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Concreto com adição de fibras para confecção de anéis pré-moldados segmentados para revestimento de túnel de metrô

Concrete with addition of fibers for confection of segmented pre-formed rings for subway tunnel coating

RESUMO

No Brasil, a utilização do Concreto Reforçado com Fibra (CRF) está associada a obras de infraestrutura. Este estudo investiga o comportamento mecânico do concreto reforçado com fibras (aço e polipropileno) para confecção de aduelas segmentadas de revestimento de metrô. O objetivo é produzir um concreto com fibras de aço em um teor apropriado para promover um aumento do reforço pós-fissuração do concreto, e fibras de polipropileno em quantidade suficiente para minimizar o risco de fissuração plástica, além de proteger contra danos físicos no caso de ocorrência de incêndios. O programa experimental consistiu em avaliar as propriedades mecânicas da fibra de aço e da fibra de polipropileno no concreto. Foram estudados concretos reforçados com três diferentes teores de fibras de aço (25 kg/m3; 35 kg/m3 e 40 kg/m3) para avaliar parâmetros mecânicos de tenacidade, como também, três teores de fibras de polipropileno (0,5 kg/m3, 1,0 kg/m3 e 1,5 kg/m3) para avaliar parâmetros mecânicos do concreto submetido a altas temperaturas. Para análise dos resultados utilizou-se de teste estatístico (ANOVA), onde foi demonstrado um ganho de até 12,89% de resistência à compressão à medida que foram adicionadas a fibra de aço, enquanto que, para a tenacidade os resultados revelaram acréscimos de até 108,9% do fator de tenacidade. Quanto à análise do comportamento do concreto frente a altas temperaturas constatou-se que a adoção de fibras de polipropileno atuou de forma eficiente no combate ao spalling, contudo provocou uma acentuada redução da resistência residual.

Palavras-chave
concreto com fibras; dosagem; túneis; tenacidade

ABSTRACT

In Brazil, the use of Reinforced Concrete with Fiber (CRF) is associated with infrastructure works. This study investigates the mechanical behavior of fiber reinforced concrete (steel and polypropylene) for the construction of segmented subway flooring staves. The goal is to produce a concrete with steel fibers in a suitable content to promote an increase in the post-cracking reinforcement of the concrete, and polypropylene fibers in sufficient quantity to minimize the risk of plastic cracking, as well as to protect against physical damages in case of occurrence of fires. The experimental program consisted in evaluating the mechanical properties of steel fiber and polypropylene fiber in concrete. Reinforced concretes were studied with three different levels of steel fibers (25 kg / m3, 35 kg / m3 and 40 kg / m3) to evaluate mechanical parameters of tenacity, as well as three fiber contents of polypropylene (0.5 kg / m3, 1.0 kg / m3 and 1.5 kg / m3) to evaluate mechanical parameters of the concrete subjected to high temperatures. Statistical analysis (ANOVA) was used to analyze the results, where a gain of up to 12.89% of compressive strength was demonstrated as the steel fiber was added, while for the toughness the results showed increases of up to 108.9% of the toughness factor. As for the analysis of the behavior of the concrete against high temperatures, it was observed that the adoption of polypropylene fibers acted efficiently in combating spalling, however, it provoked a marked reduction of residual resistance.

Keywords
concrete with fibers; dosage; tunnels; tenacity

1. INTRODUÇÃO

Conforme Figueiredo [11 FIGUEIREDO, A. D. Concreto reforçado com fibras. Tese de D.sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 2011.] o cenário brasileiro, utiliza o Concreto Reforçado com Fibras (CRF) basicamente em obras de infraestrutura, onde as fibras utilizadas nos reforços dos concretos podem ser de aço e/ou poliméricas.

A incorporação de fibras no concreto é justificada pelo fato de promover capacidade de reforço através de suas propriedades. As fibras de aço atuam como reforço do concreto endurecido, enquanto que as fibras poliméricas são utilizadas com intuito de minimizar o risco de fissuração plástica, além de proteger contra danos físicos durante incêndios. [22 NINCE, A. A., FIGUEIREDO, A. D., BITTENCOURT, T. N. “Absorção e índice de vazios em concreto reforçado com fibra de polipropileno exposto a 400ºC e 600ºC”, In: Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto, São Paulo, 2003.].

