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CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE INÍCIO DE CARREIRA

I - INTRODUÇÃO

O Conselho Internacional de Enfermagem (ICN) define: "É enfermeiro a pessoa que terminou seus estudos básicos de Enfermagem e está capacitado e autorizado a assumir em seu País a responsabilidade dos serviços de Enfermagem que exigem a promoção da saúde, a prevenção da doença e a prestação de assistência aos enfermos"; donde MELO (1717 MELO, J. - Introdução do recém-graduado na vida profissional sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) conclui que o recém-graduado em Enfermagem, está apto para as atividades curativas, preventivas e de reabilitação. Assim sendo, surge a seguinte questão:

- O fato do recém-graduado possuir conhecimento para exercer a profissão, implica que tenha condições para assumir as responsabilidades que advém do seu novo "status"?

MELO (1717 MELO, J. - Introdução do recém-graduado na vida profissional sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) cita que: "Hoje a educação de qualquer profissional é por essência e por excelência um fator de promoção social, obtendo-se um "status" em cujo âmbito a escola é considerada instrumento de integração, socialização e participação". Como instrumento, a escola deve provocar mudanças exigidas para que, no caso o enfermeiro, adquira seu "status" e conseqüentemente assuma alguns papéis no contexto social do qual passa a fazer parte.

A mudança da situação de estudante para o "status" de enfermeiro, parece colocar o novo profissional em uma situação real, às vezes muito cômoda. Esta premissa, nos levou a tentar conhecer com mais objetividade como o recém-graduado reage diante de seu novo papel.

Reconhecendo que a nossa experiência é ainda limitada pelo pouco tempo de vivência profissional, procuramos conhecer os fatores que podem auxiliar no esclarecimento de algumas dificuldades que o recém-graduado encontra ao iniciar sua carreira. Isto posto, ficamos muito à vontade para esclarecer que nosso objetivo fica limitado à nossa condição de graduada-recente.

II - OBJETIVO

O objetivo deste trabalho, é portanto, demonstrar que o recém-graduado encontra dificuldades ao assumir suas funções frente ao "status" de enfermeiro.

III - DEFINIÇÃO DE TERMOS

Para facilitar a exposição, foram utilizados alguns termos bastante conhecidos e que foram aqui abordados com a seguinte conotação:

- "Status": "é um conjunto de deveres e direitos que caracterizam a posição de uma pessoa em suas relações com outras." (1616 LINTON, R. - O homem. Trad. de Lavínia Vilela, 5.ª ed., São Paulo, Martins editora, 1965.)

Assim é inteiramente acertado falar de cada indivíduo como possuindo muitos "status", pois que cada um toma parte na manifestação de numerosos padrões.

O "status" de qualquer indivíduo significa a soma total de todos os "status", que ele ocupa. Representa a posição dele em relação à sociedade total.

- Papel: "representa o aspecto dinâmico do "status". O indivíduo ao efetuar os direitos e deveres que constituem o "status" está desempenhando um papel." (1616 LINTON, R. - O homem. Trad. de Lavínia Vilela, 5.ª ed., São Paulo, Martins editora, 1965.)

Papel e "status" são inteiramente inseparáveis.

- Função: "conjunto de tarefas ou atribuições exercidas de maneira sistemática." (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.)

- Cargo: "é a posição hierárquica desse conjunto de tarefas e atribuições dentro da organização do pessoal da instituição. É a combinação de funções, deveres e responsabilidades, com a autoridade atribuída ao ocupante." (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.)

IV - MATERIAL E MÉTODO

Na tentativa de obter dados concretos e objetivos, o método escolhido foi o formulário, por nos parecer de amplo campo de aplicação, ser mais acessível aos pesquisados e por ser preenchido no momento da entrevista. Desta forma. tentamos facilitar a tabulação dos dados

O trabalho foi iniciado com o envio de duas cartas aos Diretores dos Serviços de Enfermagem do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Hospital São Paulo, solicitando a permissão para aplicação dos formulários.

Os hospitais acima citados foram escolhidos por possuírem mais de 500 leitos, serem gerais e portanto, com maior diversificação de especialidades.

