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Políticas de amizade: Portinari e o mundo cultural ibero-americano

Friendship policies: Portinari and the Ibero-American World

O presente artigo visa mostrar uma rede de sociabilidade intelectual formada a partir das relações entre o pintor Cândido Portinari (1903-1962) com o mundo cultural ibero-americano, especialmente com o poeta espanhol Rafael Alberti, com o crítico de arte argentino Jorge Romero Brest e com os uruguaios, Carlos Washington Aliseris, pintor, Cipriano Santiago Vitureira, escritor e crítico de arte, e Enrique Amorim, poeta e escritor, entre outros. Aqui, as correspondências foram analisadas como "objeto cultural", seguindo a trilha dos estudos desenvolvidos sob a perspectiva da história dos intelectuais segundo a tradição francesa. Tais missivas revelaram que para a cidade de Buenos Aires acorreu um significativo número de exilados de várias partes da Ibero-América e da Europa (com ênfase nos espanhóis), o que levou a cosmopolita capital portenha a figurar como um promissor mercado de bens culturais.

Portinari; epistolografia; campo cultural.


Abstract

This article wants to show a net of intelectual sociability to be a relationship between the painter Cândido Portinari (1903-1962) and the ibero-american’s culturafl world, specially with the uruguayans Carlos Washington Aliseris, painter, Cipriano Santiago Vitureira, writer, and Enrique Amorim, poetry, and others. Here, the letters was analised like “cultural object”, in the way of the intelectual’s history by the French tradition. These letters showed that for the Buenos Aires city happened a significative numbers of exileds from many parts of ibero-americans and europeans (more spanishs), who took the cosmopolitan argentinian capital to appear like a promissory market of cultural beings.

Portinari; epistlegrafy; cultural area.

