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Saúde sexual e reprodutiva no contexto da graduação do curso de medicina

Sexual and reproductive health in the context of the undergraduate medical course

O trabalho original, publicado neste fascículo com o título "Impacto da inserção da temática saúde sexual e reprodutiva na graduação de Medicina"11. Medeiros RD, Azevedo GD, Maranhão TM, Gonçalves AK, Barros YE, Araújo AC, et al. Impact of sexual and reproductive health theme insertion in the undergraduate medical. Rev Bras Ginecol Obstet. 2014;34(3):107-12., avaliou o impacto da inserção da temática saúde sexual e reprodutiva na graduação em uma Universidade pública brasileira, para alunos do 5o ao 8o períodos do curso de Medicina. Este trabalho apresenta metodologia adequada e mostra a significativa diferença de habilidade entre os alunos que tiveram acesso a estes conhecimentos, quanto à capacidade de identificar características assinaladas como indicadores de saúde sexual e reprodutiva. Paralelamente, os autores discutem os danos ao cuidado com a saúde geral da mulher quando aspectos da saúde reprodutiva são negligenciados durante a formação médica. Constitui, portanto, um estudo de grande relevância, fornecendo evidências sobre os aspectos favoráveis do ensino desse conteúdo, para capacitar profissionais da saúde a proporcionarem assistência integral à saúde da mulher, o que é uma prerrogativa das políticas públicas no Brasil e no mundo.

Embora os resultados do estudo sejam nítidos, o dimensionamento do problema (na Introdução) ficou aquém da realidade, uma vez que a revisão bibliográfica apresentada negligenciou alguns aspectos centrais que permitiriam ao leitor reconhecer a relevância do estudo e a aplicabilidade dos resultados. Ademais, não fica clara a interface entre saúde sexual e saúde reprodutiva, dado que a Organização Mundial de Saúde (OMS) as apresenta como conceitos isolados. No entanto, do ponto de vista prático, são áreas interdependentes que permitem ancorar o entendimento do estudo e a análise de seus resultados.

O conceito de saúde reprodutiva surgiu em 1994, em decorrência da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) realizada no Cairo, como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social em todas as questões relacionadas com o sistema reprodutivo", e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva implica, assim, que as pessoas sejam capazes de ter uma vida sexual segura e satisfatória e que possuam a capacidade de se reproduzir e a liberdade para decidir se, quando e com que frequência devem fazê-lo22. World Health Organization. Developing sexual health programmes: a framework for action. Geneva: WHO; 2010.. Isso implica no fato de que a promoção da saúde sexual depende de uma complexidade de serviços, técnicas e métodos especializados, sendo fundamentais a promoção do conhecimento e os recursos financeiros passíveis de viabilizar os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), que preveem a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, a promoção da informação em saúde e em direitos sexuais, entre outros.

O movimento internacional iniciado em 1978 (Conferência de Alma-Ata, realizada na ex-União Soviética), em direção ao "Health for All", consolidou-se em 2000, tendo como premissas a distribuição uniforme de recursos para a saúde e a acessibilidade a todos, independentemente de raça, gênero, status socioeconômico e cultural. Entretanto, há fortes evidências de que essas premissas não são cumpridas, principalmente entre as populações migrantes, que sofrem com o desrespeito aos seus direitos à saúde, advindo não só dos profissionais da área como também das instituições que os albergam33. Ruiz-Casares M, Rousseau C, Laurin-Lamothe A, Rummens JA, Zelkowitz P, Crépeau F, et al. Access to health care for undocumented migrant children and pregnant women: the paradox between values and attitudes of health care professionals. Matern Child Health J. 2013;17(2):292-8.. Nos países-membros da Comunidade Europeia, as obrigações internacionais articuladas em padrões de direitos humanos não são totalmente cumpridas33. Ruiz-Casares M, Rousseau C, Laurin-Lamothe A, Rummens JA, Zelkowitz P, Crépeau F, et al. Access to health care for undocumented migrant children and pregnant women: the paradox between values and attitudes of health care professionals. Matern Child Health J. 2013;17(2):292-8. , 44. Cuadra CB. Right of access to health care for undocumented migrants in EU: a comparative study of national policies. Eur J Public Health. 2012;22(2):267-71.. No cenário da América Latina, os indicadores de cuidados básicos à saúde reprodutiva mostram-se muito aquém do recomendado. Fazem parte deste eixo os países com graves problemas econômicos e sociais que demandam políticas de sobrevivência, abandonando a construção de indicadores de saúde sexual e reprodutiva comparáveis aos indicadores internacionais55. Pitanguy J, Costa L, Romani A. Indicadores de saúde reprodutiva na América Latina e no Caribe. Santiago do Chile: Nações Unidas/CEPAL/Divisão de Assuntos de Gênero; 2010.. Problemas com a prestação de serviços básicos, tais como preenchimento precário dos cartões de pré-natal no sistema de saúde pública, dificuldade de comunicação, ausência de bancos de dados e informações insuficientes66. Santos Neto ET, Oliveira AE, Zandonade E, Gama SG, Leal MC. [Prenatal patient cards and quality of prenatal care in public health services in Greater Metropolitan Vitória, Espírito Santo State, Brazil]. Cad Saúde Pública. 2012;28(9):1650-62. Portuguese., perfilam a condição da saúde sexual e reprodutiva no Brasil. O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)77. Brasil. Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases de ação programática. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde; 1985. prevê o acesso universal da população feminina a todos os aspectos relacionados com sua saúde em centros de saúde pública. O reduzido investimento na educação e na formação de profissionais médicos e de saúde contribui para a precária infraestrutura desses centros e sustenta o frágil vínculo do trinômio profissional de saúde-paciente-serviço de saúde, abortando o tão bem-elaborado PAISM. Portanto, é necessário que os gestores estejam cientes da importância da implementação das ações indicadas pelas políticas públicas na área de saúde sexual e reprodutiva88. Guilhem D, Azevedo AF. Brazilian public policies for reproductive health: family planning, abortion and prenatal care. Dev World Bioeth. 2007;7(2):68-77., as quais devem estar alicerçadas na qualificação adequada dos profissionais de saúde e, especialmente, do médico, que é o responsável pelo diagnóstico e a definição da conduta. Outros tópicos importantes sobre direitos à saúde sexual e reprodutiva são discutidos no livro Reproductive Health and Human Rights: Integrating Medicine, Ethics, and Law 99. Cook RJ, Dickens BM, Fathalla MF. Reproductive health and human rights: integrating medicine, ethics, and law. Oxford: Clarendon Press; 2003., resultante do trabalho integrado de especialistas em direitos humanos, direito médico, medicina reprodutiva e bioética. A obra é abrangente e ancora amplamente todas as dimensões que compõem o cuidado à saúde sexual reprodutiva, além de propor soluções para aliviar as condições subjacentes aos dilemas associados a esse cuidado1010. Evans I. Reproductive health and human rights: integrating medicine, ethics, and law. J R Soc Med. 2004;97(1):43-4..

