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Inibição do receptor plaquetário glicoproteína (GP) IIb/IIIa em síndromes isquêmicas agudas e intervenções coronárias

Atualização

Inibição do Receptor Plaquetário Glicoproteína (GP) IIb/IIIa em Síndromes Isquêmicas Agudas e Intervenções Coronárias

Paulo R. A. Caramori, José R. Casco, Alcides J. Zago, Allan G. Adelman

Toronto, Canadá - Porto Alegre, RS

A progressiva compreensão do papel primordial que as plaquetas desempenham na doença cardiovascular, particularmente em síndromes isquêmicas agudas, tem aberto grandes oportunidades terapêuticas em cardiologia 1-4. Os bloqueadores do receptor plaquetário glicoproteína (GP) IIb/IIIa, que inibem a via comum da agregação plaquetária, possuem um grande potencial terapêutico em pacientes submetidos a intervenções coronárias e no manejo de síndromes coronárias agudas. O anticorpo monoclonal contra a GP IIb/IIIa, ou abciximab, tem sido extensivamente estudado em pacientes submetidos a intervenções coronárias 5-11, sendo o primeiro de uma série de agentes a ser introduzido para o uso clínico. Um número expressivo de outros bloqueadores peptídicos e não peptídicos do receptor plaquetário GP IIb/IIIa também estão sendo avaliados em estudos clínicos de fase II e III 12-19. Esta atualização tem por finalidade descrever como estes potentes agentes antiplaquetários atuam e discutir as situações clínicas em que há benefício potencial ou demonstrado com o seu uso, baseado nos resultados de estudos clínicos randomizados. Adicionalmente, discutiremos o uso dos bloqueadores do receptor GP IIb/IIIa em associação com stents em intervenções coronárias.

Síndromes isquêmicas agudas e os receptores GP IIb/IIIa

A ruptura do endotélio sobre uma placa arterosclerótica é responsável pela maioria das síndromes coronárias agudas. A exposição dos componentes subendoteliais inicia a cascata da coagulação e provê as condições para ativação plaquetária 20. As plaquetas possuem receptores que interagem com glicoproteínas subendoteliais, como o colágeno e o fator von Willebrand, aderindo ao tecido vascular desprovido de endotélio. A adesão estimula a ativação plaquetária. As plaquetas ativadas sofrem modificações conformacionais com aumento da sua superfície e liberam agonistas como o tromboxano A2, a adenosina difosfato e a serotonina 21. Estes agonistas, por sua vez, ativam outras plaquetas. As alterações conformacionais secundárias a ativação levam à exteriorização dos receptores GP IIb/IIIa na superfície da membrana plaquetária 22-24. Os receptores GP IIb/IIIa ligam-se a proteínas plasmáticas, como o fibrinogênio e o fator von Willebrand, determinando a agregação plaquetária 25.

A cascata da coagulação ativada leva a conversão do fibrinogênio à fibrina. A fibrina estabiliza as pontes que ligam as plaquetas, criando uma rede de plaquetas e fibrina. Paralelamente, a cascata da coagulação forma trombina, que é um potente ativador plaquetário, e amplifica o processo de agregação 26. A trombina liga-se a hemácias e ao agregado plaquetário, formando um coágulo rico em plaquetas. Isto causa obstrução total ou parcial do fluxo sangüíneo através da artéria coronária acometida, causando isquemia miocárdica 27,28.

O receptores GP IIb/IIIa são os receptores mais abundantes na superfície plaquetária 29. Eles pertencem a uma grande família de receptores, comumente denominados, "integrinas" 30,31, que são responsáveis pelas interações célula-célula e célula-proteínas em diversos processos biológicos. Estes receptores são moléculas heterodiméricas, constituídos de duas cadeias de proteínas transmembrana, as subunidades a e b. O receptor GP IIb/IIIa é constituído pela subunidade aIIb e pela subunidade b3 32,33. A associação GP IIb/IIIa (aIIbb3) parece ocorrer apenas em plaquetas. Contudo, a subunidade GP IIIa (b3) forma complexos com uma outra subunidade a, a subunidade av, para formar o complexo avb3. O receptor GP avb3 interage com a vitronectina 34, estando presente nas células endoteliais, células musculares lisas vasculares e, em pequeno número, nas plaquetas 34,35.

