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Brasil anos 1990: teleficção e ditadura - entre memórias e história* * O artigo é fruto de tese defendida junto ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante dois anos pude contar com bolsa da Capes e depois do CNPq. Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a estas instituições e, particularmente, à minha orientadora, Regina Helena Alves da Silva. Artigo recebido em 6 de julho de 2012 e aceito em 15 de outubro de 2012.

Resumos

No ano de 1992 a Rede Globo de Televisão exibiu a minissérie Anos rebeldes e também ocorreram as manifestações públicas pró-impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, nas quais os estudantes faziam referências veladas e deliberadas à obra de teleficção. A partir da evidente articulação entre esses dois eventos, o artigo discute o emprego da teledramaturgia como fonte histórica capaz de revelar aspectos da "cultura histórica" brasileira.

Brasil; ditadura; cultura histórica; teleficção.


In 1992, Globo TV Network showed the miniseries "Anos Rebeldes", and there were also public demonstrations pro-impeachment of President Fernando Collor de Mello, in which students made veiled and deliberate references to the TV series. From the obvious link between these two events, the article discusses the use of television fiction as a source that can reveal aspects of Brazilian "historical culture."

Brazil; dictatorship; historical culture; television fiction.


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  • *
    O artigo é fruto de tese defendida junto ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante dois anos pude contar com bolsa da Capes e depois do CNPq. Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a estas instituições e, particularmente, à minha orientadora, Regina Helena Alves da Silva. Artigo recebido em 6 de julho de 2012 e aceito em 15 de outubro de 2012.
  • 1
    NORA, Pierre. O retorno do fato. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 182.
  • 2
    ANOS rebeldes. Autor: Gilberto Braga. Direção: Denis Carvalho, Silvio Tendler e Ivan Zettel. Direção geral: Dennis Carvalho. Produção: Rede Globo de Televisão, 1992-2003. 3 DVDs (680 min). Período de exibição: de 14-7-1992 a 14-8- 1992. Horário: 22h30. No de capítulos: 20.
  • 3
    ALEGRIA, alegria: enquanto os governistas trocam favores, com humor e objetividade a rebeldia adolescente toma as ruas pedindo a saída do presidente. Veja, São Paulo, n. 1.248, p. 18-23, 19 ago. 1992.
  • 4
    A FORÇA da galera. A geração Coca-Cola deixa os shoppings, vai às ruas e lidera com humor o movimento a favor do impeachment de Collor. IstoÉ, São Paulo, n. 1.196, p. 32-35, 2 set.1992.
  • 5
    WOLTON, Dominique. Elogio do grande público: uma teoria crítica da televisão. São Paulo: Edições Asa, 1996 [1990].
  • 6
    RÜSEN, Jörn. Razão histórica. In: _____. Teoria da História I: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. (Na verdade, esta é uma das premissas de toda a obra do autor.) WERTSCH, James V. Voices of collective remembering. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
  • 7
    RÜSEN, Jörn. Razão histórica, op. cit.; WERTSCH, James. Voices of collective remembering, op. cit.; CARRETERO, Mario; ROSA, Alberto; GONZÁLEZ, María Fernanda. Enseñanza de la historia y memoria colectiva. Buenos Aires: Paidós, 2006.
  • 8
    WILLIAMS, Raymond. Television: technology and culture form. Nova York: Schocken Books, 1975.
  • 9
    WILLIAMS, Raymond. Literatura e marxismo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979 [1971].
  • 10
    RÜSEN, Jörn. Historiografia comparativa intercultural. In: MALERBA, Jurandir. (Org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo: Contexto, 2006. p. 188.
  • 11
    RÜSEN, Jörn. História viva. Teoria da história III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007. p. 28-38.
  • 12
    Ibidem.
  • 13
    PALTI, Elias José. "Giro linguístico" e história intelectual. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 1998.
