Acessibilidade / Reportar erro

A fortaleza e o navio: espaços de reclusão na Carreira da Índia

Resumos

Este artigo pretende salientar algumas relações que podem ser estabelecidas entre os dois principais veículos da expansão portuguesa: a fortaleza e o navio. Esses dois espaços de reclusão podem ser entendidos como "instituições totais", na forma como as define Erving Goffman, e apresentam profundas semelhanças, principalmente quando se analisam momentos-limite vividos pelos indivíduos, durante os naufrágios e durante as situações de cerco. Para este efeito privilegia-se a presença portuguesa no Oceano Índico, caracterizada pela construção de uma rede de fortalezas sem uma significativa penetração no território.

expansão portuguesa; "instituições totais"; fortaleza; navio.


This article intends to point out some relations that can be established between two principal vehicles of the Portuguese expansion: the fortress and the ship. These two spaces of reclusion can be understood like "total institutions", in the form as Erwing Goffman defines them, and present deep similarities, principally when moments-limits survived by the individuals are analysed, during the shipwrecks and during the situations of siege. For this effect the Portuguese presence is privileged in the Indian Ocean, characterized by the construction of a net of fortresses without a significant penetration in the territory.

Portuguese expansion; "total institutions"; fortress; ship.


Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ANDRADE, Amélia Aguiar. Novos espaços, antigas estratégias: o enquadramento dos espaços orientais. In: Os espaços de um Império. Estudos. Lisboa: CNCDP, 1999, p. 35-45.
  • BALLONG-WEN-MEWUDA, J. Bato'Ora. A fortaleza de São Jorge da Mina. Testemunho da presença portuguesa na costa do Golfo da Guiné do século XV ao século XVII. Revista Oceanos - Fortalezas da Expansão Portuguesa. no 28, Lisboa, out./nov. 1996, p. 27-39.
  • BARRETO, Aníbal. Fortificações do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1958.
  • BOXER, Charles. O Império colonial português (1415-1825). Lisboa: Edições 70, 1972.
  • COSTA, João Paulo Oliveira e (org.). Descobridores do Brasil. Lisboa: Sociedade Histórica da Independência de Portugal, 2000.
  • GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 6a edição. São Paulo: Perspctiva, 1999.
  • HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes de Brasil. 10a edição. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
  • LANCIANI, Giulia. Une histoire tragico-maritime. In: Lisbonne hors les murs. Paris: Editions Chandeigne, 1990, p. 89-116.
  • LENTI, Roberto. L'architettura navale portoghese all'inizio dell'età moderna. In: Studi in onore di Luigi Bulferetti. Miscellanea Storica ligure. Anno XVIII, no1, vol.1. Genova, 1968, p. 215-288.
  • Madeira, Angélica. Livro dos naufrágios. Ensaio sobre a História Trágico-Marítima. Brasília: Editora da UnB, 2005.
  • MADEIRA, Maria Angélica. 'Relato de naufrágio': um artefato cultural. VIColóquio UERJ. Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro, 1998, p. 304-313.
  • MADEIRA, Maria Angélica. Intertextualidade e transdisciplinaridade: problemas de método. Language and literature today. Vol. II. Anais do XIXCongresso da Federação Internacional de Língua e Literatura Moderna, Brasília, 1996, p. 987-994.
  • MADEIRA, Maria Angélica. Notícias sobre a história trágico-marítima. Lugar comum, no 7, janeiro-abril 1999, p. 93-102.
  • MICELI, Paulo. O ponto onde estamos. Viagens e viajantes na História da Expansão e da Conquista. 3a ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1998.
  • MOREIRA, Rafael. A arte da guerra no Renascimento. In: MOREIRA, Rafael (direcção de). História das fortificações portuguesas no mundo. Lisboa: Alfa, 1989, p. 143-158.
  • MOREIRA, Rafael. Caravelas e baluartes. In: Arquitetura militar na expansão portuguesa. Lisboa: CNCDP, 1994, p. 83-89.