O receptor GP IIb/IIIa reconhece dois sítios específicos na molécula de fibrinogênio. O primeiro é a seqüência aminoácida RGD (arginina-glicina-ácido aspártico) que é encontrada no fibrinogênio, no fator von Willebrand e em outras proteínas como a vitronectina e a fibronectina 36-38. O fibrinogênio difere da outras proteínas de adesão por ter duas seqüências RGD por cada meia molécula 39. O segundo sitio é a seqüência de aminoácidos KQAGDV (glicina-glutamina-alanina-glicina-ácido aspártico-valina) que ocorre apenas no fibrinogênio, sendo o principal sítio de ligação do fibrinogênio no receptor GP IIb/IIIa 40. Devido a esses múltiplos sítios de ligação, o fibrinogênio tem uma afinidade muito grande pelos receptores GP IIb/IIIa 41.

O tratamento padrão das síndromes isquêmicas agudas e da oclusão trombótica, durante ou após uma angioplastia, inclui a administração do ácido-acetilsalicílico como agente antiplaquetário 42-45. O ácido-acetilsalicílico acetila de maneira irreversível a ciclo-oxigenase plaquetária e inibe a produção de tromboxano A246. Contudo, o ácido-acetilsalicílico é um inibidor plaquetário relativamente fraco 46,47, bloqueando, aproximadamente 20% da agregação plaquetária. O ácido-acetilsalicílico não possui efeito sobre a trombina e possui pouco ou nenhum efeito sobre outros potentes ativadores plaquetários, como a adenosina difosfato, a vasopressina, a serotonina, o colágeno, o fibrinogênio e a fibronectina 48. Além disso, o ácido-acetilsalicílico promove a produção de leucotrienos, que causam vasoespasmo e podem aumentar a adesividade plaquetária 49. O ácido-acetilsalicílico também bloqueia a produção de prostaciclina endotelial, que atuaria como um vasodilatador e promotor da fibrinólise 50. Em adição, há uma significativa variação individual nos efeitos do ácido-acetilsalicílico. Aproximadamente, 40% dos pacientes são pelo menos, parcialmente, resistente às suas propriedades antiplaquetárias 51. Apesar destas limitações, o ácido-acetilsalicílico permanece como a terapia antiplaquetária mais comumente usada.

Bloqueadores dos receptores GP IIb/IIIa plaquetários

A descoberta dos receptores plaquetários GP IIb/IIIa por Barry Coller 52, há mais de uma década, levou ao desenvolvimento de agentes antiplaquetários direcionados contra este receptor 53. Vários agentes peptídicos e não peptídicos têm sido produzidos, baseado na seqüência de aminoácidos RGD, crucial na ligação de várias substâncias a esses receptores. Estes antagonistas do receptor GP IIb/IIIa incluem o eptifibatide, que é um heptapeptídio cíclico (Integrilin, Cor Therapeutics, São Francisco, EUA) 54, o lamifibam, que é um pseudo-peptídio (Hoffman-LaRoche, Basel, Suiça) 55, e o tirofibam, que é um derivado não peptídico da tirosina (Merck, West Point, EUA) 56. Agentes ativos oralmente, como o xemilofibam (Searle, Skokie, EUA) 57,58, também têm sido desenvolvidos. Esses agentes estão sendo submetidos a estudos clínicos fase II e III para a prevenção de complicações trombótica em síndromes coronárias isquêmicas e em revascularização percutânea. Contudo, o inibidor dos receptores GP IIb/IIIa que será discutido em maior detalhe nesse artigo é o anticorpo monoclonal c7E3 Fab ou abciximab (ReoPro®), que se encontra disponível para uso clínico.

O abciximab é o bloqueador da GP IIb/IIIa que tem sido mais extensivamente estudado. O abciximab é derivado do anticorpo monoclonal m7E3 de origem murina (m). O fragmento Fc (fragmento cristalizável) é removido do anticorpo por digestão enzimática com papaína, resultando no m7E3 Fab 53,59,60. Com a remoção do fragmento Fc, é minimizada a captura, pelo sistema reticuloendotelial, das plaquetas aderidas ao anticorpo, reduzindo o potencial para o desenvolvimento de trombocitopenia 61. Com a finalidade de reduzir o potencial imunogênico, regiões constantes do anticorpo monoclonal murino são substituídas por seqüências de aminoácidos correspondentes à imunoglobulina humana, resultando no componente quimérico (c) humano-murino c7E3 Fab (fig. 1).


