 1857, pp. 135-6;
  • Bowen, Central Africa, pp. 303-4.
  • 32 Clapperton, Journal, para os anos 1825 e 1827, passim;
  • Lander e Lander, The Niger, v. l (a viagem dele começou em 1830);
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, p. 102, 166;
  • Bowen, Central Africa, pp. 113-4.
  • 33 Noronha Santos, "Anotações", sobre Santa Rita, v. 1, pp. 135-6.
  • 36 A frase pertence a Erving Goffman, Presentation of Self in Everyday Life, Garden City: Double Day, 1959.
  • 37 Henry John Drewal, "Art or Accident: Yorùbá Body Artists and their Deity Ògún", in Sandra T. Barnes (ed.), Africa's Ogun, Old World and New (Bloomington: Indiana University Press, 1989), pp. 235-60;
  • Eugenia W. Herbert, Iron, Gender, and Power: Rituals of Transformation in African Societies, Bloomington: Indiana University Press, 1993, p. 213, 25, 34, 40, 123, 233;
  • Ilifee, Honour in African History, pp. 101-3;
  • P. C. Lloyd, "Osifekunde of Ijebu", in Philip D. Curtin (ed.), Africa Remembered: Narratives by West Africans from the Era of the Slave Trade (Madison: University of Wisconsin, 1967), pp. 255-8;
  • Ifi Amadiume, Male Daughters, Female Husbands: Gender and Sex in an African Society, Londres: Zed Books, 1987, p. 28;
  • Michael A. Gomez, Exchanging Our Country Marks: The Transformation of African Identities in the Colonial and Antebellum South, Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1998, p. 131.
  • 38 Johnson, History of the Yorubas, pp. 104-7;
  • Lloyd, "Osifekunde of Ijebu", pp. 255-258;
  • Reis, Rebelião Escrava, pp. 311-5;
  • Reis e Mamigonian, "Nagô and mina", pp. 82-3;
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, p. 146;
  • C[hristopher] G[belokoto] Okojie, Ishan Native Laws and Customs, Yaba: John Okwesa & Co., 1960, p. 45;
  • Lander e Lander, The Niger, v. 1, p. 94;
  • Jean Baptiste Debret, Voyage pittoresque et historique au Brésil, ou séjour d'un artiste français au Brésil, Paris: Firmin Didot Frères, 1835, 2e Partie, Planche 22, "Esclaves Nègres de Différentes Nations", e o texto 77;
  • 39 Justificação, 1856, fl. 19;
  • Bowen, Central Africa, 299;
  • Carlos Eugênio Líbano Soares, "A 'nação' da mercancia", pp. 224-25;
  • Agassiz, A Journey in Brazil, pp. 82-5, 83 (desenho);
  • Lander e Lander, The Niger, v. 1, p. 109, 121;
  • 40 Lander e Lander, The Niger, v. 1, p. 73-4 e v. 2, pp. 240-2;
  • Johnson, History of the Yorubas, p. 101;
  • Bowen, Central Africa, p. 300;
  • Clarke, Travels, pp. 243-44;
  • Thornton, sobre mulheres que usavam turbantes, Africa and Africans, p. 233.
  • 41 Compromisso da Irmandade dos Santos Elesbão e Ephigenia desta Corte do Rio de Janeiro, o qual foi feito em 1740 [panfleto], Rio de Janeiro: [s. ed.], 1917, pp. 3, 10-1, 14, ACM-RJ, Associações Religiosas, n. 198;
  • Mariza de Carvalho Soares, Devotos da cor: identidade étnica, religiosidade e escravidão no Rio de Janeiro, século XVIII, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, pp. 180-9;
  • Karasch, Slave Life, pp. 82-5;
  • Mariza de Carvalho Soares, "O império de Santo Elesbão na cidade do Rio de Janeiro, no século XVIII", Topoi, n. 4 (2002), pp. 59-83;
  • sobre conflito, Hagith Sivan, Palestine in Late Antiquity, Nova York: Oxford University Press, 2008, p. 10.
  • 42 Rachel E. Harding, A Refuge in Thunder: Candomblé and Alternative Spaces of Blackness, Bloomington: Indiana University Press, 2000, capítulos 5-8, p. 90 (citação baseada em fonte de 1866);
  • João José Reis, "Candomblé in Nineteenth-Century Bahia: Priests, Followers, Clients", Slavery and Abolition, v. 22, n. 1 (2000), pp. 116-34;
  • e João José Reis, Domingos Sodré, um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX, São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
  • 43 Karasch, Slave Life, pp. 241-245.