  • MOURA, Carlos Francisco. Teatro a bordo de naus portuguesas nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII. Rio de Janeiro, Instituto Luso-Brasileiro de História / Liceu Literário Português, 2000.
  • NUNES, António Lopes Pires. O castelo estratégico português e a estratégia do castelo em Portugal. Lisboa: Direcção do Serviço Histórico Militar, 1988, p. 72.
  • PEARSON, M.N. Os portugueses na Índia. Lisboa: Teorema, 1990, p. 24.
  • PEREIRA, Mario. Da torre ao baluarte. In: A arquitectura militar na expansão portuguesa. Lisboa: CNCDP, 1994, p. 35-42.
  • PICCHIO, Luciana Stegagno. A literatura de viagens e o diálogo italo-português. Postilas a um colóquio. Mare liberum, no 2, Lisboa, 1991.
  • PINTO, João Rocha. A viagem: memória e espaço. Lisboa. Cadernos da Revista de História Económica e Social, 11-12, Livraria Sá da Costa Editora, 1989.
  • RUSSELL-WOOD, A.J.R. Fronteiras de integração. In: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDHURI, Kirti (dir.). História da expansão portuguesa, vol. I. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998.
  • RUSSELL-WOOD, A.J.R. Seamen Ashore and afloat: the social environment in the Carreira da Índia, 1550-1750. In: The mariner's mirror, vol. 69, no1. Londres, fev., 1983, p. 35-52.
  • SCAMMELL, Geoffrey. Seafaring in the Estado da Índia c. 1500-1700. In: Mare liberum, no 9, 1995, p. 441-451.
  • SOUZA, Teotónio de. Goa medieval. Lisboa: Teorema, 1993.
  • SUBRAHMANYAM, Sanjay. O Império Asiático Português. Lisboa: Difel, 1995, p. 91.
  • THOMAZ, Luís Filipe F. R. De Ceuta a Timor. Lisboa: Difel, 1994.
  • THOMAZ, Luís Filipe. A idéia imperial manuelina. In: DORÉ, Andréa; LIMA, Luis Filipe Silvério; SILVA, Luiz Geraldo (orgs.). Facetas do Império na História: conceitos e métodos. São Paulo: Hucitec, 2008.
  • VIDAL, Laurent. Mazagão. A cidade que atravessou o Atlântico. Lisboa: Teorema, 2007.
  • 1
    A respeito dessa exigência de Cabral, ver FRADE, Alexandra. Os escrivães da armada de Pedro Álvares Cabral. In: COSTA, João Paulo Oliveira e (org.). Descobridores do Brasil. Lisboa: Sociedade Histórica da Independência de Portugal, 2000, p. 423. Destaca-se também a bonita imagem de Luís Filipe Thomaz ao tratar de D. Francisco de Almeida, "um vice-rei flutuante, governador de um Estado sem território, com o convés da sua nau por capital". De Ceuta a Timor. Lisboa: Difel, 1994, p. 213.
  • 2
    Ver HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes de Brasil. 10aedição. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986, p. 70-71.
  • 3
    ARAÚJO, Julieta M. A. de Almeida; SANTOS, Ernesto J. Oliveira dos. Os portugueses e o reino no Congo. Primeiros Contatos. In: Missionação Portuguesa e Encontro de Culturas. vol. 1. Universidade Católica/ CNCDP, Braga, 1993, p. 642. Grifo nosso.
  • 4
    PEARSON, M.N. Os portugueses na Índia. Lisboa: Teorema, 1990, p. 24.
  • 5
    Idem, p. 50.
  • 6
    CHÁ MASSER, Lunardo de. Relação de Lunardo Cha Masser. Apêndice a PERAGALLO, Prospero (ed.). Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico. Lisboa: Academia Real de Sciências, 1892, p. 84.
  • 7
    ALBUQUERQUE, Afonso de. Cartas para el-Rei D. Manuel I. Selecção, prefácio e notas de António Baião. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1942. Carta de 1º de dezembro de 1513, p. 126.