O abciximab atua ligando-se aos receptores plaquetários GP IIb/IIIa, prevenindo a ligação de outras moléculas 23,38. Esse anticorpo monoclonal também bloqueia o receptor avb3, que interage com a vitronectina 34. Embora este receptor não tenha sido considerado quando o anticorpo foi inicialmente desenvolvido, esta reatividade cruzada tem provado ser benéfica na prevenção da agregação plaquetária 62,63. O bloqueio o receptor avb3 pode também inibir a migração e proliferação de células musculares lisas vasculares. Este efeito está potencialmente relacionado com a manutenção dos efeitos benéficos do abciximab a longo prazo. O abciximab, também inibe o inibidor 1 do ativador do plasminogênio (PAI-1) e o fator XIII. Em adição, liga-se ao receptor MAC-1 em monócitos ativados e estimula a retração do coágulo sangüíneo 64,65. Devido ao fato que o coeficiente de ligação deste anticorpo com o receptor GP IIb/IIIa é muito maior do que aquele para o fibrinogênio, o abciximab tem o potencial para dissolver coágulos por desalojar fibrina e quebrar as pontes que ligam as plaquetas umas às outras 66. O bloqueador GP IIb/IIIa pode ter esse efeito lítico em coágulos recentes. Os efeitos sobre um coágulo bem organizado, com mais de 48h de evolução, é mínimo 67,68.

Seguindo a administração intravenosa de abciximab, o efeito inibitório na função plaquetária é evidente dentro de 10min 69. Após uma dose única, os níveis plasmáticos diminuem muito rapidamente, com uma meia vida inicial de menos de 10min, e uma 2ª meia vida de, aproximadamente, 30min 6. Este rápido desaparecimento do plasma é, provavelmente, relacionado à rápida ligação com o receptor GP IIb/IIIa. Abciximab provoca inibição da função plaquetária dose-dependente. Após um bolus intravenoso de 0,25mg/kg de abciximab, a agregação plaquetária induzida por ADP é completamente inibida. Esse efeito é sustentado por 12h com a infusão intravenosa de 10µg/min 69. O abciximab permanece em circulação por vários dias num estado ligado a plaquetas, porém a função plaquetária global recupera-se ao longo de 48h. Nas doses recomendadas, o abciximab tem mínimo efeito no tempo de sangramento 70,71.

Estudos clínicos randomizados com abciximab

Até o momento, três estudos clínicos randomizados, placebo controlados e duplo-cegos, foram completados, avaliando o uso do abciximab em mais de 6.000 pacientes submetidos a intervenções coronárias. Esses estudos foram concebidos para testar a hipótese que o bloqueio do receptor GP IIb/IIIa reduziria as complicações isquêmicas da angioplastia. Durante uma angioplastia, a lesão causada pela intervenção coronária rompe o endotélio sobre uma placa arterosclerótica e iatrogenicamente produz um trombo plaquetário 72,73. Previamente, a disponibilidade dos inibidores da GP IIb/IIIa e do uso generalizado de stents, oclusão coronária aguda, uma das complicações mais devastadoras da angioplastia, ocorria em 4 a 8% dos procedimentos 74,75.

EPIC

O primeiro destes estudos foi o EPIC (Evaluation of c7E3 Fab in the Prevention of Ischemic Complications), um estudo que envolveu 2.099 pacientes de alto risco a serem submetidos à intervenções coronárias 7. Esse estudo recrutou pacientes com síndromes coronárias isquêmicas agudas, ou seja, infarto do miocárdio (IM) recente ou angina pós-infarto, ou angina de repouso. Adicionalmente, foram incluídos pacientes com lesões coronárias complexas, tipo B2 ou C, como definido pela American Heart Association e American College of Cardiology. Os pacientes foram randomizados para um dos seguintes tratamentos: 1) bolus e infusão por 12h de placebo; 2) um bolus de abciximab (0,25mg/kg), seguido por uma infusão de placebo por 12h; 3) bolus (0,25mg/kg) e infusão (10µg/min) de abciximab por 12h. Todos os pacientes receberam aspirina. Heparina foi administrada durante o procedimento para atingir tempos de coagulação ativados entre 300 e 350s, e foi continuada como infusão por 12h. Os introdutores arteriais foram removidos 6h após a heparina ser descontinuada, ou seja, 18h após a intervenção. O desfecho primário (associação de morte, IM, ou nova revascularização dentro de 30 dias) ocorreu em 12,8% no grupo placebo, 11,4% nos pacientes recebendo apenas bolus de abciximab (p=0,43) e 8,3% nos pacientes que receberam bolus e infusão (p=0,008). Houve redução significativa não apenas no desfecho primário composto, mas também na incidência de IM e angioplastia urgente nos pacientes que receberam abciximab em bolus mais infusão (fig. 2).