  • 14
    BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997; WILLIAMS, Raymond. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003 [1961]; WILLIAMS, Raymond. Television: technology and culture form, op. cit.; STAM, Robert. Bakhtin: da teoria literária à cultura de massa. São Paulo: Ática, 1992. p. 33-34. WERTSCH, James. Voices of collective remembering, op. cit.; CARRETERO, Mario; ROSA, Alberto; GONZÁLEZ, María Fernanda. Enseñanza de la historia y memoria colectiva, op. cit.
  • 15
    LA CAPRA, Dominick. Repensar la historia intelectual y leer textos. In: PALTI, Elias José. "Giro linguístico" e história intelectual, op. cit. p. 237-293.
  • 16
    BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem, op. cit. p. 131.
  • 17
    WILLIAMS, Raymond. Television: technology and culture form, op. cit.; WILLIAMS, Raymond. Literatura e marxismo, op. cit.
  • 18
    RIBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor (Org.). Bakhtin: linguagem, cultura e mídia. São Carlos, SP: Pedro e João Editores, 2010.
  • 19
    BAKHTIN, Mikhail. O discurso no romance. In: _____. Questões de literatura e de estética. São Paulo: Unesp; Hucitec, 1998. p. 197.
  • 20
    STAM, Robert. Bakhtin: da teoria literária à cultura de massa, op. cit. p. 33-34.
  • 21
    REIS FILHO, Daniel A. Ditadura e sociedade: as reconstruções da memória. In: REIS FILHO, Daniel A.; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo P. S. (Org.). O golpe e a ditadura militar: 40 anos depois (1964-2004). Bauru: Edusc, 2004. p. 39.
  • 22
    Uma série de problemas relativos às questões que envolvem memórias sociais e História levou alguns autores a definilas, genericamente, como formas de "evocação do passado" - preferência de Ricœur e Yerushalmi. No sentido de problematizar um pouco mais essas relações, Ricœur transcreveu uma passagem de Yerushalmi, explicando tratar-se de um historiador dos judeus, povo que nunca se preocupou em dar tratamento historiográfico às suas memórias, e afirmando que ela serve a todos os historiadores: a História "não tem a intenção de restaurar a memória, mas representa outro gênero, realmente novo de memória". Sob este viés, a oposição clássica, nascida entre os gregos, converte-se em disputa deliberada na contemporaneidade: essas formas de evocação do passado - "memórias" e História - estão em luta por legitimar-se, socialmente, como guardiãs do passado. A intenção dos autores ou a nossa não é desqualificar a operação historiográfica, mas reconhecer que, do ponto de vista das práticas sociais efetivas e no contexto da cultura histórica, memórias sociais e História cumprem papéis análogos. Aliás, este é o problema com o qual os historiadores se deparam cada vez com mais frequência: legitimar a matriz disciplinar História como a mais confiável (e, diríamos, também crítica) representação do passado dos povos. RICœUR, Paul. La memoria, la historia, el olvido. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica de Argentina, 2000. p. 517.
  • 23
    RÜSEN, Jörn. História viva, op. cit. p. 121.
  • 24
    ABREU, Martha; SOIHET, Rachel; GONTIJO, Rebeca (Org.). Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
  • 25
    KOSELLECK, Reinhart. La formación del concepto moderno de historia. In: _____. historia/Historia. Madri: Trota, 2004. p. 27-106.
  • 26
    ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a expansão do nacionalismo. Lisboa: Edições 70, 2005 [1983/1991]; HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002; BALAKRISHNAN, Gopal (Org.). Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.
  • 27
    WILLIAMS, Raymond. Television: technology and culture form, op. cit.
  • 28
    RÜSEN, Jörn. Razão histórica, op. cit. p. 160.
  • 29
    FENTRESS, James; WICKHAM, Chris. Memória social: novas perspectivas sobre o passado. Lisboa: Teorema, 1994 (1992).
  • 30
    Veja, São Paulo, p. 87, 15 jul. 1992; grifo nosso.
  • 31
    DREIFUSS, Réne Armand. 1964, a conquista do estado: ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Vozes, 1981; ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Tradução de Clovis Marques. Petrópolis: Vozes, 1984; SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Castelo a Tancredo, 1964 a 1985. Tradução de Mario Salviano Silva. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
  • 32
    REIS FILHO, Daniel A.; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo P. S. (Org.). O golpe e a ditadura militar, op. cit.; FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (Org.). O tempo da ditadura: regime militar e movimentos sociais em fins do século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
  • 33
    Apud MATTELART, Michèle; MATTELARD, Armand. O carnaval das imagens: a ficção na TV. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1998 [1989]. p. 117.
