Acessibilidade / Reportar erro

Validação para a língua portuguesa do Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ)

RESUMO

Atualmente, o Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) é o único questionário de qualidade de vida específico sobre trismo. A afecção, definida como restrição à abertura da boca, gera prejuízo a atividades habituais como comer, engolir, falar e fazer a higiene oral, trazendo grande desconforto aos pacientes. A tradução de questionários de qualidade de vida desempenha um importante papel no conhecimento da saúde das populações nos diferentes países. O objetivo do presente estudo é apresentar a validação do GTQ para a língua portuguesa, a fim de permitir sua aplicação efetiva nas populações de idioma português. O GTQ foi validado com sucesso para a língua portuguesa conforme os seguintes passos: Tradução, Retradução (back translation), Adaptação cultural e Revalidação.

Descritores:
Trismo; Qualidade de vida; Estudos de validação; Tradução; Questionário de saúde do paciente

ABSTRACT

Currently, the Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) is the only quality-of-life questionnaire specific for the assessment of trismus. The disease, characterized by limited mouth opening, impairs usual activities such as eating, swallowing, talking, and performing oral hygiene, causing great discomfort to patients. Translation of quality-of-life questionnaires plays an important role in promoting health awareness in the populations of different countries. This study aimed to validate the Portuguese version of the GTQ to allow its effective application in Portuguese-speaking populations. The Portuguese version of the GTQ was successfully validated through the following steps: translation, back translation, cultural adaptation, and revalidation.

Keywords:
Trismus; Quality-of-life; Validation study; Translation; Patient health questionnaire

INTRODUÇÃO

O termo trismo foi originalmente utilizado apenas para a descrição da incapacidade de abertura bucal em pacientes portadores de tétano. Atualmente, tem sido amplamente utilizado para descrever qualquer tipo de restrição à abertura da boca, após traumas, doenças musculares ou neoplasias, desencadeado pela presença de lesão primária, consequente a procedimentos cirúrgicos ou como complicação da radioterapia11 Dijkstra PU, Kalk WW, Roodenburg JL. Trismus in head and neck oncology: a systematic review. Oral Oncol. 2004;40(9):879-89. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2004.04.003
https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
,22 Bhatia KS, King AD, Paunipagar BK, Abrigo J, Vlantis AC, Leung SF, et al. MRI findings in patients with severe trismus following radiotherapy for nasopharyngeal carcinoma. Eur Radiol. 2009;19(11):2586-93. DOI: https://doi.org/10.1007/s00330-009-1445-z
https://doi.org/10.1007/s00330-009-1445-...
. O diagnóstico de trismo deve ser baseado em critérios objetivos. A medida de abertura de boca tomada com régua milimétrica entre os incisivos centrais superiores e inferiores na máxima abertura é a mensuração mais frequentemente utilizada.

A medida inferior a 35 milímetros no adulto é considerada como diagnóstico de trismo pela maioria dos autores11 Dijkstra PU, Kalk WW, Roodenburg JL. Trismus in head and neck oncology: a systematic review. Oral Oncol. 2004;40(9):879-89. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2004.04.003
https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
,33 Wang CJ, Huang EY, Hsu HC, Chen HC, Fang FM, Hsiung CY. The degree and time-course assessment of radiation-induced trismus occurring after radiotherapy for nasopharyngeal cancer. Laryngoscope. 2005;115(8):1458-60. PMID: 16094124 DOI: https://doi.org/10.1097/01.mlg.0000171019.80351.46
https://doi.org/10.1097/01.mlg.000017101...

4 Johnson J, van As-Brooks CJ, Fagerberg-Mohlin B, Finizia C. Trismus in head and neck cancer patients in Sweden: incidence and risk factors. Med Sci Monit. 2010;16(6):CR278-82.

5 Bensadoun RJ, Riesenbeck D, Lockhart PB, Elting LS, Spijkervet FK, Brennan MT; Trismus Section, Oral Care Study Group, Multinational Association for Supportive Care in Cancer (MASCC)/International Society of Oral Oncology (ISOO). A systematic review of trismus induced by cancer therapies in head and neck cancer patients. Support Care Cancer. 2010;18(8):1033-8. DOI: https://doi.org/10.1007/s00520-010-0847-4
https://doi.org/10.1007/s00520-010-0847-...