Os resultados do estudo EPIC demonstraram que o bloqueio da GP IIb/IIIa com bolus e infusão de abciximab resultou numa redução absoluta de 4.5% e relativa de 35% no desfecho composto em 30 dias. Esta diferença foi mantida, ou mesmo aumentada, ao longo do tempo. Aos seis meses de seguimento, havia uma redução absoluta de 8% nessas complicações 8. Contudo, os pacientes que receberam o inibidor plaquetário tiveram maior incidência de sangramento relacionado ao sítio de acesso arterial e receberam mais transfusões. Análise retrospectiva dos dados indicou que as complicações relacionadas a sangramento foram muito maiores em pacientes de baixo peso do que em pacientes mais pesados. Dessa forma, o sangramento excessivo foi atribuído à administração de heparina não ajustada para peso 76.

O estudo EPIC validou a hipótese de que o bloqueio do receptor GP IIb/IIIa com abciximab, significativamente, reduz eventos isquêmicos agudos associados a angioplastia coronária de alto risco, a despeito de um aumento nas complicações hemorrágicas. Foi demonstrado que a fim de que se obtenha eficácia, abciximab deveria ser administrado em bolus, seguido de infusão contínua por um período de 12h.

O seguimento de longo prazo do estudo EPIC demonstrou que abciximab, administrado no momento da angioplastia coronária, teve eficácia prolongada 77. Após 3 anos, o desfecho composto ocorreu em 41% dos que receberam tratamento ativo e em 47% dos que receberam placebo (p=0,009). Este foi o primeiro estudo clínico a demonstrar que uma intervenção farmacológica que objetiva reduzir complicações peri-angioplastia, pode produzir melhora sustentada nos resultados do procedimento. Esses dados levantaram a hipótese de que o bloqueio dos receptor GP IIb/IIIa determinaria estabilização da placa aterosclerótica. Este potencial efeito do abciximab, recentemente denominado "passivação arterial", implica na transformação da superfície vascular de uma situação que predispõem a deposição de plaquetas e trombose para uma situação estável.

EPILOG

O estudo EPILOG foi desenvolvido para responder as duas principais questões remanescentes do estudo EPIC: 1) seriam os efeitos salutares do abciximab evidentes em pacientes de baixo risco? 2) poderia o risco de sangramento ser reduzido com a utilização de heparina ajustada pelo peso? O desenho original deste estudo previa que 4.800 pacientes submetidos a angioplastia coronária fossem randomizados para receber placebo ou abciximab, associados a heparina em doses convencionais ou em doses baixas, ajustadas pelo peso 78. Os grupos de tratamento incluíram: 1) placebo e bolus de heparina de 100U/kg, com a intenção de obter um tempo de coagulação ativada entre 300-350s; 2) bolus e infusão de abciximab (similar às doses do estudo EPIC) associados a 100U/kg de heparina; 3) bolus e infusão de abciximab, como no EPIC, associados a 70U/kg de heparina, objetivando tempos de coagulação ativada entre 200-300s. Todos os pacientes foram tratados com aspirina. Heparina foi descontinuada, imediatamente após, a angioplastia e os introdutores arteriais foram removidos tão logo o tempo de coagulação ativada fosse inferior a 175s. O protocolo do estudo solicitava que os investigadores obtivessem acesso arterial através de punção única da parede anterior do vaso e que a inserção de introdutores venosos fosse evitada. Pacientes de alto e baixo risco foram randomizados. Os únicos pacientes excluídos foram aqueles com o infarto agudo do miocárdio ou com angina instável associada a alterações eletrocardiográficas. Esses pacientes foram excluídos porque foi considerado não ser ético não tratá-los com abciximab.

O estudo EPILOG foi encerrado precocemente devido a eficácia do tratamento, após 2.792 pacientes terem sido randomizados. A análise dos resultados demonstrava uma redução de 56% no desfecho composto aos 30 dias (morte, IM ou revascularização urgente) nos pacientes que receberam abciximab com heparina em baixas doses ou em doses convencionais (p<0,001) (fig. 3). Aos seis meses, a análise combinada dos pacientes que receberam abciximab demonstrava uma redução relativa de 13% no desfecho composto de morte, infarto ou revascularização do miocárdio (p=0,023), e uma redução relativa de 43% no desfecho composto de morte, IM ou revascularização urgente (p<0,001). No grupo tratado com abciximab e baixas doses de heparina, não houve aumento na incidência de sangramento. Em relação aos pacientes que receberam abciximab com doses convencionais de heparina, houve uma redução relativa de 35% nas complicações hemorrágicas.