  • 34
    KORNIS, Mônica de Almeida. Uma memória da história nacional recente. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO, XXIV, 2001, Campo Grande.
  • 35
    Ibidem. Consultar também Memória Globo: <http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-23 5954,00.html>
  • 36
    GOMES, Dias. Apenas um subversivo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. p. 336.
  • 37
    Ferreira Neto era mantido no quadro de funcionários da TV Globo graças aos contatos que mantinha com os militares. CLARK, Walter; PRIOLLI, Gabriel. O campeão de audiência. São Paulo: Best Seller, 1991.
  • 38
    GOMES, Dias. Apenas um subversivo, op. cit. p. 336.
  • 39
    39 CLARK, Walter; PRIOLLI, Gabriel. O campeão de audiência, op. cit.; ORTIZ, Renato; BORELLI, Silvia Helena Simões; RAMOS, José Mário Ortiz. Telenovela: história e produção. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991 [1989].
  • 40
    CLARK, Walter; PRIOLLI, Gabriel. O campeão de audiência, op. cit. p. 146.
  • 41
    ORTIZ, Renato; BORELLI, Silvia Helena Simões; RAMOS, José Mário Ortiz. Telenovela: história e produção, op. cit.
  • 42
    DOCE vingança de um fazedor de sucesso. Correio Brasiliense, 12 jun. 1992. Caderno Correio da TV, p. 10.
  • 43
    Memória Globo. Disponível em:
  • 44
    FUSCO, Tânia. O alienado vai à luta; Gilberto Braga faz de sua minissérie Anos Rebeldes um libelo contra a repressão montada pelo regime militar. IstoÉ, São Paulo, n. 1.176, p. 5, 15 abr. 1992. Seção: Entrevista.
  • 45
    Vale conferir depoimento do autor décadas depois da realização da obra no qual Braga confirma o que dissemos (O Sol: caminhando contra o vento. Direção: Tetê Morais e Martha Alencar. Manaus: Videolar, 2006. 95 min.)
  • 46
    KORNIS, Mônica de Almeida. Uma memória da história nacional recente, op. cit.; XAVIER, Ismail. Do senso moralreligioso ao senso comum pós-freudiano: imagens da história nacional na teleficção brasileira. In: LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Telenovela: internacionalização e interculturalidade. São Paulo: Loyola, 2004. p. 47-73.
  • 47
    Houve, na verdade, censura da direção a algumas passagens de um capítulo que apresentava cenas mais violentas, ligadas aos militares e suas atitudes contra os estudantes. Mas, trata-se de um preciosismo que preferimos negligenciar, enfocando os demais capítulos ao longo dos quais aspectos da história do Brasil dos anos 1960-1970-1980 são apresentados. A respeito de objeções feitas à obra, merece atenção o debate suscitado pelo filme O que é isso companheiro? (1997) e algumas posições assumidas pelos debatedores sobre a minissérie. (REIS FILHO, Daniel Aarão et al. Versões e ficções: o sequestro da História. 2. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1997.)
  • 48
    "ANOS rebeldes" revê anos 60. O Estado de S. Paulo, 27 abr. 1992.
  • 49
    KORNIS, Mônica de Almeida. Anos Rebeldes e a construção televisiva da história. In: 1964-2004: 40 ANOS DO GOLPE: DITADURA MILITAR E RESISTÊNCIA NO BRASIL, 2004, Niterói e Rio de Janeiro. FICO, Carlos et al. (Org.). 1964- 2004: 40 anos do golpe: ditadura militar e resistência no Brasil. Rio de Janeiro: 7Letras, 2004. p. 321-328, 327.
  • 50
    A REBELDIA de uma geração na Globo. Correio Brasiliense, Brasília, 14 jul. 1992. Caderno Dois, p. 8.