6 Vissink A, Jansma J, Spijkervet FK, Burlage FR, Coppes RP. Oral sequelae of head and neck radiotherapy. Crit Rev Oral Biol Med. 2003;14(3):199-212. DOI: https://doi.org/10.1177/154411130301400305
https://doi.org/10.1177/1544111303014003...

7 Chen WC, Hwang TZ, Wang WH, Lu CH, Chen CC, Chen CM, et al. Comparison between conventional and intensity-modulated post-operative radiotherapy for stage III and IV oral cavity cancer in terms of treatment results and toxicity. Oral Oncol. 2009;45(6):505-10. PMID: 18805047 DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2008.07.002
https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
-88 Souza MH. Trismo após maxilectomia em tratamento de câncer de cabeça e pescoço: um estudo retrospectivo [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Fundação Antônio Prudente; 2011.. O diagnóstico subjetivo, baseado em queixa clínica do paciente como dificuldade de abertura de boca, travamento, e enrijecimento muscular deve ser considerado, porém é menos confiável do ponto de vista científico66 Vissink A, Jansma J, Spijkervet FK, Burlage FR, Coppes RP. Oral sequelae of head and neck radiotherapy. Crit Rev Oral Biol Med. 2003;14(3):199-212. DOI: https://doi.org/10.1177/154411130301400305
https://doi.org/10.1177/1544111303014003...
,77 Chen WC, Hwang TZ, Wang WH, Lu CH, Chen CC, Chen CM, et al. Comparison between conventional and intensity-modulated post-operative radiotherapy for stage III and IV oral cavity cancer in terms of treatment results and toxicity. Oral Oncol. 2009;45(6):505-10. PMID: 18805047 DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2008.07.002
https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
,99 Teguh DN, Levendag PC, Voet P, van der Est H, Noever I, de Kruijf W, et al. Trismus in patients with oropharyngeal cancer: relationship with dose in structures of mastication apparatus. Head Neck. 2008;30(5):622-30. DOI: https://doi.org/10.1002/hed.20760
https://doi.org/10.1002/hed.20760...
,1010 Louise Kent M, Brennan MT, Noll JL, Fox PC, Burri SH, Hunter JC, et al. Radiation-induced trismus in head and neck cancer patients. Support Care Cancer. 2008;16(3):305-9. DOI: https://doi.org/10.1007/s00520-007-0345-5
https://doi.org/10.1007/s00520-007-0345-...
.

O impacto da limitação da abertura bucal na qualidade de vida é considerado relevante. Entretanto, a informação subjetiva perde valor quando se procura analisar este sintoma no contexto geral de desfechos de tratamento. Segundo Vartanian et al.1111 Vartanian JG, Carvalho AL, Yueh B, Furia CL, Toyota J, McDowell JA, et al. Brazilian-Portuguese validation of the University of Washington Quality of Life Questionnaire for patients with head and neck cancer. Head Neck. 2006;28(12):1115-21. DOI: https://doi.org/10.1002/hed.20464
https://doi.org/10.1002/hed.20464...
, é necessário transformar o conceito subjetivo de qualidade de vida em medida quantitativa, para que possa ser utilizada tanto clinicamente, quanto em pesquisas. Para este fim, os questionários de avaliação de qualidade de vida são bastante utilizados e quanto maior a divulgação e aplicação de questionários padronizados, maior a validade dos mesmos em termos de evidência científica.

Vartanian et al.1111 Vartanian JG, Carvalho AL, Yueh B, Furia CL, Toyota J, McDowell JA, et al. Brazilian-Portuguese validation of the University of Washington Quality of Life Questionnaire for patients with head and neck cancer. Head Neck. 2006;28(12):1115-21. DOI: https://doi.org/10.1002/hed.20464
https://doi.org/10.1002/hed.20464...
também observaram que a grande maioria dos instrumentos elaborados foram desenvolvidos primariamente na língua inglesa, o que pode causar entrave à sua utilização internacional. A simples versão para outro idioma não torna o questionário um instrumento passível de utilização e para a sua aplicação neste outro idioma é necessário um processo de validação mais complexo. Apenas depois de validado, o questionário pode ser aplicável como o original. Diversos grupos de pesquisa em nosso país já realizaram a validação de questionários de qualidade de vida para o idioma português, de forma a aplicá-los com certificação científica1212 Carmo BB, Elliot LG, Leite LS, Hildenbrand L. Instrumento de Avaliação Estrangeira no Contexto da Saúde Brasileira: processo de tradução, adaptação cultural e validação. Meta Aval. 2012;4(11):120-34.,1313 Mathias SD, Fifer SK, Patrick DL. Rapid translation of quality of life measures for international clinical trials: avoiding errors in the minimalist approach. Qual Life Res. 1994;3(6):403-12. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00435392
https://doi.org/10.1007/BF00435392...
.