Contudo, o estudo do CRF se faz necessário, pois sem uma cuidadosa análise, o CRF pode provocar um aumento no custo unitário e dificultar a mobilidade das partículas maiores reduzindo assim a fluidez do material. Apesar deste fato, para Figueiredo [33 FIGUEIREDO, A. D. Parâmetros de controle e dosagem do concreto projetado com fibras de aço. Tese de D.Sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 1997.] a utilização do CRF ainda é desenvolvida de forma empírica devido à falta de especificações técnicas e normas específicas. Todavia, tem-se na prática a utilização de teores fixos dos teores de fibras, sem o desenvolvimento de uma dosagem com teores mais precisos (otimização).

Apesar do CRF ser utilizado em obras que demandam grandes volumes de concreto, não se tem uma preocupação na definição de teores mais precisos, revelando um descaso em assegurar um comportamento adequado aos requisitos de projeto de forma economicamente viável.

Portanto este trabalho tem como objetivo procurar o teor ótimo de fibras de aço e polipropileno na fabricação de um CRF para uso em aduelas de concreto para revestimento de túnel.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O programa experimental foi dividido em duas etapas com intuito de avaliar as propriedades mecânicas do concreto com adição de fibras de aço e de polipropileno. A primeira etapa consiste em verificar o desempenho da fibra de aço no ganho de tenacidade e a segunda etapa incide na verificação da ocorrência ou não do efeito spalling em concreto com adição de fibra de polipropileno submetido a altas temperaturas.

2.1 Materiais Utilizados

Para a produção do concreto foi utilizado o cimento Portland do tipo CP V ARI RS da marca MIZU. Na Tabela 1 constam as características físicas e químicas do cimento utilizado.

Tabela 1
Caracterização do aglomerante.

O agregado miúdo utilizado foi areia lavada de rio procedente da Mineradora TVJ Ltda do município de Aquiraz - CE. O ensaio de petrografia revelou uma amostra composta basicamente por quartzo (85%), feldspato (10%) e muscovita (5%). A curva granulométrica referente ao agregado apresenta enquadramento nos limites granulométricos parcialmente dentro da zona ótima, conforme NBR 7.211 [1414 _____. NBR 7.211 . Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2009.]. Os demais ensaios encontram-se apresentados na Tabela 2. Todos os ensaios foram realizados no Laboratório de Materiais de Construção Civil da Universidade Federal do Ceará.

Tabela 2
Caracterização do agregado miúdo.

Apesar do resultado do teor de cloretos solúveis ter excedido o limite permitido, este agregado foi empregado na confecção dos concretos, pois o teor total de cloretos trazidos por todos os componentes não excedeu 0,40% para concreto armado em condições não severas.

Os agregados graúdos utilizados foram procedentes da pedreira NORDBRITA. O ensaio de petrografia revelou uma rocha com textura porfirítica em matriz fanerítica, inequigranular composta basicamente de feldspato potássico (50%), quartzo (36%), biotita (10%) e minerais opacos (4%).

As curvas granulométricas dos agregados graúdos revelaram que a brita tipo zero encontra-se entre as zonas granulométricas para agregados de 4,75/12,5 mm e 9,5/25 mm e a brita denominada tipo 1, esta dentro da zona para agregados de 9,5/25mm.

Os demais resultados dos ensaios encontram-se apresentados na Tabela 3.

Tabela 3
Caracterização do agregado graúdo.

As características dos aditivos plastificantes utilizados foram fornecidas pelo fabricante e estão apre-sentadas na Tabela 4.

Tabela 4
Características dos aditivos utilizados.

As características das fibras utilizadas no estudo estão explicitadas na Tabela 5. A fibra de polipropileno utilizada é do tipo monofiladas, marca FibroMac® 6 composta por filamentos extremamente finos, produzido através de processo de extrusão. A fibra de aço é da marca Wirand ® FF3 e classificada como tipo A (fibra de aço com ancoragens nas extremidades) e Classe I (produzida a partir de aço de baixo teor de carbono, trefilado a frio), conforme NBR 15.530 [2828 _____. NBR 15.530 - Fibras de aço para concreto - Especificações. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2007.]. As características das fibras foram fornecidas pelo fabricante.

Tabela 5
Características das fibras utilizadas.