  • 44 Constituições primeiras do Arcebispado da Bahia. Feitas e ordenadas por D. Sebastião Monteiro da Vide, 5º Arcebispo do dito Arcebispado do Conselho de Sua Magestade: Propostas e aceitas em o synodo diocesano que o dito Senhor celebrou em 12 de junho do anno de 1707. Impressas em Lisboa no anno de 1719 e em Coimbra em 1720, São Paulo: Typ. "2 de Dezembro", 1853, Liv. 1, Tít. 72, nos. 305-17 (doravante, Constituições primeiras, 1853).
  • 47 Candido Mendes de Almeida (comp. e ed.), Código Philippino: ou Ordenações e leis do reino de Portugal, recopiladas por mandado d'el-rey D. Philippe I. 14 ed. segundo a primeira de 1603 e a nona de Coimbra de 1824, adicionada com diversas notas, Rio de Janeiro: Typ. do Instituto Philomathico, 1870 (doravante, Código Philippino, 1870), Liv. 4, Títs. 46, parágrafo. 1º, 82, 96;
  • 48 Divórcio, 1856, fl. 17v.; Divórcio, 1857, traslado; Carlos Eugênio Líbano Soares, "A 'nação' da mercancia", pp. 210-2;
  • Carlos Eugênio Líbano Soares, Capoeira escrava, p. 107;
  • 49 Para os preços, ver Pedro Carvalho de Mello, "The Economics of Labor in Brazilian Coffee Plantations, 1850-1888", artigo apresentado ao Departmento de Economia da Universidade de Chicago, Nov. 1974, p. 16 (Figura II);
  • 50 Somente com a Lei de Rio Branco, de 1871, foi legalmente permitido a um escravo possuir pecúlio, mas a ela não garantia sua segurança, ver Leis, estatutos etc., Coleção das Leis do Brasil, Lei 2040, 28 Sept. 1871, Art. 4;
  • 51 João José Reis, "A greve negra de 1857 na Bahia", Revista USP, n. 18 (1993), pp. 7-29;
  • 53 Craig Muldrew, The Economy of Obligation: The Culture of Credit and Social Relations in Early Modern England, Nova York: St. Martin's Press, 1998, p. 151.
  • 54 "Barracas, Barracões, e Barraquinhos, 1846, 1847, 1850, 1853, 1857, 1861 e 1863-1865", AGC-RJ, Códice 58-3-36, fls. 14, 15;
  • Julian Pitt-Rivers, "Honour and Social Status", in J. G. Peristiany (ed.), Honour and Shame: The Values of Mediterranean Society (Chicago: University of Chicago Press, 1966), p. 19.
  • 55 Johnson, History of the Yorubas, pp. 113-7, 115 (citações);
  • Bowen, Central Africa, pp. 303-4;
  • Denzer, "Yoruba Women", pp. 3-4;
  • Sandra T. Barnes, "Ritual, Power, and Outside Knowledge", Journal of Religion in Africa, v. 20, n. 3 (1990), p. 252. Agradeço a comunicação de Toyin Falola sobre a idana.
  • 56 Divórcio, 1856, fl. 39; Constituições primeiras, 1853, Liv.1, Tít. 71, para. 304.
  • 57 Johnson, History of the Yorubas, pp. 126-31;
  • E. Adeniyi Oroge, "Iwofa: An Historical Survey of the Yoruba Institution of Indenture", African Economic History, v. 14 (1985), pp. 75, 79-86, 91;
  • Toyin Falola e Paul E. Lovejoy, "Pawnship in Historical Perspective", in Toyin Falola e Paul E. Lovejoy (eds.), Pawnship in Africa: Debt Bondage in Historical Perspective (Boulder: Westview Press, 1994), pp. 1-26, esp. 11-2;
  • Robin Law, "On Pawning and Enslavement for Debt in the Pre-Colonial Slave Coast", in Falola e Lovejoy (eds.), Pawnship in Africa, pp. 55- 69.
  • 58 Johnson, History of the Yorubas, pp. 99, 116;
  • Bowen, Central Africa, pp. 304-5;
  • Código Philippino, 1870, Liv. 4, Tít. 94, nota 4.
