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ENSINO DE NUTRIÇÃO NAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO

Considerando-se que o cuidado nutricional do paciente é uma das responsabilidades de fato do enfermeiro em nosso meio, seria de interesse verificar se o profissional de enfermagem está recebendo uma formação que lhe permita adquirir conhecimentos e habilidades relativas à nutrição, exigidas pelas demandas do campo.

Entende-se aqui como cuidado nutricional o conjunto de atividades relacionadas: orientação do paciente, da família ou da comunidade sobre sua dieta, supervisão da aceitação desta, avaliação da mudança de comportamento aumentar, colaboração com a nutricionista no planejamento da dieta e na sua administração.

O "Secretary's Comittee" (Departament of Health, Education and Welfare, WASHINGTON DC) que estudou, em 1972, os diversos papéis desempenhados pelo enfermeiro, revela que a expectativa em relação ao profissional de enfermagem é a sua atuação como membro responsável da equipe de saúde, interpretando e desempenhando instruções dos outros membros, colaborando no planejamento e implantação dos serviços de saúde ou agindo independentemente. Para tanto, deve ter o enfermeiro formação que lhe permita desempenhar tais papéis. Em relação ao cuidado com a nutrição do paciente, o enfermeiro de Saúde Pública, por exemplo, "tem supervisionado a dieta na gestação e na infância; de um modo geral, tem sido o profissional de enfermagem responsável pela educação da paciente e da família no seguimento do dieta, levando em conta antecedentes culturais, preferências pessoais e condições financeiras".

HARRISON e Col. (1969)HARRISON, C. a., et al Public health nurses' knowledge of nutrition. Journ. of Am. Diet. Assoc. 55: 133-139, 1969. fizeram um levantamento entre os enfermeiros em Saúde Pública para verificar os seus conhecimentos de nutrição e dietoterapia. Mediram quatro categorias de conhecimentos de nutrição consideradas desejáveis para enfermeiros: a) instrumentos comuns utilizados na avaliação de dietas; b) fatores fisiológicos que interferem na ingestão do aumento; c) fatores psicológicos, culturais, sociais e econômicos que interferem na ingestão de alimento; d) nutrientes constituintes dos alimentos. Os resultados mostraram grande variação nas áreas de conhecimento da nutrição estudada. Por um lado, houve maior variação nas categorias sobre conhecimento de fatores fisiológicos e psicológicos que interferem na ingestão de alimentos e necessidades nutricionais, e, por outro, verificou-se a ausência de conhecimentos sobre os instrumentos usados na avaliação e planejamento das dietas. Os enfermeiros com grau de bacharel apresentaram valores significativamente mais altos, ao passo que os enfermeiros atuantes não apresentaram diferenças em relação ao tipo de formação. No mesmo trabalho, os autores citam que nos Estados Unidos o nutricionista de agência de saúde prove a educação e atualização do enfermeiro em Saúde Pública em assuntos de nutrição. O estudo indicou ainda que o nutricionista, o enfermeiro supervisor e outros enfermeiros do "staff" são freqüentemente consultados pelos enfermeiros em Saúde Pública sobre assuntos de nutrição.

CICONELLI e Col. (1970)CICONELLI, M. I., et al papéis e funções das enfermeiras do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. ln: SEMINÁRIO SOBRE EDUCAÇAO EM ENFERMAGEM, 2.°, 11-18 nov. 1970. Ribeirão Preto - Relatório. Ribeirão Preto, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, OPAS/OMS, 1970. p. 33-46. citam como uma das funções do enfermeiro hospitalar, auxiliar o paciente a recuperar-se e manter a saúde, e propõem como uma das atividades do enfermeiro "observar a reação do paciente, relativamente à dieta que lhe foi prescrita" e "orientar os familiares sobre visitas, doação de sangue e tratamento, no momento da admissão do paciente, e sobre dieta, curativos, medicação e retorno na ocasião da alta hospitalar".

