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Correlação entre os achados mamográficos, ultrassonográficos e histopatológicos de lesões não-palpáveis de mama

Resumo de Tese

Correlação entre os Achados Mamográficos, Ultrassonográficos e Histopatológicos de Lesões não-palpáveis de Mama.

Autor: Luciano Antonio Ribeiro Spina

Orientador: Prof. Dr. Juradyr Moreira de Andrade

Dissertação de Mestrado apresentada a Área de Tocoginecologia do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 25 em fevereiro de 2000.

Objetivos: correlacionar as alterações mamárias detectadas nas mamografias com as alterações visualizadas através do ultra-som mamário e os diagnósticos histopatológicos. Analisar a eficiência do exame ultrasonográfico para a localização nas lesões não palpáveis de mama.

Pacientes e Métodos: foram incluídas neste estudo 367 pacientes com lesões não-palpáveis de mama. Estas pacientes foram submetidas à seleção de acordo com critérios definidos previamente, permanecendo 64 pacientes com lesões suspeitas e estas foram investigadas através de biópsias excisionais. Todas as pacientes foram submetidas a mamografia bilateral e seguidas de exame ultra-sonográfico, isto é, toda lesão visível ao ultra-som era localizada por meio deste. Caso não fosse possível, a localização das lesões era feita por estereotaxia. As pacientes foram divididas em dois grupos: A (localização por agulhamento por estereotaxia) e B (localização da lesão pelo ultra-som).

Resultados: no grupo A foram incluídas 27 pacientes (42,2%) que foram divididas conforme as seguintes patologias: 6 pacientes (22,2%) com lesões não-proliferativas, 14 pacientes com lesões proliferativas sem atipias (51,8%), 3 pacientes com lesões proliferativas com atipias (11,1%) e 4 pacientes com carcinoma intraductal ou invasor (14,9%). No grupo B foram incluídas 37 pacientes (57,8%), entre as quais foram observados os seguintes resultados histopatológicos: 13 pacientes com lesões não proliferativas (35,1%), 19 pacientes com lesões proliferativas sem atipias (51,3%), 2 pacientes com lesões proliferativas com atipias (5,4%) e 3 pacientes com lesões neoplásicas (8,2%). Não houve diferença quanto a distribuição das lesões em função do método de localização empregado.

Conclusão: o método preferencial para marcação das lesões foi a ultra-sonografia, isto é, foi possível localizar as lesões de mama não-palpáveis em 92,5% dos procedimentos, deixando apenas 3 procedimentos (7,5%) em dúvida quanto a sua localização, demonstrando ser o ultra-som eficiente, rápido e de fácil execução. No entanto, a correlação entre a mamografia com a ultra-sonografia mostrou maior acurácia da mamografia para a detecção e lesões não-palpáveis de mama. Apesar dos resultados histológicos isolados serem muito próximos para ambos os métodos, a estereotaxia foi mais precisa no diagnóstico das lesões neoplásicas.

Palavras-chave: Mama: câncer-diagnóstico. Mamografia. Lesões não-palpáveis da mama.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Mar 2001
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