A hipótese do bloqueio da GP IIb/IIIa foi confirmada no estudo EPILOG. O abciximab foi efetivo em pacientes de alto e baixo risco, submetidos a intervenção coronária. Houve significativas reduções na incidência de eventos compostos em um espectro de pacientes mais amplo, que incluía pacientes com uma semana de IM e pacientes com angina estável ou instável. De fato, houve uma maior eficácia do abciximab neste grupo de pacientes do que nos pacientes de alto risco no estudo EPIC. Em adição, o uso de heparina em doses ajustadas pelo peso, não seguido de infusão contínua e associado à remoção precoce do introdutor arterial, reduziu os riscos de sangramentos, aumentando a segurança do uso do abciximab.

CAPTURE

O terceiro estudo fase III com abciximab, ou CAPTURE (c7E3 Antiplatelet Therapy in Unstable Refractory Angina), foi limitado a pacientes com angina instável refratária 79. Para serem randomizados, os pacientes tinham que ter tido pelo menos um episódio de dor torácica associado com modificações eletrocardiográficas compatíveis com isquemia miocárdica, dentro das últimas 48h, enquanto sob tratamento com heparina e nitroglicerina. Cineangiocoronariografia era executada dentro de 24h da inclusão do paciente. Se a lesão relacionada à síndrome coronária era tratável por angioplastia, os pacientes eram randomizados para abciximab ou placebo. Abciximab foi administrado como um bolus de 0,25mg/kg e infusão de 10µg/min por 18-26h antes da intervenção coronária. A infusão era mantida por apenas uma hora após a angioplastia.

O estudo CAPTURE, a exemplo do EPILOG, foi interrompido antes de ter sido completado (após 1.265 dos 1.400 pacientes terem sido randomizados), devido à significativa eficácia do abciximab. O desfecho primário em 30 dias, composto de morte, infarto ou revascularização do miocárdio urgente, foi significativamente reduzido no grupo abciximab. A incidência destes eventos foi reduzida de 15,9% para 11,3%, uma redução relativa de 29% (p=0,012). Em seis meses, contudo, houve uma aparente perda na eficácia do abciximab. A incidência de morte, intervenção percutânea ou revascularização cirúrgica coronária foram similares nos dois grupos. A conclusão obtida do estudo CAPTURE foi que o tratamento com abciximab reduziu eventos trombóticos em pacientes com angina instável refratária em 24h e em 30 dias. Não houve efeito sustentado após esse período, assim como, não houve efeito sobre a reestenose.

Abciximab na angina instável e no infarto agudo do miocárdio

O papel do abciximab em síndromes coronárias agudas e pacientes não submetidos a intervenções coronárias ainda encontra-se sob investigação. As informações disponíveis a respeito do uso de abciximab na angina instável são oriundas do estudo CAPTURE 79. Um dos mais interessantes achados desse estudo foi que a diminuição dos eventos iniciou-se enquanto a droga estava sendo administrada, ou seja, antes da intervenção coronária. Isto é consistente com os resultados preliminares da inibição da GP IIb/IIIa com tirofibam em pacientes com angina instável nos estudos PRISM 80 e PRISM-PLUS 81. Nesses estudos houve redução significante na incidência de eventos adversos em 48h e em sete dias. Estas observações sugerem um potencial benefício da inibição da GP IIb/IIIa na angina instável.

A formulação murina do 7E3 (m7E3) foi, inicialmente, estudada em 60 pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com terapia convencional que incluía o uso do ativador do plasminogênio de tecidual recombinante, ácido-acetilsalicílico e heparina 10. A comparação dos resultados dessa série de casos com um grupo controle sugeria a redução no número de eventos isquêmicos em pacientes tratados com o m7E3. Resultados iniciais de outros estudos também sugerem que a administração dos bloqueadores da GP IIb/IIIa no IM seja benéfica 11,18. Atualmente, a utilização do abciximab em associação com doses reduzidas de trombolíticos no manejo do IM está sendo avaliado pelo estudos TIMI 14 e GUSTO 4.

Estudos clínicos randomizados com outros inibidor da GP IIb/IIIa

Vários inibidores competitivos do receptor GP IIb/IIIa têm sido testados em estudos clínicos randomizados, duplo-cegos e placebo controlados envolvendo um grande número de pacientes. O estudo IMPACT II 82 avaliou o uso do eptifibatide em mais de 4.000 pacientes submetidos a angioplastia. Os estudos RESTORE 83, PRISM 80 e PRISM PLUS 81 randomizaram mais de 7.000 pacientes, para testar a eficácia do pseudo-peptídeo tirofibam na redução das complicações isquêmicas da angioplastia em pacientes instáveis e no manejo da angina instável e do infarto subendocárdico. O estudo PARAGON 17 avaliou o lamifibam em mais de 2.000 pacientes com angina instável ou infarto subendocárdico.