COELHO e Col. (1970)COELHO, G. G. D. et al O papel da enfermeira na assistência materno-infantil. ln: SEMINARIO SOBRE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM, 2.°, 11-18 nov. 1970, Ribeirão Preto - Relatório. Ribeirão Preto, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, OPAS-OMS. 1970. p. 77-86. descrevem a distribuição das atividades dos membros da equipe de trabalho no serviço de puericultura do 5.º Centro de Saúde e Unidade Sanitária de ensino em Amaralina, sendo função do enfermeiro pediátrico elaborar um plano de assistência de enfermagem à criança, no qual um dos itens é a orientação dietética para as diferentes idades.

Nos relatórios dos grupos de trabalho do II Seminário sobre Educação em Enfermagem realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (OPAS/OMS, 1970) - tema referente ao currículo do Curso de Graduação em Enfermagem -, concluiu-se que uma das atividades específicas da assistência de enfermagem, na área de Enfermagem Materno-Infantil é o cuidado com a alimentação do recém-nascido, lactente, pré-escolar e escolar.

Não bastassem tais verificações, sabe-se que a Nutrição tem feito parte do elenco de disciplinas do curso de graduação em Enfermagem desde a implantação do ensino de Enfermagem em nosso país, remontando tal fato aos primórdios da sistematização do ensino de Enfermagem. Isto vem refletir o interesse dos educadores de Enfermagem em adequar o ensino à realidade que encontram os profissionais no campo.

Propôs-se nesse trabalho a verificar a situação do ensino de nutrição nas escolas de Enfermagem do Estado de São Paulo, com a finalidade de averiguar quais as disciplinas ministradas e de que forma, bem como o parecer dos alunos sobre o assunto.

Acredita-se que as observações obtidas possam ser de utilidade na adequação do ensino, uma vez que fornecem visão do que está ocorrendo e de como isto é percebido pela população estudantil. Deve-se ressaltar que tal percepção reflete as necessidades sentidas pelos alunos, podendo estas constituir subsídios para a elaboração de programas de ensino.

Partiu-se da suposição de que as disciplinas Nutrição Normal, Dietoterapia, Nutrição Infantil, Dietoterapia Infantil, Nutrição em Saúde Pública, Nutrição da Gestante e Puerpério, são ministradas em todas as Escolas de Enfermagem do Estado de São Paulo, mas de forma heterogênea, ora isolada, ora integrada a outras disciplinas de Enfermagem.

As escolas que fizeram parte do estudo foram: Escola de Enfermagem da USP, Faculdade de Enfermagem São José, Faculdade Adventista de Enfermagem, Escola Paulista de Enfermagem, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP), Escola de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica (São Paulo), Escola Superior de Enfermagem (Mogi das Cruzes), Faculdade de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica (Campinas) .

Os estudantes submetidos à pesquisa foram os que cursaram o último semestre do curso de graduação em Enfermagem nas escolas citadas, presentes por ocasião da visita do pesquisador e que perfizeram o total de 244, assim distribuídos:

Tabela 1
População estudantil distribuída por escolas:

A coleta de dados teve por base um questionário, constituído de acordo com a metodologia apregoada pelas Ciências Sociais tendo-se em vista a validade das informações coletadas.

As instruções para o preenchimento do questionário foram dadas oralmente, logo após a sua distribuição, sendo feitos os esclarecimentos, em relação a cada item antes do seu preenchimento. Os dados foram tabulados e serão apresentados a seguir.

A Tabela 2 contém as respostas afirmativas dadas pelos estudantes ,a respeito do ensino das disciplinas alvo do estudo.

Tabela 2
Estudantes, por escola, que responderam serem ministradas as disciplinas nutrição normal, dietoterapia nutrição infantil, nutrição em saúde pública, nutrição da gestante e do puerpério.

Como pode ser visto, a disciplina Nutrição Normal obteve maior freqüência de respostas afirmativas, correspondendo a um total de 99,2%, e a menor freqüência encontra-se na disciplina Nutrição em Saúde Pública, que alcançou a porcentagem de 21,7%. Deve-se ressaltar que em duas escolas (C e D) verificou-se que essa disciplina não tinha sido ministrada.