Foram elaborados dois tipos de formulários, sendo um para recém-graduados, com oito questões (ANEXO I ANEXO I FORMULÁRIO ENFERMERO RECÉM-GRADUADO ) e outro para enfermeiras responsáveis pelas clínicas com cinco questões (ANEXO II ANEXO II FORMULÁRIO ENFERMEIRA RESPONSÁVEL PELA CLÍNICA ).

Os enfermeiros recém-graduados, em número de trinta, estavam no seu primeiro emprego como enfermeiros, no decurso do primeiro semestre de trabalho.

As enfermeiras responsáveis pelas clínicas, em número de quinze, estavam há mais de três meses no cargo, supondo-se que conheciam a situação da clínica e que tivessem recém-graduados sob sua orientação.

A amostragem foi escolhida ao acaso ou seja, de acordo com o horário de trabalho no dia do preenchimento do formulário, obtendo-se dados nos plantões da manhã e tarde.

Todas as clínicas dos hospitais acima citados foram visitadas, com o objetivo de colher informações nas mais diferentes especialidades.

O formulário para os recém-graduados foi elaborado baseado no objetivo proposto, tentando obter informações com relação ao tempo que ele trabalha como enfermeiro, seu preparo para assumir o cargo, as aptidões que esperava demonstrar, e as aptidões que teve oportunidade de demonstrar até a data da aplicação do formulário.

As questões também tinham como objetivo nos fornecer dados sobre a expectativa do recém-graduado em receber fundamentação lógica ou científica sobre as atividades que iria executar, assim como, se havia recebido estes esclarecimentos durante o período que estava trabalhando. Pretendia-se ainda, obter dados sobre o tipo de orientação que o recém-graduado esperava receber e a que lhe era dada. A última indagação referia-se ao seu preparo atual para assumir o cargo de enfermeiro.

As enfermeiras responsáveis pelas clínicas, responderam ao formulário que teve como objetivo o levantamento de dados sobre as expectativas da enfermeira experiente com relação ao enfermeiro recém-graduado, nos aspectos de: connhecimentos, habilidades, segurança no trabalho, reações demonstradas quando orientado, atividades desenvolvidas para o recém-formado e quais as atividades que poderiam ser delegadas para o enfermeiro menos experiente.

Os formulários, compostos de perguntas abertas e fechadas, deveriam ser respondidos totalmente, tendo-se a oportunidade de assinalar mais de uma alternativa nas questões fechadas, enquanto que nas abertas, a orientação ou qualquer outro esclarecimento foi padronizado.

Com o intuito de verificar possíveis falhas na compreensão das perguntas feitas, elaboramos um teste piloto. Foram entrevistados onze (1111 IORTA, W. A. - O ensino dos instrumentos básicos de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. 24 (3-4): 159-169, 1971.) recém-formados e sete (77 ETZIONI, A. - Organizações modernas. 1.ª ed., São Paulo, Ed. da Universidade de S. Paulo, p. 105-224, 1974.) enfermeiras responsáveis pelas clínicas. De acordo com as informações recebidas pelos entrevistadores, o formulário aplicado aos recém-formados foi reelaborado, seguindo-se no entanto, os princípios básicos das questões anteriores, enquanto que o formulário das enfermeiras responsáveis pelas clínicas não sofreu alteração.

A coleta dos dados foi feita em sete (77 ETZIONI, A. - Organizações modernas. 1.ª ed., São Paulo, Ed. da Universidade de S. Paulo, p. 105-224, 1974.) dias, utilizando-se os horários matutino e vespertino, para maior abordagem dos enfermeiros, dispendendo-se em média vinte minutos para cada entrevista.

A reação dos enfermeiros frente ao formulário foi das mais diversas: interesse, admiração, desagrado e até mesmo esquivando-se de responder as questões.

A preocupação freqüentemente verificada por parte dos enfermeiros, era se o formulário teria que ser assinado, entretanto, mediante a negativa da resposta e mostrando que se pretendia manter o anonimato da pessoa, houve maior receptividade.