  • 8
    A expressão é de Teotónio de Souza. Goa medieval. Lisboa: Teorema, 1993, p. 171.
  • 9
    Apud RUSSELL-WOOD, A.J.R. Fronteiras de integração. In: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDHURI, Kirti (dir.). História da Expansão Portuguesa, vol. I. Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, p. 250.
  • 10
    "Regimento de Tomé de Sousa". Apud HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes de Brasil, p. 66.
  • 11
    Ver HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes de Brasil, p. 70.
  • 12
    Idem, p. 71.
  • 13
    Idem, p. 73.
  • 14
    Idem, p. 74s.
  • 15
    CORSALI, Andrea. Due lettere dall'India di Andrea Corsali. In: RAMUSIO, Giovanni Battista. Navigazioni e Viaggi. Vol. II. Torino: Giulio Einaudi editore, 1979, p. 37.
  • 16
    COUTINHO, Lopo de Sousa. Livro primeiro do cerco que os turcos poseram a fortaleza de Diu. In: MACHADO, Diogo Barbosa (collegida por). Notícia dos cercos heroicamente sustentados pelos portuguezes nas quatro partes do mundo, Tomo 1. Coimbra: por João Alvarez, imprimidor da Universidade, 1561, Livro I, cap. 3.
  • 17
    Carta a Bernardo Davanzati. Cochim, 22.01.1586. In: SASSETTI, Filippo. Lettere dall'India (1583-1588). A cura di Adele Dei. Roma: Salerno Editrice, 1995, p. 165. O autor escreve "scopaliti", que traduzo aqui por "varre-praia".
  • 18
    Ver PINTO, João Rocha. A Viagem: Memória e Espaço. Lisboa. Cadernos da Revista de História Económica e Social, 11-12, Livraria Sá da Costa Editora, 1989, p. 85s.
  • 19
    PICCHIO, Luciana Stegagno. A literatura de viagens e o diálogo italo-português. Postilas a um colóquio. In: Mare liberum, nº 2, Lisboa, 1991, p. 95.
  • 20
    Ver BARRETO, Anibal. Fortificações do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1958, p. 165-173.
  • 21
    CORREIA, Gaspar. Lendas da Índia. Porto: Lello & Irmãos Editores, 1975, I-527.
  • 22
    Cf. Idem, I - 529s.
  • 23
    Apud SUBRAHMANYAM, Sanjay. O Império Asiático Português. Lisboa: Difel, 1995, p. 91.
  • 24
    Carta de D. Manuel a D. Francisco de Almeida, 1506. Apud THOMAZ, Luís Filipe. L'Idée impériale manuéline. In: AUBIN, Jean (éd.). La Découverte, le Portugal e l'Europe - Actes du colloque. Fondation Calouste Gulbenkian - Centre Culturel Portugais, 1990, p. 41. Uma edição em português deste artigo está publicado em DORÉ, Andréa; LIMA, Luis Filipe Silvério; SILVA, Luiz Geraldo (orgs.). Facetas do Império na História: conceitos e métodos. São Paulo: Hucitec, 2008.
  • 25
    Relação de Lunardo Cha Masser, p. 85.
  • 26
    SUBRAHMANYAM, S., op. cit., p. 96.
  • 27
    Mário Pereira prefere considerar que na Idade Moderna assistiu-se à passagem da "'arte' de defender à ciência da fortificação", englobando como principal aspecto o avanço da pirobalística sobre a neurobalística e a conseqüente substituição da torre pelo baluarte. "Da torre ao baluarte." In: A arquitectura militar na expansão portuguesa. Lisboa: CNCDP, 1994, p. 38.
  • 28
    A respeito da participação dos arquitetos italianos na elaboração dos projetos e na construção das fortalezas portuguesas, ver MOREIRA, Rafael. "A arte da guerra no Renascimento". In: MOREIRA, Rafael (direcção de). História das fortificações portuguesas no mundo. Lisboa: Alfa, 1989, p. 143-158. Sobre o primeiro desses mestres, ver John B. Bury. Benedetto da Ravenna (c.1485-1556). In: A arquitectura militar na expansão portuguesa, p. 130-134.