2.2 Método de pesquisa

Com intuito de avaliar as propriedades mecânicas dos concretos com a adição tanto da fibra de aço quanto da de polipropileno, separadamente, o programa experimental foi dividido em duas etapas. A primeira etapa consistiu em verificar o desempenho do concreto reforçado com fibra de aço (CRFA) quanto ao ganho de tenacidade por meio do ensaio de flexão em corpos de prova prismáticos. A segunda etapa consistiu em averiguar a ocorrência ou não do efeito spalling em corpos de provas cilíndricos produzidos com o concreto reforçado com fibra de polipropileno (CRFP) quando estes foram submetidos a altas temperaturas. O traço do concreto de referência (REF) utilizado no estudo foi adquirido em uma concreteira que comercializa este concreto para a fabricação de aduelas. A partir do concreto de referência (REF) foram adicionadas fibras de aço e fibras de polipropileno resultando nos demais concretos, conforme Tabela 6.

Tabela 6
Traços do CRF com diferentes teores de fibras para o estudo.

Os corpos de prova dos concretos foram denominados seguindo a nomenclatura CRFXY, onde o CRF indica o concreto reforçado com fibras, X o tipo de fibra utilizada (A – fibra aço e P – fibra de polipropileno) e Y o teor de fibra utilizado em kg/m3.

Com o intuito de avaliar apenas o teor de fibras, todos os concretos aplicados foram similares (consumo de cimento e teor de argamassa), necessitando ajustar apenas a dosagem de superplastificante em função do teor de fibras, para a obtenção da mesma trabalhabilidade do concreto de referência (slump de 140 mm necessário para facilitar a moldagem das aduelas).

O volume de concreto para o traço de referência e cada traço com adição de fibra de aço foi igual a 54 litros por traço, enquanto que para os traços com adição de fibra de polipropileno foi de 32 litros por traço. Na produção foi utilizada uma betoneira de 120 litros de capacidade para misturar a quantidade de concreto por traço.

Ao final foram moldados em formas metálicas padronizadas, 84 (oitenta e quatro) corpos-de-prova cilíndricos para a realização dos ensaios de resistência à compressão axial e do método de exposição a altas temperaturas, como também, foram moldados 8 (oito) corpos-de-prova prismáticos para realização do ensaio de tenacidade a flexão, segundo preconiza a JSCE-SF4 [2929 JAPAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERS. Method of tests for flexural strength and flexural tough-ness of steel fiber reinforced concrete. JSCESF4. Concrete Library of JSCE. Parte III-2 Method of test for steel fiber reinforced concrete. n. 3, pp. 58-61, June 1984.]. Após 24 horas foram desmoldados e conservados em cura submersa até a realização dos ensaios. Na Tabela 7 encontram-se distribuídos os corpos-de-prova desenvolvidos no estudo.

Tabela 7
Distribuição dos corpos-de-prova por ensaios e concreto.

Os ensaios de resistência à compressão axial, exposição a altas temperaturas e ensaio de tenacidade à flexão foram realizados após 28 dias de cura submersa com o propósito de caracterizar o concreto. Tendo em vista que o ensaio de tenacidade à flexão e o método de altas temperaturas não são comuns, decidiu-se por explicá-los mais detalhadamente.

O ensaio de tenacidade à flexão foi desenvolvido conforme orientação da norma japonesa JSCE SF4 [2929 JAPAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERS. Method of tests for flexural strength and flexural tough-ness of steel fiber reinforced concrete. JSCESF4. Concrete Library of JSCE. Parte III-2 Method of test for steel fiber reinforced concrete. n. 3, pp. 58-61, June 1984.] por ser notoriamente o mais vantajoso e prático devido utilizar equipamento de sistema aberto (open loop), ou seja, o controle é realizado de forma direta pelo deslocamento vertical da prensa da máquina. Os corpos de prova foram marcados e numerados para todos os concretos para facilitar o alinhamento e a colocação do corpo de prova sobre a base da máquina, como também, facilitar a aplicação do dispositivo YOKE. Na realização deste ensaio foi utilizado controle eletrônico de deslocamento por meio de dois transdutores (LVDT) com base de medida de 100 mm e sensibilidade de 0,0001 mm e para obtenção dos dados de força uma célula de carga de 500 KN de sensibilidade de 0,001 KN, conforme Figura 1. A velocidade do ensaio de tenacidade à flexão foi de 0,15 mm/min.