Em relação à saúde sexual, a condição do Brasil é ainda mais deficiente, na medida em que a maioria das Instituições de Ensino prioriza a função reprodutiva do sexo, raros currículos do curso de medicina incluem esses temas e a educação sexual nas escolas e esta, quando presente na grade curricular, não é fornecida por profissionais qualificados1111. Lara LA. [Sexuality, sexual health and sexual medicine: current overview]. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(12):583-5. Portuguese., o que pode prejudicar a promoção da saúde sexual. "A saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa à sexualidade e às relações sexuais, bem como a possibilidade de ter experiências sexuais prazerosas e seguras, livres de coerção, discriminação e violência"22. World Health Organization. Developing sexual health programmes: a framework for action. Geneva: WHO; 2010.. Ressalta-se, ainda, que para que seja alcançada e mantida a saúde sexual, os direitos sexuais de todos os indivíduos devem ser respeitados, protegidos e cumpridos. À mulher é assegurado o direito ao exercício da sexualidade, de modo a manter vida sexual ativa sem as consequências da concepção1212. Skrzypulec V, Drosdzol A, Nowosielski K, Rozmus-Warcholińska W, Walaszek A, Piela B, et al. [Family planning--the role of general practitioner in abortion prophylaxis]. Wiad Lek. 2004;57 Suppl 1:290-4.. Em documento publicado em 2010, a OMS afirma que "a saúde sexual é fundamental para a saúde física e emocional e o bem-estar dos indivíduos, dos casais e das famílias, bem como para o desenvolvimento social e econômico das comunidades e países"22. World Health Organization. Developing sexual health programmes: a framework for action. Geneva: WHO; 2010.. Ademais, "quando vista de forma positiva, a saúde sexual engloba os direitos dos indivíduos de ter conhecimento e oportunidade para prosseguir uma vida sexual segura e prazerosa"22. World Health Organization. Developing sexual health programmes: a framework for action. Geneva: WHO; 2010.. Alerta, entretanto, que a capacidade de homens e mulheres para alcançarem a saúde sexual e o bem-estar depende do acesso a informações completas sobre a sexualidade, do conhecimento sobre os riscos que enfrentam, de sua vulnerabilidade às consequências adversas da atividade sexual, do acesso à boa qualidade dos cuidados à saúde sexual e de um ambiente que afirme e promova a saúde sexual22. World Health Organization. Developing sexual health programmes: a framework for action. Geneva: WHO; 2010..