Apesar desses contratempos, a colaboração foi muito boa e conseguimos obter as informações desejadas.

A tabulação (que é uma parte do processo técnico na análise estatística dos dados), foi feita através de contagem manual das questões fechadas e abertas. Das questões abertas foram relacionadas as principais indicações, averiguando-se número e porcentagem.

Os resultados foram analisados de acordo com a ordem das questões formuladas.

V - DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS

Após a tabulação dos dados, passamos a uma análise e discussão das informações obtidas, que relataremos a seguir.

No formulário dos enfermeiros recém-graduados, obtivemos os seguintes dados:

Da população entrevistada, ou seja, dos trinta enfermeiros que colaboraram, 56% (1717 MELO, J. - Introdução do recém-graduado na vida profissional sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) se encontravam trabalhando há 4 e 5 meses; 27% (88 HENRY, W. E. - O dirigente empresarial: a psicodinâmica de um papel social. Trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação-Getúlio Vargas, 1970. Original inglês: The Business executive the psycho-dynamics of Social Role.) entre 2 e 3 meses; 10% (33 CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.) entre O e 1 mês e 7% (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) há 6 meses.

Podemos verificar, que os recém-gra-duados entrevistados estavam dentro da faixa de tempo de trabalho estabelecido, estando a maioria atuando como enfermeiros há 4 e 5 meses.

Questão 1: Você aeha que estava preparado para assumir o cargo no seu primeiro emprego?

Se a resposta for negativa, por que?

66,7% (2020 WINGE, S. V. B. - Integração do recém-graduado na vida prifissional, sub-tema II In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) se consideravam preparados e 33,3% (1010 HORTA, W, A. - Aspectos do conforto do paciente em hospitais. Revista Brasileira de Enfermagem. 17 (3-4): :114-118, 1964.) responderam negativamente. Destes últimos, 50% (55 DI LASCIO, C. M. D. S. - "Integração do recém-graduado na vida profissional". Sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfemagem iXXII, São Paulo, 1970.) alegaram como causa de não se considerarem preparados, insegurança; 30% (33 CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.) pouca destreza manual; 20% (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) falta de maior tempo de estágios práticos; 10% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) falta de maior fundamentação científica e 10% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) desconhecimento do campo de atuação.

Questão 2: Quais as aptidões que você esperava demonstrar quando começou a trabalhar?

Dos trinta recém-graduados que responderam ao formulário, 86 6% (26) esperavam demonstrar iniciativa; 73,3% (22) segurança no desempenho de suas funções;73,3% (22) planejamento de cuidados de enfermagem; 70% (2121 WITT, A. - Metodologia de Pesquisa, 1.ª ed., São Paulo, Ed. Resenha Tributária, 1973.) conhecimento específico; 60% (1818 OLIVEIRA, M. W. R. - Integração do recém-graduado na vida profissional sub-tema III. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) liderança.; 53,3% (1717 MELO, J. - Introdução do recém-graduado na vida profissional sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) destreza manual e 3,3% (011 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) capacidade de trabalhar em equipe.

Estes resultados foram obtidos devido ao fato de serem assinalados mais de uma alternativa.

Questão 3: Você teve oportunidade de demonstrar algumas das aptidões relacionadas na questão 2, no seu emprego atual? Em caso afirmativo, quais?

80% (24) dos entrevistados responderam afirmativamente, sendo que destes 83 3 % (2020 WINGE, S. V. B. - Integração do recém-graduado na vida prifissional, sub-tema II In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) tiveram oportunidade de demonstrar iniciativa; 54% (1313 HORTA, W. A. - A observação sistematizada na identificação dos problemas de Enfermagem em seus aspectos físicos. Revista Brasileira de Enfermagem. 27 (2): 214-219, 1974.) destreza manual; 50% (1212 HORTA, W. A. - A observação sistematizada como base para diagnóstico de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. 24 (5): 46-53, 1971.) segurança no desempenho de suas funções e 45,8% (1111 IORTA, W. A. - O ensino dos instrumentos básicos de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. 24 (3-4): 159-169, 1971.) demonstraram liderança, planejamento de cuidados e conhecimento especifico.