  • 29
    O padre Fernando Oliveira e a sua obra náutica. In: Memória da Academia Real das Ciências de Lisboa. Lisboa, 1898.
  • 30
    O manuscrito autógrafo da 'Ars nautica' de Fernando Oliveira. In: Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira. Vol. I, nº 2, Lisboa, 1960.
  • 31
    Ver LENTI, Roberto. L'architettura navale portoghese all'inizio dell'età moderna. In: Studi in onore di Luigi Bulferetti. Miscellanea Storica ligure. Anno XVIII, nº 1, vol. 1. Genova, 1968, p. 216-219
  • 32
    MENDONçA, H.L. de. O padre Fernando Oliveira e a sua obra náutica. Apud. LENTI, op. cit., p. 266.
  • 33
    Ver DAGEN, Mathias. L'Architecture militaire moderne ou Fortification. Amsterdan: Louys Elzevier, 1648, p. 8.
  • 34
    Ver LENTI, Roberto, op. cit. p. 228.
  • 35
    Ver NUNES, António Lopes Pires. O castelo estratégico português e a estratégia do castelo em Portugal. Lisboa: Direcção do Serviço Histórico Militar, 1988, p. 72.
  • 36
    Ver Idem, p. 73. Os merlões são a parte maciça do parapeito que fica entre duas canhoeiras, no alto dos baluartes ou das muralhas.
  • 37
    MOREIRA, Rafael. Caravelas e baluartes. In: Arquitetura militar na expansão portuguesa, p. 85.
  • 38
    Idem, p. 85-87.
  • 39
    Ver MOREIRA, Rafael. Cultura material e visual. In: História da expansão portuguesa, vol I, p. 465.
  • 40
    GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 6aedição. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 11.
  • 41
    MADEIRA, Maria Angélica. Notícias sobre a história trágico-marítima. In: Lugar comum, nº 7, janeiro-abril 1999, p. 96.
  • 42
    ANDRADE, Amélia Aguiar. Novos espaços, antigas estratégias: o enquadramento dos espaços orientais. In: Os espaços de um Império. Estudos. Lisboa: CNCDP, 1999, p. 36.
  • 43
    Ver Carta régia a D. Jerônimo de Azevedo. 06.03.1616. In: Documentos remettidos da Índia ou Livro das Monções (Direcção de Raymundo Antonio Bulhão Pato). Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias, 1884, III-440.
  • 44
    A respeito das denúncias de corrupção, ver uma síntese em WINIUS, George Davidson. A lenda negra da Índia Portuguesa. Contributo para o estudo da corrupção política nos impérios do início da Europa moderna. Lisboa: Antígona, 1994
  • 45
    Ver MADEIRA, M. Angélica. Relações de poder em naus mercantes. In: Série Sociológica nº 104. Brasília, 1993, p. 10.
  • 46
    A bibliografia a respeito da vida à bordo das naus durante a expansão portuguesa é abundante. Para citar alguns trabalhos entre os mais significativos: MICELI, Paulo. O ponto onde estamos. Viagens e viajantes na História da Expansão e da Conquista. 3ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1998, p. 135-160; GRACIAS, M. Fátima da Silva. Entre partir e chegar: saúde, higiene e alimentação a bordo da Carreira da Índia no século XVIII, p. 457-468 e GUERREIRO, Inácio. A vida a bordo na Carreira da Índia. A torna-viagem, p. 415-432, ambos em A carreira da Índia e a rota dos estreitos. - Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa. Angra do Heroísmo, 1998; RUSSELL-WOOD, A.J.R. Seamen Ashore and afloat: the social environment in the Carreira da Índia, 1550-1750. In: The Mariner's Mirror, vol. 69, nº 1. London, feb, 1983, p. 35-52.