Até recentemente, os questionários de qualidade de vida analisavam a questão do trismo de uma forma muito genérica.

Johnson et al.1414 Johnson J, Carlsson S, Johansson M, Pauli N, Rydén A, Fagerberg-Mohlin B, et al. Development and validation of the Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ). Oral Oncol. 2012;48(8):730-6. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2012.02.013
https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
apresentam um questionário de qualidade de vida especifico para trismo, desenvolvido pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, da Sahlgrenska Academy, na Universidade de Gotemburgo, Suécia, denominado Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) e que se encontra validado somente no idioma inglês. Atualmente, o Gothenburg Trismus Questionnaire é o único questionário específico sobre trismo (Anexo 1). Preenchido pelo paciente, é composto de 21 perguntas, dividido em 7 domínios:

  1. Problemas Articulares,

  2. Problemas Alimentares,

  3. Tensão Muscular,

  4. Dor Facial,

  5. Impacto da Dor,

  6. Limitação Mandibular,

  7. Impacto da Limitação Mandibular.

OBJETIVO

O objetivo do presente estudo é realizar e apresentar a validação do GTQ para a língua portuguesa, a fim de permitir sua aplicação efetiva nas populações de idioma português.

MÉTODOS

O processo de validação do GTQ para o idioma português se iniciou em janeiro de 2014, com o pedido de autorização aos autores do Questionário original, e foi finalizado em julho de 2015, tendo sua aplicação iniciada em setembro de 2014 até julho de 2015 como parte do processo de validação.

Em posse da autorização para uso e tradução do instrumento, iniciou- se o processo da validação, de acordo com o proposto por Guillemin et al.1515 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32. DOI: https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)90142-N
https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)901...

16 Guillemin F. Cross-cultural adaptation and validation of health status measures. Scand J Rheumatol. 1995;24(2):61-3. PMID: 7747144 DOI: https://doi.org/10.3109/03009749509099285
https://doi.org/10.3109/0300974950909928...
-1717 Guillemin F. Measuring health status across cultures. Rheum Eur. 1995(Suppl 2):102-3..

O processo de validação foi realizado em 4 etapas: tradução, retradução, adaptação cultural e revalidação:

  1. Tradução: realizada por dois tradutores nativos do país onde será utilizado o instrumento com obtenção da primeira versão após reuniões de consenso entre os tradutores e pesquisadores.

  2. Retradução (back translation): tradução da primeira versão em português para a língua de origem do questionário. Esta etapa foi realizada por dois tradutores que não tiveram conhecimento prévio do instrumento original. Esta versão em inglês foi analisada em reuniões de consenso e enviada aos autores originais do questionário, para emissão de seu parecer. Para prosseguimento no processo, os autores do questionário original necessitam concordar formalmente com a retradução.

  3. Adaptação cultural: aplicação do GTQ em caráter de teste, quando foram verificadas a equivalência semântica (significado das palavras, uso correto do vocabulário e da gramática), a equivalência idiomática (uso de coloquialismo) e equivalência conceitual (adequação das questões ao meio ou a situação local).

  4. Revalidação: avaliação das características psicométricas do instrumento em relação à confiabilidade (reprodutividade e consistência interna), validade (comparação de resultados com outros estudos já publicados) e habilidade do questionário em ser responsivo. Também são consideradas as características de custo, mínimo tempo de preenchimento (aproximadamente 15 minutos), entendimento (ser autoexplicativo) e possibilidades de interferência por parte do pesquisador Johnson et al.1414 Johnson J, Carlsson S, Johansson M, Pauli N, Rydén A, Fagerberg-Mohlin B, et al. Development and validation of the Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ). Oral Oncol. 2012;48(8):730-6. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2012.02.013
    https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2...
    .