O IMPACT II (Integrilin to Manage Platelet Aggregation to Prevent Coronary Thrombosis), incluiu 4.010 pacientes submetidos a angioplastia coronária urgente e eletiva 82. Dois regimes de eptifibatide foram utilizados: um bolus 135µg/kg e infusão de 0,5µg/kg/min ou de 0,75µg/kg/min, administrado por 20 a 24h. Essas infusões foram comparadas com bolus e de infusão de placebo. Todos os pacientes receberam ácido-acetilsalicílico e heparina ajustados pelo peso para obter um tempo de coagulação ativada acima de 300s. O eptifibatide foi efetivo na prevenção de eventos isquêmicos durante as primeiras 24h após o procedimento. O desfecho composto de morte, IM, revascularização de urgência, ou implante de stents por oclusão aguda foi significativamente reduzido de 11,9% para 6,8% nos grupos que receberam eptifibatide, uma redução relativa de 29%. Aos 30 dias houve uma redução relativa de 19% no desfecho composto no grupo que recebeu infusão de baixas doses (11,4% vs 9,2%; p=0,065) e de 13% no grupo que recebeu doses maiores (11,4% vs 9,9%; p=0,22). A pequena redução na incidência de eventos adversos combinada aos 30 dias nos grupos tratados com eptifibatide foi preservado aos seis meses, mas nenhum benefício adicional foi observado. Isto foi consistente com o subestudo angiográfico que não demonstrou diferenças no diâmetro luminal coronário mínimo ou na incidência de reestenose.

O uso de tirofibam foi avaliado no estudo RESTORE (Randomized Efficacy Study of Tirofibam for Outcomes and Restenosis), em pacientes com síndromes coronárias agudas submetidos à angioplastia 83. Nesse estudo, 2.139 pacientes foram randomizados dentro de 72h de um IM ou de um episódio de angina instável. Tirofibam foi administrado como um bolus de 10µg/kg seguido de uma infusão de 0,15µg/kg/min por 36h. Houve significante reduções na incidência de eventos em 48h (38%) e em sete dias (27%). Contudo, de modo similar ao IMPACT II, este efeito foi reduzido em 30 dias. O desfecho composto de morte, ou IM, ou revascularização urgente dentro de 30 dias foi reduzido de 12,2% para 10,3%. Esta redução relativa de 16% nos pacientes que receberam a droga ativa não foi estatisticamente significativa.

Outros dois estudos de grande porte envolvendo o tirofibam foram completados até o momento. No estudo PRISM (Platelet Receptor Inhibition for Ischemic Syndrome Management) 3.231 pacientes com angina instável e IM subendocárdico foram randomizados para receber heparina ou tirofibam por 48 horas 80. Ao final destas 48 horas, o desfecho composto (morte, IM e angina refratária) foi reduzido com tirofibam (3,8 vs 5,9%, p<0,05). Em 30 dias, o benefício inicial foi parcialmente perdido (12,8 vs 13,9%), contudo a mortalidade no grupo tirofibam era menor (2,3 vs 3,6%, p<0,02). Não houve aumento significativo na incidência de sangramentos maiores em pacientes tratados com tirofibam. No estudo PRISM-PLUS (Platelet Receptor Inhibition for Ischemic Syndrome Management in Patients Limited by very Unstable Signs and Symptoms) o uso do tirofibam foi avaliado no manejo clínico e intervencionista em 1.815 pacientes com angina instável e infarto subendocárdico 81. Os pacientes foram originalmente randomizados para um dos três tratamentos possíveis: tirofibam isolado, heparina isolada ou heparina mais tirofibam. O grupo tirofibam isolado foi precocemente descontinuado devido a um excesso de eventos. Os pacientes recebiam uma infusão de 48h da droga em estudo e, então, poderiam ser submetidos a angiografia coronária. Se a angiografia não era realizada, a droga em estudo era descontinuada. Se uma intervenção coronária era executada, tirofibam era infundido por 12h adicionais. Aos sete dias, a incidência do desfecho composto foi reduzida significativamente no grupo que recebia heparina mais tirofibam (12,9 vs 17,9% no grupo heparina isolada). Aos 30 dias, a evidência de benefício era menos marcada (18,5% vs 22,3%). Novamente, não houve aumento significativo na incidência de sangramentos com tirofibam.

O estudo PARAGON (Platelet IIb/IIIa Antagonist for the Reduction of Acute Coronary Syndrome events in a Global Organization Network) 17 avaliou a administração de lamifibam em 2.282 pacientes com angina instável ou infarto subendocárdico. Aos 30 dias, não houve redução significativa na incidência do desfecho composto com a administração de lamifibam (10,3% vs 11,7%). Contudo, aos seis meses, houve uma redução altamente significativa, de aproximadamente 40% na incidência de morte ou IM no grupo que recebeu lamifibam em doses baixas quando comparado com placebo.