Figura 1
Posicionamento do CP, LVDT e cutelos no ensaio, (a) Esquema [11 FIGUEIREDO, A. D. Concreto reforçado com fibras. Tese de D.sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 2011.], (b) corpo de prova prismático durante ensaio de Tenacidade à Flexão.

Entretanto para Figueiredo [11 FIGUEIREDO, A. D. Concreto reforçado com fibras. Tese de D.sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 2011.], a tenacidade em concreto reforçado com fibras (CRF) refere-se a “energia absorvida pelo compósito quando carregado, abrangendo a energia absorvida antes e após a fissuração da matriz, quando as fibras passam a atuar de maneira mais efetiva”, enquanto que, o fator de tenacidade representa a média de carga resistiva pelo CRF após a fissuração da matriz expressa em MPa.

A realização do ensaio ocorreu no Laboratório da Divisão de Materiais (DIMAT) da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (NUTEC), onde foi utilizada uma máquina eletromecânica servocontrolada EMIC DL 1000 KN.

Para a realização do método de exposição a altas temperaturas foram utilizadas as dependências do Laboratório de Bio-Materiais do Departamento de Materiais da Universidade Federal do Ceará. Os procedimentos foram realizados em conformidade com a metodologia desenvolvida por Lima [3030 LIMA, R.C.A. Investigação do Comportamento de concretos em temperaturas elevadas. Tese de D.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2005.], com intuito de observar a ocorrência ou não do lascamento, bem como para analisar o grau de fissuração.

Foram colocados 16 corpos de prova (4 de cada traço) em um forno elétrico com grande capacidade de aquecimento, cuja temperatura foi elevada a uma taxa constante de 27,4ºC/min estando em conformidade com as observações de Anderberg [3131 ANDERBERG, Y. Mechanical properties of steel reinforcemenz, In: course on effect of heat on concrete, Udine, Itália, International Centre for Mechanical Sciences, 2003.] para os 30 primeiros minutos de incêndio da curva de aquecimento padrão ISO 834 [3232 INTERNATIONAL STANDARDIZATION FOR ORGANIZATION. ISO 834: fire resistence tests – elements of building construction, Genève, 1994.]. A temperatura máxima atingida foi de 900ºC, mantendo-se esta temperatura por um período de 45 minutos e em seguida foram resfriados gradualmente dentro do forno.

Após a realização do procedimento acima descrito os corpos de prova foram avaliados sob os seguintes aspectos: (i) observação das mudanças de coloração e aparecimento de fissuras através de registro fotográfico; (ii) ensaio mecânico de resistência à compressão (antes e depois da exposição a altas temperaturas); (iii) análise do lascamento de forma qualitativa por meio de registro fotográfico e visual.

Para análise dos resultados das amostras ensaiadas foi feito o uso da análise da variância (ANOVA) através do software Statistica 7.0 com nível de confiança de 95% (5% de significância).

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1 Resultados das propriedades do concreto com adição de fibra de aço

A Tabela 8 apresenta os resultados da resistência à compressão aos 28 dias dos concretos produzidos. Na Tabela 9, tem-se as análises da variância da resistência à compressão dos concretos produzidos com fibra de aço.

Tabela 8
Resultado do ensaio de resistência à compressão aos 28 dias.
Tabela 9
Análise da variância da resistência à compressão do concreto com fibra de aço.

Diante dos resultados da análise da variância pode-se revelar que a incorporação da fibra de aço interferiu significativamente na resistência à compressão. Foi observado que com aumento do teor de fibra de aço, ocorreu também, um aumento gradativo de resistência, chegando a até 12,89% em relação ao concreto de referência (REF).

Tal fato encontra-se em contraposição aos autores Bentur e Mindess [3333 BENTUR, A., MINDESS, S. “Fibre Reinforced Cimentitious Composites”, United Kingdom. Barking, Elsevier. 1990.], Hannant [3434 HANNANT, D. J. Fibre cements and fibre concretes. Chichester, John Wiley, 1978.], Jonhston [3535 JOHNSTON, D. C. “Fiber-Reinforced Cements and Concrete. Advances in Concrete technology”, International Center for Sustainable development of Cement and Concrete. v. 1. Canada: Ontario, Ottawa, 2001.] e Bezerra [3636 BEZERRA, A. C. S. Concreto com fibras curtas de aço submetido à altas temperaturas. Tese de D. Sc., UFMG, Belo Horizonte, MG, 2012.] que afirmam que a incorporação de fibra de aço no concreto é pouco relevante com relação à resistência à compressão da matriz. Contudo, Garcez [3737 GARCEZ, E. O. A. Análise teórico-experimental do comportamento de concretos reforçados com fibra de aço submetidos a cargas de impacto. Dissertação de M.Sc., Escola de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2005.] afirma que a utilização de teores elevados aumenta levemente a resistência à compressão.