Após finalizadas as 4 etapas, o Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) traduzido e validado para a língua Portuguesa (Anexo 2) foi aplicado a uma amostra populacional de 30 indivíduos sem afecções orais, para avaliar a efetividade do seu uso.

Em cada domínio, o sujeito da pesquisa respondeu às questões marcando a resposta mais conveniente de forma qualitativa (por exemplo, respondendo ao questionamento de fadiga mandibular como “de modo nenhum”, “leve”, “moderado”, “grave”, “muito grave”) e pontuação foi atribuída aos quesitos de maneira que um escore mais alto significou pior performance em qualidade de vida no que diz respeito a trismo.

Para a análise da reprodutibilidade, foi avaliada a consistência interna através do coeficiente alpha de Cronbach, e a reprodutibilidade do teste- reteste através do coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Para a avaliação da validade de construto, foram utilizados os testes de correlação de Pearson e Spearman para as variáveis contínuas e categóricas, respectivamente1818 Bland JM, Altman DG. Cronbach's alpha. BMJ. 1997;314(7080):572. PMID: 9055718 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572
https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572...
.

RESULTADOS

O GTQ foi traduzido e validado com sucesso, sendo aprovado pelos autores originais (Figura 1).

Figura 1
Carta de aceite.

A aplicação do questionário GTQ levou em média 15 minutos na amostra de pacientes selecionada. Por se tratar de uma amostra de casos assintomáticos, o escores mostraram ausência de trismo.

DISCUSSÃO

O trismo gera prejuízo a atividades habituais como comer, engolir, falar e fazer a higiene oral, trazendo grande desconforto aos pacientes. Pode ser medido tanto objetivamente quanto subjetivamente, sendo que a medida subjetiva de qualidade de vida é fator importante para avaliar novas tecnologias de tratamento.

O uso de questionários de qualidade de vida possibilita a avaliação do sucesso de um tratamento proposto, principalmente em pacientes portadores de afecções crônicas. A sua tradução desempenha um importante papel no conhecimento da saúde das populações nos diferentes países.

A aplicação de um instrumento de avaliação validado em outra língua deve permitir a comparação entre populações diferentes, de diferentes países ou culturas. A sua simples tradução não garante resultados confiáveis, pois não fornece parâmetros suficientes para avaliar se os resultados entre duas amostras apresentam diferenças de fato, ou se eles são diferentes devido a erros de tradução.

Desta forma, faz-se necessário seguir todos os passos propostos na metodologia descrita, incluindo a back translation.

CONCLUSÃO

A versão em língua portuguesa do Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) é um instrumento válido e confiável para a avaliação de pacientes com limitação de abertura oral.

  • Instituição: AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP, Brasil.

Anexo 1 Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) original.