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  • 2
    GOMES, Ângela de Castro. "Escrita de si, escrita da História: a título de prólogo". In:_____________ (Org.). Escrita de si, escrita da História. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2004. p. 19.
  • 3
    NERUDA, Pablo. Confesso que vivi: memórias. 26. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 163-164. Trata-se do principal poeta e dramaturgo da Revolução Russa de 1917: Vladimir Mayakovsky (1893-1930) foi aluno da MUZhVZ - Academia e Faculdade Moscovita de Pintura, Escultura e Arquitetura; pertenceu ao grupo da LEF - Front de Esquerda das Artes com o pintor, designer e fotógrafo Alexander Rodchenko e o crítico Osip Brik; integrou o primeiro grupo de poetas futuristas russos "Gileya"; junto com Kasimir Malevich criou posters de propaganda política, os chamados "Lubik"; e manteve um escritório de design com Rodchenko, o "Ad Designers".
  • 4
    FABRIS, Annateresa. "A militância política". In: _____________. Cândido Portinari. São Paulo: EDUSP, 1996. p. 141-150. (Col. Artistas Brasileiros,4)
  • 5
    Carta de Rafael Alberti a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 14 de agosto de1948. CO-62/Projeto Portinari. Na casa de Rafael Alberti, localizada na calle Las Heras, nº 3783, em Buenos Aires, pode ser comprovada a existência de dois desenhos: "Homem Chorando", de 1947, desenho a crayon sobre papel, medindo 35 x 24,5 cm, datado de Montevidéo, Uruguay, assinado e datado na dedicatória na metade inferior à direita "Para o grandíssimo poeta Rafael com o abraço amigo de Portinari 1947" e "Cabeça de Menino", de 1947, desenho a crayon sobre papel, medindo 37 x 27 cm. Aproximadamente, datado de Montevidéo, Uruguay, assinado e datado na dedicatória na metade inferior à direita "Para os amigos: Maria Thereza e Rafael com a maior admiração de Portinari 1947". In: PORTINARI, João Cândido et allii. Catálogo Raisonné . Rio de Janeiro: Projeto Portinari, 2004. v. III (1944-1955). P. 205.
  • 6
    BREST, Jorge Romero. "Alabanza de Portinari". In: Ver y Estimar. Buenos Aires, v. 1, nº 4, julio de 1948.
  • 7
    SARLO, Beatriz. "Modernidad y mezcla cultural. El caso de Buenos Aires". In: BELLUZZO, Ana Maria de Moraes (Org.). Modernidade: vanguardas artísticas na América Latina. São Paulo: Memorial da América Latina/UNESP, 1990. p. 32-33.
  • 8
    FABRIS, Annateresa (Org.). Portinari, amico mio: Cartas de Mário de Andrade a Cândido Portinari. Campinas/Rio de Janeiro: Mercado de Letras/autores Associados/Projeto Portinari, 1995. 160 p. il.
  • 9
    FREITAS, Newton. Correspondência de Mário de Andrade a Newton Freitas. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo: IEB/USP, 1975, nº 17, p. 91-120.
  • 10
    Sobre o ultraísmo, vide os estudos de: ANTELO, Raúl. Na Ilha de Marapatá (Mário de Andrade lê os hispano-americanos) . São Paulo/Brasília: HUCITEC/INL, 1986. p. 17-24; KERN, Maria Lúcia Bastos. Arte Argentina: tradição e modernidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996. p. 125-139 (Col. História, 9). Os periódicos que divulgaram o ultraísmo são os seguintes: Cervantes - Revista hispano-americana, com uma primeira fase não ultraísta, a partir de janeiro de 1916, sob a direção de Villaespesa, Urbina e Ingenieros, com a mudança de direção em janeiro de 1919; Rafael Cansino-Asséns publica apenas poesia ultra de Gerardo Diego, Vicente Huidobro, Juan Larrea e Guillermo de Torre; Cosmópolis, revista mensal ilustrada de Madrid, criada em janeiro de 1919, publicou alguns hispano-americanos, como Jorge Luís Borges, divulgador das estéticas de vanguarda européia, especialmente o expressionismo; Grécia (outubro de 1918 a novembro de 1920), que segue a estética modernista de Rubén Darío, somente a partir da edição de fevereiro de 1919 o periódico começa a sofrer transformações e publica os poemas de Max Jacob de 1906, acompanhado do artigo La nueva literatura. Também aparecem textos de Apollinaire, Marinetti e novas propostas estéticas são apresentadas nos editoriais, além do Manifiesto Vertical de Guillermo de Torre como suplemento do último número; Ultra (janeiro de 1921 a março de 1922), que surge em Madrid com uma moderna apresentação gráfica da argentina Norah Borges (1901-1998), do uruguaio Rafael Barradas (18901929) e do polonês Wladyslaw Jahl (1886-1953), é nesse periódico que o escritor argentino Jorge Luís Borges (1899-1986) apresenta o manifesto Anatomia de mi Ultra, opondo os valores das líricas expressionista e futurista.
  • 11
    KERN, op. cit., p. 46.
  • 12
    Id., p. 47.
  • 13
    ANDRADE, Mário de. "Literatura Modernista Argentina I". Diário Nacional, São Paulo, 22 de abril de 1928. In : RODRIGUEZ-MONEGAL, Emir. Mário de Andrade/ Borges: um diálogo dos anos 20. São Paulo: Perspectiva, 1978. p. 73-85. (Col. Elos, 27).
  • 14
    ARTUNDO, Patrícia. Mário de Andrade e a Argentina: um país e sua produção cultural como espaço de reflexão. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 2004. 223 p.