Apresenta porcentagem inferior a 75%, a freqüência de respostas relativas ao ensino das disciplinas Dietoterapia Infantil (70,9%) e Nutrição da Gestante e do Puerpério (73,4%), o que pode dever-se à forma integrada de ministrá-las. A notar é que essa última disciplina aparece com porcentagem baixa nas escolas H (4%) e C (15,4%).

A seguir são apresentados os resultados referentes à forma de ensino, que pode ser isolada ou integrada a uma disciplina de Enfermagem (Tabela 3).

Tabela 3
Disciplinas ministradas, segundo a forma - isolada ou integrada - em disciplina de enfermagem.

Como se pode observar, as informações contidas na Tabela 3 nem sempre apresentam unanimidade por parte dos estudantes em identificar a forma de ensino das disciplinas da Nutrição. Apesar desse fato, consideram-se que as alternativas com maior freqüência pudessem ser representativas da realidade.

Segundo as respostas dos estudantes, a disciplina Nutrição Normal, além de ser ministrada em todas as escolas, o é de forma isolada.

Em cinco escolas (A, B, D, F, H) os estudantes afirmaram ser a disciplina Dietoterapia ministrada de forma isolada, sendo que em duas delas (B e F) houve unanimidade em apontá-la como tal. Nas demais escolas verifica-se que a maioria dos estudantes informou ser dada de forma integrada. Na escola C, os estudantes referiram ser a disciplina Dietoterapia integrada à Nutrição Normal (84,6%), na escola G à disciplina Enfermagem Médico-Cirúrgica (81,3%) e na E informaram estar distribuída entre as disciplinas Nutrição Normal (35,2%) e Enfermagem Cirúrgica (33,3%).

A maioria dos estudantes das escolas A, D e G informou ser a disciplina Nutrição Infantil ministrada de forma isolada (91,8%, 100% e 90,6%, respectivamente). A maior freqüência que indica ser aquela disciplina integrada à outra de Enfermagem encontra-se nas escolas B 100%) e C (84,6%) seguindo-se da E (83,3%), da H (76%) e da F (74,2%). Na escola B referiram estar integrada à disciplina Enfermagem Pediátrica (91%), bem como na escola F (79,2%) e na escola E (75,9%). Na escola H os estudantes não indicaram a que disciplina está integrada a Nutrição Infantil.

Quanto à disciplina Dietoterapia Infantil, verifica-se que na escola D, 100% dos estudantes referiu ser ministrada de forma isolada. Nas escolas A, B, C, E e H, por outro lado, os estudantes em sua maioria informaram ser a disciplina ministrada de forma integrada, nas seguintes porcentagens: 85,2%, 81,8%, 76,4%, 72,2% e 72,0%. Praticamente inexiste resposta sobre o assuntos nas escolas F e G. Na escola A os estudantes referiram estar essa disciplina integrada à Nutrição Infantil (90,2%); na B, na C e na E à Enfermagem Pediátrica em porcentagens semelhantes (77%, 79% e 70,3%, respectivamente). Não houve indicação de qual disciplina integra-a na escola H.

A disciplina Nutrição em Saúde Pública apresenta falta de resposta, na maioria das escolas, o que se justifica pelos dados da tabela anterior, onde há informação de que ela não é ministrada nas escolas alvo do estudo. Na escola E, porém, 59,3% dos estudantes informou estar integrada à disciplina Enfermagem Materno-Infantil (92,6%).

Finalmente, quanto à disciplina Nutrição da Gestante e do Puerpério, houve praticamente falta de informação nas escolas C e H. Nas demais escolas os estudantes referiram ser o seu ensino integrado ao de Enfermagem Obstétrica ou Materno-Infantil (escola E). Parece arriscado concluir, de algum modo, sobre a forma de ensino dessa disciplina na escola F, uma vez que praticamente a metade dos estudantes não informou nada a respeito.

Adicionalmente são apresentadas algumas informações obtidas sobre as atividades práticas, realizadas pelos estudantes: experiências com animais, cálculo de dietas, preparo de dietas hospitalares, preparo de mamadeira, visitas a serviço de nutrição e dietética, visitas a lactário, visitas a indústrias de produtos alimentícios, estudos de caso e cstágij em hospitais, são as atividades que aparecem com maior freqüência.