Diante dessas considerações, os resultados do estudo aqui comentado remetem à discussão do papel da Instituição de Ensino na formação profissional adequada, em paralelo com as atuais necessidades para a efetivação dos programas de cuidado e atenção à saúde integral da mulher. Os autores demonstraram que o ensino sobre saúde sexual e reprodutiva resulta em melhor desempenho do aluno para identificar as dimensões de direito e ética relacionados à Saúde Reprodutiva. Esses resultados confirmam um recente estudo norte-americano1313. Penwell-Waines L, Wilson CK, Macapagal KR, Valvano AK, Waller JL, West LM, et al. Student perspectives on sexual health: implications for interprofessional education. J Interprof Care. 2014 Feb 18. [Epub ahead of print]. no qual foram avaliados 472 alunos da graduação de diferentes cursos da área da saúde quanto à familiaridade com o tema saúde sexual e a opinião deles sobre a relevância desse tema. Médicos foram os profissionais que melhor reconheceram essa relevância e demonstraram maior conhecimento sobre o tema. Já os estudantes de Odontologia foram os que demonstraram menor familiaridade. Entretanto, a dimensão psicossocial foi mais bem identificada por profissionais de Enfermagem1313. Penwell-Waines L, Wilson CK, Macapagal KR, Valvano AK, Waller JL, West LM, et al. Student perspectives on sexual health: implications for interprofessional education. J Interprof Care. 2014 Feb 18. [Epub ahead of print].. Essa polaridade dos médicos para o aspecto biológico e de enfermeiros para o aspecto psicossocial confirma o quanto o sistema educacional é falho na formação do profissional de saúde apto à abordagem holística do indivíduo. Considerando que a saúde sexual é pluridimensional, a inserção dessa temática no currículo da graduação de todos os cursos direcionados à promoção da saúde é prioritária. A fixação de metas interdisciplinares para atenção à saúde da mulher pressupõe a habilidade do profissional para lidar com a saúde sexual, o que requer conhecimento multidisciplinar. Paradoxalmente, este conteúdo não é adequadamente oferecido durante a graduação, o que remete a um importante questionamento sobre um recente retrocesso na formação médica, com a extinção da especialidade de reprodução humana na residência de Ginecologia e Obstetrícia.

O presente estudo demonstrou pior desempenho em identificar indicadores de saúde reprodutiva por alunos que não tiveram contato com a disciplina, o que constitui uma evidência de que a extinção de tal conteúdo na formação médica caracteriza uma ação contrária à agenda do Cairo (CIPD, 1994) quando as políticas populacionais passaram a reconhecer o pleno exercício dos direitos humanos e a ampliação dos meios de ação em favor da mulher como fatores determinantes da qualidade de vida1414. Patriota T. Relatório da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento: Plataforma de Cairo [Internet]. 1994 [citado 2013 Out 12]. Disponível em: <http://www.unfpa.org.br/Arquivos/relatorio-cairo.pdf>.
Disponível em: <http://www.unfpa.org.br/...
. Este movimento demandou múltiplos esforços de negociação e consenso, apoiados por dois outros grandes eventos: a I Conferência Internacional de Direitos Humanos em Teerã (1968), quando foi selado o reconhecimento dos direitos reprodutivos1515. Proclamação de Teerã [Internet]. 1968 [citado 2014 Fev 16]. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/doc/teera.htm>
Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/...
, e a Conferência Mundial de Direitos Humanos em Viena (1993), quando foram reconhecidos os direitos de mulheres e meninas como Direitos Humanos inalienáveis1616. Trindade AA. Balanço dos resultados da Conferência Mundial de Direitos Humanos: Viena; 1993. <http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/iidh/cont/18/dtr/dtr1.pdf>.
http://www.juridicas.unam.mx/publica/lib...
. As consequências da carência de informação e conhecimento médico adequado resultam em pior acervo técnico para nossas políticas de saúde pública, ainda precárias, e impactam negativamente as condições de assistência à saúde da mulher. O presente estudo ratifica a importância da abordagem da saúde sexual e reprodutiva nas Instituições de Ensino médico e de profissões afins.

Gestores da saúde devem abraçar a causa do cuidado à saúde biopsicossocial da mulher. Falta ajustar vontade, recursos financeiros e educação profissional adequada, uma vez que a literatura é rica em indicar os fatores que podem predizer sucesso ou insucesso e efeitos contrários de programas de assistência à saúde, principalmente quando são tratados temas permeados por tabus e preconceitos e má practice. Especialmente no que se refere à saúde sexual, o desconhecimento dos profissionais remete ao amadorismo e à transmissão de conceitos equivocados, baseados nas convicções pessoais e/ou midiáticas, e não no conhecimento científico. No Brasil, onde políticas públicas defendem a promoção da saúde, apesar do reconhecido avanço com a implantação da Política Nacional de Atenção à Saúde Integral da Mulher, a precariedade nas políticas de educação se reflete nos elevados índices de crimes sexuais, gravidez não planejada, doenças sexualmente transmissíveis, disfunções sexuais e desrespeito à diversidade sexual.

Referências

  • 1
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    » http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/iidh/cont/18/dtr/dtr1.pdf

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar 2014

Histórico

  • Recebido
    14 Fev 2014
  • Aceito
    07 Mar 2014
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