Questão 4: Você esperava ser esclarecido com fundamentação lógica ou científica sobre as atividades que está executando?

83,3% (25) esperavam ser esclarecidos quanto às atividades a serem executadas, enquanto que 12,7% (55 DI LASCIO, C. M. D. S. - "Integração do recém-graduado na vida profissional". Sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfemagem iXXII, São Paulo, 1970.) responderam negativamente.

Questão 5: Você recebeu estes esclarecimentos?

53,3% (1616 LINTON, R. - O homem. Trad. de Lavínia Vilela, 5.ª ed., São Paulo, Martins editora, 1965.) responderam afirmativamente e 46,7% (1414 KLEIN, J. - O trabalho de grupo. l.ª ed., Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1965.) não receberam esclarecimentos científicos sobre as atividades que iriam realizar.

Questão 6: Você esperava ser orientado para a atividade que iria desenvolver? Por que?

93,3% (28) esperavam serem orientados para as atividades desenvolvidas, enquanto 6,7% (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) responderam negativamente. Dos primeiros, 53,3% (1616 LINTON, R. - O homem. Trad. de Lavínia Vilela, 5.ª ed., São Paulo, Martins editora, 1965.), esperavam receber orientação para melhor desempenho de suas funções; 23,3% (9) por estarem atuando em clínica especializada; 6,6% (12 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) por considerarem necessário a orientação a novos funcionários e 3,3% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) alega ter tido pouca oportunidade em campo de estágio.

Questão 7: Você recebeu orientação como esperava?

53,3% alegaram não haverem recebido orientação como esperavam e 46,7% responderam afirmativamente.

Questão 8: Atualmente você se considera preparado para assumir o cargo que ocupa? Em caso negativo, por que?

66,6% (2020 WINGE, S. V. B. - Integração do recém-graduado na vida prifissional, sub-tema II In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.) consideram-se preparados para assumirem o cargo atual e 33,4% (1010 HORTA, W, A. - Aspectos do conforto do paciente em hospitais. Revista Brasileira de Enfermagem. 17 (3-4): :114-118, 1964.) responderam negativamente. Dos últimos 60% (66 DUTRA, V. O. - Preparo em serviço para integração do recém-graduado na vida profissional. Revista Brasileira de Enfermagem. Rio de Janeiro, 23 (3, 4, 5, 6): 75-79, jul/dez, 1970.) alegaram falta de segurança; 20% (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) falta de maior fundamentação científica; 20% (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.) inexperiência e 10% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) desconhecimento de rotinas.

No formulário aplicado às enfermeiras responsáveis pelas clínicas, as informações obtidas foram as seguintes:

Questão 1: Que conhecimentos, habilidades e atitudes você espera encontrar no recém-graduado?

Das quinze enfermeiras pesquisadas, 100% (1515 LEVINSON, H. - Reciprocidade: o relacionamento homem-organização, trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação Getúlio Vargas.) esperam que o recém-graduado tenha conhecimento científico; 60% (99 HOPP, M. I. R. - A organização e as funções do administrador. São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, 1973.) destreza manual e 40% (66 DUTRA, V. O. - Preparo em serviço para integração do recém-graduado na vida profissional. Revista Brasileira de Enfermagem. Rio de Janeiro, 23 (3, 4, 5, 6): 75-79, jul/dez, 1970.) atitudes Das atitudes que se esperava encontrar, relacionamos as seguintes: boas relações humanas, responsabilidade, ética. observação, interesse e iniciativa

Questão 2: Quando você dá orientação, quais das atitudes abaixo relacionadas você prefere que a pessoa orientada assuma:

40% (66 DUTRA, V. O. - Preparo em serviço para integração do recém-graduado na vida profissional. Revista Brasileira de Enfermagem. Rio de Janeiro, 23 (3, 4, 5, 6): 75-79, jul/dez, 1970.) responderam que gostariam que o recém-graduado demonstrasse ter objeções quando as tivesse; 26,7% (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.) que argumentasse e demonstrasse ter objeções quando as tivesse e 6,6% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) que recebesse orientação sem objeções

Questão 3: Quais as atividades educativas que você programa e desenvolve para a enfermeira recém-graduada ?