  • 47
    Os negros nos navios davam à bomba, podiam ser remeiros na galés, colaboravam na aguada e na luta contra os inimigos. A única função de relevo era, no entanto, a turgimania, ou seja, a atividade de intérprete. Ver NUNES, Aida. Os africanos - o quotidiano dos negros à bordo das caravelas. In: Descobridores do Brasil, p. 439-446.
  • 48
    Ver MADEIRA, M. Angélica, op. cit., p. 11.
  • 49
    SCAMMELL, Geoffrey. Seafaring in the Estado da Índia c. 1500-1700. In: Mare liberum, nº 9, 1995, p. 444. A citação está em CARLETTI, Francesco. My voyage around the world. Ed. and trans. Herbert Weinstock. London, 1965, p. 185s.
  • 50
    Carta a Pier Vettori. Cochin, 27.01.1585. In: SASSETTI, Filippo. In: Lettere dall'India (1583-1588), p. 76.
  • 51
    MOREIRA, Rafael; CURVELO, Alexandra. A circulação das formas. Artes portáteis, arquitetura e urbanismo. In: História da expansão portuguesa, II-561s.
  • 52
    ALBUQUERQUE, Afonso de. Cartas para el-Rei D. Manuel I, p. 20.
  • 53
    Colecção de São Lourenço. Prefácio e notas de Elaine Sanceau. Lisboa: Centro de Estudos Históricos Ultramarinos da Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1975, vol. I, p. 268s.
  • 54
    Carta régia a Dom Martim Affonso de Castro. 6 de março de 1605. Documento 7. Documentos remettidos da Índia ou Livro das Monções, I-29-32. Ver também Carta régia ao secretário do Estado da Índia Francisco de Sousa Falcão, 08.02.1602. In: Idem, III512 e Carta régia ao vice-rei D. Jeronymo de Azevedo, 26.01.1612. In: Idem, II-142.
  • 55
    LANCIANI, Giulia. Une histoire tragico-maritime. In: Lisbonne hors les murs. Paris: Editions Chandeigne, 1990, p. 97.
  • 56
    Padre Antônio de Quadros, 18.12.1555. In: WICKI, Joseph. Documenta Indica (1553-1557), vol. 3, p. 391. Apud. Paulo Miceli, op. cit, p. 152.
  • 57
    (Goa) Cochim, janeiro de 1562. In: Documenta Indica (1561-1563), vol. 5, p. 490. Apud. MICELI, op. cit, p. 153. Também sobre o jogo a bordo, ver GUERREIRO, op. cit., p. 427-429.
  • 58
    COUTINHO, Lopo de Sousa, Livro II, cap. I, p. 84s.
  • 59
    Em 1998, foi editada pela primeira vez no Brasil pela Lacerda Editores, do Rio de Janeiro.
  • 60
    MADEIRA, Maria Angélica. 'Relato de naufrágio': um artefato cultural. In: VI Colóquio UERJ. Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro, 1998, p. 304.
  • 61
    Idem, p. 309.
  • 62
    Ver MADEIRA, Maria Angélica. Notícias sobre a história trágico-marítima, p. 93.
  • 63
    MADEIRA, Maria Angélica. 'Relato de naufrágio': um artefato cultural, p. 305s.
  • 64
    Ver MADEIRA, Maria Angélica. Notícias sobre a história trágico-marítima, p. 94.
  • 65
    Idem, p. 98. O termo "situação-limite" também é utilizado pela autora em um outro artigo: "A percepção do tempo como 'situação-limite' - a vida como naufrágio e a condição do sujeito como náufrago, sobrevivente - parece-me metáfora suficientemente forte para fazer um texto extemporâneo falar de dentro do tempo presente." Intertextualidade e transdisciplinaridade: problemas de método. In: Language and literature today. Vol. II. Anais do XIX Congresso da Federação Internacional de Língua e Literatura Moderna, Brasília, 1996, p. 993.
  • 66
    LANCIANI, Giulia, op. cit., p. 98.
