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Síndromes autoinflamatórias: doenças raras com comprometimento importante da qualidade de vida

As síndromes autoinflamatórias sistêmicas costumam manifestar febres recorrentes e marcadores inflamatórios elevados. Nas últimas décadas, as síndromes autoinflamatórias têm sido progressivamente mais reconhecidas. A identificação de mutações genéticas ajudou não só no diagnóstico quanto na compreensão do papel dos inflamossomos e do sistema imune inato. O diagnóstico baseia-se na suspeição clínica seguida por testes genéticos.

Nesta edição, os membros da Comissão de Reumatologia Pediátrica do Brasil elaboraram três publicações que revisaram o consenso sobre o diagnóstico e o tratamento de três importantes síndromes autoinflamatórias sistêmicas: a febre familiar do Mediterrâneo (FMF), a síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenopatia (PFAPA) e as criopirinopatias.11 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.33 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: febre familiar do Mediterrâneo. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015. Embora extremamente raras, é importante que sejam reconhecidas, já que muitas delas agora podem ser completamente controladas por tratamentos farmacológicos em longo prazo.

O consenso enfatiza a importância da suspeição clínica em pacientes com sinais recorrentes ou contínuos de inflamação sistêmica na ausência de infecções e doenças malignas.11 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.33 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: febre familiar do Mediterrâneo. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015. A duração da febre e as manifestações clínicas concomitantes são características importantes para o diagnóstico. A investigação laboratorial geralmente é inespecífica, revela sinais de inflamação sistêmica. Embora o teste genético seja caro e não amplamente disponível, muitas vezes é a chave para estabelecer o diagnóstico definitivo de FMF e de criopirinopatias.22 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndromes periódicas associadas à criopirina (criopirinopatias - CAPS). Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.,33 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: febre familiar do Mediterrâneo. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015. No entanto, até o momento, foram descritas mais de 150 mutações em cada uma das doenças e novas mutações estão sendo constantemente publicadas.

O tratamento tem se mostrado eficaz e reduz as complicações em longo prazo, como a amiloidose. O tratamento de primeira linha é a colchicina na FMF e a prednisona na PFAPA.11 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.

2 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndromes periódicas associadas à criopirina (criopirinopatias - CAPS). Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.
-33 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: febre familiar do Mediterrâneo. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015. Os inibidores da IL1 foram proveitosamente usados nas criopirinopatias e foram descritos em séries e relatos de casos em outras doenças autoinflamatórias sistêmicas.11 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.,22 Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndromes periódicas associadas à criopirina (criopirinopatias - CAPS). Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.

Referências

  • 1
    Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.
  • 2
    Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: síndromes periódicas associadas à criopirina (criopirinopatias - CAPS). Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.
  • 3
    Terreri MT, Bernardo WM, Len CA, Silva CA, Magalhães CM, Sacchetti SB, et al. Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas: febre familiar do Mediterrâneo. Revista Brasileira de Reumatologia. 2015.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2016
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