66,6% (10) orientam quanto às rotinas e planta física da clínica; 53,7% (88 HENRY, W. E. - O dirigente empresarial: a psicodinâmica de um papel social. Trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação-Getúlio Vargas, 1970. Original inglês: The Business executive the psycho-dynamics of Social Role.) não desenvolvem nenhum programa; 26,6% (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.) dão orientação quanto a aparelhos específicos; 26,6% (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.) elaboram programa quanto a planejamento e cuidado de enfermagem; 6,6% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) acompanhamento com veterana e 6,6% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) esclarece quanto ao relacionamento da Enfermagem. com os serviços afins

Questão 4: Por quanto tempo você espera que o recém-formadG, solicite orientação?

60% (99 HOPP, M. I. R. - A organização e as funções do administrador. São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, 1973.) esperam que o recém-graduado solicite orientação de 60 a 90 dias; 20% (33 CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.) entre O e 30 dias e 20% (33 CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.) de 180 a 1 ano.

Questão 5: Quais das suas atividades você poderia dividir com o enfermeiro recém-graduado? (Tabela 1)

TABELA I
Atividades em porcentagem e opção que a enfermeira responsável pela clínica poderia d ividir com o recém-graduado no Hospital das Clínicas da FMUSP e Hospital São Paulo, em 1975.

96,6% (1414 KLEIN, J. - O trabalho de grupo. l.ª ed., Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1965.) delegam o planejamento de cuidado a pacientes graves e cuidados a pacientes graves; 40% (66 DUTRA, V. O. - Preparo em serviço para integração do recém-graduado na vida profissional. Revista Brasileira de Enfermagem. Rio de Janeiro, 23 (3, 4, 5, 6): 75-79, jul/dez, 1970.) atividades burocráticas; 33,3% (55 DI LASCIO, C. M. D. S. - "Integração do recém-graduado na vida profissional". Sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfemagem iXXII, São Paulo, 1970.) orientação aos funcionários e 6,6% (11 BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.) montagem e conservação de aparelhos.

Com a análise dos dados obtidos, verificamos que parece não existir grande concordância de expectativas tanto do recém-graduado quanto ao que é esperado dele.

Notamos que em geral, os recém-graduados esperavam demonstrar (em ordem decrescente): iniciativa, segurança. no desempenho de suas funções, planejamento de cuidados de enfermagem, liderança e conhecimento específico, no, entanto, as expectativas das responsáveis pelas clínicas onde os mesmos estavam atuando, gostariam que fosse demonstrado conhecimento científico, destreza manual e atitudes. Nas atitudes, as consideradas mais importantes foram: boas relações humanas, responsabilidade, ética, observação, interesse e iniciativa. Podemos notar, que as expectativas não coincidem, parecendo não haver uma perfeita interação no trabalho destes profissionais.

Observamos ainda, que as aptidões demonstradas pelo recém-graduado entram em conflito com as próprias expectativas, e, segundo HOPP (99 HOPP, M. I. R. - A organização e as funções do administrador. São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, 1973.) "sempre que as necessidades e aspirações são esquecidas, as pessoas tendem a desenvolver uma atitude de resistência e antagonismo". Se isto ocorre e o recém-graduado não tem oportunidade de demonstrar suas capacidades e desenvolver suas potencialidades, parece nos difícil, haver integração e o desenvolvimento de um bom trabalho. Se o ambiente oferecido ao recém-graduado, não proporciona condições para que cultive suas capacidades e aprimore aptidões latentes, possivelmente o dia a dia condicionará a uma seqüência de atividades que poderão concorrer para torná-lo um indidívuo sem estímulo para a resolução dos problemas que surgirem.

De acordo com LEVINSON (1515 LEVINSON, H. - Reciprocidade: o relacionamento homem-organização, trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação Getúlio Vargas.), "a organização também contribui para o crescimento das pessoas através das demandas que lhes impõe e que as estimulam a novo aprendizado. Mudanças técnicas, novos problemas a serem enfrentados estimulam o crescimento da pessoa. O crescimento da pessoa contribui para o caráter da organização.