  • 51
    "ANOS rebeldes" revê anos 60. O Estado de S. Paulo. 27 abr. 1992.
  • 52
    A REBELDIA de uma geração na Globo. Correio Brasiliense, Brasília, 14 jul. 1992. Caderno Dois, p. 8.
  • 53
    GIANNINI, Silvio. Romance nos porões: com a minissérie Anos Rebeldes, pela primeira vez a TV mostra o Brasil do regime militar de 1964. Veja, São Paulo, n. 1.243, p. 86, 15 jul. 1992.
  • 54
    GLOBO não é bobo. Estreia Anos rebeldes, a série de Gilberto Braga cujo pano de fundo é o regime militar. IstoÉ, São Paulo, n. 1.189, p. 62, 17 jul. 1992.
  • 55
    SCHWARZ, Roberto. Cultura e política, 1964-1969. In: _____. O pai de família e outros estudos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978 [1970]. p. 62. (Coleção Literatura e teoria literária; v. 27) Grifo do autor.
  • 56
    REIS FILHO, Daniel Aarão. A revolução faltou ao encontro: os comunistas do Brasil. São Paulo: Brasiliense. 1990 [1989] e GORENDER, Jacob. Combate nas trevas: a esquerda brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. São Paulo: Ática, 1987.
  • 57
    Referimo-nos aos depoimentos dos oficiais envolvidos com os governos da ditadura, recolhidos, organizados e publicados pelos pesquisadores da Fundação Getulio Vargas que consultamos. Acrescente-se o documento Projeto Orvil (1988) atribuído aos militares (submetidos às ordens do ministro do Exército do governo Sarney, Leônidas Pires Gonçalves), que reitera a mesma interpretação. Projeto Orvil. Documento produzido durante o primeiro governo civil depois do golpe de 1964, cujo nome é "História da luta armada no Brasil", assim denominado pelo Centro de Informações do Exército (CIE). Disponível em: Acesso em: 2008 e 2009.
  • 58
    Para Aumont "A diegese seria, assim, a história tomada na plástica da leitura, com suas falsas pistas, suas dilatações temporárias, ou, ao contrário, seus desmoronamentos imaginários, com seus desmembramentos e remembramentos passageiros, antes de se congelar em uma história que posso contar do começo ao fim de maneira lógica". AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995. p. 115.
  • 59
    A REBELDIA de uma geração na Globo. Correio Brasiliense, Brasília, 14 jul. 1992. Caderno Dois, p. 8.
  • 60
    GLOBO não é bobo, op. cit. p. 62.
  • 61
    FANTASMAS do Brasil: a minissérie Anos Rebeldes estreia terça-feira mostrando o país dos anos 60. Correio Brasiliense, Brasília, 12 jun. 1992. Caderno Correio da TV, p. 8.
  • 62
    Ridenti, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993; REIS FILHO, Daniel Aarão. A revolução faltou ao encontro, op. cit.
  • 63
    Ver o depoimento do diretor, Dennis Carvalho, nos extras disponíveis na caixa de DVDs que acompanham a obra.
  • 64
    Sobre a cultura da televisão e seu significado na e para a sociedade brasileira dos anos 1980 conferir ORTIZ, Renato. A moderna civilização brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988; ORTIZ, Renato; BORELLI, Silvia Helena Simões; RAMOS, José Mário Ortiz. Telenovela: história e produção, op. cit.; MATTELART, Michèle; MATTELARD, Armand. O carnaval das imagens, op. cit.; LEAL, Ondina Fachel. A leitura social da novela das oito. Rio de Janeiro: Vozes, 1986 [1983]; ROCHA, Amara Silva Souza. Nas ondas da modernização: o rádio e a TV no Brasil de 1950 a 1970. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
  • 65
    Conferir em: <www.youtube.com/watch?v=N3PkdH-y5iM> Acesso em: 19 abr. 2012.
  • 66
    MATTELART, Michèle; MATTELARD, Armand. O carnaval das imagens, op. cit. p. 130.
  • 67
    GIANNINI, Silvio. Romance nos porões: com a minissérie Anos Rebeldes, pela primeira vez a TV mostra o Brasil do regime militar de 1964. Veja, São Paulo, p. 84, 15 jul. 1992.