  • 15
    ANTELO, Raúl. "Políticas da amizade e anamorfose do moderno". In: ___________.Potências da imagem. Chapecó: Argos, 2004. p. 29-74.
  • 16
    Vide: Apresentação e Notas de Newton Freitas. In: FREITAS, op. cit., p. 91-92.
  • 17
    O painel Tiradentes foi executado por Portinari sob encomenda de Francisco InácioPeixoto para o Colégio de Cataguases, em Minas Gerais, projetado por Oscar Niemeyer, datado de 1948-1949, com a técnica têmpera sobre tela, medindo 309 x 1.767 cm. O painel foi adquirido pelo Governo do Estado de São Paulo em 1975, ficou no Palácio dos Bandeirantes até 1989, quando foi transferido para o Salão de Atos do Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo. Trata-se do Catálogo da Exposição do Mural Tiradentes de Cândido Portinari. São Paulo: MAM, 1949. 34 p. il, o qual contém uma longa descrição do painel indicando as personagens aludidas, um encarte fotográfico do painel em preto e branco, detalhes do painel, além de documentos históricos sobre a Inconfidência Mineira. Sobre este painel, vide: MILLIET, Maria Alice. "Da História ao mito: Cândido Portinari". In: __________. Tiradentes: o corpo do herói. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 221-253.
  • 18
    Carta de Jorge Romero Brest a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, s. d. CO-5217.1/Projeto Portinari.
  • 19
    Carta de Newton Freitas a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 25 de março de1944. CO-1843/Projeto Portinari. Carta de Mário de Andrade a Newton Freitas, datada de São Paulo, 16 de abril de 1944 e Carta de Mário de Andrade a Newton Freitas, datada de São Paulo, 9 de junho de 1944. In: FREITAS, op. cit., p. 112-113.
  • 20
    Vide citação do artigo de BREST, Jorge Romero. No se editán libros sobre Artes Plásticas. Argentina Libre , Buenos Aires, 21 marzo de 1940, nº 3. p. 3 apud ARTUNDO, op. cit., p. 171-173.
  • 21
    Carta de Mário de Andrade a Newton Freitas, datada de São Paulo, 9 de dezembro de1942. In: FREITAS, op. cit.,p. 103; Carta de Mário de Andrade a Cândido Portinari, datada de s. l., 3 de novembro de 1942. In: FABRIS, op. cit., p. 112.
  • 22
    Sobre as tratativas que nortearam a desistência de Mário de Andrade de fazer a monografia sobre Portinari para a Editorial Losada, vide: FABRIS, Anna teresa. História de uma amizade. In: ____________. op. cit., p. 13-44, 112-113, 151-153; FREITAS, op. cit., p. 91-120; Carta de Guillermo de Torre a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 12 de junho de 1945, CO-5555/Projeto Portinari; Carta de Guillermo de Torre a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 3 de agosto de 1945, CO-5536/Projeto Portinari; Carta de Guillermo de Torre a Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 21 de agosto de 1945, CO-5537/Projeto Portinari; ANDRADE, Mário de. Cartas a Murilo Miranda, 1934/1945. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 132-133. Santa Rosa de que fala a correspondência de Guillermo de Torre é Tomás Santa Rosa Júnior (19091956), pintor, ilustrador, cenógrafo, crítico de arte e professor ativo no Rio de Janeiro.
  • 23
    ANDRADE, Mário de. "Vida literária: literatura". Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 26 de maio de 1940. apud ANTELO, Raúl. Na Ilha de Marapatá: Mário de Andrade lê os hispano-americanos, p. 194
  • 24
    Cf. COUTINHO, Afrânio; GALANTE de Sousa, J.J. (Orgs.). Enciclopédia da Literatura Brasileira. 2. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Global/FBN/ABL, 2001. v. 1. p. 350 e 737.
  • 25
    Carta de Mário de Andrade a Newton Freitas, datada de São Paulo, 31 de janeiro de1943. In: FREITAS, op. cit., p. 105-106. O prólogo à edição brasileira dos Ensaios Americanos, publicado pelo editor Zélio Valverde, em 1945, encontra-se sob o título "Newton Freitas"; o artigo intitulado "Um sul-americano" foi publicado no "Diário de São Paulo", de 8 de janeiro de 1944. In: ANTELO, op. cit., p. 197-200.
  • 26
    GOMES, Ângela de Castro. Essa gente do Rio...Modernismo e Nacionalismo. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1999. p. 58.
  • 27
    Portinari participou dos seguintes eventos no circuito das artes plásticas na Europa enos Estados Unidos: desde 1935, quando participou da Exposição Internacional de Pintura patrocinada pelo Carnegie Institute, de Pittsburgh, na Pensilvânia, e ganhou a segunda menção honrosa com o "Café"; quando participou com nove obras da Exhibition of Modern Paintings, Drawings and Primitive African Sculpture from the Collection of Helena Rubinstein (1940), em Washington e New York; quando participou da Latin American Exhibition of Fine Arts (1940), no Riverside Museum, em New York; quando participou da mostra individual Portinari of Brazil (1940), no The Detroit Institute of Arts e posteriormente no Museum of Modern Art (MOMA), em New York; quando realizou uma mostra individual na Galerie Charpentier (1946), em Paris, cuja apresentação do catálogo é do crítico Jean Cassou e o prefácio de Germain Bazin; quando participou com a obra "Morro" da exposição de Art of the United Nations, no Instituto de Arte de Chicago; além de executar um conjunto mural para a Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso, em Washington.