Como muitas informações de valia são obtidas quando é dada oportunidade ao indivíduo de se manifestar, esse recurso foi utilizado na presente investigação. Praticamente não houve sugestões que se referissem ao aumento do número de disciplinas que compõem o ensino da Nutrição; as observações mais proveitosas ligam-se à metodologia de ensino utilizada, ou seja, ensino teórico, prático ou teórico-prático. Porém a análise das sugestões dadas não permitiu que muitas respostas fossem enquadradas nas 3 modalidades citadas acima; assim, foram estabelecidas mais duas: estágio e aplicabilidade.

As sugestões da modalidade ensino teórico foram as que se referiram a atividades tais como: teoria exemplificada, enfoque pluri-disciplinar, abordagem multiprofissional, conceituações mais profundas, etc.

A sugestão da modalidade ensino prático mais freqüente foi a necessidade sentida pelos estudantes de serem as aulas ministradas em hospital. Além desta, foram sugeridas as seguintes: realização de experiências com animais, experiências em laboratório, preparo de fato de dietas hospitalares - sendo citados especificamente diabéticos, puér-peras e ulcerosos - e maior contato com pacientes que recebem tratamento dietoterápico.

Em relação ao ensino teórico-prático foi apontada com freqüência a adequação das técnicas de trabalho educativo, isto é, desenvolvimento destas junto às mães e à família de pacientes.

Observação constante relativa ao estágio foi a de que deveria ser incluído um que fosse especificamente dirigido ao seguimento de pacientes sob tratamento dietoterápico.

Quanto às sugestões da modalidade aplicabilidade temos: adaptação à realidade sócio-médica local, utilização imediata e específica, viabilidade econômica das dietas, condicionamento das dietas à época do ano, etc.

Destacam-se, ainda, no entanto, respostas dadas que exemplificam a metodologia de ensino considerada ideal tais como: necessidade de maior relacionamento entre Nutrição e Enfermagem, discussão de casos, maior adequação entre teoria e prática. Além destas sugeriu-se maior aproximação entre os diferentes membros da equipe de saúde, como médicos e nutricionistas, para a elaboração conjunta de dietas.

A análise das respostas tabuladas (anexo) referentes às sugestões ligadas às modalidades de ensino (categorias citadas anteriormente) mostra que foram emitidas 195 sugestões, sendo que destas 42,05% referentes à prática, seguindo-se 33,33% relacionadas ao estágio. Esses dados, como outros, podem ser vistos na Tabela 4.

Tabela 4
Sugestões referentes as disciplinas quanto à modalidade de ensino.

Considerando-se as várias disciplinas, observa-se que o maior número de sugestões recai na disciplina Dietoterapia Infantil (40), seguindo-se a Nutrição Normal (38) e a Dietoterapia (35). A modalidade de ensino que recebeu maior número de referências foi a prática e em relação ao ensino da Dietoterapia. Portanto, essa disciplina, considerando-se os dados como um todo, é a que está necessitando de reformulação, com aumento da prática, segundo parecer de maior número de pesquisados (12,31%); porém, considerando-se apenas as freqüências relativas à prática, essa porcentagem sobe para 29,27%.

Como era esperado, há variação entre as freqüências de sugestões ligadas à teoria, prática, teoria e prática, estágio aplicabilidade entre as várias escolas. Das escolas pesquisadas, 5 apresentam maior número de respostas referindo-se à necessidade de número elevado de aulas práticas (A, B, C, E e F). As duas escolas que apresentam maior porcentagem nesse sentido são B (72,00%) e F (48,00%); são, pois os estudantes dessas escolas os que mais desejam o aumento de ensino prático. A necessidade mais freqüente expressa nas demais escolas diz respeito a estágio, que em certo sentido equivalente à prática; tais sugestões apresentam-se nas porcentagens de 83,33% na escola D, 60% na H e de 43,00% na G.

Os estudantes referiram a necessidade de mais prática e estágio na disciplina Nutrição em Saúde Pública. Isto talvez se deva à quase que inexistência do ensino dessa disciplina nas escolas estudadas. O mesmo, praticamente, ocorre com a Dietoterapia Infantil; quanto à Dietoterapia, como já vimos, a maior deficiência apontada se encontra na prática.