Um homem pode identificar-se com seu superior, mas também traz alguma coisa de sua própria personalidade para a organização. A medida que ele se torna mais experiente, outros vão identificar-se com ele. Ele deixa alguma coisa de si próprio na organização, contribuindo, dessa forma, para o seu crescimento".

Os dados nos mostram que 83,3 % dos recém-graduados esperavam receber orientação para as atividades que iriam executar e que 46,7% não receberam estes esclarecimentos, parecendo não haver estímulo para novo aprendizado. Se não houve oportunidade para novo aprendizado, pode-se pensar que não houve contribuição para o que LEVINSON afirma e conseqüentemente não ofereceu auxílio para o desenvolvimento das pessoas.

40% das enfermeiras responsáveis pelas clínicas, ao darem orientações, gostariam que os recém-graduados demonstrassem ter objeções quando as possuíssem, mas pelos resultados obtidos, o número de orientações é bastante reduzido, o que parece ser uma contradição, pois é necessário oferecer oportunidades para que algumas objeções surjam.

Dos resultados obtidos pelo formulário, observamos que 60% das enfermeiras responsáveis pelas clínicas esperam que o recém-graduado solicite orientação entre 60 e 90 dias, sendo que a partir deste período já poderia ser considerado apto para assumir as responsabilidades que o "status" lhe impõe. O aprendizado em relação à planta física não parece ser difícil, enquanto que as atividades burocráticas da clínica, parecem ser de aspecto repetitivo, havendo ainda manuais de rotinas para a orientação aos interessados. Se a maioria das orientações dadas, restringem-se à planta física e atividades burocráticas, o período para o qual o recém-graduado poderia ser considerado apto, parece ser muito extenso. Verificamos, também, que das enfermeiras responsáveis pelas clínicas, 66,6% (1010 HORTA, W, A. - Aspectos do conforto do paciente em hospitais. Revista Brasileira de Enfermagem. 17 (3-4): :114-118, 1964.) orientam quanto a rotinas e planta física; 53,7% (88 HENRY, W. E. - O dirigente empresarial: a psicodinâmica de um papel social. Trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação-Getúlio Vargas, 1970. Original inglês: The Business executive the psycho-dynamics of Social Role.) não desenvolvem nenhum programa e 26,6% (44 CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.) possuem atividades planejadas a serem desenvolvidas com o recém-graduado.

Analisando os dados, percebemos que houve unanimidade de resposttas em relação a divisão de trabalho com o recém-graduado, que seriam: planejamento e cuidados a pacientes graves, ficando, de uma maneira geral, as atividades burocráticas e orientação a funcionários, para as enfermeiras mais experientes. Segundo CARVALHO (33 CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.), "a manutenção de enfermeiro em uma unidade de enfermagem dispendendo 85% de seu tempo em atividades burocráticas ou mesmo domésticas e anti-econômicas para o hospital, causa frustação ao próprio enfermeiro e confunde as Escolas de Enfermagem.

Cabe ao enfermeiro como elemento mais categorizado da equipe de enfermagem a tomada de decisões, o julgamento de situações, a orientação de seu pessoal e o controle de todas as atividades de sua unidade, isto é, cabe a ele administrar a unidade.

As tarefas ditas administrativas, porém variam em complexidade e importância. Algumas, que hoje fazem parte das atribuições específicas do enfermeiro-chefe, podem perfeitamente, a nosso ver, passar a serem desempenhadas por outro elemento, o que resultaria em aumento do tempo de que aqueles dispõem atualmente para se dedicarem à assistência do paciente. O problema nos parece ser de atribuições ou de distribuição de tarefas".

Completando esta afirmativa, HORTA (1313 HORTA, W. A. - A observação sistematizada na identificação dos problemas de Enfermagem em seus aspectos físicos. Revista Brasileira de Enfermagem. 27 (2): 214-219, 1974.) refere que: "as enfermeiras em cargos de chefia delegam ao pessoal auxiliar, sem orientação e supervisão adequada, a função de observar e atender às necessidades dos pacientes, daí resultando baixo nível de identificação de problemas, e por conseguinte, baixo nível de cuidados de enfermagem".