  • 59 Iliffe, Honour in African History, p. 116.
  • 60 Bowen, Central Africa, p. 305;
  • Iliffe, Honour in African History, p. 80.
  • 61 Sheila Siqueira de Castro Faria, "Sinhás pretas, damas mercadoras: as pretas minas nas cidades do Rio de Janeiro e de São João del Rey, 1700-1850" (Tese para concurso de Professor Titular, Universidade Federal Fluminense, 2004), pp. 180-91, 191-208 (aqui somente as mulheres do Rio de Janeiro são referidas);
  • Mariza de Carvalho Soares descobre que a maioria dos devotos (minas) de Santo Elesbão declararam em seus testamentos que não tinham filhos, "O império de Santo Elesbão", p. 74.
  • 62 Faria, "Sinhás pretas", p.. 128, 129 (Tabela 9), e 130 (Tabela 10), 180-208, capítulos 5 e 6;
  • Juliana Barreto Farias e Flávio dos Santos Gomes, "Descobrindo mapas dos minas: alforrias, trabalho urbano e identidades, 1800-1915", in Farias, Soares e Gomes (orgs.), Labirinto das nações, pp. 118-21; Código Phillipino, 1870, Liv. 4, Títs. 46, 47, 88, e 96.
  • 63 Ana Maria do Espírito Santo, "Testamento", 1808, Freguesia de Nossa Senhora da Candelária, Rio de Janeiro, Livro de Testamentos e Óbitos (1797-1809), ACM-RJ, fl. 255;
  • 64 Sobre as duas exceções, ver Smith, Kingdoms of the Yoruba, p. 137;
  • mulheres Esan eram limitadas no acúmulo de riqueza, ver Onaiwu W. Ogbomo, "Esan Women Traders and Precolonial Economic Power", in Bessie House-Midamba e Felix K. Ekechi (orgs.), African Market Women and Economic Power: The Role of Women in African Economic Development (Westport: Greenwood Press, 1995), pp. 7-8;
  • Okojie, Ishan Native Laws, p. 89;
  • Johnson, History of the Yorubas, pp. 95-96.
  • 65 Faria, "Sinhás pretas", pp. 232-44;
  • Okojie, Ishan Native Laws, p. 89;
  • ver também Ogbomo, "Esan Women Traders", p. 17, e os mapas que constam no livro;
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, pp. 4, 5, 105-8;
  • Amadiume, Male Daughters, Female Husbands, pp. 7, 17, 21, 31, 34-5, 39, 47-98, 125-7;
  • 66 Law, Oyo Empire, pp. 4-5, 7, 126-9, 133, 209, 217, 218, 6 e 213 (mapas);
  • Smith, Kingdoms of the Yoruba, pp. 19, 47, 49, 70-3, 93, 105-9, e 121-3;
  • Ogbomo, "Esan Women Traders", pp. 1-21, e mapa, p. 16;
  • Melville J. Herskovits, "A Note on 'Woman Marriage' in Dahomey", Africa: Journal of the International African Institute, v. 10, n. 3 (1937), pp. 335-36;
  • Beth Greene, "The Institution of Woman-Marriage in Africa: A Cross-Cultural Analysis", Ethnology, v. 37, n. 4 (1998), pp. 395-412.
  • 67 Divórcio, 1856, fl. 4;
  • Faria, "Sinhás pretas", caps. 5 e 6;
  • aguardando exames dessa natureza estão os testamentos de escravas libertas do século XIX, em Salvador, Bahia, muitas delas eram nagô, primeiramente descritas por Kátia M. de Queirós Mattoso, "Testamentos de escravos libertos na Bahia no século XIX: uma fonte para o estudo de mentalidades", Centro de Estudos Baianos, v. 85 (1979), pp. 1-53;
  • para um exemplo baiano, ver Roza do Ó Freire, Testamento, 1863, Salvador, Bahia, Registro de Testamento, Livro 43 (1863-1864), Seção Judiciário, APEB, fls. 50-52.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Maio 2013
  • Data do Fascículo
    2012

Histórico

  • Recebido
    24 Jan 2011
  • Aceito
    14 Mar 2011
Universidade Federal da Bahia Praça Inocêncio Galvão, 42 Largo 2 de Julho, Centro, 40060-055 - Salvador - BA, Tel: 5571 3283-5501 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: ceao@ufba.br