  • 68
    VENTURA, Zuenir. 1968, o ano que não terminou. 39. impr. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003 [1988]. p. 15. Grifos nossos.
  • 69
    69 ORTIZ, Renato; BORELLI, Silvia Helena Simões; RAMOS, José Mário Ortiz. Telenovela: história e produção, op. cit.; RAMOS, José Mário Ortiz. Cinema, televisão e publicidade: cultura popular de massa no Brasil nos anos 1970-1980. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2004.
  • 70
    FONSECA, Thais Nívia de Lima e. História & ensino de história. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. (História & Reflexões; 6)
  • 71
    PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. 23. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
  • 72
    ANOS rebeldes, 2003, disco 1, 60:42:21.
  • 73
    DEUS e o diabo na terra do sol. Direção: Glauber Rocha. Rio de Janeiro: Copacabana Filmes, 1964.
  • 74
    ANOS rebeldes, 2003, disco 1, 60:44:04.
  • 75
    NAPOLITANO, Marcos. A arte engajada e seus públicos (1955/1968). Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 28, p. 103- 124, 2001.
  • 76
    ANOS rebeldes, 2003, disco 1, 60:21:10.
  • 77
    ANOS rebeldes, 2003, disco 1, 120:10:54-120:13:15.
  • 78
    RIDENTI, Marcelo. Artistas e intelectuais no Brasil pós-1960. Tempo Social: revista de sociologia da USP, São Paulo, ano 1, v. 17, p. 81-110, jun. 2005.
  • 79
    HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
  • 80
    POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989; CARRETERO, Mario; ROSA, Alberto; GONZÁLEZ, María Fernanda. Enseñanza de la historia y memoria colectiva, op. cit.
  • 81
    RÜSEN, Jörn. História viva, op. cit. p. 43.
  • 82
    KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-RJ, 2006.
  • 83
    RÜSEN, Jörn. História viva, op. cit.
  • 84
    DAGNINO, Evelina. (Org.). Os anos 90: política e sociedade. São Paulo: Brasiliense, 1994; ALVAREZ, Sonia E.; DAGNINO, Evelina; ESCOBAR, Arturo (Org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos: novas leituras. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
  • 85
    AQUINO, Maria Aparecida de. Um certo olhar. In: TELES, Janaína (Org.). Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade. São Paulo: Humanitas; FFLCH-USP, 2001. p. 41.
  • 86
    WILLIAMS, Raymond. La larga revolución, op. cit.
  • 87
    GOMES, Dias. Apenas um subversivo, op. cit.; GILBERTO Braga diz que novela é literatura e sai aplaudido na ABL. Folha de S.Paulo, 26 ago. 2010. Disponível em:
  • 88
    SILVA, Marcos Antônio. Dossiê temático: construções da história. In: SWAIN, Tania Navarro (Org.). História no plural. Brasília: Ed. da UnB, 1994. p. 109-126.
  • 89
    O ator Cássio Gabus Mendes faz o seguinte comentário sobre Anos rebeldes: "Minha geração foi pouco informada sobre o que aconteceu no Brasil naquele período. Acredito que Anos Rebeldes vá contar coisas que muitos não sabem". In: "ANOS rebeldes" revê anos 60. O Estado de S. Paulo, 27 abr. 1992. A FORÇA da galera. A geração Coca-Cola deixa os shoppings, vai às ruas e lidera com humor o movimento a favor do impeachment de Collor. IstoÉ, São Paulo, n. 1.196, 2 set. 1992.
  • 90
    FICO, Carlos; POLITO, Ronald. A história no Brasil: elementos para uma avaliação historiográfica. Ouro Preto: UFOP, 1992.
  • 91
    WILLIAMS, Raymond. La larga revolución, op. cit.
  • 92
    HOBSBAWM, E. J. Era dos extremos, op. cit.
  • 93
    POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio, op. cit.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Dec 2012

Histórico

  • Recebido
    06 Jun 2012
  • Aceito
    15 Out 2012
Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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