A falha da manutenção a médio prazo do efeito clínico benéfico inicial observado em alguns estudos com os inibidores competitivos do GP IIb/IIIa têm sido atribuídos à dosagem ou duração da administração da droga inadequados.

Abciximab e stents

Desde a publicação dos estudos multicêntricos STRESS 84 e BENESTENT 85, a utilização de stents tem aumentado progressivamente. A despeito dos resultados favoráveis iniciais, o uso de stents permaneceu limitado devido a uma incidência de oclusão subaguda de 3 a 5% e da necessidade de anticoagulação intensiva. Isto foi mudado, dramaticamente, após Colombo e col 86, baseados em observações por ultra-som intravascular, relatarem que a maioria dos stents não expandia completamente a não ser que altas pressões fossem utilizadas no seu posicionamento. A completa expansão do stent com altas pressões otimiza o fluxo sangüíneo coronário, diminuindo significativamente as chances de oclusão subaguda 87. Isto permitiu que a anticoagulação pós-stent fosse dispensada, sendo mantidos apenas os agentes antiplaquetários, normalmente ácido-acetilsalicílico e ticlopidina 88,89,90. Estes refinamentos na técnica de implantação de stents reduziram significativamente a incidência de oclusão subaguda, sangramento arterial e complicações vasculares. Com isso, a implantação de stents aumentou rapidamente para mais de 50% em vários laboratórios de cardiologia intervencionista 91,92. No estudo BENESTENT II 93, angioplastia coronária convencional foi comparada com o uso de stents Palmaz-Schatz cobertos com heparina, implantados com altas pressões, associados ao ácido-acetilsalicílico e ticlopidina. A incidência de complicações agudas com stent foi extremamente baixa e não houve diferença na incidência de sangramento ou complicações vasculares entre os dois procedimentos.

O posicionamento de stents tem demonstrado ser um tratamento efetivo não apenas para oclusão coronária aguda pós-angioplastia, mas também como terapia primária. Apesar de que as razões para implante de stents sejam bastante dependentes do médico executando o procedimento, stents são geralmente utilizados em pacientes que, após angioplastia com balão, apresentam lesões residuais que limitam o fluxo sangüíneo ou dissecções complexas 94-97. Stents também são utilizados quando um resultado obtido com o balão é inadequado (>30% de estenose residual) 98 e para lesões com morfologia desfavorável, nas quais a angioplastia com o balão torna-se improvável de produzir resultados adequados, como em pontes safenas 99-101 ou oclusões crônicas 102-105. Stents também são, freqüentemente, utilizados para tratar lesões reestenóticas 106 e em casos onde a morbidade ou mortalidade cirúrgica é aumentada 107-108. Finalmente, stents têm sido utilizados mais freqüentemente para dilatação de lesões primárias, particularmente, de estenoses proximais na artéria descendente anterior esquerda 110.

Uma vez que stents e abciximab foram desenvolvidos recentemente, não há resultados disponíveis de estudos comparando estas duas modalidades terapêuticas. Apesar de que abciximab seja um agente antiplaquetário muito efetivo é difícil determinar se ele complementaria o posicionamento de stents, considerando-se que a incidência de oclusão aguda de stents posicionados com altas pressões é inferior a 2% 86,93. Nos pacientes que foram submetidos à implantação eletiva de stent nos estudos EPILOG 78 e CAPTURE 79, a incidência do desfecho composto aos 30 dias (morte, IM, ou revascularização de urgência) foi 11,7% no grupo placebo e 6,6% nos que receberam abciximab 111. Esta redução relativa de 44% nos efeitos adversos não atinge significância estatística, devido ao pequeno número de pacientes. Nos 326 pacientes que receberam stents não planejados no estudo EPILOG 112, o desfecho composto aos 30 dias foi reduzido em mais de 60% nos pacientes que receberam a droga ativa. A necessidade de cirurgia coronária de urgência foi virtualmente abolida (5,7% no grupo placebo comparado com 1,2% no grupo abciximab mais heparina em baixas doses e 0% no grupo abciximab mais heparina em doses convencionais). A melhora no desfecho composto em seis meses, nos pacientes randomizados para abciximab que receberam stents foi similar ou melhor do que a obtida nos demais pacientes. O resultado da meta-análise do subgrupo de pacientes que recebeu stents nos estudos EPIC, EPILOG e CAPTURE é apresentado na figura 4.