A Tabela 10 apresenta os resultados da tenacidade à flexão dos concretos produzidos, enquanto que a Tabela 11, tem-se a análise da variância da tenacidade à flexão dos concretos produzidos com fibras de aço.

Tabela 10
Resultados médios do ensaio de tenacidade à flexão.
Tabela 11
Análise da variância da tenacidade à flexão do concreto com fibra de aço.

Tabela 10: Resultados médios do ensaio de tenacidade à flexão.

Conforme a análise constatou-se que a incorporação de fibra de aço exerceu interferência significativa na tenacidade à flexão. Para Bentur e Mindess [3333 BENTUR, A., MINDESS, S. “Fibre Reinforced Cimentitious Composites”, United Kingdom. Barking, Elsevier. 1990.], a tenacidade revela-se como a característica de maior importância no compósito reforçado com fibra de aço.

Para efeito de comparação observou-se que Barros et al [3838 BARROS, J.A.O., V. M. C. F. CUNHA; A. F. RIBEIRO, et al. “Post-cracking behaviour of steel fibre reinforced concrete”, Materials and Structures, v. 38, pp. 47-56, 2005.] estudaram a incorporação de 35 e 40 kg/m3 de uma fibra de aço tipo A1 em um concreto de resistência média de 40 MPa obtendo um ganho no fator de tenacidade de 31%, enquanto que o ganho do fator de tenacidade médio obtido neste estudo com os mesmos teores utilizados e com concreto de resistência média superior a 50 MPa foram de 27,9%. Tal fato evidencia que o ganho do fator de tenacidade é equivalente ao da literatura.

O projeto básico da linha leste do metrô de Fortaleza prevê a execução de segmentos de anel pré-moldado com concreto de resistência características de 45 MPa e com adição de fibra de aço na proporção de 40 kg/m3. Dessa forma, utilizou-se o mesmo procedimento (relação de 70% da resistência a tração na flexão) enfocado no estudo da linha 4 do Metrô de São Paulo para encontrar o fator de tenacidade requerido [11 FIGUEIREDO, A. D. Concreto reforçado com fibras. Tese de D.sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 2011.].

Para o cálculo da resistência à tração na flexão utilizou-se a correlação proposta pela NBR 6.118 [3939 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6.118 . Projeto de estruturas de con-creto - Procedimento. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2014.] que correlaciona a resistência à tração na flexão com a resistência à compressão, conforme a Equação 1.

f c t , m = 0 , 3 . f c k 2 / 3 (1)

onde:

  • fct,m – Resistência à tração na flexão;

  • fck – Resistência característica à compressão.

Desse modo, o valor da resistência à tração na flexão calculado foi de 3,8 MPa e consequentemente o valor proposto para o fator de tenacidade foi de 2,7 MPa.

Diante dos resultados apresentados foi realizada uma correlação entre o fator de tenacidade e o consumo de fibras com o intuito de estabelecer um procedimento de dosagem experimental do concreto reforçado com fibra (Figura 2).

Figura 2
Correlação entre o fator de tenacidade e o consumo de fibras.

Com a equação da correlação entre o fator de tenacidade e o consumo de fibras da Figura 2, pode-se estabelecer o teor de fibra mínimo necessário para atender ao requisito do fator de tenacidade proposto ao projeto (2,7 MPa), que foi balizado de aproximadamente 23 kg/m3.

Para a execução das aduelas da linha leste do metrô de Fortaleza está previsto um volume de 96.500 m3 de concreto com adição de fibra de aço na proporção de 40 kg/m3, totalizando 3.860.000 kg de fibra de aço. No plano econômico a dosagem do CRFA25 (25 kg/m3 de Fibra de aço), necessitará de 2.412.500 kg de fibra de aço, revelando uma redução de 1.447.500 kg de fibra de aço, enquanto que para a dosagem do CRFA35 (35 kg de fibra de aço) precisará de 3.377.500 kg de fibra de aço, apontando uma redução de 482.500 kg de fibra de aço em relação ao concreto recomendado (CRFA40), revelando uma adequação econômica, pois segundo Figueiredo [11 FIGUEIREDO, A. D. Concreto reforçado com fibras. Tese de D.sc., Escola Politécnica, USP, São Paulo, SP, 2011.], a fibra de aço custa cerca de quinze vezes mais que o cimento.