  • 28
    GOMES, Escrita de si, escrita da História, p. 21.
  • 29
    Os desenhos de Carlos Washington Aliseris e o guache sobre papel de sua filha RaquelAliseris Bernadá pertencem ao setor de Artes Plásticas da Coleção Mário de Andrade, que está no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Cf. BATISTA, Marta Rossetti; LIMA, Yone Soares de. Coleção Mário de Andrade: Artes Plásticas.2. ed. São Paulo: IEB/USP, 1998. p. 241 e 293.
  • 30
    ALISERIS, Carlos Washington. Portinari grand peintre du Brésil. Clarté, Bruxeles, juin 1939. p. 18-20.
  • 31
    GIAMBIAGI, Mario. Uma lembrança de Portinari. Rio de Janeiro, 1992. p. 4. TX154.1.1/Projeto Portinari.
  • 32
    Carte Postale de Pablo Neruda, Nicolás Guillén, Jorge Amado e Alfredo Varela paraCândido Portinari, datado de Paris, 20 avril 1949. CO-3628/Projeto Portinari. Pablo Neruda registrou em suas memórias que depois de rever Picasso em Paris e exaltar quão magnânimo era o pintor, disse: "Na ocasião, celebrava-se em Paris um congresso da paz. Apareci em seus salões no último momento, só para ler um dos meus poemas". In: NERUDA, op. cit., p. 221.
  • 33
    "Mulher e Criança", pintura a têmpera e afresco sobre reboco, medindo 120 x 82 cm (I) e 140 x 102 cm (S). Obra assinada no canto inferior direito <<Portinari 1948>>, originalmente executada para decorar a parede da sala de jantar da casa do poeta Rafael Alberti, em Punta del Este, no Uruguay. A obra foi recortada da parede e colada em tela pelo restaurador Manoel Nigro, em 1982. In: PORTINARI, João Cândido et allii. Catálogo Raisonné.Rio de Janeiro: Projeto Portinari, 2004. v. III (1944-1955). P. 215.
  • 34
    "Menina", desenho a caneta-tinteiro sobre papel, medindo 23 x 20 cm, datado de Montevidéu, Uruguai, 1948. Assinada e datada na dedicatória na metade inferior à direita "Para Vitureira e Beba com a amizade de Portinari Mont. 1948". "Homem Chorando",desenho a caneta-tinteiro sobre papel, medindo 28,5 x 21,5 cm, datado de Montevidéu, Uruguai, de 1947. Assinada e datada na metade inferior à direita "Para o amigo Vitureira com o abraço de Portinari Mont. set. 1947". O desenho "Menina" serviu como ilustração para o poema La Niña, do livro Portinari en Montevidéo, de Cipriano Santiago Vitureira. Também, a companheira de Vitureira, chamada Beba, ganhou "Mulher Chorando", desenho a caneta-tinteiro sobre papel, medindo 29,5 x 20,5 cm datado de Montevidéu, Uruguai, de 1948. Assinada e datada na dedicatória na metade inferior à direita: "Para Beba com a amizade e carinho do Portinari Montevidéo 1948". Este desenho serviu de ilustração para o poema La Mujercompor o livro de Vitureira, Portinari en Montevidéo (Montevidéo: Ediciones Alfar, 1949. 86 p. il.)
  • 35
    CASANOVA, Pascale. A República Mundial das Letras. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
  • 36
    Carta de Rafael Alberti para Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 29 de octubrede 1949. CO-65/Projeto Portinari. Carta de Enrique Amorim para Cândido Portinari, datada de Montevidéo, 21 de mayo de 1952. CO-201/Projeto Portinari.
  • 37
    Carta de Rafael Alberti para Cândido Portinari, datada de Buenos Aires, 22 de octubrede 1948. CO-66/Projeto Portinari.
  • 38
    Carta de Enrique Amorim para Cândido Portinari, datada de Salto (Uruguai), 4 dejunio de 1951. CO-202/Projeto Portinari.
  • 39
    Sobre o papel dos intelectuais no século XX, vide: WINOCK, Michel. O século dos intelectuais. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. O livro é dividido em três partes: "Os anos Barrès", "Os anos Gide" e "Os anos Sartre". SAID, Edward W. Representações do Intelectual: as Conferências Reith de 1993. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. Sobre o exílio de Jorge Amado em Dobris, na Tchecoslováquia, vide: GATTAI, Zélia. Jardim de Inverno. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 1989.
  • 40
    BACHOUD, Andrée. "Intelectuais e franquismo". In: BASTOS, Elide Rugai; RIDENTI, Marcelo; ROLLAND, Denis (Orgs). Intelectuais: sociedade e política. São Paulo: Cortez, 2003. p. 172-181.
  • 41
    PORTINARI, Cândido. Sentido Social del Arte. Buenos Aires: CEBA, 1947. 22 p. il.
  • 42
    Texto escrito por Rafael Alberti para compor o catálogo da exposição de Portinari emPunta del Este, no Uruguai. TX-142/Projeto Portinari. A poesia <<Portinari>> está publicada na íntegra na obra de ALBERTI, Rafael. A la pintura: poema del color y la línea (1945-1976). Barcelona: Editorial Seix Barral, 1978. p. 189-192.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2006
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