Anexo 2 Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ) traduzido.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Dijkstra PU, Kalk WW, Roodenburg JL. Trismus in head and neck oncology: a systematic review. Oral Oncol. 2004;40(9):879-89. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2004.04.003
    » https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2004.04.003
  • 2
    Bhatia KS, King AD, Paunipagar BK, Abrigo J, Vlantis AC, Leung SF, et al. MRI findings in patients with severe trismus following radiotherapy for nasopharyngeal carcinoma. Eur Radiol. 2009;19(11):2586-93. DOI: https://doi.org/10.1007/s00330-009-1445-z
    » https://doi.org/10.1007/s00330-009-1445-z
  • 3
    Wang CJ, Huang EY, Hsu HC, Chen HC, Fang FM, Hsiung CY. The degree and time-course assessment of radiation-induced trismus occurring after radiotherapy for nasopharyngeal cancer. Laryngoscope. 2005;115(8):1458-60. PMID: 16094124 DOI: https://doi.org/10.1097/01.mlg.0000171019.80351.46
    » https://doi.org/10.1097/01.mlg.0000171019.80351.46
  • 4
    Johnson J, van As-Brooks CJ, Fagerberg-Mohlin B, Finizia C. Trismus in head and neck cancer patients in Sweden: incidence and risk factors. Med Sci Monit. 2010;16(6):CR278-82.
  • 5
    Bensadoun RJ, Riesenbeck D, Lockhart PB, Elting LS, Spijkervet FK, Brennan MT; Trismus Section, Oral Care Study Group, Multinational Association for Supportive Care in Cancer (MASCC)/International Society of Oral Oncology (ISOO). A systematic review of trismus induced by cancer therapies in head and neck cancer patients. Support Care Cancer. 2010;18(8):1033-8. DOI: https://doi.org/10.1007/s00520-010-0847-4
    » https://doi.org/10.1007/s00520-010-0847-4
  • 6
    Vissink A, Jansma J, Spijkervet FK, Burlage FR, Coppes RP. Oral sequelae of head and neck radiotherapy. Crit Rev Oral Biol Med. 2003;14(3):199-212. DOI: https://doi.org/10.1177/154411130301400305
    » https://doi.org/10.1177/154411130301400305
  • 7
    Chen WC, Hwang TZ, Wang WH, Lu CH, Chen CC, Chen CM, et al. Comparison between conventional and intensity-modulated post-operative radiotherapy for stage III and IV oral cavity cancer in terms of treatment results and toxicity. Oral Oncol. 2009;45(6):505-10. PMID: 18805047 DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2008.07.002
    » https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2008.07.002
  • 8
    Souza MH. Trismo após maxilectomia em tratamento de câncer de cabeça e pescoço: um estudo retrospectivo [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Fundação Antônio Prudente; 2011.
  • 9
    Teguh DN, Levendag PC, Voet P, van der Est H, Noever I, de Kruijf W, et al. Trismus in patients with oropharyngeal cancer: relationship with dose in structures of mastication apparatus. Head Neck. 2008;30(5):622-30. DOI: https://doi.org/10.1002/hed.20760
    » https://doi.org/10.1002/hed.20760
  • 10
    Louise Kent M, Brennan MT, Noll JL, Fox PC, Burri SH, Hunter JC, et al. Radiation-induced trismus in head and neck cancer patients. Support Care Cancer. 2008;16(3):305-9. DOI: https://doi.org/10.1007/s00520-007-0345-5
    » https://doi.org/10.1007/s00520-007-0345-5
  • 11
    Vartanian JG, Carvalho AL, Yueh B, Furia CL, Toyota J, McDowell JA, et al. Brazilian-Portuguese validation of the University of Washington Quality of Life Questionnaire for patients with head and neck cancer. Head Neck. 2006;28(12):1115-21. DOI: https://doi.org/10.1002/hed.20464
    » https://doi.org/10.1002/hed.20464
  • 12
    Carmo BB, Elliot LG, Leite LS, Hildenbrand L. Instrumento de Avaliação Estrangeira no Contexto da Saúde Brasileira: processo de tradução, adaptação cultural e validação. Meta Aval. 2012;4(11):120-34.
  • 13
    Mathias SD, Fifer SK, Patrick DL. Rapid translation of quality of life measures for international clinical trials: avoiding errors in the minimalist approach. Qual Life Res. 1994;3(6):403-12. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00435392
    » https://doi.org/10.1007/BF00435392
  • 14
    Johnson J, Carlsson S, Johansson M, Pauli N, Rydén A, Fagerberg-Mohlin B, et al. Development and validation of the Gothenburg Trismus Questionnaire (GTQ). Oral Oncol. 2012;48(8):730-6. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2012.02.013
    » https://doi.org/10.1016/j.oraloncology.2012.02.013
  • 15
    Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32. DOI: https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)90142-N
    » https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)90142-N
  • 16
    Guillemin F. Cross-cultural adaptation and validation of health status measures. Scand J Rheumatol. 1995;24(2):61-3. PMID: 7747144 DOI: https://doi.org/10.3109/03009749509099285
    » https://doi.org/10.3109/03009749509099285
  • 17
    Guillemin F. Measuring health status across cultures. Rheum Eur. 1995(Suppl 2):102-3.
  • 18
    Bland JM, Altman DG. Cronbach's alpha. BMJ. 1997;314(7080):572. PMID: 9055718 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572
    » https://doi.org/10.1136/bmj.314.7080.572

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Mar 2023
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2019

Histórico

  • Recebido
    13 Maio 2019
  • Aceito
    11 Jun 2019
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Rua Funchal, 129 - 2º Andar / cep: 04551-060, São Paulo - SP / Brasil, Tel: +55 (11) 3044-0000 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rbcp@cirurgiaplastica.org.br