3.2 Resultados das propriedades do concreto com adição de fibra de polipropileno

A Tabela 12 apresenta os resultados da resistência à compressão dos concretos produzidos com adição de fibra de polipropileno, tanto à temperatura ambiente quanto após submetidos a altas temperaturas. Nas Tabelas 13 e 14 estão apresentadas as análises da variância da resistência à compressão dos concretos produzidos com fibras de polipropileno a temperatura ambiente e após as altas temperaturas (900ºC).

Tabela 12
Resultado do ensaio de resistência à compressão dos concretos com adição de fibra de polipropileno.
Tabela 13
Análise da variância da resistência à compressão do concreto com fibra de polipropileno a temperatura ambiente (28°C).
Tabela 14
Análise da variância da resistência à compressão do concreto com fibra de polipropileno após altas temperaturas (900°C).

Conforme a análise da variância (Tabelas 13 e 14), a fibra de polipropileno não exerceu influência significativa na resistência à compressão à temperatura ambiente (28ºC), enquanto que o mesmo concreto, submetido a altas das temperaturas (900ºC), provocou interferência significativa na resistência residual.

Quanto ao resultado de resistência à compressão em temperatura ambiente, isto encontra-se de acordo com a literatura, pois Tanesi e Figueiredo [4040 TANESI, J., FIGUEIREDO, A.D. “Polypropylene fiber reinforced concrete: shrinkage cracking”, In: International Conference Composites in Constructions – CCC2001, 2001, pp. 39-42, Porto, Composites in Construction. Lisse, A.A. Balkema Publishers, 2001.] preconizam que as fibras poliméricas em pequenos teores pouco influencia a resistência à compressão.

Após a exposição a altas temperaturas o concreto sofreu uma grave redução da resistência à compressão devido a uma série de reações na pasta do cimento endurecida tais como, dessecação dos poros seguidas da decomposição dos produtos de hidratação, destruição do gel de C-S-H e modificações das ligações químicas [4141 GRATTAN-BELLEW, P.E. “Micro-structural investigation of deteriorated Portland cement concretes”, Construction and building materials, v. 10, n.1, pp. 3-16, 1996.]. Para Silva [4242 SILVA, J.S. Estudo de concretos de diferentes resistências à compressão quando submetidos a altas temperaturas sem e com incorporação de fibras de politereftalato de etileno (PET), Dissertação M.Sc., Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2013.], as alterações mais presentes em concretos submetidos a altas temperaturas são fissuras, desplacamentos, desidratação da pasta e alterações de cor. Conforme alguns estudos, a exposição do concreto a altas temperaturas pode provocar perda de rigidez e redução de resistência mecânica [22 NINCE, A. A., FIGUEIREDO, A. D., BITTENCOURT, T. N. “Absorção e índice de vazios em concreto reforçado com fibra de polipropileno exposto a 400ºC e 600ºC”, In: Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto, São Paulo, 2003., 3030 LIMA, R.C.A. Investigação do Comportamento de concretos em temperaturas elevadas. Tese de D.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2005., 4242 SILVA, J.S. Estudo de concretos de diferentes resistências à compressão quando submetidos a altas temperaturas sem e com incorporação de fibras de politereftalato de etileno (PET), Dissertação M.Sc., Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2013., 4343 FU, Y., LI, L. Study on mechanism of thermal spalling in concrete exposed to elevated temperatures, Materials and Structures. Beijing, China, v.44, p. 361-376, 2011.]. Segundo Lima [3030 LIMA, R.C.A. Investigação do Comportamento de concretos em temperaturas elevadas. Tese de D.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2005.], concretos submetidos a temperaturas superiores a 600ºC ficam vulneráveis a um acréscimo no tamanho e na quantidade de poros existentes, favorecendo a redução da resistência.