A maior razão para não se utilizar abciximab, na maioria dos paciente submetidos a revascularização percutânea, é o custo da droga, que atualmente é de, aproximadamente, R$ 1.600,00 por caso. Devido às restrições econômicas, muitos intervencionistas prefeririam usar stents, que hoje custam, aproximadamente, R$ 1.500,00, a administrar abciximab. Este raciocínio geral tem como premissa a percepção de que os resultados obtidos com os stents são tão bons, que abciximab não seria necessário na maioria dos pacientes. Entretanto, os resultados do recentemente publicado EPISTENT demonstram que a administração de abciximab reduz significantemente a incidência de eventos isquêmicos em pacientes submetidos a implante de stents. Neste estudo, 2.399 pacientes de alto e baixo risco foram randomizados para receber apenas implante de stent, com abciximab, ou angioplastia com balão com abciximab. Quando comparados ao grupo que recebeu apenas stent, houve uma redução significativa no desfecho composto aos 30 dias (morte, infarto do miocárdio, ou revascularização de urgência) de 51% no grupo stent com abciximab e de 36% no grupo balão com abxicimab 113.

Conclusão

Os estudos, avaliando o anticorpo monoclonal contra a GP IIb/IIIa, demonstraram que a terapia com abciximab foi efetiva na redução de eventos adversos em, praticamente, todos os tipos de pacientes submetidos a angioplastia coronária. Isto inclui pacientes com angina refratária 79, com síndromes coronárias isquêmicas agudas ou lesões de morfologia complexa 7 e submetidos a angioplastia coronária eletiva 78. A redução na incidência de eventos adversos em 30 dias foi superior a 50% com o tratamento ativo. Esses resultados têm se mostrado sustentados ao longo do tempo 77.

Com base nos estudos clínicos publicados, o uso do anticorpo monoclonal contra glicoproteína plaquetária IIb/IIIa deveria ser considerado em qualquer paciente submetido a uma intervenção coronária percutânea. Limitações impostas pelo elevado custo poderiam determinar que a associação stents-abciximab fosse reservada para casos complexos ou de risco elevado, restringindo o uso de abciximab a pacientes que possuissem um maior benefício absoluto. Abciximab provavelmente deveria ser usado em associação com stents em pacientes com angina instável refratária e IM recente ou com trombo coronário angiograficamente visível. Outra razão potencial para o uso do abciximab com stents seria a presença de uma dissecção coronária extensiva ou incompletamente coberta pelo stent, o posicionamento de stents em vasos difusamente ateroscleróticos, assim como o implante de múltiplos stents. Embora no estudo EPILOG, o abciximab não tenha reduzido a reestenose clínica, após angioplastia com balão (revascularização da coronária previamente intervida), é possível que os inibidores do receptor GP IIb/IIIa reduzam reestenose pós-stent, uma vez que a fisiopatogenia da reestenose pós-stent difere, consideravelmente, sendo, fundamentalmente, o resultado de extensiva hiperplasia intimal 114.

A administração dos bloqueadores da GP IIb/IIIa no manejo da angina instável e do IM é bastante promissora, com base nos resultados dos estudos PARAGON 17 e CAPTURE 79. Contudo, ainda persistem dúvidas consideráveis a respeito da dosagem e duração do tratamento para os diversos agentes. Uma melhor avaliação das indicações dos bloqueadores da GP IIb/IIIa nas síndromes coronárias instáveis em pacientes não submetidos a angioplastia coronária deverá ser realizada com a publicação dos resultados finais de vários estudos, recentemente concluídos, ou em andamento. O uso dos bloqueadores da GP IIb/IIIa associado com terapia trombolítica no IM ainda é incerto. Estudos de grande porte atualmente em andamento fornecerão informações definitivas em relação a eficácia e risco de sangramento vinculado ao uso desta associação. Finalmente, o desenvolvimento de bloqueadores da GP IIb/IIIa para uso oral poderá se constituir num grande avanço no manejo das diversas síndromes clínicas da cardiopatia isquêmica.

111. Eli Lilly Canada Inc - Data on file.

Universidade de Toronto e Hospital de Clínicas de Porto Alegre - UFRS.

The Cardiovascular Clinical Research Laboratory, Mount Sinai Hospital.

Correspondência: Dr. Paulo Caramori - Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Serviço de Cardiologia. Rua Ramiro Barcelos 2350. Porto Alegre, RS, Brasil. 90035-003. E-mail: Caramori.P@plug-in.com.br

Recebido para publicação em 20/2/98

Aceito em 23/4/98

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Jan 2007
  • Data do Fascículo
    Nov 1998

Histórico

  • Aceito
    23 Abr 1998
  • Recebido
    20 Fev 1998
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