Verificamos que 96,6% das enfermeiras responsáveis pelas clínicas esperam que o recém-graduado planeje e dê cuidado de enfermagem a pacientes graves; 66,6% orientam quanto às rotinas e 26,6% elaboram programa quanto a planejamento e cuidado de enfermagem. Pelos dados acima, notamos que parece não existir coincidência quanto à orientação dada ao recém-graduado e ao que se espera dele. Existe quase unanimidade (96,6%) de enfermeiras que delegam ao recém-graduado, planejamento e cuidado de enfermagem a pacientes graves, no entanto, pelo exposto anteriormente, a orientação é dirigida em relação à planta física e atividades burocráticas. Se não há orientação sobre o planejamento e os cuidados prestados a pacientes graves na unidade onde o recém-graduado atua, parece incoerente delegar estas atividades quando a orientação dada refere-se a outros aspectos.

Nestas condições, analisando os dados obtidos no formulário do recém-graduado, observamos que 66,6% se consideram preparados para assumirem o cargo que atualmente ocupam. As atividades que estão sendo executadas pelo recém-graduado e para as quais já havia sido orientado na Escola, deveriam ser complementadas nas unidades de trabalho, mas notamos que as orientações dadas são de aspectos burocráticos, o que nos parece ser incongruente.

Observamos que o recém-graduado, no seu primeiro emprego, tenta demonstrar suas capacidades, mas nem sempre a instituição oferece condições propícias para o desenvolvimento e aprimoramento das aptidões ainda latentes, pela orientação insuficiente.

É nesta fase de adaptação que é importante o apoio, compreensão e orientação planejada por parte de enfermeiros experientes. Sabe-se que as enfermeiras responsáveis pelas clínicas possuem uma vivência inigualável, adquirida no decurso de sua vida profissional e que tiveram a oportunidade de amadurecer e arquivar dentro de si, um material precioso, ou seja, experiência.

Por outro lado temos o recém-graduado, repleto de novas técnicas e conhecimentos recentes, mas sem experiência suficiente para aplicá-los devidamente e assim tentar vencer os obstáculos que podem surgir no início da carreira. Portanto, estamos diante de dois grupos distintos, ambos com alguma bagagem científica a oferecer, teórica ou prática.

As palavras de LEVINSON (1414 KLEIN, J. - O trabalho de grupo. l.ª ed., Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1965.) auxiliam a esclarecer, o que estamos dizendo: "a reciprocidade estimula o crescimento psicológico de várias formas. Quando a organização está funcionando bem e a pessoa sente-se como sua parte integrante, ela está se identificando com seu superior. Isto significa que ela está tomando algumas de suas habilidades, experiências, pontos de vista e conhecimento como parte dela mesma. Através de múltiplas identificações de sua reorganização para adptá-las à sua estrutura de personalidade, a pessoa torna-se mais qualificada e ocupacionalmente madura". Tais palavras, vindas de pessoa tão capacitada, nos coloca muito à vontade para afirmar que a partir do momento em que os enfermeiros responsáveis pelas clínicas e os recém-graduados aceitarem a reciprocidade como algo que vai colaborar para o crescimento da instituição e conseguirem fazer com que haja concordância de expectativas, teremos um grupo coeso e integrado, com condições de oferecer um bom rendimento no trabalho.

Neste nosso despretensioso trabalho, pudemos constatar que se há reciprocidade, ela não foi demonstrada ao responderem as questões formuladas. Recorremos, portanto, a CANTANHEDE (22 CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.), com umL referência que se faz oportuna: "o estágio, o aperfeiçoamento e a readaptação são fases de um mesmo problema que é o da formação profissional".

VI - CONCLUSÃO

A nossa tentativa neste trabalho, foi de alertar os enfermeiros experientes sobre as dificuldades encontradas pelo recém-graduado, suas expectativas e aspirações, para que fosse estudada alguma forma de integração que auxiliasse durante a mudança do "status" de estudante para o de enfermeiro.