Considerando-se especificamente cada escola, na A foi apontada como necessidade prioritária maior número de aulas práticas na disciplina Nutrição Infantil. Na escola B, também aparece necessidade expressa de maior número de aulas práticas nas disciplinas Nutrição Normal, Dietoterapia e Dietoterapia Infantil. Na escola C, ressaltou-se novamente o maior número de sugestões relativas à prática, porém, junto às disciplinas Dietoterapia e Nutrição Infantil, e Nutrição da Gestante e Puerpério; a escola D, por sua vez, aponta em primeiro lugar a necessidade de mais estágio em todas as disciplinas com exceção de Dietoterapia. Isto parece estranho uma vez que é essa disciplina fundamentalmente relacionada à prática diária hospitalar dos estudantes. Por outro lado, durante os estágios especializados informalmente são oferecidas mais oportunidades no que se refere à aplicação dos conhecimentos de Dietoterapia, o que poderia justificar a falta de necessidade de estágio nessa disciplina. Na escola E há predominância de sugestões relativas à prática citada em relação a todas as disciplinas (15), seguindo-se as referentes a estágio (14) em todas as disciplinas com exceção de Nutrição Infantil. Na escola F houve maior número de sugestões relativas à prática concentrando-se tais sugestões na disciplina Dietoterapia. Na escola G aparece a necessidade de estágio em maior número relacionado à Dietoterapia Infantil e Nutrição em Saúde Pública. Finalmente, na escola H, também predominam as sugestões relativas a estágio na disciplina Nutrição da Gestante e Puerpério.

Deve ser lembrado que a solicitação de prática ou estágio em determinada disciplina, onde já existe esta modalidade de ensino, talvez se deva ao estímulo despertado no aluno por ele.

Os resultados obtidos mostram que o ensino de Nutrição nas escolas de Enfermagem não é uniforme em termos de disciplinas e forma de ensino, o que naturalmente condiciona a percepção das necessidades expressas pelos alunos.

A disciplina que aparentemente requer atenção prioritária é Nutrição em Saúde Pública, que, além de praticamente não ser ministrada, apresenta elevado índice de sugestões, especialmente quanto ao estágio.

Quanto à forma, verifica-se pelos dados obtidos, que no ensino das disciplinas da Nutrição, inexiste homogeneidade por escola e/ou disciplina, sendo uma mesma disciplina ministrada de forma diversa nas escolas pesquisadas.

A observação das sugestões apresentadas pelos estudantes, evidencia que há uma tendência generalizada de as necessidades sentidas voltarem-se para as modalidades de ensino prático e estágio.

Acredita-se que a utilização das informações obtidas na elaboração dos programas de ensino de Nutrição poderia colaborar no aprimoramento da formação do enfermeiro, no que se refere ao seu preparo para proceder ao cuidado nutricional do paciente.

  • MATTOS, L.U. e colaboradores - Ensino de nutrição nas escolas de enfermagem do Estado de São Paulo. Rev. Bras. Enf.; DF, 29:115-126, 1976.

ANEXO I Sugestões referentes a modalidade de ensino por disciplina e escola.

REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS

  • CICONELLI, M. I., et al papéis e funções das enfermeiras do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. ln: SEMINÁRIO SOBRE EDUCAÇAO EM ENFERMAGEM, 2.°, 11-18 nov. 1970. Ribeirão Preto - Relatório Ribeirão Preto, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, OPAS/OMS, 1970. p. 33-46.
  • COELHO, G. G. D. et al O papel da enfermeira na assistência materno-infantil. ln: SEMINARIO SOBRE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM, 2.°, 11-18 nov. 1970, Ribeirão Preto - Relatório. Ribeirão Preto, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, OPAS-OMS. 1970. p. 77-86.
  • HARRISON, C. a., et al Public health nurses' knowledge of nutrition. Journ. of Am. Diet. Assoc. 55: 133-139, 1969.
  • SPECIAL communication Extenling the scope of nursing practice - A report of the secretary's Comittee to study extended roles for nurses. JAMA. 220(9):1231-1235, 1972.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 1976
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