Conforme os resultados apresentados na Tabela 12, nota-se que com o acréscimo de fibras de polipropileno ocorreu um aumento gradativo da resistência residual. Por meio das inspeções visuais (Figura 3) e com auxílio de fissurômetro, foi possível observar que os corpos de prova submetidos a aquecimento de 900ºC apresentaram transformações em sua estrutura. No concreto de referência (REF) observou-se desagregação parcial do concreto das amostras devido ao spalling constatado após abertura do forno, enquanto que os demais concretos foram percebidos fissuras na superfície dos corpos de prova, mas sem spalling. Este comportamento é coerente com a literatura uma vez que é sabido que as fibras de polipropileno são comumente utilizadas para combater o spalling pois possuem um ponto de fusão baixo (em torno de 120 °C). Quando o concreto ultrapassa essa temperatura, a fibra se funde e abre vazios no concreto, vazios este que comportam os vapores d’água oriundos da água presente no concreto que se evapora devido às altas temperaturas. Essa válvula de escape dos valores d’água dentro do concreto inibem o spalling [22 NINCE, A. A., FIGUEIREDO, A. D., BITTENCOURT, T. N. “Absorção e índice de vazios em concreto reforçado com fibra de polipropileno exposto a 400ºC e 600ºC”, In: Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto, São Paulo, 2003., 3030 LIMA, R.C.A. Investigação do Comportamento de concretos em temperaturas elevadas. Tese de D.Sc., Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2005., 4242 SILVA, J.S. Estudo de concretos de diferentes resistências à compressão quando submetidos a altas temperaturas sem e com incorporação de fibras de politereftalato de etileno (PET), Dissertação M.Sc., Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2013., 4444 SUN, Z., XU, Q. Microscopic, physical and mechanical analysis of polypropylene fiber reinforced concrete, Materials Science and Engineering. Austin, EUA, v. 527, p. 198-204, 2009.].

Figura 3
Aspectos visuais dos cp’s sem e com fibra de polipropileno submetido a 900ºC onde (a) – REF, (b) – CRFP0,5, (c) – CRFP1,0 e (d) – CRFP1,5.

No concreto CRFP1,5 foram observadas fissuras mapeadas ao longo de todo corpo de prova com abetura da ordem de 0,2 mm, porém os demais (CRFP0,5 e CRFP1,0) apresentaram fissuras mais abertas da o-dem de 0,3 mm a 0,5 mm.

Conforme as fotos da Figura 3 pode verifica-se que houve ocorrência do spalling apenas no concreto de referência. Nos demais concretos vale salientar que apesar das fibras de polipropileno terem impedido o lascamento (spalling) durante o processo da simulação do incêndio, os fatores de redução da resistência à compressão encontrados no experimento foram bastante acentuadas, revelando que adoção dos teores de fibras de polipropileno utilizadas no experimento precisam ser revistas, com intuito de garantir uma resistência residual adequada à estabilidade estrutural.

4. CONCLUSÕES

Diante dos resultados dos ensaios realizados pode-se concluir que:

  • A incorporação da fibra de aço provocou diferenças significativas na resistência à compressão promo-vendo ganho de resistência à compressão em relação ao concreto de referência de até 12,89% para o teor de 40 kg/m3;

  • Para a tenacidade à flexão a adição da fibra de aço acusou relevante significância, pois os valores mé-dios de tenacidade encontrados se mostraram superiores ao proposto para o projeto. O teor de 40kg/m3 obteve um aumento da absorção de energia na ordem de 108,9% para o fator de tenacidade em relação ao proposto;

  • Conforme a equação da correlação entre o fator de tenacidade e o consumo de fibra de aço, pode-se estimar o teor ótimo de fibra de aço em aproximadamente 23 kg/m3 para atender ao requisito do fa-tor de tenacidade proposto ao projeto;

  • A incorporação da fibra de polipropileno, nos teores avaliados, não produziu efeito significativo para a propriedade da resistência à compressão à temperatura ambiente;

  • Quanto à resistência à compressão residual dos concretos após altas temperaturas, verificou-se que houve o lascamento (spalling) apenas no concreto de referência (REF), sem fibras de polipropileno. Quanto aos demais concretos (CRFP0,5, CRFP1,0 e CRFP1,5), as fibras de polipropileno tiveram papel satisfatório pois não se observou o spalling dos mesmos, contudo não se constatou um teor ótimo, dentre os avaliados para a temperatura ensaiada.

BIBLIOGRAFIA

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2018

Histórico

  • Recebido
    19 Jul 2017
  • Aceito
    07 Fev 2018
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