  • 67
    RANGEL, Manuel. Relação do naufrágio da nau Conceição de que era capitão Francisco Nobre, a qual se perdeu nos baixos de Pêro dos Banhos aos 22 dias do mês de agosto de 1555. In: BRITO, Bernardo Gomes de. História trágico-marítima. Rio de Janeiro: Lacerda Editores/Contraponto, 1998, p. 99. Sobre as manifestações religiosas nos navios da Carreira, ver LOPES, Maria de Jesus dos Mártires. Devoções e invocações à bordo da Carreira da Índia (séculos XVI-XVIII). In: A carreira da Índia e a rota dos estreitos, p. 433-444.
  • 68
    SPALLANZANI, Marco. Giovanni da Empoli. Mercante navigatore fiorentino. Firenze: SPES, 1984, p. 166.
  • 69
    COUTINHO, Lopo de Sousa, Livro II, cap. 18, p. 195.
  • 70
    Idem, Livro II, cap. 14, p. 166.
  • 71
    BAIÃO, António (ed.). História quinhentista (inédita) do segundo cerco de Dio. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1927, p. 63.
  • 72
    O Orçamento do Estado da Índia 1571. Direcção e prefácio de Artur Teodoro de Matos. Lisboa: CNCDP, 1999, p. 32.
  • 73
    WICKI, Joseph. Documenta Indica, Vol. VIII, p. 742.
  • 74
    Doc. 53 Goa, 15 novembro, 1593. In: Op. cit., vol. XVI, p. 327.
  • 75
    BAIÃO, António (ed.), op. cit., p. 86.
  • 76
    Idem, p. 63. O narrador Leonardo Nunes atribui essas palavras ao capitão da fortaleza D. João Mascarenhas ao exortar seus soldados.
  • 77
    LEMOS, Jorge de. Descrição dos cercos de Malaca, sendo capitão Tristão Vaz da Veiga. In: Textos sobre o Estado da Índia. Lisboa: Alfa, 1989, Primeira Parte, cap. VIII, p. 89.
  • 78
    Carta de Cochim a 8 de dezembro de 1547. Documenta Indica, vol. I, p. 230.
  • 79
    Carta de 16 de dezembro de 1546. In: Op. cit.
  • 80
    Idem.
  • 81
    P. Francisco de Macedo. Sermão (...) na festa de S. Thomé (...), fls. 12-12v. apud MARQUES, João Francisco. A Parenética portuguesa e a dominação filipina. Porto: Instituto Nacional de Investigação Científica, Centro de História da Universidade do Porto, 1986, p. 270-71.
  • 82
    SEQUEIRA, Joaquim da Costa. Compendio Histórico Chronologico das Notícias do Cuyabá. Repartição da Capitania de Mato-Grosso. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 2ª. Série, t. VI, Rio de Janeiro, p. 29, citado por MOURA, Carlos Francisco. Teatro a bordo de naus portuguesas nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII. Rio de Janeiro, Instituto Luso-Brasileiro de História / Liceu Literário Português, 2000, p. 21s.
  • 83
    BOXER, Charles. O Império colonial português (1415-1825). Lisboa: Edições 70, 1972, p. 54.
  • 84
    BALLONG-WEN-MEWUDA, J. Bato'Ora. A fortaleza de São Jorge da Mina. Testemunho da presença portuguesa na costa do Golfo da Guiné do século XV ao século XVII. In: Revista Oceanos - Fortalezas da Expansão Portuguesa. nº 28, Lisboa, out./nov. 1996, p. 30.
  • 85
    RICARD, Robert. Un document portugais sur la Place de Mazagan au debut du XVIIème siècle. Apud VIDAL, Laurent. Mazagão. A cidade que atravessou o Atlântico. Lisboa: Teorema, 2007, p. 22. O documento em questão é a transcrição para francês de uma descrição da fortaleza pelo governador Jorge de Mascarenhas (1615-2629).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2008

Histórico

  • Recebido
    Mar 2007
  • Aceito
    Set 2007
Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org