Este trabalho, no entanto, não é conclusivo, mas tem a intenção de alertar Os profissionais para um estudo mais detalhado dos problemas encontrados pelo recém-graduado, dando margem a que o assunto seja pesquisado profundamente, tanto pelos responsáveis pela formação profissional do enfermeiro, quanto por aqueles que os recebem ao se graduarem.

  • RONCÁGLIA, E., colaboradores - Considerações gerais sobre início da carreira, Rev. Bras. Enf., R.J., 28 : 59-68, 1975

ANEXO I FORMULÁRIO ENFERMERO RECÉM-GRADUADO

ANEXO II FORMULÁRIO ENFERMEIRA RESPONSÁVEL PELA CLÍNICA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • 1
    BERNARD & JENSEN. - Sociology, 5, 7.ª ed., Saint Louis, Mosby, 1958.
  • 2
    CANTANHEDE, C. - Curso de organização do trabalho, 8.ª ed., São Paulo, Ed. Atlas, 1968.
  • 3
    CARVALHO, A. C. - Plano de cuidados de enfermagem como uma das funções do enfermeiro-chefe. Revista da Escola de Enfermagem da U.S.P. 2 (1): 108-117, mar, 1968.
  • 4
    CHIAVENATO, I. - Administração de pessoal (I.) Curso de Administração Hospitalar para graduados, São Paulo, 1971.
  • 5
    DI LASCIO, C. M. D. S. - "Integração do recém-graduado na vida profissional". Sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfemagem iXXII, São Paulo, 1970.
  • 6
    DUTRA, V. O. - Preparo em serviço para integração do recém-graduado na vida profissional. Revista Brasileira de Enfermagem Rio de Janeiro, 23 (3, 4, 5, 6): 75-79, jul/dez, 1970.
  • 7
    ETZIONI, A. - Organizações modernas. 1.ª ed., São Paulo, Ed. da Universidade de S. Paulo, p. 105-224, 1974.
  • 8
    HENRY, W. E. - O dirigente empresarial: a psicodinâmica de um papel social. Trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação-Getúlio Vargas, 1970. Original inglês: The Business executive the psycho-dynamics of Social Role.
  • 9
    HOPP, M. I. R. - A organização e as funções do administrador. São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, 1973.
  • 10
    HORTA, W, A. - Aspectos do conforto do paciente em hospitais. Revista Brasileira de Enfermagem 17 (3-4): :114-118, 1964.
  • 11
    IORTA, W. A. - O ensino dos instrumentos básicos de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem 24 (3-4): 159-169, 1971.
  • 12
    HORTA, W. A. - A observação sistematizada como base para diagnóstico de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem 24 (5): 46-53, 1971.
  • 13
    HORTA, W. A. - A observação sistematizada na identificação dos problemas de Enfermagem em seus aspectos físicos. Revista Brasileira de Enfermagem 27 (2): 214-219, 1974.
  • 14
    KLEIN, J. - O trabalho de grupo. l.ª ed., Rio de Janeiro, Zahar Ed., 1965.
  • 15
    LEVINSON, H. - Reciprocidade: o relacionamento homem-organização, trad. Fernando C. P. Motta, São Paulo, Fundação Getúlio Vargas.
  • 16
    LINTON, R. - O homem. Trad. de Lavínia Vilela, 5.ª ed., São Paulo, Martins editora, 1965.
  • 17
    MELO, J. - Introdução do recém-graduado na vida profissional sub-tema I. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.
  • 18
    OLIVEIRA, M. W. R. - Integração do recém-graduado na vida profissional sub-tema III. In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.
  • 19
    SELLEN & FURFEY. - Sociology and its uses in nursing service, 4.ª ed., Philadelphia, W. B. Saunders - Company, London, 1957.
  • 20
    WINGE, S. V. B. - Integração do recém-graduado na vida prifissional, sub-tema II In Congresso Brasileiro de Enfermagem XXII, São Paulo, 1970.
  • 21
    WITT, A. - Metodologia de Pesquisa, 1.ª ed., São Paulo, Ed. Resenha Tributária, 1973.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 1975
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